Se você assim como eu é um pouco infeliz, por nunca ter ido a um show do Bon Jovi, pode ir se preparando para tirar esse peso das costas. Com o anúncio da vinda da banda ao Brasil, muitos de nós terão a chance de se redimir. Bon Jovi se apresenta no Rock in Rio, dia 20/09, mesmo dia do Nickelback. Para alegria de muitos, não vai ser necessário ouvir How you remind me, Far Away ou Photograph, pois também haverá um show em São Paulo, dia 21/09.
Pegando esse gancho, o Cool Cover de hoje é uma excelente versão de Livin’ On a Prayer, feita pelo homem-banda Alex Goot. Alex já fez parte do elenco de Glee, o que já garante a alta qualidade de produção. Sem mudar a estrutura da música, Alex consegue fazer um cover notório, com exceção do vocal. Porém, chega a ser injusto julgar o vocal quando falamos da banda que até hoje faz muito marmanjo chorar, não é mesmo?
Fiquem com a versão de Alex, e em seguida um pequeno e já conhecido Bônus: “Ismailai”.
Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.
Conheci o The900 recentemente através do QCLV. Quando assisti ao – então recém lançado – clipe de “Hoje tudo está bem”, corri pra chamar o Pepê (editor no QCLV), que me apresentou ao guitarrista Alan Coelho, dono da playlist de hoje.
A banda de Americana formada em 2005 é composta por Laio Carvalho (Vocal/Guittarra), Alan Coelho (Guittarra), Kleber Bovo (Baixo/back-vocals) e Nara Maciel (Bateria). Eles fazem um rock cru e dançante, com berros “na medida” de Laio. Não é a toa que abriram recentemente o show do Marky Ramone (ex-baterista do Ramones) junto com Michael Graves, ex-integrante do Misfits em Americana. Você pode conferir as músicas do último trabalho do The900, o EP “Queimando Vivo”, no site oficial da banda.
As músicas escolhidas pelo Alan estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência.
A playlist:
1) Green day – Basket case “Uma das primeiras bandas de rock que eu ouvi e a primeira música que aprendi a tocar na guitarra.”
2) The Rolling stones – Tumbling Dice “O riff da intro é de arrepiar, uma das minhas bandas favoritas!”
3) Blink 182 – Obvious “Apesar de não ser considerado por muitos, pra mim é o melhor CD do Blink e essa música representa isso muito bem!”
4) Kings of Leon – California Waiting “Toda vez que saio de viagem ligo esse som, é ótimo som pra pegar a estrada!”
5) Them Crooked Vultures – Elephants “Josh Homme, John Paul Jones e Dave Grohl. Não precisa falar mais nada, né?? Um dos projetos mais Rock n’ Roll dos últimos tempos.”
Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.
O convidado de hoje é o Rafael Rocha, que se divide – assim como os outros membros da banda – entre o baixo, a guitarra e os vocais da Wannabe Jalva.
Com musicas que “tanto podem lembrar o indie contemporâneo quanto o funk ou o post-hardcore”, eles tocam no Lollapalooza, dia 31/03 (domingo), que tem como headliner o Pearl Jam. A banda já tinha feito a abertura do último show do PJ aqui no Brasil, arrancando elogios de Eddie Vedder.
Deixando os rótulos de lado, ouvi pela primeira vez a Wannabe Jalva através do canal Oi Novo Som. Na época fiquei impressionado por ouvir diversas vezes guitarras limpas e levadas funkeadas, uma raridade nas bandas de rock brazucas. Se você, como muitos, não é muito de carnaval e vai passar longe de marchinha, samba-enredo e axé, baixe o disco Welcome to Jalva, disponível for free no site oficial, e faça a sua festa.
As músicas escolhidas pelo Rafa estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência.
A playlist:
1) Bill Whiters – Harlem “Um dos melhores do soul 70’s, tem uma pegada muito característica e um som que se diferenciou bastante de outros da sua época. Gosto muito como ele utiliza o violão nas composições, sem falar na voz de Bill que é algo inacreditável.”
2) Jack White – Freedom at 21 “O que dizer de Jack White? Ele simplesmente é o artista de rock mais interessante que surgiu na década passada. Seu disco solo veio para coroar essa grande quantidades de trabalhos que ele fez, todos com muita qualidade.”
3) Dr. John – Revolution “Dr. John é um desses “puta velha” do rock/blues americano, tendo uma historia muito bacana desde os anos 60. Porém, em seu útlimo trabalho, que teve a produção de Dan Auerbach (nada mais nada menos que o guitarrista e vocalista do Black Keys) ele veio com peso. Uniu toda essa atual estética blueseira vintage, que bandas como o próprio black keys bebem direto na fonte, e fez um dos melhores discos de 2012. Se nunca escutou vale o play.”
4) Gorillaz – Feel Good Inc. “Eu considero Damon Albarn um dos maiores gênios que nós conhecemos nessa tal de “música contemporânea”. A habilidade que ele tem de produzir e compor canções incríveis e orginais me fascina. Nesse som do Gorillaz ele une groove com rap, soul e muita originalidade.”
5) The Doors – Love Me Two Times “Os Doors foram a primeira banda que eu realmente fui fã na vida. Desde então eles nunca sairam de rotação no meu som. Escolhi um clássico, que representa a banda de forma geral, mas para quem não é muito familiarizado, vale muito a pena ir atrás da carreira completa dos caras.”
O Cool Cover de hoje traz uma ótima versão de Reptilia, do The Strokes. Confesso não ser o maior admirador da banda, mas partilho do sentimento de muitos dos fãs de que “antes eram mais legais”, tema discutido recentemente por aqui. “One Way Trigger” é o primeiro single do novo disco, ainda sem nome ou data de lançamento.
Parece ruim, mas é só na primeira vez.
O novo single já causa estranhamento logo de cara. A levada da bateria acompanhada pelas guitarras “tecnobregas” e pelo falsete de Julian não deixaram os fãs muito animados.
Se hoje em dia The Strokes não soa mais como The Strokes, o cover de Reptilia soa menos ainda. Mas é essa a proposta aqui, e a dupla “Eta Pô”, inspirados pelo já conhecido Pomplamoose fez um ótimo trabalho. Para ver outras versões da dupla, é só dar uma checada no Youtube.
Lady Gaga chega ao Brasil nesta sexta-feira (9) para shows no Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Não é fácil contestar – eu mesmo já tentei – os fãs que afirmam ela ser a maior artista pop da atualidade e dos últimos anos. É fato que suas composições, performances ao vivo e clipes são impecáveis. Até mesmo seu comportamento fora dos palcos, tido na maioria das vezes como bizarro, é digno de um grande Rockstar dos anos 80. Sua influência sobre as outras cantoras pop da atualidade é escancarada e rendeu até brincadeiras como Before & After Gaga. Para celebrar sua vinda (e ajudar os organizadores a vender seus ingressos), selecionamos 3 ótimas versões de suas músicas, acredito que vá mais agradar quem não é fã. Vamos a elas:
Just Dance
O Dirty Loops consegue tirar leite de pedra, vale a pena assistir cada um de seus vídeos. Tem Justin Bieber, Rihanna e até Britney Spears. Coloque os Headphones para ouvir esse cover de Just Dance, por favor.
You and I
Se o Aerosmith tivesse composto e gravado You and I, muito marmanjo aí ia cantar e chorar como uma criança. Mas como não foi, ficamos com a versão da Elizabeth Gillies.
Poker Face
Poker Face e outras versões de artistas pop estão no disco Colors of Rio, de Marcela Mangabeira. Puro creme do Bossa Lounge.
Warner Bros Records / 01 de outubro de 2012 / Rock, Pop, Indie
Faixas:
1. Supremacy
2. Madness
3. Panic Station
4. Prelude
5. Survival
6. Follow Me
7. Animals
8. Explorers
9. Big Freeze
10. Save me
11. Liquid State
12. The 2nd Law: Unsuntainable
13. The 2nd Law: Isolated System
3,5/5
“Eles realmente amam/são Queen. O disco prova que o Muse não cansa de experimentar e o toque de dubstep não atrapalha.”
É pra quem gosta de:
Radiohead – Queen – The Killers
Tem que ouvir:
Madness – Panic Station – Survival
Pode pular:
Save me – Liquid State – The 2nd Law: Isolated System
Errou quem pensou que o vídeo acima seria a última grande coisa sobre o Raça Negra nos últimos tempos. Foi lançando na última sexta (12 de outubro) no site Fita Bruta o “Jeito Felindie (2012)”, disco Tributo ao Raça Negra. A homenagem tem como idealizador o jornalista Jorge Wagner, que convidou 12 bandas independentes para dar uma roupagem instagrâmica aos sucessos desse grupo pagode paulista.
Que fique claro que homenagem aqui, vem sem conotação irônica nenhuma: “não há um distanciamento irônico nesse projeto e não escolhemos regravar para salvar as canções, muito menos buscamos legitimar o som do Raça Negra. Consideramos as músicas boas, foram parte da nossa vida, da nossa infância. Assim, por que não fazer uma homenagem?”, diz Jorge em entrevista ao A Tribuna – ES.
O Raça Negra foi um dos grandes ícones da música brasileira nos anos 90. O grupo abriu portas para uma enxurrada de grupos de pagode que os sucederam até os dias hoje. Não é a tôa, as 12 músicas escolhidas para serem regravadas são sucessos dos quase 30 anos de carreira do grupo que tocava boas canções românticas, sem exageros de “ôôÔ” ou “La-laiá”. Outro ponto marcante da banda eram os teclados utilizados em vez dos metais e por fim, o vocalista e principal compositor Luis Carlos. Sua língua presa virou um ponto forte, uma característica praticamente impossível de se “samplear”.
[pullquote_right]”Consideramos as músicas boas, foram parte da nossa vida, da nossa infância. Assim, por que não fazer uma homenagem?”[/pullquote_right]
Abaixo, vocês podem ouvir o disco na íntegra, que também está disponível para download aqui. Eu, que escutei Raça Negra minha infância inteira, gostei de todas as versões, mas destacaria sem pestanejar “Cheia de Manias”, interpretada por Vivian Benford, “Te Quero Comigo”, da Minha Pequena Soundsystem e “Jeito Felino”, por Letuce.
Como o pessoal do Fita Bruta deixa sempre bem claro: não se trata de pagode, samba, rock ou indie. Esses estilos que comumente são tratados como inconciliáveis e hierárquicos, são praticamente e apenas música pop.
Island Records / 18 de setembro de 2012 / Rock, Pop, Indie
Faixas:
1. Flesh and Bone
2. Runaways
3. The Way It Was
4. Here with Me
5. A Matter of Time
6. Deadlines and Commitments
7. Miss Atomic Bomb
8. The Rising Tide
9. Heart of a Girl
10. From Here On Out
11. Be Still
12. Battle Born
1,5/5
“Um disco morno, sem pontos altos. O single “Runaways”, que era para ser uma prévia, é na verdade a melhor música do disco. Saudades, The Killers.”