NTR Convida #21 Luis Haruna (João e os Poetas de Cabelo Solto)

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

 
O convidado da semana é o primeiro trompetista que passa por aqui. Luís Haruna toca trompete e faz backing vocals na João e os Poetas de Cabelo Solto, banda que nasceu em 2007 fazendo shows cover de Los Hermanos em festas universitárias e evoluiu, naturalmente, até o lançamento do primeiro cd próprio, homônimo, em março de 2012.
joão e os poetas de cabelo solto
Conheci a João e os Poetas através de uma bela coletânea de tributo a Los Hermanos, chamada Re-Trato, onde contribuíram com um digníssimo cover da música É de Lágrima. Participaram da mesma coletânea nomes como Cícero, Velhas Virgens, Tiago Iorc, Maglore e vários outros igualmente sensacionais.

Outra coletânea de que os caras fizeram parte – e vale a pena ser conferida -, foi uma homenagem a The Strokes, entitulada Is This Indie, onde dividem a lista de faixas com Vivendo do Ócio, Vespas Mandarinas, Jennifer Lo-Fi e outros.

As músicas escolhidas pelo Luis estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência.

A playlist:
1) The Beatles – Penny Lane
“O mais difícil de indicar um som do Beatles é descobrir qual delas escolher, mas ‘Penny Lane’ traz o que é de bom em uma música pop. Uma ótima melodia, arranjo com uma instrumentação muito bem combinada soando simplicidade e um refrão que fica nas nossas cabeças. Além disso, a ótima letra traz imagens e sensações de um lugar totalmente amigável com um tom nostálgico de boa vizinhança. Me faz lembrar minha infância ou uma sensação de como vida podia ser hoje!! Uma das melhores dos caras!!”

2) Dave Matthews Band – Ants Marching
“Junto com Beatles, Dave Matthews Band está sempre presente em alguma playlist semanal minha. Acho a banda tecnicamente fenomenal e as improvisações tornam cada show diferente do outro. ‘Ants Marching’ fala da vida em uma metrópole e como somos pequenos perante ela, sensação corriqueira pra quem mora em São Paulo, como eu. O riff de sax com violino no começo faz toda a diferença na música, além das batidas de Carter Beauford, um dos melhores bateristas que já vi tocando ao vivo. Ela está no primeiro álbum “Under the Table and Dreaming” que, junto com “Crash”, são os meus discos preferidos dos caras.”

3) Bruce Springsteen & The E Street Band – Rosalita
“Aquela história do amor de uma mulher com um homem prestes a virar Rock Star, tudo feito com uma energia insana. A sinergia entre a voz de Springsteen com a The E Street Band é empolgante, com destaque para as linhas de sax de Clarence Clemons. Coloco esse som junto com ‘Born to Run’, ‘Thunder Road’ e ‘Born in the USA’ como os melhores de Springsteen.”

4) Gilberto Gil – Back in Bahia
“Sou fã da musica baiana. Desde as composições de Gil, Caetano e Tom Zé, as vozes de Betânia e Gal, a inovação dos Novos Baianos e as batidas do Olodum. Sem falar ainda da Bossa Nova de João Gilberto, baiano de Juazeiro. ‘Back in Bahia’ traz a saudade de Gil de sua terra natal durante seu exilio na época da ditadura militar e, por consequência, todas as boas sensações e lembranças de quem uma dia já visitou a terra baiana, e tudo arranjado em um bom rock. Uma das melhores músicas da discografia de Gil.”

5) Cartola – Corra e Olha o Céu
“O samba mais bonito que já ouvi!! A melodia por si só já dá o tom da música, mas a letra apaixonada torna ela fenomenal.”

Mais João e os Poetas de Cabelo Solto:

Site da banda
Fanpage oficial da banda

 

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Esse é o país que vai sediar a Copa, Pt. 1

 
Bem, amigos, como já é sabido, o Brasil é o próximo país a sediar os maiores eventos esportivos do planeta: a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Além das centenas de profissionais que atuam dentro e fora dos campos, quadras e ginásios, milhares de pessoas trabalham para que a abertura e o encerramento desses eventos sejam um verdadeiro espetáculo.

Além dos dançarinos, alegorias, fogos e papel picado, temos as esperadas apresentações musicais. Mais recentemente tivemos a oportunidade de assistir Rihanna, Jay Z e Coldplay no encerramento dos Jogos Paraolímpicos, um p*ta show.

Nessa onda dos shows de encerramento, surgiu uma dúvida: quem seriam os possíveis artistas nacionais a tocar em uma cerimônia de encerramento da Copa do Mundo de 14? Pegando o gancho dos Jogos Paraolímpicos, resolvemos dividir os artistas em trios, e a cada semana iremos apresentar um deles a vocês. Quem sabe alguns dos trios não acaba mesmo participando da cerimônia. 🙂

E para começar vamos com o trio mais óbvio:

Trio #1: O óbvio

>> Michel Teló
>> Ivete Sangalo
>> Gilberto Gil

Para compor um trio óbvio, pensei em 3 critérios que seriam indispensáveis: popularidade (1), o que dá vantagem para artistas conhecidos internacionalmente. Estilo (2), que dá vantagem a ritmos mais característicos, leia-se “estereotipados”. E, por último, a conveniência (3), que tira do páreo artistas que gostam de letras mais politizadas, que tenham algum tom de protesto e que não falem sobre as maravilhas do país.

Nos 3 critérios, Teló, Ivete e Gil levam vantagem sobre outros artistas. Provavelmente você não morre de amores por qualquer um dos 3, mas vamos às explicações: Michel Teló simplesmente tem uma das músicas mais executadas dentro e fora do país. Mesmo se ele parar de tocar hoje, o mundo ainda vai cantar e dançar “Ai se eu pego” em 2014.

Ivete é uma unanimidade para o público e entre os próprios músicos; e há muito tempo não se pode dizer que ela simplesmente canta axé. Basta assistir qualquer vídeo do seu Live at Madison Square Garden, que contou com participações como Juanes e Nelly Furtado.

Gilberto Gil, uma unanimidade assim como Ivete, tem o extra de ser uma figura pública que vai além da música. Ícone do tropicalismo, ex-ministro da Cultura e pai da Preta Gil (!). Provavelmente um dos ápices do show seriam “Aquele abraço” e “Vamos Fugir”.

Discorda? Então comente e nos deixe sugestões para os próximos trios.

 

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