Conheça: Band of Skulls

 
A formação clássica de Rock’n’Roll não tem firulas nem segredos: é composta por guitarra, baixo e bateria. Por isso os power trios costumam ser uma síntese perfeita desse ritmo, com barulho na medida exata, sem exageros – mas ao mesmo tempo podendo inventar moda dentro de sua modesta formação para criar músicas mais interessantes.

O Band of Skulls é isso: um trio clássico, que pouco se destaca com pequenas peculiaridades. A começar por terem uma garota no baixo (a Emma Richardson). E também por ela dividir os vocais com o guitarrista, Russel Marsden. O baterista Matthew Hayard completa a banda. Eles vêm de Southampton, no sul da Inglaterra, e tocam juntos desde 2008. Fora isso, não trazem nada de novo, apenas músicas muito boas. O som é rock de garagem, sujinho e cru, mas não muito pesado. Os vocais harmônicos mesclando a voz feminina de Emma com a masculina (mas aguda) de Russel dominam as canções com as linhas de guitarra e uma bateria simples e marcada.

Com um som desses, sem grandes inovações, é fácil compará-los com o Black Rabel Motorcycle Club (outro power trio garageiro que conta com uma garota, só que na bateria) e muitas outras bandas – como The White Stripes (a voz e a guitarra do Russel lembram muito o Jack White), Jet e até o Kills. Mas isso não quer dizer que eles sejam irrelevantes ou descartáveis.

Você pode até não se lembrar, mas na certa já deve ter ouvido essa música em algum lugar

O Band of Skulls pode até não ser tão famoso por aqui, mas já tocou em todos os grandes festivais europeus e norte americanos e tem dois discos lançados: “Baby Darling Doll Face Honey”, de 2009; e “Sweet Sour”, de 2010. É o segundo álbum que traz os maiores sucessos do grupo (além da canção homônima, tem “Lies” e “The Devil Takes Care Of His Own”). Depois de já serem bastante hypados na gringa, veio o golpe de mestre: a canção “Friends” entrou na trilha sonora do filme Lua Nova, da saga Crepúsculo. Depois dessa, os shows do Band of Skulls ficaram ainda mais lotados, agora com hordas de fãs adolescentes.

O trio é muito competente e ralou até conseguir aparecer junto aos headliners de festivais de verão – apesar de a banda só ter 4 anos de estrada. Os integrantes sempre sonharam em ser rockstars e tiveram muitas outras bandas e empregos medíocres antes de chegarem lá. Russel e Mathew se conheceram na escola e tocam juntos desde os 12 anos. O pai do baterista os fazia ensaiar exaustivamente. Já na faculdade, conheceram Emma, que fazia artes plásticas e não sabia tocar nada, mas aprendeu baixo para entrar na banda. Ela é responsável pela arte dos discos do Band of Skulls. No começo da banda, os três trabalhavam em bares e casas de show e ficavam com dor de cotovelo vendo outros grupos tocarem enquanto eles ainda não tinham conseguido sair da garagem. Hoje, o trio excursiona o mundo inteiro – e merece ser ouvido.

 
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SNL Brasil: Convidados musicais

No dia 27 de maio de 2012, às 20 horas e 30 minutos, estreou na RedeTV a versão brasileira de um dos mais famosos e antigos programas estadunidenses, o Saturday Night Live. Tá, todo mundo já sabe que é “saturday” mas passa de “sunday” e que não é assim tão “live“, mas nada disso importa.

O que realmente importa para mim são os quadros musicais do programa. O SNL norte-americano é famoso tanto por apresentações fenomenais – vide o episódio final desta última temporada, que contou com nada menos que Mick Jagger + Foo Fighters – como também por aparições extremamente escrotas, como esta da Ashlee Simpson, onde ela perde a entrada na dublagem, vergonhoso.

Mas o que esperar do SNL tupiniquim?

O programa parece ter tido algumas dificuldades para arrumar seu primeiro quadro musical, e foi com a Marina Lima que conseguiram resolveram começar. Foi uma apresentação que, depois de pensar um pouco no assunto, classifiquei como “estranha”. Na verdade, eu não realmente entendi o que aconteceu ali.

O som da banda convidada estava com “padrão RedeTV” de qualidade, assim como também o restante do programa, com um eco bizarro no microfone e instrumentos mal equalizados. Bem, confere aí embaixo:

Quem acompanha do SNL, sabe que o programa parece exercer uma força misteriosa sobre alguns convidados, fazendo com que se apresentem com uma fúria que não é comum em qualquer programa/show. Separei algumas das apresentações mais memoráveis (gosto pessoal) do programa e agora é só torcer para que aconteça o mesmo por aqui.

Faith No More, Epic

Quero ver a garota o vocalista do Restart doidão assim no programa, to torcendo pra chamarem eles.

AC/DC, Stiff Upper Lip

The Rock, apresentando o melhor do rock! haha…

The White Stripes, Dead Leaves And The Dirty Ground / We’re Going To Be Friends

FODA!!!Nada pra falar de Jack White.

Jason Mraz, I’m Yours

Música mais tocada em luaus e churrascos no Brasil na temporada 2009-2010.

Joe Cocker, You Are So Beautiful

Cara, isso é muito lindo. E não, Joe Cocker não é mais um mendigo feio e sujo.

Radiohead, Lotus Flower / Staircase

Idem ao comentário sobre o Jack White ali em cima.

Nirvana, Territorial Pissing

Derrota: quase consegui todos os vídeos que eu queria no Vimeo. Quebra tudo, Dave!

Agora nos resta a esperança de que, com a chegada da marca SNL ao Brasil, os artistas internacionais que visitam o país tenham oportunidade de se apresentarem onde não seja preciso fazer playback, dançar com ex-BBBs nem cortar pedaços da música para não estourar o tempo dos programas.

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Loroza Records | Karen Elson, moda de viola

No Google, a busca “Ator e Cantor” traz como primeiro link o site de Serjão Loroza. É ex-vocalista do Monobloco e hoje tem banda própria, mas você deve se lembrar dele em alguma novela ou minissérie da Rede Globo. Boa praça, carismático e talentoso, ele é o ícone a representar esta seção, onde vamos apresentar alguns atores, atrizes e celebs que também são músicos.

Desculpem a expressão ingrata ali em cima, mas não consegui pensar em outro título que juntasse de modo sucinto as duas ocupações da moçoila de quem vou falar hoje: Karen Elson.

Modelo de grande sucesso e queridinha dos estilistas das marcas mais famosas do planeta, Karen também tornou-se uma estrela reconhecida no cenário musical. Ex-esposa de Jack White, do The White Stripes, Karen tomou gosto pela música e aventurou-se sem prever muita coisa. E deu certo.

Em 2010, Karen lançou seu primeiro álbum, “The Ghost Who Walks”, que foi bem recebido pela crítica especializada. Com um estilo folk e meio celta, Karen passeia entre as músicas com uma pegada que lembra um pouco a também ruiva (e também inglesa) Florence Welch, da banda Florence + the Machine, com um som meio indie.

 

Prendada, Karen não ficou presa ao rótulo de modelete e botou a mão na massa. Além de cantar, também compôs algumas das canções, como a faixa-título do disco. A produção ficou a cargo de Jack White (até então seu marido), que tem influência notada na melodia de “The Truth Is in the Dirt”.

Focada na carreira musical, Karen parece estar no caminho certo. Elogiada pelo combo talento + estilo + beleza, tem tudo para continuar angariando fãs e boas críticas. A inglesa, que já participou da The Citizens Band, fez dueto com Cat Power em 2006, na versão inglesa da música  “Je t’aime mois non plus” em homenagem ao francês Serge Gainsbourg.

Começar a carreira com o pé direito calçando Louboutin foi tarefa fácil para Karen. Vamos ver se ela consegue se equilibrar no alto de seus sapatos de grife, mantendo e carão e a voz que a destacou.

Maaas, caso não dê certo, Karen não se abalará. Pelo seu histórico, ela poderá dar uma festa, assim como a que ela e Jack patrocinaram para comemorar o divórcio (modernos, né?).

 

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Cool Covers: Fell in love with a girl/boy

 
“Fell in love with a boy” foi o primeiro single do disco de estreia de Joss Stone, o Soul Sessions (2004). Nessa época ela só tinha ouvidos e voz para o Soul. Bons tempos os anos 2000 viu.

A versão da Joss tem muita personalidade, nem conhecia a versão original quando a ouvi pela primeira vez. Fez parte da estratégia de lançamento do disco escolher como single  uma música que foi sucesso dos White Stripes a poucos anos atrás.

“Fell in love with a girl” (a versão original) fez do White blood cells (2001) o melhor disco do White Stripes. E o clipe também é um destaque a parte.

Legal mesmo seria o Jack White e a Joss Stone tocando juntos não? Ai sim.

 

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