O bom filho à casa torna

Os Arctic Monkeys voltaram pra Sheffield – essa cidade pequena, no norte da Inglaterra, é onde eles cresceram e formaram a banda. Eles estão lá desde meados de dezembro e têm trabalhado sem pressa em um novo disco – foi o que o próprio Alex Turner disse para o jornalista Shamir Masri, da BBC local.

Há quem diga que eles ficaram americanizados, morando em Los Angeles e viajando o mundo em turnês – de fato, o sotaque inglês nortista foi suavizado. Por isso, essa volta às origens para trabalhar em um disco novo aumenta ainda mais as expectativas em torno do álbum. O último lançamento do Arctic Monkeys foi o aclamado AM, de 2013 (pois é, já faz tempo!). Estamos aguardando o disco novo ansiosamente. 😉

Enquanto isso, de volta às suas casas e à sua cidade natal, a banda aproveita para rever família e amigos e, como bons ingleses, beber nos pubs locais (imagina que louco você estar num barzinho qualquer do bairro e dar de cara com o Alex Turner).

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Fonte: Consequence of Sound

NTR Convida #50 The Madrugas

Hoje o NTR recebe a banda indie-rock The Madrugas, conhecida da comunidade universitária de São Carlos, interior de São Paulo. Conheça um pouco da história dos caras e a seleção que eles fizeram para o NTR para agitar a sexta-feira pós-carnaval!

Primeiros passos e integrantes

A banda foi formada em meados de 2011, na cidade de São Carlos, onde os membros do grupo estudavam na época. Augusto, então estudante de Engenharia da Computação na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), procurava integrantes para montar uma banda quando encontrou Fábio (Fabinho) e Caio, baterista, via Orkut (sente a nostalgia!). Para completar a banda, juntou-se aos meninos o baixista Thomás, que dividia apartamento com o Augusto.

Formação original da banda (2011)

Formação original da banda,  ainda com Thomás (2011)

A proposta era simples: tocar Strokes, Arctic Monkeys, Kings of Leon, Franz Ferdinand e afins, um indie-rock de primeira para o público universitário de São Carlos. “Sempre que íamos a eventos universitários de rock, percebíamos que as bandas tocavam heavy metal e hard rock, mas, mesmo gostando desses estilos também, sempre tivemos preferência pelo indie. Por sentirmos falta de bandas que tocavam esse estilo, resolvemos abraçar a causa”, conta Augusto.

No mesmo ano, a banda já ingressou no circuito universitário da região, tocando em festas organizadas pelos centros acadêmicos de todos os cursos dos campi da USP e UFSCar. Em 2012, Caio saiu da banda, deixando o lugar para Victor Ferrari (vulgo Vitão ou Odalisca).

Com ele, a banda retomou os ensaios e a rotina de shows pelos pubs, bares e festas, mas, com a mudança de outro integrante para o exterior (dessa vez, Thomás),  a banda voltou à ativa com um novo baixista, Guerra.

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Formação atual, com Fabinho, Vitão, Augusto e Guerra (2013)

The Madrugas?

O nome da banda foi escolhido no apuro, quando os caras foram chamados para fazer o primeiro show. Sem nome e com a pressão dos organizadores do evento, cogitaram batizar a banda de “Pelicanos” ou “Vizinhos”, mas o nome que vingou foi “The Madrugas”. “Foi um nome que pegou, tipo amor à primeira vista; e caiu na simpatia do público rapidamente! Fora que eu sou mega fã de Chaves (risos)”, conta Augusto. “Nas apresentações, levamos alguns bonecos do Seu Madruga para prendermos nos pedestais dos microfones. São sempre um sucesso!”, completa.

No momento, a banda prepara seu novo repertório para iniciar a temporada de shows de 2014, que começará agora, após o carnaval.

Você confere a playlist ali, no topo do post. Abaixo, as músicas escolhidas pelos nossos convidados:

Victor Ferrari – “Vitão” (bateria e vocal):
1) Arctic Monkeys – Settle for a Draw
Influências: The Beatles, The Libertines, The Velvet Underground, Neil Young e Wilco.

Vitor Guerra – “Guerra” (baixo):
2) Fora Mônica (Vivendo do ócio)

Influência: Blink 182.

Fábio Alexandrino – Fabinho (guitarra e vocal):
3) Spaceman – The Killers
Influências: The Strokes

Augusto Knijnik (guitarra e vocal):
4) Jake Bugg – Kingpin
Influências: Arctic Monkeys, Kings of Leon, Jake Bugg, Beatles, Blink 182, Green Day e Franz Ferdinand

Escolha da Banda:
5) Under the Cover of Darkness (The Strokes)

Gostou da banda? Anote aí os contatos 🙂
www.facebook.com/themadrugas

Vá ao Lollapalooza sem ouvir as bandas que não conhece

Não ouça as bandas que não conhece antes de ir ao Lollapalooza. Simplesmente não ouça.

Se você comprou só pra ver o Foo Fighters no dia 7, sábado, então ouça muito Foo Fighters. Ouça os álbuns antigos, relembre os sucessos e dê risada com os clipes engraçadões como “Everlong”, “Breakout” e “Long road to ruin”. Escute o último Wasting Light (2011) imaginando como vai ser na hora em que a banda abrir com “Bridge Bruning”. Aprenda a letra e esteja preparado pra gritar o primeiro verso (“these are my favourites last words”) se Dave Grohl prefrir jogar para o público. Senão, tudo bem: cante junto e alto.

Decore as letras e até assista shows dessa turnê (digite “full concert no youtube, e um novo universo se abrirá). Descubra o que eles costumam fazer em determinadas músicas e já entre no clima de antemão. Faça isso também com o Jane’s Addiction – o Perry Farrel nem aguenta mais cantar mesmo. E também com o Artic Monkeys, headliner do dia 8, domingo. Assim, quando eles tocarem “I bet you look good on the dance floor” e o vocalista Alex Turner cantar “and your shoulders are frozen”, você vai poder responder “cold as the night”.

Dificilmente haverá alguém no Lollapalooza que não conheça essas bandas. Mas se você não conhece Cage the Elephant, Band of Horses e TV on the Radio, não escute-as com antecedência, como se pudesse abrir um catálogo e dizer “vejamos o que temos aqui”. Muito menos faça isso com bandas como Gogol Bordelo, MGMT e Foster the People. As chances de você ouvir cinco minutos de som, achar monótono e passar para a próxima são enormes. O que também pode acontecer, e que seria ainda pior, é arraigar um pré-julgamento que pode atrapalhar o show.

Dê a oportunidade a si próprio de vê-las pela primeira vez no palco, onde toda banda se mostra da forma mais verdadeira: sem loopings, transposição de vozes, equalizadores e efeitos artificiais extenuantes. No palco, eles fazem acontecer – ou pelo menos deveriam. Permita-se conhecê-las de forma mais intensa, com a vibe do público, do som ao vivo, dos erros de notas e da postura dos músicos. E entre no clima.

Saiba usar a expectativa. Pode ser que alguns shows sejam uma merda ou as bandas não sejam do seu gosto. Mas pelo menos vai poder dizer algo sobre elas muito além de “eu ouvi uma música lá, de um album e tal. E não gostei”. Mas se curtir,  vai ser como um tapa da cara, com aquela excitação de conhecer mais, ir atrás e achar aquela música com aquela parte em que o vocalista fez isso, o público cantou e o show veio abaixo.

Escute as bandas do Lollapalooza que não conhece na hora certa.

 

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