Feel Good Hit Of The Summer, A Origem

Final de 1999, passagem para os anos 2000. Não é um reveillon qualquer, é o Terceiro Milênio começando. Entre previsões catastróficas e o medo de um bug mundial, Josh Homme encara três dias de festa no deserto californiano, regados a muitas drogas. Na volta, dirige seu carro ainda sob efeito, repetindo como um mantra tudo que havia usado nos dias anteriores. “nicotina, valium, vicodin, maconha, ecstasy e álcool. Cocaína“. Essa, basicamente, é a origem de Feel Good Hit Of The Summer, sucesso da banda Queens of the Stone Age.

A música foi lançada no álbum Rated R (2000), inicialmente composta como espécie de vinheta para entrar como última faixa num tom de brincadeira. Chamou tanto a atenção, no entanto, que a banda desenvolveu-a e passou-a para abrir o disco. São exatamente essas sete palavras: nicotine, valium, vicodin, marijuana, ecstasy and alcohol. A sétima e última delas tem uma entonação bem característica: “c-c-c-c-cocaine“. O nome, algo como hit do verão para se sentir bem, deixa-a ainda mais provocativa.

OLYMPUS DIGITAL CAMERAFeel Good Hit Of The Summer deixou o Queens of the Stone Age com uma aura ainda mais cool na cena americana e mundial. A banda expoente do Stoner Rock, gênero de difícil definição mas que tem essa porra-louquice como uma das marcas originais, acabou popularizada por essa noite de loucura de seu vocalista e principal compositor. Rádios se recusaram a tocá-la. Com seu ritmo intenso e fixo até a explosão do refrão, virou de fato um hit nos shows pelo mundo todo. Bandas como Placebo, Foo Fighters, Papa Roach e Machine Head incluíram-na como música incidental em seu setslists.

Obviamente, surgiu a polêmica. Em entrevistas, Josh Hommes declarou que “não há apologia” na letra, definiu-a como “um experimento social” e manteve-se ambíguo sobre a mensagem passada: “ela não diz sim nem não“. Cantada primordialmente por Homme, o refrão final tem participação de diversas vozes, incluindo a de Rob Halford, vocalista do Judas Priest, que estava trabalhando em um estúdio próximo em Los Angeles e aceitou o convite do QOTSA para colaborar.

Em novembro de 2007, o Queens foi chamado para fazer um pocket-show de seis músicas em uma clínica de reabilitação para usuários de drogas em Los Angeles, uma apresentação intimista que serviria para alardear a causa e incentivar os internos (supostamente). A banda teve a coragem de abrir justamente com Feel Good Hit Of The Summer, o que criou grande tumulto: funcionários desligaram os equipamentos logo que a música começou, e eles tiveram de deixar o local sob escolta policial.

joshsmokingPor fim, a música ainda entra na discussão sobre a existência do Stoner Rock como estilo, algo que Homme, talvez por ser seu maior expoente, renega. Perguntando se ela seria o hit dessa vertente do rock, ele explicou: “talvez, ou talvez seja uma faca no pescoço do Stoner Rock. É difícil dizer, e eu acho que essa é a parte boa disso. Olhe, você vai ser sempre rotulado com algo. Stoner Rock é um rótulo tosco, e é por isso que eu não gravito ao redor dele”. É como se ele finalmente fizesse uma canção que representasse o estilo, e ela é assim: cheia de drogas e nada mais. É isso que é o Stoner Rock?

Em seu último show no Brasil, em 25 de setembro, o Queens of the Stone Age tocou Feel Good Hit of The Summer. Ela foi a 9ª música do setlist. Antes, tocaram canções de quatro álbuns, sucessos como No One Knows e candidatas a hinos do novo disco, como I Sat By The Ocean. Quando deu uma pausa, Josh Homme perguntou ao público: “Do you feel good tonight, São Paulo?”. Ouviu gritos positivos como resposta. Então, provocou com uma expressão zombeteira: “I mean… do you feel good?“. Começaram as palmas, os pulos, o mantra.

PS. Performance bem atual da música, no Reading Festival de 2014, na Inglaterra

Queens of the Stone Age | …Like Clockwork

Queens of the Stone Age | …Like Clockwork

Matador Records / 3 de junho de 2013 / Stoner Rock
Paramore | Paramore

Faixas:
1. Keep Your Eyes Pealed 
2. I Sat By The Ocean
3. The Vampyre Of Time And Memory
4. If I Had A Tail
5. My God Is The Sun
6. Kalopsia
7. Fairweather Friends
8. Smooth Sailing
9. I Appear Missing
10. Like Clockwork

 

Tentando escrever esse texto enquanto meu namorado escuta “…Like Clockwok”, involuntariamente, eu já disse pra ele três vezes “essa é a minha preferida do álbum” enquanto diferentes faixas tocavam. É mais forte que eu, não consigo segurar. Apesar de “…Like Clockwork” ser um disco muito bom, com certeza não é o meu favorito – na certa fica atrás do conceituado “Songs from the Deaf” e do recente “Era Vulgaris”. Nesse álbum os Queens Of The Stone Age vieram com uma veia pop atacada e deixaram os barulhos estranhos e solos viajantes um pouco de lado, mas mesmo assim mostrando que têm a capacidade de unir traços de música pop ao seu estilo pesado. Com certeza esse é o disco mais comercial da banda. De stoner rock à stoner pop. E eu realmente não vejo problema algum nisso.

Os QotSA vão dominar o mundo. Os QotSA querem dominar o mundo. Josh Homme deixou isso bem claro na sua última passagem por aqui no Lollapalooza – inclusive na qual ele apresentou em primeira mão a paulada My God is The Sun – quando disse que estava se apresentando no festival para criar público e futuramente voltar com um show solo da banda para promover o novo disco. Aliás eles acertaram em cheio nas estratégia de marketing do “…Like Clockwork”. Foram cinco vídeos teasers de animações sensacionais, sujas e toscas, podres e sangrentas que conseguiram captar visualmente o tom exato da banda – e que podem inclusive virar filme -, além das ações no site da banda que foi divulgando aos poucos trechos das músicas novas e, recentemente, a sua última tacada foi uma apresentação no programa David Letterman para milhões de americanos verem. Além disso eles também  tocaram ao vivo durante uma hora para a internet no “Live on Letterman”, direto do palco do teatro Ed Sullivan.  “…Like Clockwork”  na íntegra do começo ao fim (e com direito a fodástica Little Sister de bis). E os resultados apontam que a estratégia da banda tá dando certo: o álbum novo do QotSA foi parar no topo lista dos discos mais vendidos da prestigiosa revista  Billboard, desbancando o Daft Punk do topo. É a primeira vez que os caras do deserto chegaram ao topo da parada americana.

“…Like Clockwork” é o primeiro disco da banda desde 2007 e sexto álbum de estúdio. Foi gravado no deserto, como de costume, e conta com uma lista de convidados especiais fodões como Trent Reznor, Alex Turner, Dave Grohl, Mark Lanegan, Nick Oliver, Elton John e Brody Dalle. Participações super especiais que acabam passando desapercebidas perto da grandeza do QotSA. A banda de Josh Homme (membro fundador e único representante da formação inicial) tentou seguir discretamente já que o disco voltou a ser produzido por uma gravadora independente, a do próprio Homme, com distribuição da Matador Records.

Como o Bruno Guerra, d’O Musicólogo, muito bem observou neste disco os QotSA continuam a saga de tentar se encaixar em um formato e solidificar a sua identidade, tarefa na qual eles gloriosamente falham, e é aí que está o mérito da banda. Os caras continuam mandando um mar de inconstâncias, descompromissados com fórmulas. Nenhuma das canções soa ser propositalmente acessível e, ainda assim, apesar do experimentalismo, o disco é o mais facilmente digerível da banda. Transgressor a sua maneira.

Recentemente eles anunciaram que estão trabalhando em um álbum novo, e posso prever: vejo muita pedrada por aí. Nesse caso eles subvertem o ciclo natural, e depois da calmaria, com certeza vem tempestade. Tudo o que ficou contido no “…Like Clockwork” provavelmente será extravasado no próximo disco. Mal posso esperar.

É pra quem gosta de:

Black Drawing Chalks – Soundgarden – Black Rebel Motorcycle Club

Tem que ouvir:

I Sat by the Ocean – If I Had a Tail – Smooth Sailing

Pode pular:

Kalopsia

Bônus:

I Appear Missing ao vivo é mais linda ainda (tem uma jam no finalzinho diferente da versão de estúdio)

Nota: 4,o/5

NTR Convida #24 Ricardo Nisiyama (Jenni Sex)

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

 
Esta semana o convidado é Ricardo Nisiyama, também conhecido como Dinho, baterista e vocalista do power trio paulistano Jenni Sex. Façam o favor de guardar piadinhas e comparações com o Japinha do CPM 22, porque, além da cidade natal, da ascendência nipônica e do instrumento, os dois não têm nada a ver.

Dinho forma a Jenni Sex ao lado do baixista Lucas Krotozinsky (na foto, à esquerda) e do guitarrista Helder Oliveira (no centro). O trio lançou um excelente EP chamado “She’s Gone” no fim de fevereiro. E o Dinho tem a proeza de cantar e tocar bateria muito bem e ao mesmo tempo. Haja fôlego e coordenação motora! O som da Jenni Sex remete ao fim dos anos 70 e ao começo dos 80 e muitas vezes me lembra o Joy Division e, principalmente, o Gang Of Four – o que é um baita elogio. Apesar de ser um rock meio melancólico, mais calcado em melodias e não tão acelerado nem pesado, ao mesmo tempo tudo soa muito dançante e sexy. Suas canções não são nada óbvias e, apesar de não serem comerciais nem pop, grudam na cabeça.

Conversei com o baterista/vocalista e pedi para ele nos indicar cinco músicas. “Só pra lembrar, como eu não toco um instrumento harmônico, as músicas que eu costumo ouvir não exercem muita influência sobre o produto da banda (risos). Mas, apesar disso, dá pra assimilar algumas levadas, vozes ou convenções nas músicas próprias”, disse ele, antes de me indicar as canções abaixo – algumas de suas preferidas da vida.

As músicas escolhidas pelo Ricardo estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência.

A playlist:

1) The Strokes – Under Cover of Darkness
“Minha banda favorita. Sou declaradamente fã deles. Quase uma fan girl! Essa música pode não ser instrumentalmente a mais ousada deles, mas tem tudo no pacote. Guitarras que se completam, um baixo que sustenta e uma bateria comandando o ritmo que acompanha a melodia. Pra dar mais gosto, tem também harmonias vocais. Tudo isso dá aquela vontade de pular, dançar e gritar junto, porque é Strokes; e é isso o que eles fazem.”

2) Psapp – The Monster Song
“Todo mundo gosta de um vocal feminino. Eu, pelo menos, amo. Particularmente gosto ainda mais de uma voz macia, com um teor melódico, seja alegre ou triste. O álbum dessa música difere um pouco do som da banda em geral, mas o som todo vale a pena ouvir.”

3) Queens of the Stone Age – Misfit Love
“Dave Grohl é um dos melhores bateristas de rock da atualidade, com certeza. Mas o que o Joey Castillo faz nessa música é fantástico. Falando como baterista, ele leva a música numa levada simples, ao se ouvir, sem muitas viradas ou quebras de ritmo; o que acontece é ele conduzir o tempo com a mão esquerda, sendo destro, numa levada que parece não mudar muito, mas tem cada compasso contadinho.”

4) Dr. Dog – Old News
“Essa é uma das bandas que a gente gosta demais, mas não tem um amigo que goste. É um som acessível, gostoso. Tenho amigos que acham isso sem graça. Eu acho esses caras demais, todo o lado instrumental, (o baixista é muito bom), como as melodias vocais e os backing vocals, que eles trabalham muito bem. É uma daquelas bandas que tem fases (como as melhores): que começou com um som meio underground, meio lo-fi; e, conforme foi obtendo sucesso, foi (e continua) mudando um pouco.”

5) Regina Spektor – Daniel Cowman
“Eu ia citar ‘Trains to Brazil’, do Guillemots, mas a Regina Spektor tem uma música que parece uma obra de arte. O arranjo do piano com a voz tem uma intensidade tão grande que parece orquestrado como música clássica. Não me refiro à qualidade teórica, nem à virtuose, mas, sim, à maneira com que a música leva o ouvinte. Começa tensa, com uma letra densa (como muitas das músicas dela, principalmente no começo de carreira) e, com uma convenção, parece explodir do nada e muda todo o ambiente. Fica bonita, calmante, melódica… Mais uma mudança de ‘ambiência’: sshhhhhhh…um final gostoso, sereno, bonitinho pra música, pra letra, pro mundo, para mim e para você. Ela é linda.”

Mais Jenni Sex:

Bandcamp com o EP “She’s Gone” completo
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 Clipe: Lost Forever
Vídeo: Take Me To The Stars (ao vivo)

Entrevista de Lucas e Helder sobre o EP de estreia da banda

 

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11 razões por que o QotSA é a banda mais foda do mundo

Som pesado, guitarras distorcidas, jam sessions no deserto e clima de chapação definem de cara o Queens of the Stone Age. A banda, formada em Palm Desert (Califórnia) em 1997, ajudou a popularizar o stoner rock e é conhecida por seu frontman, o vocalista/guitarrista/compositor Josh Homme – o único integrante original, já que o grupo passou por constantes mudanças de integrantes.  Antes de fundar o QotSA, Josh e o baixista Nick Oliveri (da formação original) passaram a adolescência tocando nos desertos dos EUA com o Kyuss (banda seminal para a geração stoner), o que influenciou muito as experimentações e sonoridade do QotSA. A banda já tocou no Brasil em 2001, no Rock in Rio; em 2010, no SWU; e volta em 2013 para uma aguardadíssima apresentação no Lollapalooza. Abaixo listo pra vocês as 11 razões pelas quais o QotSA é a banda mais badass do mundo!

1) Eles têm uma música que se chama I was a teenage hand model.

2) São expoentes do stoner rock e adoram fazer referências às coisas boas da vida como drink wine and screw.

3) O então baixista Nick Oliveri subiu ao palco peladão no Rock in Rio III. Foi aplaudido, vaiado, preso e solto. A apresentação da banda ainda não havia acabado quando oficiais de justiça tentaram entrar no palco para prender o baixista em flagrante. Enquanto isso, a produção do festival tentava contornar a situação – inclusive arranjando uma calça nos bastidores para o músico vestir. Mas Nick não conseguiu se livrar de uma audiência imediata no juizado de menores montado dentro da Cidade do Rock. A desculpa/indagação dele: “Ué, no carnaval de vocês não é assim? Pensei que em show de rock também pudesse”.

4) Eles fizeram uma música que é a repetição eterna da seguinte sequência de palavras: nicotine, valium, vicodin, marijuana, ecstasy and alcohol… c-c-c-c-c-cocaine! Sobre a famosa letra, o ex-baixista Oliveri disse: “É uma música com refrão colante; e não o tipo de música que diz ‘faça isso ou faça aquilo’. Mas ouça e faça o que quiser, que cada um aproveite sua própria vida”.

5) Foram expulsos do próprio show, em 2007, quando tiveram a brilhante ideia de tocar para internos de uma clínica de reabilitação, em Los Angeles. O motivo: abriram a gig com a música do item anterior (c-c-c-c-c-cocaine). O plano de Josh Homme de fazer um show de seis músicas teve um fim abrupto e caótico quando a banda foi interrompida antes de terminar a primeira canção e retirada à força pelos seguranças. A equipe da clínica ficou tão impressionada com o som de abertura que desplugou os equipamentos e convocou os seguranças para removê-los de imediato, sem negociação. Ironicamente, Feel good hit of the summer é usada pelo Departamento de Polícia do Colorado como trilha sonora de seus vídeos institucionais, demonstrando as consequências de dirigir sob efeito do álcool.

6) Seus álbuns são geralmente recheados de contribuições e participações de um monte de nomes fodões, como o Jesse Hughes do Eagles Of Death Metal, Trent Reznor do Nine Inch Nails, Julian Casablancas do Strokes, Billy Gibbons do ZZ Top e, é claro, o Dave Grohl do Foo Figthers, que já gravou com eles o cultuadíssimo Songs from The Deaf e também participa do sexto álbum da banda.

7) Eles tem uma ~love song~ que, apesar de ser bonitinha, é bem direta e toca no ponto: “Eu quero comer você”. Como o próprio Homme já disse, this song is about fucking:

8) Eles incentivam idiotices e não têm limites quando estão em estúdio. O próprio Grohl entrega: “Se você por acaso resolver fazer algo absurdo, eles mandam você fazer mais. Nesse último disco eu fiz algo tão ridículo que pensei que o Josh jamais me deixaria gravar, mas quando mostrei pra ele, me mandou repetir por 45 segundos – o que acabou virando uma grande parte de uma música. Eles trabalham assim”.

9) Eles fazem música no deserto, literalmente. O deserto fica por conta do estúdio Rancho de la Luna, em Joshua Tree, localizado no deserto de Mojave. Fundado em 1993 por Fred Drake e David Catching, o estúdio é bem caseiro mesmo, do tipo em que a bateria é gravada na sala de estar, os amplificadores empilhados no banheiro e Catching cozinha para a galera. Segundo o vocalista: “É um bom lugar para tocar. No deserto, no escuro, com orgias na nossa cabeça. Podemos fazer um churrasco, tomar uns drinks e talvez fazer música”. Aliás, o próximo álbum da banda é descrito por Homme como “uma orgia no escuro do deserto”.

10) Eles pedem para os fãs montarem o seu setlist. Para o Glastonbury deste ano, a banda pediu aos fãs que elegessem suas 10 canções favoritas, que eles tocariam no festival. Bastava acessar um site e escolher as suas favoritas entre um catálogo de 50 canções do QotSA e voilá!

11) Seus clipes também são fodões. Tipo o vídeo para 3’s and 7’s, que poderia facilmente ser um trecho retirado de algum filme do Tarantino:

 

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Black Drawing Chalks | No Dust Stuck On You

 

Black Drawing Chalks | No Dust Stuck On You

Crânio / 10 de Outubro de 2012 / Stoner Rock, Rock’n’Roll, Garagem
Black Drawing Chalks | No Dust Stuck On You

Faixas:
1. Famous
2. Cut Myself In Two 
3. Street Rider 
4. Walking By
5. No Anchor
6. Disco Ghosts
7. I’ve Got Your Flavor 
8. Simmer Down
9. Swallow
10. Immature Toy
11. Black Lines
12. Little Crazy
13. The Stalker 
14. Denis’ Dream
15. Cheat, Love and Lies

 

4,5/5

“O Black Drawing Chalks manteve o melhor dos dois primeiros discos, mas arriscou e acertou na mosca com canções menos pesadas, dançantes e muito sensuais. Em 7 anos de estrada, acharam seu caminho com rock’n’roll (e fuck music) de primeira qualidade e, hoje, se consolidam como uma das melhores bandas do Brasil.”

É pra quem gosta de:

Queens Of The Stone Age – Datsuns

Tem que ouvir:

Cut Myself In Two – Street Rider – I’ve Got Your Flavor

Pode pular:

Immature Toy – Black Lines

 

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