As capas de disco mais feias de 2012

Com o fim do ano chegou uma enxurrada de listas dos melhores e piores discos de 2012, mas percebi um fenômeno bastante curioso: muitos discos lançados este ano têm capas horrorosas! Mesmo entre os eleitos como os melhores lançamentos e mesmo entre artistas já muito consagrados. Eu simplesmente não entendo… se a ideia é que as pessoas gostem da sua música e queiram comprar o seu disco, para que raios você vai fazer uma capa tão repugnante? O pior de tudo é que, em muitos casos de embalagem zoada, o conteúdo musical é lindo. Confira a seguir as capas de disco mais feias de 2012:

Graham Coxon, A+E

Pra mim, é a pior de todas. Me dá muita aflição ver o sangue e o joelho estrupiado da menina. Me dá uma vontade louca de sair correndo pra pegar uns band-aids e merthiolate. E que perna feia, hein, minha filha?! Toda torta e mais branquela que pão de queijo cru congelado. Isso sem falar do fundo, com cor de vômito; e do texto, com a pior fonte possível e as cores mais erradas. Nada se salva!

Spiritualized, Sweet Heart Sweet Light


Parece um layout pronto de power point tosqueira ou então uma imitação simplista de marca de remédio. “Preguiça” define. É a capa mais chata e sem graça do ano.

Actress, R.I.P.


Pode mandar seu designer descansar em paz mesmo, viu…parece um stencil mal feito do logo das Olimpíadas de Londres.

Animal Collective, Centipede Hz


Nem sei por onde começar. Se eu olho pra essa capa por muito tempo, me dá dor de cabeça. Exagero é apelido pra isso aí.

How to Dress Well, Total Loss


“Perda total” deveria se referir à noção e ao bom senso de quem fez essa arte; e não ao nome do disco. Uma cabeça de estátua que já é muito feia é colocada deitada, de perfil, olhando pro nada em cima de uma tábua de madeira – como se um menino pestinha tivesse acabado de quebrar um enfeite brega da mãe na sala. Se fosse meu disco, definitivamente não era isso que eu ia querer mostrar na capa.

Bobby Womack, The Bravest Man in the Universe


Essa capa me dá ainda mais aflição do que a do Graham Coxon. Parece que só de olhar já dá para ouvir os dedos estalando e o dedão a ponto de quebrar. As veias saltadas e as unhas sujas não ajudam.

Santigold, Master of my Make-Believe


Estupidamente brega. Pressinto uma louca necessidade de se afirmar como muito rico e poderoso, encarnar o Napoleão Bonaparte ou ter morado no castelo de Versailles nos tempos áureos.

Mika, The Origin of Love


Tirando o que parece ser mostarda derramada acidentalmente bem na cabeça do Mika, a capa se salvaria e seria facilmente uma das mais bonitas do ano.

Gaby Amarantos, Treme


Esse disco chegou a receber prêmio de “melhor capa do ano”. Aham, Cláudia… adoro a Gaby Amarantos, mas não dá. A floresta, que era provavelmente pra exaltar as belezas de sua terra natal paraense, não convence de jeito nenhum e só me lembra um monte de plantas de plástico mal feitas compradas na rua 25 de março. A cobra e a pantera até enganam, mas essa coleira de luzinhas de natal e os peitões pra fora da roupa com jatos de laser foram o limite para mim. Podiam ter escolhido mil outras formas melhores para fazer referência ao Pará e às festas de aparelhagem.

Pulled Apart By Horses, Tough Love


Eu gosto das letras enormes em branco por cima do fundo vermelho. Mas…um bibelô feioso de louça em forma de gatinho?! Sério mesmo? Sendo martelado na cabeça, ainda por cima?! Vocês juram? É a pior foto do ano.

Gossip, A Joyful Noise


Parece um filme de terror! A Beth Ditto tá a cara do demônio com esse olho verde de gato e a sobrancelha limitada a dois risquinhos finos. Pior ainda é que aparece só a cabeça dela voando, com os cabelos esvoaçantes, como se tivesse acabado de ser decaptada e jogada ao chão. Pra arruinar ainda mais a capa, por cima de tudo vem uma mão gigantee bem gordinha, com unhas de Zé do Caixão pintadas com o esmalte rosa cintilante que a minha avó usa e uma pulseira exagerada. Eu, hein. 

Cee-Lo Green, Cee Lo’s Magic Moment


O cara pirou que era o Papai Noel gangsta-rap, né? Um carro vermelho conversível voador, puxado por cavalos brancos também voadores e cheio de presentes, dirigido pelo Cee Lo num exuberante casaco de pele. Tudo com muito brilho, num fundo rosa e roxo. Minha nossa senhora da falta de noção.

Die Antwoord, Ten$ion


Essa é uma das piores, hein…um anjo branco com cara de mau, uma testa gigante e um cabelo-que-tá-na-cara-que-é-peruca todo estranho, à la cacatua/Neymar albino, olho que é só pupila, asas abertas e um bocão vermelho – mas não é de batom, é de sangue! E esse coração gigante que o anjo/anja tá comendo? É de boi? Eca! E o nome do disco escrito com um cifrão no lugar do “S” e quase sumindo no fundo da mesma cor? Afe.

Thee Oh Sees, Putrifiers II EP


Um cachorro com cara de homem. Sem mais.

Ariel Pink & R. Stevie Moore, Ku Klux Glam


Essa capa é tão, mas tão errada que eu nem sei por onde começar. Por que raios uma mulher estaria só de tanguinha num cemitério?! E a imagem toda em negativo? E o nome dos artistas em Times New Roman com um Yin-Yang no meio? E o vermelho super apagado no meio dessa foto horrenda? Cruzes!

Twoo Door Cinema Club, Beacon


O lustre é a bunda de uma garota. Com belas pernas e um salto alto. Ou então a menina estava no apartamento de cima, o chão/teto quebrou, abriu um buraco, ela caiu pro apartamento de baixo e, do nada, fez-se luz?! É feio e é muito non-sense.

Bob Dylan, Tempest


Poderia ser um caso de “simples e bonito”. Mas acabou que é simples e feio. Sem graça, sem sal – e qual é a da estátua?

Cidade Negra, Hei, Afro!


O que é esse fundo? Uma aldeia colorida? E por que TANTA coisa por cima de tudo? Sombras de pessoas nas laterais, sombreado laranja e cinza geral,um leão de Judá (?) e o trio que aparece esquisitíssimo. É feio. Sem mais.

Chelpa Ferro, Chelpa Ferro 3


Parece que tiveram apenas 5 minutos para fazer a capa do disco. Aí pegaram uma folha de sulfite e as canetas BIC que tinham na mesa e desenharam isso aí. A banda é do Brasil, aliás. 

Tratak, Agora Eu Sou o Silêncio


Que raios de capa é essa?  O cara me bota um bonsai (!!!) na frente da porta, em cima de uma pilastra de concreto toscamente pintada que ele arrancou da varanda. Ainda por cima tem a fechadura, a tomada e o interruptor ali. E acha que é uma bela capa de disco? Que pobreza.

Bemônio, Serenata


Essa capa até que é legal, mas a máscara de Fofão (da Augusta) me dá medo, ainda mais quebrada. E a parede de azulejo é muito feia.

Jair Naves, E Você Se Sente Numa Cela Escura, Planejando A Sua Fuga, Cavando O Chão Com As Próprias Unhas


Esse álbum compete com o novo da Fiona Apple como “o disco com o nome mais comprido do mundo”. Mas a capa é fraquinha, hein? Tá no pique da do Bob Dylan.Uma cabeça sem rosto toda vermelha, num fundo também todo vermelho, ficou muito apagada. Gosto do título e do nome dele na capa. Mas ficou sem graça.

Muse, The 2nd Law

O que é essa coisa colorida? Um brócoli mutante? Um buquê de fibra ótica? Afe.


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NTR Convida #9 Fernando Dotta (Single Parents)

 

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério), o NTR te traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

O convidado da semana é Fernando Dotta, vocalista e guitarrista do grupo paulistano Single Parents.
A banda começou como um trio em 2009 e, um ano depois, lançou o excelente EP “Could You Explain?| – que rendeu clipe bacana e chegou até a MTV. Em março deste ano lançaram “Unrest”, seu disco de estreia, gravado em Nova Iorque com o produtor e também músico Roger Paul Mason (que já trabalhou com o Holger, o Dirty Projectors e o Mike Patton). “Unrest” foi lançado pelo próprio selo independente da banda, o Balaclava Records, em parceria com a Popfuzz Records e a Trama Virtual, dentro do projeto Álbum Virtual.

Ainda este ano, o baixista Anderson Lima deixou a banda, que ganhou dois novos integrantes: o baixista Martim Batista, que tocava no Zefirina Bomba; e o guitarrista Zeek Underwood, que fez parte do Ludovic e também toca no Fire Driven. O baterista Rafael Farah também integra a banda, desde a sua formação original. O agora quarteto está trabalhando em algumas músicas novas e fazendo DJ sets em festas de São Paulo. Eles prometem maiores novidades para o primeiro semestre de 2013 – tanto para a banda quanto para o selo deles, Balaclava Records, que recentemente lançou o primeiro disco do Medialunas (que se chama Intropologia e é uma belezura). Enquanto isso, divulgaram na internet os EPs “B-Sides Unrest”, divididos em Parte 1 e Parte 2. Os EPs trazem remixes, lados B e covers do disco de estreia e contam com  participação de convidados como o Roger Paul Mason, o Gabriel Guerra, do Dorgas; e as bandas Team.Radio (Recife) e Câmera (Belo Horizonte).


As músicas escolhidas pelo Fernando estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência!

A playlist:
1) Wild Nothing – Shadow
“O Nocturne do Wild Nothing foi o álbum que eu mais ouvi esse ano, disparado. Achei que atingiram um dream pop perfeito, todas as músicas funcionam e têm influenciado em novas composições minhas.”

2) Lee Ranaldo – Off The Wall
“A primeira vez que ouvi Off The Wall, do Lee, já criou muita expectativa em mim sobre o que seria o disco. Achei que ele acertou demais em convidar o Nels Cline do Wilco e outros caras incríveis para produzirem esse disco que, sinceramente, gosto muito mais do que muito material do Sonic Youth e do Thurston Moore solo. E achei que foi a chance de provar ainda mais, para quem não acompanha tanto o Sonic Youth, que ele é um excelente compositor e sabe fazer hits.”

3) Arctic Monkeys – R U Mine
“O Arctic Monkeys sempre foi uma banda de excelentes B-Sides, mas “R U Mine” foi tiro certeiro na direção que eles parecem querer seguir, e acho incrível a capacidade deles de sempre amadurecerem o som mas permanecerem facilmente reconhecíveis. O lado bad boy do Alex Turner deve vir com tudo no próximo disco.”

4) Tame Impala – Apocalypse Dreams
“Apocalypse Dreams não parece material gravado pós anos 2000. O Tame Impala não era pra ser dos nossos tempos, mas graças a deus é. Toda vez que eu escuto me impressiono de novo. Destaque pro momento em que a música tem um corte brusco e entram os sintetizadores, é como tomar LSD por tabela.”

5) Medialunas – Memorabilia
“O Medialunas, para quem não conhece, é um duo de Guaíba (RS) formado por Andrio Maquenzi (ex-Superguidis) e Liege Milk (Loomer e Hangovers). Com muito orgulho, o segundo lançamento da gravadora Balaclava Records, que iniciei este ano, foram os gaúchos. Orgulho não só pelo belo currículo de ambos e pela forte amizade desde que iniciei o Single Parents, mas principalmente por saber o enorme potencial deste projeto e saber que podem conquistar muita coisa se mantiverem firme o Medialunas. Esta música escolhida mostra a capacidade da dupla de fazer uma letra simples, em português, com sentimento e, de quebra, um sampler de My Bloody Valentine. Como não curtir?”

Mais sobre o Single Parents:
Site oficial
Soundcloud
Baixe o álbum “Unrest” de graça
Facebook
Twitter
Balaclava Records
Youtube

 

 

 

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Até a última ponta?

O Planet Hemp está de volta. Ressurgiu após uma década de hiato com turnê de 12 shows pelo Brasil e pelo menos mais uma apresentação agendada para 2013, no festival Lollapalooza. Isso não quer dizer que as atividades serão definivamente retomadas, e é bem provável que não sejam, já que os principais integrantes têm projetos simultâneos como as carreiras solo de Marcelo D2 e B Negão. Não há planos para gravação de material inédito. Então qual é o sentido deste retorno?

Essa pergunta surge não porque o Planet Hemp foi uma das bandas mais expressivas dos anos 90, mas sim porque ia além, com um engajamento que normalmente não vence os filtros do mainstream, e quando vence – como fez o Dead Fish, por exemplo – não costuma durar. Do sucesso do álbum Usuário (1995), passando pela prisão por apologia às drogas em 1996, ao derradeiro MTV Ao Vivo (2001) e o fim, em 2003, foram oito anos, um período de forte politização que, agora, não sabemos se pode renascer.

Basta buscar, nos arquivos, relatos de 2001, na reta final da banda em sua primeira fase. A Polícia fazia batida em fãs na porta dos shows e impedia a entrada de menores de idade. No palco, o Planet Hemp contestava tudo isso, enquanto defendia a legalização da maconha e falava mais. Em um show no DirecTv Music Hall (atual Citibank Hall), em São Paulo, por exemplo, D2 e BNegão leram um manifesto contra o governo de Fernando Henrique Cardoso, então presidente da República, e mostraram vídeo de massacre da PM contra os Sem-Terra no Paraná.

Antes de gravar o disco ao vivo, Marcelo D2 declarou, diante da então recente saída de Black Alien e do DJ Zé González: “vou continuar falando e falar até mais que antes. Agora, somos só nós que respondemos a nossos atos e ao que dissermos. Não vamos mudar uma vírgula”. Onze anos depois, no anúncio do retorno, em entrevista ao jornal O Dia, o discurso foi: “o Planet fez um trabalho do caralho, ainda bem que a gente voltou para relembrar isso e deixar clara a importância da banda, principalmente para nós mesmos”. O que se vê é um ode merecido a uma carreira de sucesso e, provavelmente, nada além disso.

Para 2012, nenhuma vírgula das músicas polêmicas mudou, e o discurso da maconha continua diluído nas letras de sucessos antigos como “Legalize Já”, “Mantenha o Respeito”, “Contexto” e “Queimando Tudo”. Pés de maconha crescem no telão enquanto a banda toca, e a apresentação começa com um vídeo de Gil Brother falando sobre a necessidade da descriminalização da erva. Mas parece pouco para uma banda com potencial incendiário, capaz de levar adiante a discussão cada vez mais urgente sobre a questão das drogas – principalmente da maconha.

Nos últimos 10 anos, quais foram os avanços legais da luta pela descriminalização no Brasil? Poucos. O último é de agosto de 2006, com a promulgação da Lei nº 11.343, que cria o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (SISNAD) e, entre outros efeitos, deixa a legislação mais severa para traficantes e menos para usuários. Mas o momento é propício. O Uruguai lançou projeto de lei para descriminalização, a França e alguns estados americanos cogitam o mesmo. O Brasil viu FHC lançar o documentário “Quebrando Tabus” (2011). E o Planet Hemp? Sequer vai participar do debate?

Independentemente da postura atual, é inegável a contribuição corajosa que o Planet deu à questão. Acontece que, há muitos anos, a banda prometia queimar tudo “até a última ponta”. Os fãs torcem para que ela ainda esteja acesa.

Black Alien se recusou a participar da reunião porque renega o discurso de apologia à maconha, entenda:

 

11 razões por que o QotSA é a banda mais foda do mundo

Som pesado, guitarras distorcidas, jam sessions no deserto e clima de chapação definem de cara o Queens of the Stone Age. A banda, formada em Palm Desert (Califórnia) em 1997, ajudou a popularizar o stoner rock e é conhecida por seu frontman, o vocalista/guitarrista/compositor Josh Homme – o único integrante original, já que o grupo passou por constantes mudanças de integrantes.  Antes de fundar o QotSA, Josh e o baixista Nick Oliveri (da formação original) passaram a adolescência tocando nos desertos dos EUA com o Kyuss (banda seminal para a geração stoner), o que influenciou muito as experimentações e sonoridade do QotSA. A banda já tocou no Brasil em 2001, no Rock in Rio; em 2010, no SWU; e volta em 2013 para uma aguardadíssima apresentação no Lollapalooza. Abaixo listo pra vocês as 11 razões pelas quais o QotSA é a banda mais badass do mundo!

1) Eles têm uma música que se chama I was a teenage hand model.

2) São expoentes do stoner rock e adoram fazer referências às coisas boas da vida como drink wine and screw.

3) O então baixista Nick Oliveri subiu ao palco peladão no Rock in Rio III. Foi aplaudido, vaiado, preso e solto. A apresentação da banda ainda não havia acabado quando oficiais de justiça tentaram entrar no palco para prender o baixista em flagrante. Enquanto isso, a produção do festival tentava contornar a situação – inclusive arranjando uma calça nos bastidores para o músico vestir. Mas Nick não conseguiu se livrar de uma audiência imediata no juizado de menores montado dentro da Cidade do Rock. A desculpa/indagação dele: “Ué, no carnaval de vocês não é assim? Pensei que em show de rock também pudesse”.

4) Eles fizeram uma música que é a repetição eterna da seguinte sequência de palavras: nicotine, valium, vicodin, marijuana, ecstasy and alcohol… c-c-c-c-c-cocaine! Sobre a famosa letra, o ex-baixista Oliveri disse: “É uma música com refrão colante; e não o tipo de música que diz ‘faça isso ou faça aquilo’. Mas ouça e faça o que quiser, que cada um aproveite sua própria vida”.

5) Foram expulsos do próprio show, em 2007, quando tiveram a brilhante ideia de tocar para internos de uma clínica de reabilitação, em Los Angeles. O motivo: abriram a gig com a música do item anterior (c-c-c-c-c-cocaine). O plano de Josh Homme de fazer um show de seis músicas teve um fim abrupto e caótico quando a banda foi interrompida antes de terminar a primeira canção e retirada à força pelos seguranças. A equipe da clínica ficou tão impressionada com o som de abertura que desplugou os equipamentos e convocou os seguranças para removê-los de imediato, sem negociação. Ironicamente, Feel good hit of the summer é usada pelo Departamento de Polícia do Colorado como trilha sonora de seus vídeos institucionais, demonstrando as consequências de dirigir sob efeito do álcool.

6) Seus álbuns são geralmente recheados de contribuições e participações de um monte de nomes fodões, como o Jesse Hughes do Eagles Of Death Metal, Trent Reznor do Nine Inch Nails, Julian Casablancas do Strokes, Billy Gibbons do ZZ Top e, é claro, o Dave Grohl do Foo Figthers, que já gravou com eles o cultuadíssimo Songs from The Deaf e também participa do sexto álbum da banda.

7) Eles tem uma ~love song~ que, apesar de ser bonitinha, é bem direta e toca no ponto: “Eu quero comer você”. Como o próprio Homme já disse, this song is about fucking:

8) Eles incentivam idiotices e não têm limites quando estão em estúdio. O próprio Grohl entrega: “Se você por acaso resolver fazer algo absurdo, eles mandam você fazer mais. Nesse último disco eu fiz algo tão ridículo que pensei que o Josh jamais me deixaria gravar, mas quando mostrei pra ele, me mandou repetir por 45 segundos – o que acabou virando uma grande parte de uma música. Eles trabalham assim”.

9) Eles fazem música no deserto, literalmente. O deserto fica por conta do estúdio Rancho de la Luna, em Joshua Tree, localizado no deserto de Mojave. Fundado em 1993 por Fred Drake e David Catching, o estúdio é bem caseiro mesmo, do tipo em que a bateria é gravada na sala de estar, os amplificadores empilhados no banheiro e Catching cozinha para a galera. Segundo o vocalista: “É um bom lugar para tocar. No deserto, no escuro, com orgias na nossa cabeça. Podemos fazer um churrasco, tomar uns drinks e talvez fazer música”. Aliás, o próximo álbum da banda é descrito por Homme como “uma orgia no escuro do deserto”.

10) Eles pedem para os fãs montarem o seu setlist. Para o Glastonbury deste ano, a banda pediu aos fãs que elegessem suas 10 canções favoritas, que eles tocariam no festival. Bastava acessar um site e escolher as suas favoritas entre um catálogo de 50 canções do QotSA e voilá!

11) Seus clipes também são fodões. Tipo o vídeo para 3’s and 7’s, que poderia facilmente ser um trecho retirado de algum filme do Tarantino:

 

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NTR Convida #8 Guilherme Pires (Aesthetische)

 

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério), o NTR te traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

 
O convidado da semana é Guilherme Pires, integrante do duo de música eletrônica Aesthetische (que se lê “Aestétish”).

A Aesthetishe foi fundada em agosto de 2011 por Guilherme Pires e Fabricio Viscardi. O som é temperado por anos de experiência na música eletrônica, tem raízes no EBM e industrial. Guilherme e Fabricio fundaram no início dos anos 90 uma das bandas mais importantes do cenário industrial no Brasil, a Aghast View, a primeira banda do interior do estado de São Paulo a ter notoriedade de nível nacional e internacional, numa época onde ninguém podia se apoiar muito na tecnologia e na internet, em iMacs, iPads ou autotunes da vida.

As músicas escolhidas pelo Guilherme estão no player acima. É só clicar  para ouvir todas na sequência!

A playlist:

1. IAMX – The Unified Field
“Vou começar com uma banda que, na minha opinião, é uma das mais interessantes da atualidade. O líder, Cris Corner, era do Sneaker Pimps, banda precursora do Trip Hop. Esse é o seu mais novo single, cada vez que escuto, gosto mais.”
2. Ministry – Watch Yourself (Renholdër Remix)
“MINISTRY! Falar o que do Ministry… inspiração em todas as suas fases. Industrial na veia. Esse remix é du c…”
3. RECOIL – The Killing ground/Never let me down again
“Aqui já coloco 2 em um, Depeche Mode + Recoil (projeto do Alan Wilder ex-DM). O cara simplesmente estava nos melhores discos do Depeche Mode e ainda continua fazendo um som de tirar o chapéu.”
4. Crystal Castles – Plague
“Esse duo é bem legal. Som bem sombrio, low-tech e bem feito eu acho sensacional!”
5. Reizstrom – Winners & Losers
“Uma das novas bandas da cena EBM. Música muito poderosa num estilo oldschool, mas modernizado.”

O último disco da dupla, Powerswitch, foi lançado em 2012 pela gravadora belga Alfa Matrix e está disponível para compra pelo iTunes e pela Amazon para download.

Para quem quiser conhecer o som do Guilherme, tao aí a Fan Page e o Soundcloud com previews das músicas do álbum Powerswitch: Facebook da Aesthetische

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NTR Convida #7 Bruno Guerra (Strange Music)

 

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério), o NTR te traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

 
O convidado da semana é Bruno Guerra, frontman da banda Strange Music. Strange Music é um projeto de música experimental que surgiu de misturas de instrumentos variados, como guitarras de rock alternativo e batidas eletrônicas feitas em PCs antigos. Com influência de Sonic Youth e Daft Punk, o grupo (até então uma dupla) gravou em 2006 seu disco de estreia “For Ordinary People”.

O duo ganhou seu terceiro integrante em 2007, lançou mais um disco independente com composições próprias e se apresentou em diversas casas em SP e até em eventos com Frejat e Lulu Santos. O som da banda é tranquilizador e ao mesmo tempo instigante, prendendo a atenção com seus arranjos e melodias sempre bem construídas. Vale conferir as “músicas estranhas” do grupo, assim como a playlist fantástica que o Bruno fez para o NTR, a seguir.

As músicas escolhidas pelo Bruno estão no player acima. É só clicar  para ouvir todas na sequência!

A playlist:

1. Kaki King – Gay Sons of Lesbian Mothers
“Essa aí me inspira muito como guitarrista, além de fazer músicas muito boas pra relaxar. Tem disco novo dela na praça (Glow, 2012).”
2. Alt-J – Breezeblocks
“Banda nova que faz um som bem diferente daquilo que ouvi este ano. Fora o clipe, que é sensacional.”
3. Criolo – Subirusdoistiozin
“Demorei pra gostar do Criolo, mas agora ando ouvindo bastante. Praticamente a única coisa nacional bacana que escutei ultimamente. A voz dele é muito agradável e as construções melódicas são bem interessantes.”
4. Cemeteries – Summer Smoke
“Esse aí é um moleque de Buffalo (NY, EUA) que faz um som meio fantasmagórico e bonito. Ele grava tudo sozinho. Tem disco novo dele saindo logo mais (com essa música aí).”
5. The Internet – Cocaine
“Esse projeto é cria do Odd Future (coletivo do Tyler The Creator e comparsas). Fazem um trip-hop contemporâneo e contagiante (ainda que estranho, como tudo o que vem dessa turma).”

Por onde anda a banda do Bruno:
www.strangemusic.com.br
Facebook, Twitter, Youtube, SoundCloud
Trama Virtual – Aqui você pode ouvir e baixar de graça os discos e EPs da banda, na íntegra.

 
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Cool Covers: Creep

 
Dá pra ver por este, e pelo meu último post, que estou ouvindo pouco Radiohead. É uma das bandas na minha lista “Bandas favoritas de todos os tempos que nunca me canso de ouvir”, ainda faço um Top 7,5.

A música Creep foi a estreia do Radiohead, primeiro single e maior sucesso do álbum Pablo Honey, de 1993. Platéias dos primeiros shows da banda apresentavam pouco interesse nas outras músicas da banda, fato que fez com que Creep começasse a ser renegada pelo Radiohead, até ser excluída de vez do repertório da metade para o final dos anos 90, só sendo tocada ao vivo novamente em 2001. Quase uma Anna Julia, não é verdade? Mas só quase.

Assim como o clássico-amado-e-odiado Anna Julia, centenas de milhares de versões da música circulam por aí desde os primórdios da internet, sempre carregadas de muita emoção dos intérpretes. Nenhuma das versões ganha da original, na minha opinião, mas mesmo assim selecionei as minhas preferidas.


 
A cantora Daniela Andrade tem o dom de fazer covers que muitas vezes deixam as canções originais no chinelinho, só com a voz doce e viciante e um violão. Lindo!

Eliza Doolittle faz cover de qualquer coisa, em qualquer lugar. Yellow (Coldplay) na van, Fuck You (Cee-Lo Green) no camarim e tantas outras. Belo cover de Creep no Hyde Park em Londres.

O vocalista Lukas Rossi participou do reality show Rock Star: Supernova, de 2007, que tinha como objetivo escolher um lead singer para o super grupo de mesmo nome formado por Tommy Lee (Mötley Crüe), Jason Newsted (ex-Metallica) e Gilby Clarke (ex-Guns N’ Roses). A apresentação de Creep ficou reduzida, devido ao formato das músicas no programa, mas ainda assim é uma das minhas preferidas. Ah, o Lukas venceu o reality e gravou um disco bacaninha com o Supernova.

Esta não é a melhor versão, não tem o melhor vídeo, está meio desencontrada e confusa, mas adorei o esforço coletivo junto da banda Weezer para gravar esse cover. Weezer, que fez um cover fantástico de Paranoid Android também.

O vídeo a seguir não se encaixa na categoria em questão no post, mas eu tinha que colocá-lo aqui. Trata-se de uma homenagem da fantástica série de desenhos depressivos Low Morale, utilizando uma versão acústica de Creep, pelo próprio Radiohead (ou Thom Yorke sozinho). O vídeo capta muito bem a agonia e tristeza presentes na música. Um dos melhores clipes-que-não-são que eu já vi.

 
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Toda a discografia dos Beatles em vinil

 
Hoje em dia, o vinil já voltou à moda e virou objeto de desejo entre os amantes da música. E olha que custa caro, hein… tirando grandes achados usados em sebos, um disco novo custa em média R$ 80 nas grandes livrarias e megastores brasileiras.

Então, se você adora vinil e ainda por cima é beatlemaníaco, recomendo que pare de ler esse texto por aqui, em prol do bem estar do seu décimo terceiro salário. É sério!

Abaixo, uma foto do Ringo comendo uma maçã, para provar que eu estou falando sério.

Ok, eu tentei… foi lançada uma caixa especial com a discografia completa dos Beatles em vinil de alta qualidade 180 gramas. A discografia completa já havia sido relançada em CDs com áudio remasterizado em 2009 e, agora, chega em discos.

O box especial de vinis inclui os 12 álbuns originais britânicos, mais o norte-americano Magical Mistery Tour e os lados B e raridades da coletânea Past Masters (volumes 1 e 2). A caixa com a discografia completa em vinil tem tiragem limitada, com apenas 50 mil cópias em todo o mundo. As capas e encartes são reproduções fiéis dos originais, a embalagem é linda e, ainda por cima, vem com um livro especial de capa dura, ilustrado com muitas fotos legais da banda, que conta detalhes da criação e da gravação dos discos.

Dá uma espiadinha e vai babando com essa belezura:

Já dá para comprar o box pela Amazon dos EUA e da Inglaterra. A versão norte-americana custa 319 dólares (cerca de R$ 680) e a inglesa, 300 libras (cerca de R$ 930). Aproveite se tiver um amigo ou parente viajando pela gringa para encomendar, porque, se resolver comprar pela internet, ainda vai ter de arcar com custos de frete e impostos de importação. Sim, amigos, é uma pequena fortuna. Nos EUA, os discos também poderão ser comprados separadamente. Um presente de natal dos sonhos para qualquer fã de Beatles ou colecionador de vinis.

Ah, e tem mais uma coisa super legal: lançaram um site com a coleção toda para você “testar”. O site é lindo e funciona como uma vitrola de verdade, você escolhe o disco na prateleira, manda tocar e pode ver o vinil girando sob a agulha. Demais! Tem todos os discos do box na íntegra para conferir. Infelizmente, as músicas não tocam inteiras – só o comecinho de cada uma, como se fosse uma “amostra”. Mas já vale a pena para lembrar dos clássicos sucessos do Fab Four e, escutando os discos na sequência, de acordo com sua data de lançamento, é muito interessante perceber a evolução da banda – que é, provavelmente, a mais importante e influente do mundo.

Sinceramente, o site me chamou mais a atenção do que o próprio box. Passei horas brincando com isso aqui:

Acesse e divirta-se: http://beatles.com/vinyl/

 
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