“This song is fucking over!” – Foo Fighters no Brasil

Crédito das fotos: Foo Fighters Brasil

Ontem o Foo Fighters, banda que dispensa apresentações, fez seu último show da turnê brasileira em Belo Horizonte. Eles também tocaram em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. Acompanhei o show em São Paulo, no Estádio do Morumbi, dia 23. E gostaria de deixar algumas considerações sobre a visita da banda ao nosso país – mais especificamente sobre o show que assisti.

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1) Foi a primeira vez em 20 anos de banda que os Foo Fighters fizeram uma turnê brasileira e tocaram em shows próprios, fora de festivais.
As outras passagens do grupo pelo país aconteceram no Rock in Rio de 2001 e no Lolapalooza de 2012, em São Paulo. Com o show exclusivo, puderam tocar por muito mais tempo. Os shows duraram cerca de três horas, contando com músicas de toda a carreira da banda e até alguns covers de clássicos do rock – como Rush, Queen e Kiss.

2) Dave Grohl voltou a tocar no Estádio do Morumbi depois de exatos 22 anos.
O Nirvana tocou no mesmo local em janeiro de 1993. Foi um show histórico, mas foi um desastre! Na época, o Nirvana era “a maior banda de rock do mundo” e as expectativas eram grandes. A apresentação em São Paulo foi recorde de público de toda a história da banda – com mais de 80 mil pessoas! Então imagine qual não foi a surpresa dos fãs brasileiros ao se depararem com o Kurt tão chapado que mal conseguia tocar. Foi parecido com o que aconteceu quando a Amy Winehouse fez show aqui. Ele errou todas as letras e todos os acordes, não conseguia cantar ou tocar uma música até o fim. A banda acabou tocando vários covers no improviso, uma hora Kurt foi pra bateria, Krist para a guitarra e Dave Grohl para o baixo. Até o Flea do Red Hot Chilli Peppers e a Courtney Love invadiram o palco. Mas tudo parecia uma grande ~zoeira~, a maior parte do público ficou puta da vida e foi embora na metade do show – enquanto alguns outros presentes acharam tudo aquilo muito “punk rock engraçado atitude radical” e consideram o show genial. No final das contas, o show ficou conhecido como “o pior da carreira do Nirvana”.

3) APENAS inaugurando o Maracanã.
O show dos Foo Fighters no Rio, no dia 25, foi o primeiro grande show realizado no “novo” Maracanã, após a grande reforma do estádio para a Copa do Mundo. Nada mal tocar em um dos mais legendários estádios do mundo, hein? Aliás, se ter 20 anos de estrada, uma porrada de hits e músicas realmente boas, lotar estádios no mundo todo, continuar relevante e produtivo e, principalmente, construir uma banda forte o bastante pra ofuscar o rótulo de “baterista do Nirvana” é ser medíocre, então eu não sei o que é ser bom. #hatersgonnahate #beijinhonoombro

4) O pedido de casamento do “Vulcão Vesúvio” foi demais.
Na parte mais calminha do show no Morumbi, com Dave tocando algumas músicas em versão “voz e violão” (Skin and Bones e Wheels), o sortudo Vinícius subiu ao palco e pediu sua namorada Mônica em casamento na frente de um público de mais de 55 mil pessoas. Ela disse sim, o estádio inteiro vibrou, Dave foi super simpático e até abraçou os dois – mas era incapaz de pronunciar o nome do noivo. Dave insistia em dar os parabéns para o “Vesuvius”, ao invés de “Vinícius”. A tempo: Vesúvio é o nome do famoso vulcão italiano que destruiu a cidade de Pompéia. Veja o pedido de casamento aqui.

 

5) “This song is fucking over!”
A penúltima música do show no Morumbi foi o grande hit “Best of You”. Ao final da canção, a plateia continuou a entoar o coro “Ooooh”. Foi bonito. O estádio estava todo iluminado com lanternas de celular, as luzes baixaram, a banda silenciou, ficou só o público cantando junto. Dave Grohl se emocionou, elogiou. A banda retomou a canção e encerrou de forma triunfal. Aí os fãs teimaram em continuar o coro de novo, porque, afinal, THE ZOEIRA NEVER ENDS – HUE BR. Dave deu risada e entrou na brincadeira. “Cara, para de cantar! Sério, já deu!”. Mas a galera não parava. Aí o cara não aguentou: “This song is fucking over!!!” – e faz todo mundo rir de novo.


10487594_831562140238891_9211674635548643925_n6) Dave Grohl caiu de bunda na frente de todo mundo.

O Foo Fighters tinha acabado de entrar no palco e ainda estava tocando a primeira música do show – “Something for Nothing”, do último disco da banda, “Sonic Highways”. De repente, Dave Grohl escorrega e leva o maior tombo, caindo de bunda na frente do estádio inteiro, com os holofotes nele. Mas Dave foi ligeiro. Levantou rapidinho, não perdeu a pose (ainda que tenha tentado disfarçar com um soco no ar), continuou tocando e batendo cabeça como se nada tivesse acontecido. Veja o tombo aqui.

7) São Pedro é fã dos Foo Fighters.
Foi um dia chuvoso em São Paulo. A chuva não teve dó dos shows de abertura. Caiu sem parar durante as apresentações do Raimundos e do Kaiser Chiefs. Mas, milagrosamente, parou assim que os Foo Fighters começaram a tocar. O que caiu de chuva durante o show deles foi uma leve e quase imperceptível garoa. Ironicamente, assim que o show acabou, a chuva voltou forte – e atrapalhou os fãs na volta pra casa.

8) Os fãs criaram um mar de luzinhas.
Bem no meio do show, na agitada “Monkey Wrench”, a banda conseguiu encaixar uma jam piração total com ares de post rock bem lenta e demorada. Já tava até batendo um soninho, mas aí a plateia começou a empunhar os celulares e acender suas lanternas. Segundos depois, todo o estádio estava coberto por um mar de luzinhas. Com a iluminação do palco e do estádio baixas e aquela atmosfera mais relaxada e viajandona, parecia até um céu coberto de estrelas. Ficou tão bonito que despertou a banda do transe. Dave Grohl mandou um “This is fucking beautiful”, parou tudo e finalmente retomou a canção com o peso e os berros de sempre.

10955340_833413630053742_2802382623175156633_n9) Dave é humildão.
No começo do show Dave prometeu tocar músicas de toda a carreira da banda, que esse ano comemora seu aniversário de 20 anos (!). Ele parecia super feliz e brincou com a plateia sobre qual seria o melhor álbum do grupo. “Vamos tocar músicas do primeiro disco, o que vocês acham?!” – e a galera pira. “Do segundo também! E do terceiro e do quarto!”, continuou ele. O público gritava, aplaudia e berrava o nome de algumas músicas. Aí ele disse “E do quinto álbum? Hummmm…esse é mais ou menos, né?”. Hahahaha!

10) Cool covers.
Teve cover. Teve muito cover. Segundo Dave Grohl, a banda só queria se divertir e mostrar pros fãs alguns sons que eles curtem, de bandas que os influenciaram. Daí o Foo Fighters tocou Queen (duas vezes), Rush, Faces e Kiss. Foi legal, bacana. É importante mesmo resgatar as raízes e mostrar coisas legais de rock clássico pro público mais jovem. Mas acho que eles passaram do ponto. Um ou dois covers já estaria mais do que bom. O Foo Fighters tem um repertório gigantesco e não precisa inventar tanta moda – ainda mais em um país como o Brasil, que não costuma recebê-los com tanta frequência e tem um público sedento pelas músicas próprias da banda, que deixou alguns de seus próprios clássicos de lado. Mas foi super bacana ver o Dave Grohl tocando bateria enquanto o Taylor Hawkins cantava. E nessa hora a banda tocou na passarela que passava bem no meio da pista, ficando bem no centro do estádio e mais próximos à turma da pista comum, das cadeiras e das arquibancadas – o que foi muito legal.

11) Tira o pé do chão!!!
No show do Morumbi o Foo Fighters deu um pau na galera do axé no quesito “fazer a galera pular”. As músicas mais pesadas agitaram tanto a plateia que se você estivesse nas cadeiras e arquibancadas podia sentir o chão tremer. Deu medo, mas foi legal.

1907939_833414420053663_6050835836132378578_n12) Ninguém conhece “I’ll Stick Around”.
Nunca me senti tão velha na vida. Vi o show de longe, da arquibancada, porque era o ingresso mais barato que tinha e eu estava falida. Não sei se nos outros setores foi diferente, mas quando os Foo Fighters tocaram “I’ll Stick Around” NINGUÉM conhecia a música. Sério. Eu era a ÚNICA alma viva cantando, pulando e parecendo curtir naquele momento. “I’ll Stick Around” está no primeiro disco da banda, de 1995 (aquele com o revólver na capa). É uma música bem importante pra carreira do Dave Grohl, criticando as pessoas que não aceitavam que ele tocasse em frente depois da morte do Kurt Cobain e do fim do Nirvana. Anos depois, ele admitiu que a inspiração da música foi a Courtney Love.

13) O improviso foi um pouco demais.
Ficou repetitivo – e bastante cansativo – o esquema de sempre esticar as músicas com jams piradonas no meio. A banda fez isso em vários momentos do show. Acontece que boa parte dos sucessos do Foo Fighters são músicas mais agitadas, pesadas e rápidas. Então a pausa no meio, que se arrastava por vários minutos diminuindo drasticamente o andamento da canção, acabava saindo arrastada e sonolenta. Considerando que o show em São Paulo teve quase três horas de duração, fazer o povo cansado de pé há horas ver várias jams “viajandonas” assim foi demais. O ânimo despencava – a plateia só voltava a vibrar com a retomada dos refrões – e muita gente acabou reclamando. “Que porra é essa? Foo Fighters agora é banda de rock progressivo?”, “Caralho, que sono” e “Para de enrolar, porra!” foram apenas alguns dos comentários que eu ouvi.

14) O carisma do Dave Grohl é mesmo contagiante.
Haters gonna hate. O sucesso dos Foo Fighters e do Dave Grohl incomoda muita gente; e possivelmente o fato de o cara ser realmente muito legal incomoda muito mais. Durante todo o show em São Paulo Dave conversou bastante com o público, fez muita piadinha, agradeceu, sorriu, foi extremamente simpático e carismático. Não é pra qualquer um. A maioria dos grandes rockstars do tipo, aliás, é bem azeda. Dave enrolou uma bandeira do Brasil no pescoço, elogiou o público e o país várias vezes e conseguiu fazer a gente rir no meio de um show de rock que lotou um estádio com uma das bandas mais populares do mundo.

10440272_833414070053698_1571223756572416925_n15) Quem gostou do disco novo?
A maioria dos fãs não se empolgou muito com as músicas do último disco da banda. “Sonic Highways” é o oitavo álbum dos Foo Fighters e, depois do estouro que foi “Wasting Light”, realmente soa meio fraco. O projeto, entretanto, é bem legal; e rendeu uma série de televisão que funciona como um documentário em capítulos – e que foi dirigida pelo próprio Dave Grohl. Cada canção do disco foi gravada em um estúdio diferente – em diferentes cidades dos Estados Unidos que são berços de algum estilo musical – e conta com a participação de algum músico importante para aquela cena. A série também traz entrevistas com gente de peso como Steve Albini, Ian MacKay, Bad Brains, ZZ Top, Thurston Moore, Dolly Parton e até o presidente Barack Obama! Sonic Highways é uma produção da HBO e, no Brasil, está sendo transmitida pelo canal pago BIS. A série segue no caminho do documentário “Sound City”, de 2013, que também foi dirigido por Grohl e acabou aclamado pela crítica e premiado com um Grammy. Ele conta a história do estúdio Sound City e a grande influência que o lugar teve na história da música americana e do rock, entrevistando vários artistas, produtores, engenheiros de som etc. Vale muito a pena assistir!

16) Bem acompanhados.
As bandas de abertura escolhidas à dedo para acompanhar os Foo Fighters no Brasil não fizeram feio. O Raimundos ainda é bom e trouxe uma nostalgia gostosa para o público presente. Provavelmente uma das melhores bandas de rock do Brasil. Já o Kaiser Chiefs é a banda mais subestimada do mundo, na minha opinião. Os caras têm vários hits, fazem shows incríveis, dão o sangue no palco, levantam a galera, têm uma super energia…e não recebem reconhecimento nenhum. Merecem mais crédito. Um exemplo disso é o show que eles fizeram no festival Lollapalooza em São Paulo no ano passado – disparado o melhor show do evento inteiro.

Clique aqui para ver o show do Foo Fighters no Morumbi na íntegra. O vídeo trava bastante, mas pelo menos já dá para matar as saudades.

Volta logo, Dave!

Não Pod Raul #02 – Foo Fighters

Olá!

Esse é o episódio piloto do Não Pod Raul, o podcast do blog Não Toco Raul. Nele, Eder, Tadeu e convidados farão semanalmente uma playlist de um artista, banda ou tema, composta por 10 músicas. Simples, não?

A intenção é formar a playlist definitiva – daquele momento, de todos os tempos, da última semana – do artista, banda ou tema. Mande sua sugestão de tema pra nós, a sua playlist preferida e onde erramos e acertamos nas escolhas das músicas.

Ah, o Não Pod Raul sai toda quarta-feira.

Então sejam bem-vindos e sentem o dedo no Play logo abaixo 🙂

Clique aqui para fazer o download

> 00:00:20- Tema
> 00:05:47 – Playlist
> 00:46:56 – Comentário e P.Diddys
> Duração do episódio: 00:49:50

 

Gostou da playlist? Odiou? Tem alguma sugestão de playlist bacanuda?
Manda pra gente nas xoxó media ou envia um email para contato@naotocoraul.com.br

 

Links:

Dave Grohl: Talento ou Carisma
Right Track #6 Foo Fighters vs. Drive

 

Dave Grohl: Talento ou Carisma?

Não houve ninguém no mundo do rock que tenha sido mais badalado nos últimos anos do que Dave Grohl. Com o Foo Fighters, Dave foi headliner de todos os festivais possíveis após o lançamento de Wasting Light (2011). Todo esse hype se extendeu e foi além dos palcos, com lançamentos de biografias, documentários e uma super exposição em toda mídia. Mas resolvemos cutucar esse vespeiro de caras, bocas, riffs e berros para fazer a seguinte pergunta: Dave Grohl, talento ou simplesmente carisma?

Para a discussão, contamos com a participação do ilustríssimo jornalista Bruno Guerra, que escreve o blog O musicólogo e fará o contraponto ao êne-tê–érrer Danilo Vital. Cada um ficou com a responsabilidade de defender o seu ponto de vista e ambos não tiveram contato com o texto do outro.

Cool Cover: Rosemary That I Used To Know

Ninguém mais aguenta covers de Somebody That I Used To Know, eu sei, mas permita-me.

A banda Scalene deu um jeito no nosso enjoo da música do Gotye e mandou muito bem, aprontando um mashup finíssimo com “Rosemary”, do Foo Fighters.

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A Scalene tem músicas próprias e um CD independente lançado, o Cromático (que você pode baixar aqui, se quiser), palmas para a capa do disco. A banda se define como “um duelo amigável entre o Rock pesado e a música Pop” e define bem, é um som bem feito que merece ser ouvido.

Este post foi uma descarada e sem vergonha chupinhada da nossa parceira Ana Unplugged. Olha lá o blog, que é muito legal. Claro, senão ela não seria nossa amiga.

Right Track #6 Foo Fighters vs. Drive

 

Nesta seção vamos disponibilizar wallpapers bacanudos de clássicos do cinema revisitados por clássicos da música. Sempre uma bela sacada (ou não). Veja o que preparamos, baixe, use e, se tiver uma bela ideia, não deixe de enviar nos comentários!

 

Nesta edição: Everlong, Foo Fighters

 

Se você não viu o filme Drive (veja o trailer), que tem como protagonista Ryan Gosling, esta relação não tem muito sentido, admito. É só uma jaqueta com um escorpião bordado nas costas, ok.
O caso é que o filme Drive, o motorista (o nome do personagem de Gosling não é mencionado em nenhum momento), sua relação com o par romântico e a violência do filme tem um ritmo muito parecido com Everlong.

Apesar de Drive já ter uma trilha sonora digna, contando com sons bem “retrôs” que se encaixam com o visual do filme, Everlong cai como uma luva na história do motorista sem nome. Espero que gostem.

SNL Brasil: Convidados musicais

No dia 27 de maio de 2012, às 20 horas e 30 minutos, estreou na RedeTV a versão brasileira de um dos mais famosos e antigos programas estadunidenses, o Saturday Night Live. Tá, todo mundo já sabe que é “saturday” mas passa de “sunday” e que não é assim tão “live“, mas nada disso importa.

O que realmente importa para mim são os quadros musicais do programa. O SNL norte-americano é famoso tanto por apresentações fenomenais – vide o episódio final desta última temporada, que contou com nada menos que Mick Jagger + Foo Fighters – como também por aparições extremamente escrotas, como esta da Ashlee Simpson, onde ela perde a entrada na dublagem, vergonhoso.

Mas o que esperar do SNL tupiniquim?

O programa parece ter tido algumas dificuldades para arrumar seu primeiro quadro musical, e foi com a Marina Lima que conseguiram resolveram começar. Foi uma apresentação que, depois de pensar um pouco no assunto, classifiquei como “estranha”. Na verdade, eu não realmente entendi o que aconteceu ali.

O som da banda convidada estava com “padrão RedeTV” de qualidade, assim como também o restante do programa, com um eco bizarro no microfone e instrumentos mal equalizados. Bem, confere aí embaixo:

Quem acompanha do SNL, sabe que o programa parece exercer uma força misteriosa sobre alguns convidados, fazendo com que se apresentem com uma fúria que não é comum em qualquer programa/show. Separei algumas das apresentações mais memoráveis (gosto pessoal) do programa e agora é só torcer para que aconteça o mesmo por aqui.

Faith No More, Epic

Quero ver a garota o vocalista do Restart doidão assim no programa, to torcendo pra chamarem eles.

AC/DC, Stiff Upper Lip

The Rock, apresentando o melhor do rock! haha…

The White Stripes, Dead Leaves And The Dirty Ground / We’re Going To Be Friends

FODA!!!Nada pra falar de Jack White.

Jason Mraz, I’m Yours

Música mais tocada em luaus e churrascos no Brasil na temporada 2009-2010.

Joe Cocker, You Are So Beautiful

Cara, isso é muito lindo. E não, Joe Cocker não é mais um mendigo feio e sujo.

Radiohead, Lotus Flower / Staircase

Idem ao comentário sobre o Jack White ali em cima.

Nirvana, Territorial Pissing

Derrota: quase consegui todos os vídeos que eu queria no Vimeo. Quebra tudo, Dave!

Agora nos resta a esperança de que, com a chegada da marca SNL ao Brasil, os artistas internacionais que visitam o país tenham oportunidade de se apresentarem onde não seja preciso fazer playback, dançar com ex-BBBs nem cortar pedaços da música para não estourar o tempo dos programas.

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Playlist: músicas que o Foo Fighters não tocará

Mesmo com a previsão de um show com mais de 2 horas e meia, é inevitável que algumas músicas populares do Foo Fighters fiquem de fora do show de amanhã (07/04). O que é uma pena, pois algumas foram singles de seus álbuns e ganharam até videoclipes.

Dave Grohl prometeu um setlist digno de festival. Dando uma rápida busca nos últimos shows, dá pra imaginar o que vem e o que não vem por aí. Com certeza o critério para selecionar as músicas para o show pode ser explicado pela variável “tira o pé do chão e grite bem alto”. Não é a toa que a agitação causada pelo show deles já foi comparado a tremores vulcânicos.

Fiquem com a nossa playlist, baseada nos últimos grandes shows:

Big me – Foo Fighters (1995)
“Big me to talk about it I could stand to prove” 

Big Me

 

Hey Johnny Park – The colour and the shape (1997)
“Throw it away long before, I’d share a piece of mine with you” 

Hey, Johnny Park!

 

Walking after you – The colour and the shape (1997)
“If you walk out on me, I’m walking after you”

Walking After You

 

Generator – There’s nothing left to lose (1999)

Next Year – There’s nothing left to lose (1999)
“No one can find us now, living with our heads underground”

Next Year

 

DOA – In your honor (2005)
“Been a pleasure, but the pleasure’s been mine all mine”

DOA

 

Resolve – In your honor (2005)
One more year that you’re not here, has gone and passed you by” 

Resolve

 

No way back – In your honor (2005)

Another round – In your honor (2005)
“Room for photographs, box full of letters, come on make it last…”

Another Round

 

Wheels – Greatest Hits (2009)


A “música que ninguém gosta” segundo o próprio Dave,  Wheels foi dúvida  e quase ficou de fora da playlist, pois nos últimos shows ela vem sendo tocada após o break (ou bis), que é aquele charme que faz os fãs gritarem pela banda após ela sair do palco.

Confira as músicas em sequência abaixo, é só dar o play.

 

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Vá ao Lollapalooza sem ouvir as bandas que não conhece

Não ouça as bandas que não conhece antes de ir ao Lollapalooza. Simplesmente não ouça.

Se você comprou só pra ver o Foo Fighters no dia 7, sábado, então ouça muito Foo Fighters. Ouça os álbuns antigos, relembre os sucessos e dê risada com os clipes engraçadões como “Everlong”, “Breakout” e “Long road to ruin”. Escute o último Wasting Light (2011) imaginando como vai ser na hora em que a banda abrir com “Bridge Bruning”. Aprenda a letra e esteja preparado pra gritar o primeiro verso (“these are my favourites last words”) se Dave Grohl prefrir jogar para o público. Senão, tudo bem: cante junto e alto.

Decore as letras e até assista shows dessa turnê (digite “full concert no youtube, e um novo universo se abrirá). Descubra o que eles costumam fazer em determinadas músicas e já entre no clima de antemão. Faça isso também com o Jane’s Addiction – o Perry Farrel nem aguenta mais cantar mesmo. E também com o Artic Monkeys, headliner do dia 8, domingo. Assim, quando eles tocarem “I bet you look good on the dance floor” e o vocalista Alex Turner cantar “and your shoulders are frozen”, você vai poder responder “cold as the night”.

Dificilmente haverá alguém no Lollapalooza que não conheça essas bandas. Mas se você não conhece Cage the Elephant, Band of Horses e TV on the Radio, não escute-as com antecedência, como se pudesse abrir um catálogo e dizer “vejamos o que temos aqui”. Muito menos faça isso com bandas como Gogol Bordelo, MGMT e Foster the People. As chances de você ouvir cinco minutos de som, achar monótono e passar para a próxima são enormes. O que também pode acontecer, e que seria ainda pior, é arraigar um pré-julgamento que pode atrapalhar o show.

Dê a oportunidade a si próprio de vê-las pela primeira vez no palco, onde toda banda se mostra da forma mais verdadeira: sem loopings, transposição de vozes, equalizadores e efeitos artificiais extenuantes. No palco, eles fazem acontecer – ou pelo menos deveriam. Permita-se conhecê-las de forma mais intensa, com a vibe do público, do som ao vivo, dos erros de notas e da postura dos músicos. E entre no clima.

Saiba usar a expectativa. Pode ser que alguns shows sejam uma merda ou as bandas não sejam do seu gosto. Mas pelo menos vai poder dizer algo sobre elas muito além de “eu ouvi uma música lá, de um album e tal. E não gostei”. Mas se curtir,  vai ser como um tapa da cara, com aquela excitação de conhecer mais, ir atrás e achar aquela música com aquela parte em que o vocalista fez isso, o público cantou e o show veio abaixo.

Escute as bandas do Lollapalooza que não conhece na hora certa.

 

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