Rival Sons | Head Down

 
Estreando hoje, o NTR vai fazer toda semana uma mini-análise de álbuns novos e velhos, bons e ruins, bonitos e feios, para você que é apressadinho. Em 3 minutos, você já conhece um disco novo e, mesmo sem ouví-lo por inteiro, pode sair por aí com uma super frase de efeito.

Começamos com um ROCKÃO BOM, mêu! \m/

Rival Sons, Head Down

Earache Records / 17 de setembro de 2012 / Rock, Blues
Rival Sons - Head Down (2012)

Faixas:
1. Keep On Swinging
2. Wild Animal
3. You Want To
4. Until The Sun Comes
5. Run From Revelation
6. Jordan
7. All The War
8. The Heist
9. Three Fingers
10. Nava
11. Manifest Destiny (Pt. 1)
12. Manifest Destiny (Pt. 2)
13. True

4,5/5

“O Rival Sons joga pela janela o estigma de ser uma cópia de Led Zeppelin e estabelece um novo marco zero para o rock. Nossa geração já tem do que se orgulhar.”

É pra quem gosta de:

Led Zeppelin – The Doors – Jack White

Tem que ouvir:

Keep On Swinging – Run From Revelation – Manifest Destiny (Pt. 1)

Pode pular:

Until The Sun Comes – The Heist

 

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Batalha de shows: Maroon 5 vs. Dream Theater

Começando os trabalhos na seção “Batalha de Shows” (calma, ninguém vai brigar aqui) do NTR, dois tipos de música, aparelhagem, público e banda muito – mas muito – diferentes: Dream Theater e Maroon 5.

Ambas se apresentaram no último domingo, 26, em São Paulo, e é sobre estes shows que iremos falar, fazendo leves comparações sobre alguns fatores. Fique ligado, tá tudo ali embaixo.

Marcel Ziul: In a Minute

 
Marcel Ziul lançou no último domingo, 15 de julho, o álbum In a Minute, o terceiro de uma promissora carreira. Com nove músicas, muita influência de blues, um timbre de voz marcante e tratamento de mídia, o músico de Campinas dá um importante passo no processo de estabelecimento: primeiro como artista autoral, depois como aspirante ao grande público.

Em In a Minute, Ziul mantém a coerência em referência ao seu breve trabalho anterior: não se entrega à música pop com refrões grudentos, continua cantando em inglês e com a pegada blues totalmente exposta. Seu material de divulgação compara o estilo ao “rock de Jimi Hendrix e o Soul de Stevie Wonder”. A julgar pelo lançamento, é um pouco demais.

A música-título do álbum, “In a Minute”, a última da listagem, é tranquila e melodiosa assim como a marcante “Learn to Fall”, 6ª música. Já em “All the Time”, que abre o disco e é a primeira música de trabalho, Ziul aparece mais pop, com grande melodia – talento que também se traduz também em “Far Apart”,  a terceira.

O álbum fica mais agitado na excelente “Afraid of Loving You” (faixa 2), em “Don’t Walk Away” (faixa 7) e em “Too Blind To See” (faixa 8), nas quais ele põe para cima uma de suas principais características: a pegada. Ao vivo, Ziul toca muito forte, o que fica perceptível nessas músicas. Deve ser efeito de se apresentar em power trio, com a responsabilidade de ter de segurar o som acompanhado apenas de bateria e baixo. Isso ele faz com excelência.

Em In a Minute, as músicas contam com  trilhas de guitarra distintas em alguns momentos, embora o som ao vivo não fique comprometido. Em uma apresentação recente no Delta Blues Bar, em Campinas, Ziul tocou boa parte das músicas do novo álbum sem demonstrar nenhum prejuízo aos arranjos, sempre muito bem trabalhados – as frases entre os acordes, o swingue e a levada da mão direita e os acordes dissonantes seguem impressionando.

Apesar disso, nenhuma faixa do novo disco tem o peso de “Too Late”, música do álbum anterior, Live Studio Sessions (2009). Nele, Ziul reúne inéditas com composições do primogênito The MZ Trio: First Takes (2008). “Too Late” é uma excelente música, tal como “Hurt”, executada pela Rádio Transamérica SP. “Ain’t the Same” e “Confined” também são muito boas, expondo a habilidade de arranjador do músico.

Portanto, In a Minute não supera o álbum anterior, fruto de anos de trabalho. Mas põe Ziul numa rota promissora, com show sustentado principalmente por músicas autorais relevantes. Foi assim o primeiro bloco de sua recente apresentação no Delta Blues Bar. Também teve poucos, mas inspirados covers: “Isn’t she lovely”, de Stevie Wonder; “Couldn’t Stand the Weather”, de Stevie Ray Vaughan e “Purple Rain”, do Prince, estavam entre eles. Uma puta apresentação.

No palco, aliás, Ziul não muda. Continua se apresentando de olhos fechados na maior parte do tempo, mas se movimentando muito e fazendo caretas em meio a bends e solos.

Mantém uma simplicidade engraçada que o faz entoar “eu gosto de Jimi Hendrix” depois de uma versão arrebatadora de “Purple Haze”. De  vez em quando, faz até um scat singing. Principalmente depois de In a Minute, vale a pena ver Marcel Ziul.

 
 
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