Top 7,5: Trilhas de comerciais

Não é “tóptêin” nem “tópfaive”, optamos pelo meio termo. Sete “tops” e mais um bônus, o nosso 1/2. O tema sempre varia, o número nunca muda.

 

7.  Eye of the tiger (Glen), Survivor | Starbucks

Essa campanha do Starbucks foi ao ar apenas nos EUA. O filme é um banho de motivação matinal, com uma excelente versão de Eye of the tiger, do Survivor, que também já levou Rocky Balboa ao topo do mundo.


“….. superviiiiiiiiisor”

 

6. Segurança, Engenheiros do Havaí | Chevrolet

Música dos Engenheiros do Havaí que caiu como uma luva nesse filme da Chevrolet. Eu também não sabia que essa música era deles.

 

5. Abra a Felicidade/Open Happiness | Coca Cola

Última campanha global da Coca Cola, contou com Cee-lo Green, Patrick Stump (Fall Out Boy), Brendon Urie (Panic at the disco), Travis McCoy (Gym Class Heroes)  e Janelle Monae. Na versão brazuca, quem cantou foi Di Ferreiro, Pitty e MV Bill.


 

4. All these things that I’ve done, The Killers | Nike

Um dos hinos dos anos 2000, All these things that I’ve done do The Killers, foi utilizada como trilha desse filme curto, mais emocionante da Nike.


Tá ai uma música que o Bono Vox gostaria de ter composto.

 

3. Descobridor dos 7 mares, Lulu Santos | Ryder

Clássico da propaganda brasileira, da época que era mais legal usar Ryder do que Havaianas, culpa da W/Brasil.

 

2. Golden Age, The Asteroids Galaxy Tour | Heineken

Os últimos comerciais da Heineken sempre mostram personagens incríveis fazendo coisas impressionantes. O mais famoso teve como trilha a música Golden Age da banda The Asteroids Galaxy Tour.


Viu Brasil? Não precisa de gostosas pra vender cerveja.

 

1. Fake plastic trees, Radiohead | Síndrome de Down (DM9)

Primeiro lugar mais que justo, Fake plastic trees, ou simplesmente a “música do comercial do Carlinhos”, é um dos sons mais conhecidos no Radiohead no Brasil. Uma curiosidade é que na época do comercial, a EMI chegou até a colocar adesivos na capa do disco “The Bends” com a inscrição “Incluindo Fake Plastic Trees, a música do comercial do Carlinhos”, ou algo equivalente. O filme foi criado pela DM9 para falar de síndrome de down e preconceito. A música foi doada pela banda.


É daí que surgiu a expressão: “Um tapa na cara da sociedade”.

 

1/2. Sabor e emoção de viver | Comédia MTV

Pegue a melodia, a letra e encaixe qualquer coisa, vai dar certo.

E ai, lembrou de mais algum comercial?

 

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Ah, que saudades do Los Hermanos. HARDCORE

A capa tinha um palhaço daqueles que fazem as pessoas terem medo de palhaço. Ele sorria, mas com um olhar triste – bem parecido com o conteúdo tom e do disco de 1999, recheado de letras  melancólicas sobre mulheres, relacionamentos mal-terminados e a esperança do amor. E mesmo assim era hardcore.

Três músicas têm nome de mulher: a excelente Aline, a famosíssima Anna Júlia e  a cruel Bárbara. Outras seis têm nomes sugestivos: Azedume, Lágrimas Sofridas, Outro Alguém, Sem Ter Você, Tenha Dó e Vai Embora. Os membros do Los Hermanos nem eram tão barbados – Marcelo Camelo tinha um cavanhaque bem aparado, tocava com camisa florida e era hardcore.

Rodrigo Amarante nem sempre tocava guitarra. Em muitas das músicas tocava um tamborim, que em alguns shows sequer era amplificado. Ele corria pelo palco batendo no instrumento com vigor, mesmo sem ninguém ouvir nada, talvez pelo peso da bateria e das guitarras. O instrumento foi apelidado pela banda de “o primeiro tamborim hardcore”. Hardcore.

A banda já se apresentava com instrumentos de sopro, imprescindíveis na definição das melodias. Eles se encaixavam especialmente bem nas partes de levada ska, que por sinal influenciaria o harcore já a partir dos anos 70.  O Los Hermanos misturava os estilos de forma muito consistente. Patrick Laplan era o baixista. Ele deixaria a banda em 2001 para tocar com o Rodox, de Rodolfo Abrantes, ex-Raimundos. O som era hardcore.

O baterista Rodrigo Barba nunca deixou a banda, mas em pelo menos dois momentos excursionou com a banda carioca Jason, que toca harcore. O último deles aconteceu em 2007, durante o hiato do Los Hermanos. Barba também sabe tocar marchinhas, e com ajuda de suas baquetas – e especialmente da música Pierrot – o Los Hermanos chegou a passar uma imagem carnavalesca. Isso sem deixar de ser hardcore.

Mas o Carnaval acabou, e o harcore também. Em 2001, a banda lançou “Bloco do Eu Sozinho”, álbum que é aberto por Todo Carnaval tem seu Fim.  Em entrevista à revista Scream & Yell, Marcelo Camelo explicou de forma simples a mudança: “depois de tanto tempo de convívio, tocando juntos, é natural que essa fórmula hardcore, ska, reggae, esteja cansativa”.

E também falou o seguinte: “no início da banda a idéia era misturar letras de amor com hardcore. O peso da melodia e a leveza das letras. Foi o mote inicial, por isso o primeiro disco tem essa cara. Mas à medida que começamos a viajar juntos, trocar discos, conversar mais sobre música, isso foi se dissipando. É inevitável que o som mude”. Mudou bastante mesmo, embora o capricho nos arranjos e a temática tenha permanecido.

Rodrigo Amarante também falou sobre a passagem do álbum de estreia homônimo para o Bloco do Eu Sozinho: “quando uma banda faz sucesso no primeiro disco, todo mundo espera que ela repita a fórmula no segundo. A gente simplesmente não tem esse compromisso”. Vendo por esse lado, talvez o Los Hermanos não fosse assim tão hardcore.

Quem faz hardcore normalmente tem compromisso com o estilo. Mas que dá saudade, ah dá.

 

Top 7,5: Aberturas de seriados

Não é “tóptêin” nem “tópfaive”, optamos pelo meio termo justo. Sete “tops” e mais um bônus, o nosso 1/2. O tema sempre varia, o número nunca muda. Bem-vindo.

 
Na descrição do autor, lá embaixo, estão escritas as palavras “música” e “seriados”, seguidas da frase “nem sempre nessa ordem”. Bom, esta é uma ocasião em que a ordem não importa nem um pouco. Adoro as aberturas e dedico tanta atenção para a trilha sonora de tudo que assisto quanto para o seriado em si. Curtam aí (ou não) meus preferidos no gênero “aberturas de seriados“.

7. Smallville

A última posição da lista (apesar de aparecer primeiro, rá!) é um seriado que na minha opinião sempre foi desnecessário, uma versão super-poderosa de Malhação, talvez. Confesso, assisti uma ou duas temporadas de Smallville quando passava na TV aberta – SBT, se não me engano – e era uma forçada de amizade atrás da outra, qualquer um que aprecie o Homem de Aço não suporta por muito tempo. A música tema “Save Me” é bem legal, da banda Remy Zero, uma daquelas bandas-de-uma-música-só por aqui.

Ganha alguns pontos pelo vocalista ser tão a cara do Lex Luthor.

 

6. Married With Children

Married With Children deixou de ser exibida em 1997 e teve, durante suas 10 temporadas, como tema a música “Love and Marriage”, do mestre Yoda do garbo e da elegância, Frank Sinatra. A série é a grande precursora de toda e qualquer sitcom familiar – ou achava que “Modern Family” veio assim, do nada? – e até hoje é exibida em reprises. É tipo o Chaves dos EUA.

Meu pai fazia a mesma cara antes de me dar algum QUALQUER dinheiro.

 

5. The Big Bang Theory

O tema de The Big Bang Theory, escrito e gravado pela banda Barenaked Ladies (numa tradução tosca: Senhoritas Nuas em Pêlo), canta a evolução da vida na Terra desde a grande explosão. Não costumo gostar de músicas com os temas explícitos assim para seriados, mas essa casou bem. Duvido que alguém aqui não conheça a série, que hoje está em sua quinta temporada, mas caso eu esteja enganado podem imaginar Friends numa versão estrelada por NERDS. É bem por aí.

O vídeo da direita é uma chamada com a versão integral da música tema, “desenharam” pra gente entender.

 

4. The Office UK

Um clássico dos anos 60 é usado na abertura da série original criada pelo humorista Ricky Gervais – um dos meus preferidos de todos os tempos. A música Handbags & Gladrags ficou famosa no início dos anos 70 na voz de Rod Stewart. O seriado foi, pelo que sei, um dos primeiros do gênero “todos sabem que estão filmando” e apesar do tema deste bendito blog ser a música, não tem trilha sonora nenhuma. Mas ele nem precisa.

Esta versão garantiu Stereophonics nas minhas playlists por bastante tempo.

 

3. True Blood

True Blood não está na minha lista de séries favoritas, nem das que eu me importo em ver se estiver passando na TV e eu estiver de bobeira, mas tem uma das aberturas mais legais que eu já vi. A música tema é do cantor country Jace Everett, chamada “Bad Things“, e dá um climão muito legal e promissor, buuut… música boa e abertura bem feita não fazem seriado.

Para ajudar você, o pessoal de Family Guy tem opinião formada a respeido da série: aqui, aqui e aqui.

 

2. Dexter

Dexter é um serial killer, (aparentemente) sem emoções e sentimentos por ninguém, que trabalha como analista de sangue no departamento de polícia e mata bandidos nas horas vagas. Como transportar esse complicado personagem para a abertura do seriado? Em um café da manhã nutritivo e cheio de duplo sentido, com um belo arranjo instrumental, claro! A música é perfeita.

Cover instrumental absurdo, tem mais no canal do cidadão.

 

1. Seinfeld

Seinfeld é foda. Seinfeld é MUITO foda.
A série criada e escrita pelo humorista Jerry Seinfeld (ele fica logo acima do Ricky Gervais, no topo da minha lista de preferidos), foi o primeiro show a autodefinir-se como sendo “sobre nada”. Durante as 9 sensacionais temporadas, a linha de baixo utilizada como tema principal e nas transições de cenas é reutilizada, reestilizada e adaptada, sempre de maneira impecável. Por exemplo, no episódio “The Betrayal”, que se passa na Índia, pode-se ouvir o tema tocado em uma cítara. Não consigo imaginar Seinfeld sem o baixo, nem o baixo sem o Seinfeld.

Queria muito ser baixista das trilhas do Seinfeld.


 

1/2. Lost

O bônus da lista não é uma abertura, mas como é bônus tá valendo (a série mesmo quase não tinha abertura, mas era de arrepiar). A música é o clássico instantâneo da banda (fictícia) do baixista Charlie, de Lost. Com vocês, Drive Shaft!

A banda que o Oasis gostaria de ter sido =) You All Everybody!

 

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Loroza Records #1 Zooey Deschanel

No Google, a busca “Ator e Cantor” traz como primeiro link o site de Serjão Loroza. É ex-vocalista do Monobloco e hoje tem banda própria, mas você deve se lembrar dele em alguma novela ou minissérie da Rede Globo. Boa praça, carismático e talentoso, ele é o ícone a representar esta seção, onde vamos apresentar alguns atores, atrizes e celebs que também são músicos.

 

Como quero trazer boa sorte pra cá, vou começar com o sonho de consumo de milhões de marmanjos nerds e hipsters mundo afora: Zooey Deschanel.
She & Him
“She” é mais conhecida por aqui pelas comédias românticas 500 Dias Com Ela (500 Days of Summer) e Sim Senhor (Yes Man), onde atua ao lado de Joseph Gordon-Levitt e Jim Carrey, respectivamente. Seu papel clássico é de mulher-perfeita-que-eu-quero-pra-mim, mas ela é bem mais do que a bela atriz que eu gostaria de namorar.

O guitarrista e produtor M. Ward (“Him”) ouviu algumas demos de composições próprias da atriz e sugeriu que juntos eles gravassem a coisa de acordo e este foi, basicamente, o modo como nasceu a dupla de música indie/folk She & Him.

Se vocês são espertalhões como eu sei que são, deram play no vídeo acima e já estão familiarizados com o som da dupla. Essa é a principal atividade musical da atriz e eles tem até agora dois álbuns de inéditas, na maioria compostas pela Zooey e produzidas pelo Matt. Os álbuns se chamam Volume One (2008) e Volume Two (2010), simples assim, como deve ser.

Além da She & Him, a Zooey (ah… Zooey) já soltou o vozeirão em alguns filmes (procure por “Elf” e “O Assassinato de Jesse James blablabla…“) e também faz vídeos aleatórios desejando feliz ano novo com o amigo Joseph, que aliás é também um excelente músico. Assunto para um outro post.

Beijo, tchau.

 

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Vá ao Lollapalooza sem ouvir as bandas que não conhece

Não ouça as bandas que não conhece antes de ir ao Lollapalooza. Simplesmente não ouça.

Se você comprou só pra ver o Foo Fighters no dia 7, sábado, então ouça muito Foo Fighters. Ouça os álbuns antigos, relembre os sucessos e dê risada com os clipes engraçadões como “Everlong”, “Breakout” e “Long road to ruin”. Escute o último Wasting Light (2011) imaginando como vai ser na hora em que a banda abrir com “Bridge Bruning”. Aprenda a letra e esteja preparado pra gritar o primeiro verso (“these are my favourites last words”) se Dave Grohl prefrir jogar para o público. Senão, tudo bem: cante junto e alto.

Decore as letras e até assista shows dessa turnê (digite “full concert no youtube, e um novo universo se abrirá). Descubra o que eles costumam fazer em determinadas músicas e já entre no clima de antemão. Faça isso também com o Jane’s Addiction – o Perry Farrel nem aguenta mais cantar mesmo. E também com o Artic Monkeys, headliner do dia 8, domingo. Assim, quando eles tocarem “I bet you look good on the dance floor” e o vocalista Alex Turner cantar “and your shoulders are frozen”, você vai poder responder “cold as the night”.

Dificilmente haverá alguém no Lollapalooza que não conheça essas bandas. Mas se você não conhece Cage the Elephant, Band of Horses e TV on the Radio, não escute-as com antecedência, como se pudesse abrir um catálogo e dizer “vejamos o que temos aqui”. Muito menos faça isso com bandas como Gogol Bordelo, MGMT e Foster the People. As chances de você ouvir cinco minutos de som, achar monótono e passar para a próxima são enormes. O que também pode acontecer, e que seria ainda pior, é arraigar um pré-julgamento que pode atrapalhar o show.

Dê a oportunidade a si próprio de vê-las pela primeira vez no palco, onde toda banda se mostra da forma mais verdadeira: sem loopings, transposição de vozes, equalizadores e efeitos artificiais extenuantes. No palco, eles fazem acontecer – ou pelo menos deveriam. Permita-se conhecê-las de forma mais intensa, com a vibe do público, do som ao vivo, dos erros de notas e da postura dos músicos. E entre no clima.

Saiba usar a expectativa. Pode ser que alguns shows sejam uma merda ou as bandas não sejam do seu gosto. Mas pelo menos vai poder dizer algo sobre elas muito além de “eu ouvi uma música lá, de um album e tal. E não gostei”. Mas se curtir,  vai ser como um tapa da cara, com aquela excitação de conhecer mais, ir atrás e achar aquela música com aquela parte em que o vocalista fez isso, o público cantou e o show veio abaixo.

Escute as bandas do Lollapalooza que não conhece na hora certa.

 

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Tudo sobre música aqui. #Not

 
O Não Toco Raul inicia hoje suas atividades. Formado por gente que, assim como você, adora música, o NTR é um ambiente para se trocar ideias, opiniões e divagar sobre qualquer coisa que emita mais de duas notas.

Aqui não estarão necessariamente as últimas notícias, novidades e lançamentos sobre seu artista predileto. Volte sempre que quiser ler uma boa história, assistir a um belo clipe e escutar algo de boa qualidade. Pode nos cobrar, xingar e enviar sugestões via comentários, twitter e fan page.

Se você é músico, produtor, fotógrafo, videomaker, publicitário, jornalista ou simplesmente teve uma baita sacada e quiser contribuir, nos contate.

No mais, aproveite.

 

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