Primeiro single solo de Daniel Johns não decepciona e surpreende
Não vou falar nada, só dê o play, feche os olhos e curta a balada.
Não vou falar nada, só dê o play, feche os olhos e curta a balada.
Salve Raulzeiros! O primeiro episódio do ano do Não Pod Raul, traz um mix de pós grunge, adolescência e um tiquinho-assim-destamainho-assim-ó… de carimbó: Silverchair. O Power Trio liderado por Daniel Johns, que está em um “hiato indefinido” desde 2011, possui 5 discos de estúdio e um ao vivo. O Silverchair passou por uma grande transformação ao longo dos anos e as composições, apesar da evolução, deixaram os australianos mais distantes do grande público. Sorte dos verdadeiros fãs, que puderam ouvir a banda de uma forma mais crua e sem nenhum grande apelo pop.
Esse é o Não Pod Raul, o podcast semanal do blog Não Toco Raul. Nele, Eder, Tadeu e convidados farão uma playlist de um artista, banda ou tema, composta por 10 músicas. Simples, não?
A intenção é formar a playlist definitiva – daquele momento, de todos os tempos, da última semana – do artista, banda ou tema. Mande sua sugestão de tema pra nós, a sua playlist preferida e onde erramos e acertamos nas escolhas das músicas.
Clique aqui para fazer o download
> 00:00:00 – Tema
> 00:07:31 – Playlist
> 00:55:50 – Comentário e P.Diddys
> Duração do episódio: 01:08:16
Gostou da playlist? Odiou? Tem alguma sugestão de playlist bacanuda?
Manda pra gente nas xoxó media ou envia um email para contato@naotocoraul.com.br
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Daniel Johns é um dos meus vocalistas preferidos. Ouço Silverchair desde que comprei o cd Neon Ballroom, no começo dos anos 2000, porque – e aposto que não estou sozinho nessa – a música Miss You Love era tema de um casalzinho qualquer em Malhação (tinha 15 anos, ok?).
De qualquer forma, Silverchair é uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos. Não sei se muita gente ainda acha que Ana’s Song (Open Fire) é uma canção de amor, muito pelo contrário, mas sempre achei essa história trágica interessante e resolvi compartilhar.
Em 1999, quando o Neon Ballroom foi lançado, Johns sofria de depressão e anorexia nervosa. Ana é o nome “carinhoso” da anorexia, pelo qual os que sofrem da doença a chamam, e foi ela quem levou Johns a pensar diversas vezes no suicídio. Durante seus meses mais críticos, Daniel Johns chegou a pesar 50kg. E pensar que poderíamos ter ficado sem ouvir o Diorama (um dos discos que mais ouvi na vida), de 2002, e o Young Modern (outra obra prima), de 2007, porque Daniel Johns quase se matou.
“Eu pude de alguma forma me convencer de que as maçãs continham lâminas de barbear e não ia a restaurantes, porque eu pensava que todo chef do mundo queria me envenenar.”
“A comida era o inimigo. Eu simplesmente odiava olhar para ela, o cheiro dela. Se alguém falasse sobre isso, eu saía da sala.”
“Eu escrevi Neon Ballroom em um tempo em que eu odiava música, realmente tudo sobre ela, eu odiava. Mas eu não conseguia parar de fazer e me sentia como um escravo dela.”
“Eu acho que me assustei definitivamente na segunda ou terceira vez que um médico me disse que eu estava morrendo.”
“Houve três ou quatro anos da minha vida em que eu me odiava e teria muito felizmente acabado com ela [vida]. Mas eu não sou mais assim… tenho essa vida incrível, esposa incrível…” (Johns era casado com a cantora Natalie Imbruglia na época)
Ainda bem que tivemos um final feliz.