Katy Perry | Prism

Há pouco mais de um mês, Katy Perry lançou “Prism”, seu quinto CD depois que assumiu o novo sobrenome. Mas, e aí, vale a pena mesmo ouvir?

Lançado no final do mês passado, Prism vazou na internet, teve clipe polêmico, ganhou disco de platina no Brasil e os singles “Roar” e “Unconditionally” (que ganhou um vídeo lindo!) já estouraram de vez.

Juntando tudo isso aí de cima, acho que vale a pena espiar o que ela andou fazendo, né?

Katy Perry | Prism

Capitol Records / 22 de outubro de 2013 / Pop

Katy Perry | Prism

Faixas:

1. Roar
2. Legendary Lovers
3. Birthday
4. Walking On Air
5. Unconditionally
6. Dark Horse
7. This Is How We Do
8. International Smile
9. Ghost
10. Love Me
11. Double Rainbow
12. By The Grace Of God

 

4,0/5

“Resumão da história: em um ano sem muita movimentação das cantoras pop, Katy aproveitou e fez um CD bacana com singles-chiclete-bons-de-karaokê e que agrada os fãs. Em “Roar” manteve uma pegada cômica e lúdica, enquanto “Unconditionally” é sentimental e forte, o que reflete em ambos os vídeos da cantora.”

É pra quem gosta de:

Rihanna, Lady Gaga e Demi Lovato

Tem que ouvir:

Roar – Unconditionally

Pode pular:

Legendary Lovers – Birthday – This Is How We Do

Será que o John Mayer também gostou do resultado? 😉

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Cool Covers: Blurred Lines

Peitos e bundas fazem parte do nosso cotidiano tão massivamente quanto trânsito em São Paulo, academias no Rio de Janeiro ou o mangue em Recife que acabam sendo banalizados. Eles passam, são empurrados e esfregados na nossa cara, mas a gente nem dá bola mais porque é uma coisa tão costumeira que nem nos chama mais a atenção.

Isso acaba tirando o nosso sendo crítico e, às vezes, não conseguimos enxergar logo de cara como uma imagem/vídeo pode ser ultrajante e sexista. Quando isso acontece, um exercício simples para “ligar” a nossa capacidade de julgamento é inverter os gêneros. Ao fazer essa troca de papéis das representações de gênero o homem assume a posição feminina tradicional e vice-versa.

Muitas vezes, é preciso fazer esse exercício mental (no caso, de imaginar homens com ~roupas provocantes~ e fazendo cara de desejo) pra se dar conta do absurdo a que somos expostos e pra ver como o que era pra ser sensual sem ser vulgar, na verdade, é ridículo e patético.

Uma música que se encaixa muito bem nesse contexto é o hit “Blurred Lines” de Robin Thicke. Quando você escuta o som pela primeira vez é muito fácil se viciar na batida pop chiclete com direito a um “hey hey hey” que você fica cantando o dia inteiro. Mas basta prestar atenção no videoclipe e na letra para constatar como a ela é perversa com a mulher, pois a retrata como sendo altamente sexual e submissa e o homem como dominante e agressivo. A música chegou até a ser banida por estudantes de Edimburgo por considerá-la um incentiva ao estupro por conter versos como: “I’ll give you something big enough to tear your ass in two”.

Para esse Cool Covers escolhi uma versão que faz justamente essa troca de papéis que citei anteriormente: o grupo Mod Carousel parodia a canção de Robin Thicke promovendo a inversão de gêneros. O resultado é incrível porque a gente está tão calejado de ver peitinhos por aí que um a mais ou um a menos não faz diferença, mas quando é um homem que se coloca nessa posição, aí a gente se dá conta de como a mulher é objetificada e do quão ridícula, absurda e misógina é essa situação.

NTR Convida #42 Alexander de Almeida

alexander-rei-camaroteBrasil: país do futebol, do samba e do Carnaval, da Amazônia e do Cristo Redentor, de Luciano Huck e de Eike Batista e, agora, de Alexander de Almeida, o Rei do Camarote.

Fomos atrás da celebridade mais badalada (trocadilho intencional) do Brasil esta semana, e conseguimos* que o dono da Ferrari e das melhores roupas das melhores marcas nos enviasse as 5 músicas que não podem faltar nos melhores camarotes e nas melhores baladas. É uma playlist de apenas 5 músicas, mas, segundo o Rei, poderia facilmente ir até o infinito.

 

1) Frank Ocean – Super Rich Kids
“Bem, eu nem sei direito quem é esse rapper. Me parece uma espécie de novo Jay Z ou Eminem. Anyway, sempre que o DJ solta “Super Rich Kids” nas baladinhas topíssimas de Hip Hop/Black não tem como não se identificar.”

2) Corona – Rhythm of The Night
“Clássico das minhas mais memoráveis Flash Nights. Adoro baladas flashbacks. Essa Corona tem um quê de Rihanna, não tem? Meus seguranças também adoram.”

3)  Zé Ricardo e Thiago – Sinal Disfarçado
“Olha, não é o meu forte, essa coisa de se vestir de Cowboy e até acho a letra meio pesada, mas é o que está em evidência não é mesmo? Dizem que eu tenho um gosto eclético demais, chega a ser estranho. Mas eu acho isso uma IN-VE-JA.”

4) Bonnie Tyler – Total Eclipse of the Heart
“Para os momentos a dois, não há nada melhor que as coletâneas Love Songs. Gosto muito dessa canção, agrega muito durante o meu amorzinho.”

5) SunStroke Project – Run Away (Epic Guy Sax Remix)
“Se eu fosse um instrumento, seria um Sax. Ou melhor, se tocasse algum instrumento eu seria como esse saxofonista. Poderia tocar de 5 minutos até o infinito: 1 hora, cinco ou dez.”

Mais Alexander de Almeida

agrega

Vídeo Original
Dura vida após a Fama
Verdade ou mito -Braincast


*Disclaimer: Lista e depoimentos fictícios, Alexander não criou uma lista para o NTR (ainda).

10 motivos para você não perder o show do Yeah Yeah Yeahs

*Texto escrito com colaboração da Thássya Macedo que também pira em YYY.

A grande atração da noite é o Red Hot Chilli Peppers, mas tem muita gente que está é mesmo com o coraçãozinho apertado ansiando pela segunda passagem do Yeah Yeah Yeahs no Brasil. O primeiro e único show da banda em terras tupiniquis foi em 2006, no falecido Tim Festival, pela turnê do “Show Your Bones”. Sete anos depois, o YYY é praticamente outra banda (compare aqui o setlist de 2006 com o show mais recente da banda, na Argentina) . Mas a Karen O continua a musa-indie-suprema-japa-lôki-descolex-explosiva que capricha no figurino cheio de macacões esquisitões e, pra mim, o YYY continua sendo tipo uma paixão adolescente que, como todo amor inconsequente, quase me seduziu e me fez deixar de prestar vestibular pra gastar a grana da inscrição com os ingressos do seu primeiro show por aqui. É por isso que listamos os 10 motivos pelos quais estamos ansiosos por esse show e porque, se eu fosse você, não o perderia por nada:

1) Karen O por si só já é um excelente motivo. Ela canta, escreve letras, elabora trilhas sonoras de filmes, faz performance e ainda desenha as estampas das camisetas da banda que estão no site oficial;

2) Aliás, todos os integrantes da banda tem projetos em paralelo nos quais são muito bem sucedidos, o que só comprova o talento de todos ali no palco;

3) Eles são uma das poucas bandas que fazem rock porque amam e acreditam no que fazem;

4) Tem músicas para todos os gostos – tem aquela que foi feita só pra vc curtir o momento e balançar o esqueleto, tem aquelas que vão te pensar naquela pessoa que partiu o seu coração  e tem as que te elevam para uma concepção nova da vida;

5) Você vai poder pular, gritar e se emocionar 74627423013923014738462423 vezes em menos de uma hora;

 

6) Eles não são banda de uma música só. Então, na hora do BIS, qualquer coisa que eles tocarem já vai ser dugrandecaraleo e não vai ter gente enchendo o saco pedindo pra tocar “essa ou aquela”;

7) Eles não usam playback e o figurino da Karen O é meio que baseado em Elvis e Michael Jackson;

8) Ver a Karen O fazer isto com o microfone:

9) Os fãs do YYY geralmente são fãs porque entendem de boa música e não por modinha besta, então a chance de você aumentar sua rede social com pessoas realmente interessantes enquanto estiver na fila é altíssima;

10) Se vc conhece a expressão “linda, loira e japonesa”, bom, vc vai ter uma no palco bem na sua frente.

Eliza Doolittle | In Your Hands

Eliza Doolittle| In Your Hands

Parlophone Records Limited / 11 de outubro de 2013 / Pop, Soul, R&B

Eliza Doolittle | In Your Hands

Faixas:

1. Waste of Time
2.Back Packing
3. Hush
4. Let It Rain
5. No Man Can
6. Walking On Water
7. In Your Hands
8. Checkmate
9. Team Player
10. Make Up Sex
11. Don’t Call It Love
12. Big When I Was Little 
13. Euston Road
14. Missing Kissing
15. One in Bed
16. Rubbish Cans

 

3,0/5

“Não diferente de seu disco de estreia, In Your Hands é calcado no Soul/Pop. Faixas com grande destaque para sopros e piano fazem o disco consistente, sem grandes altos e baixos. Pode-se notar uma clara evolução em relação às composições, aqui um pouco mais sérias. Nada como a carga de Amy Winehouse ou Adele, mas ainda sim soa natural e sem exageros.”

É pra quem gosta de:

Joss Stone – Lily Allen – Kate Nash

Tem que ouvir:

Waste of time – Checkmate – Big When Was Little

Pode pular:

Walking on water – Don’t Call It Love – Missing Kissing

NTR Convida #41 Gustavo da Mata (Índios Nativos Valvulados)

Às sextas-feiras o NTR traz a seção “Convida”, onde músicos convidados ditam o som para você começar o final de semana na pegada!

6833146880_9f2d1082f5_cA playlist da semana fica por conta do guitarrista Gustavo da Mata, da Índios Nativos Valvulados, banda que faz com maestria a mistura do samba, bossa nova, jazz e consegue até pincelar um pouco de punk na mescla.

Conheci a banda quando estava vendo as novas “curtidas” na fanpage do NTR, onde vi o perfil do Gustavo. Fiquei um dia inteiro repetindo as 4 músicas que compõem o primeiro EP da banda “Isso é tudo sobre ela”. A voz do vocalista Daniel Barreto parece que nunca cansa os ouvidos e as melodias são extremamente bem construídas. A única coisa ruim da banda é que eles não tem mais músicas pra gente ouvir.

Vamos à playlist do Gustavo. Aproveitem!

1) The Verve – Bitter Sweet Symphony

“Colossal! É essa sensação de grandiosidade que a Bitter Sweet Symphony me traz, sempre me vem uma ideia, um momento quando a ouço, uma ideia cinematográfica, soa como o som da “vitória” para mim, com certeza minhas conquistas estarão acompanhadas por essa sinfonia e tem um fato curioso que envolve o Rolling Stones, que a torna mais emblemática.”

2) Os Mutantes – El Justicero

“Difícil falar deles considerando sua importância, nessa música o que mais me impressionou na época, quando eu tinha uns 15 anos, foi a temática hispânica, ficava imaginando como foi o processo de criação e de onde havia surgido a idea, dai surgiu um aprofundamento no trabalho dos Mutantes. Com certeza uma banda atemporal.”

3) Vinícius de Moraes – Carta ao Tom 74

“Tenho uma admiração incondicional pelo Vinícius, e essa música em especial por ser uma carta ao Tom. Vejo todas as cenas, seguindo as estrofes da música, a boemia, os amores, Rio, copacanaba, e nela é falada a Rua Nascimento Silva 107 que quando eu fui ao Rio, pela primeira vez, passei por lá, da onde saiu uma década de canções e a Garota de Ipanema.”

4) Zaz – Je Veux

“Com certeza, é a melhor artista que vi nos últimos anos, tem uma pluralidade musical incrível e admirável, nos álbuns dela existe uma diversidade de estilo muito grande, algumas das músicas dela fico com a sensação de querer ter feito. A Zaz tem canções em francês, italiano, português, espanhol e talvez outra que eu não saiba.”

5) The Vines – Outtathaway

“Essa foi a banda que me fez querer ter banda, lembro bem da sensação de ouvir o primeiro álbum, era incrível mesmo, mas a banda foi perdendo a “mão” e vocalista se complicando na sua Síndrome de Asperger. Ainda hoje é presente na minha musicalidade influências do The Vines.”

 

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