16 motivos porque a Mc Mayara é melhor que Anitta

A funkeira Anitta sempre teve uma posição ~polêmica em relação ao seu suposto discurso feminista. Em “O show das poderosas” ela traz para os holofotes o empoderamento feminino, mas também reforça a rivalidade entre as mulheres quando fala DAZINIMIGAS. Ela trouxe o funk pro mainstream, mas está longe de ser porta voz da periferia e o que ela atualmente produz tá muito mais pra um funk “domesticado”, que pode ser provocativo, mas não ofende a moral da família brasileira (sdds Mama). Essa semana Anitta fez todas as mulheres shorarem sangue quando, no programa Altas Horas, defendeu um discurso machista e conservador sobre feminilidade e liberdade sexual dizendo que as mulheres de hoje provocam os homens a pensar mal delas entre outras falas lamentáveis. Assim não dá pra te defender amiga. Depois dessa fica difícil acreditar no discurso “feminista” da funkeira: o que tem de real e o que é assessoria de seus produtores pra usar o movimento como moeda de troca e vender mais discos? Pra combater o ~feminismo de boutique~ e mostrar que tem sim mulheres fazendo funk com uma postura bacana e dando a cara a tapa a gente montou uma lista mostrando porque a paranaense Mc Mayara vence essa disputa contra o patriarcado por flawless victory:

1) Primeiramente porque a Mc Mayra segue sempre a máxima: “Ela não sofre, ela curte a vida, ela é feliz, ela é bandida”.

 

2) Ela é fora dos padrões funkeira-mulher-fruta-toda-trabalhada-no-whey-protein, mas arrasa na pixxxta porque sabe que é gostosa do seu jeitinho.

 

3) Ela é conhecida como “novinha do eletrofunk” e já teve que comprovar sua maioridade ao Ministério Público para continuar se apresentando publicamente como cantora.

4) Ela também já foi denunciada para o Conselho Tutelar por conta de suas letras de duplo sentido.

 

5) Ela vai contra a sociedade machista que acha errado mulher sair sem o namorado:

 

6) Mc Mayra se identifica com as ideias feministas e faz questão de apoiar o movimento.

 

7) Ela vai no SBT cantar “Teoria da Branca de Neve, porque eu vou ter um se eu posso ter sete?” acompanhada desses ~anões:

 

8) E no Programa da Eliana ela bate o pé quando o sertanejo Daniel é babaca e levanta a bandeira feminista em canal aberto: “TEMOS OS MESMOS DIREITOS QUE OS HOMENS, NÃO É MENINAS?”.

 

9) Ela tem “As Teorias da Mc Mayara”:

 

10) Ela homenageia as nossas eternas divas Spice Girls e ainda esculacha os boy que não deram bola pra ela no passado:

 

11) Ela defende a liberdade sexual da mulher sair com quantos caras ela quiser:

 

12) Ela é mãe da Manu e posta fotos fofinhas da filha na sua fanpage.

 

13) Aliás, ela causou ~polêmica quando, aos 18 anos, gravou o clipe “Ela sabe rebolar” gravidinha e mandou a real pros moralistas: “Gravidez não é doença”.

 

14) Ela vai lançar um novo clipe com referência a estética do filme Sin City, do quadrinista Frank Miller e dos cineastas Robert Rodriguez e Quentin Tarantino.

 

15) Detalhe pra sinopse: “Mc Mayara surge no papel de femme fatale, uma vilã sensual e perigosa que, com ajuda de suas capangas, sequestra os homens que ela quer para usar e abusar em seu esconderijo!”.

 

16) É Anitta… Hoje não deu pra você: Mc Mayra >>> Anitta.

Cool Covers: Blurred Lines

Peitos e bundas fazem parte do nosso cotidiano tão massivamente quanto trânsito em São Paulo, academias no Rio de Janeiro ou o mangue em Recife que acabam sendo banalizados. Eles passam, são empurrados e esfregados na nossa cara, mas a gente nem dá bola mais porque é uma coisa tão costumeira que nem nos chama mais a atenção.

Isso acaba tirando o nosso sendo crítico e, às vezes, não conseguimos enxergar logo de cara como uma imagem/vídeo pode ser ultrajante e sexista. Quando isso acontece, um exercício simples para “ligar” a nossa capacidade de julgamento é inverter os gêneros. Ao fazer essa troca de papéis das representações de gênero o homem assume a posição feminina tradicional e vice-versa.

Muitas vezes, é preciso fazer esse exercício mental (no caso, de imaginar homens com ~roupas provocantes~ e fazendo cara de desejo) pra se dar conta do absurdo a que somos expostos e pra ver como o que era pra ser sensual sem ser vulgar, na verdade, é ridículo e patético.

Uma música que se encaixa muito bem nesse contexto é o hit “Blurred Lines” de Robin Thicke. Quando você escuta o som pela primeira vez é muito fácil se viciar na batida pop chiclete com direito a um “hey hey hey” que você fica cantando o dia inteiro. Mas basta prestar atenção no videoclipe e na letra para constatar como a ela é perversa com a mulher, pois a retrata como sendo altamente sexual e submissa e o homem como dominante e agressivo. A música chegou até a ser banida por estudantes de Edimburgo por considerá-la um incentiva ao estupro por conter versos como: “I’ll give you something big enough to tear your ass in two”.

Para esse Cool Covers escolhi uma versão que faz justamente essa troca de papéis que citei anteriormente: o grupo Mod Carousel parodia a canção de Robin Thicke promovendo a inversão de gêneros. O resultado é incrível porque a gente está tão calejado de ver peitinhos por aí que um a mais ou um a menos não faz diferença, mas quando é um homem que se coloca nessa posição, aí a gente se dá conta de como a mulher é objetificada e do quão ridícula, absurda e misógina é essa situação.

10 motivos para você não perder o show do Yeah Yeah Yeahs

*Texto escrito com colaboração da Thássya Macedo que também pira em YYY.

A grande atração da noite é o Red Hot Chilli Peppers, mas tem muita gente que está é mesmo com o coraçãozinho apertado ansiando pela segunda passagem do Yeah Yeah Yeahs no Brasil. O primeiro e único show da banda em terras tupiniquis foi em 2006, no falecido Tim Festival, pela turnê do “Show Your Bones”. Sete anos depois, o YYY é praticamente outra banda (compare aqui o setlist de 2006 com o show mais recente da banda, na Argentina) . Mas a Karen O continua a musa-indie-suprema-japa-lôki-descolex-explosiva que capricha no figurino cheio de macacões esquisitões e, pra mim, o YYY continua sendo tipo uma paixão adolescente que, como todo amor inconsequente, quase me seduziu e me fez deixar de prestar vestibular pra gastar a grana da inscrição com os ingressos do seu primeiro show por aqui. É por isso que listamos os 10 motivos pelos quais estamos ansiosos por esse show e porque, se eu fosse você, não o perderia por nada:

1) Karen O por si só já é um excelente motivo. Ela canta, escreve letras, elabora trilhas sonoras de filmes, faz performance e ainda desenha as estampas das camisetas da banda que estão no site oficial;

2) Aliás, todos os integrantes da banda tem projetos em paralelo nos quais são muito bem sucedidos, o que só comprova o talento de todos ali no palco;

3) Eles são uma das poucas bandas que fazem rock porque amam e acreditam no que fazem;

4) Tem músicas para todos os gostos – tem aquela que foi feita só pra vc curtir o momento e balançar o esqueleto, tem aquelas que vão te pensar naquela pessoa que partiu o seu coração  e tem as que te elevam para uma concepção nova da vida;

5) Você vai poder pular, gritar e se emocionar 74627423013923014738462423 vezes em menos de uma hora;

 

6) Eles não são banda de uma música só. Então, na hora do BIS, qualquer coisa que eles tocarem já vai ser dugrandecaraleo e não vai ter gente enchendo o saco pedindo pra tocar “essa ou aquela”;

7) Eles não usam playback e o figurino da Karen O é meio que baseado em Elvis e Michael Jackson;

8) Ver a Karen O fazer isto com o microfone:

9) Os fãs do YYY geralmente são fãs porque entendem de boa música e não por modinha besta, então a chance de você aumentar sua rede social com pessoas realmente interessantes enquanto estiver na fila é altíssima;

10) Se vc conhece a expressão “linda, loira e japonesa”, bom, vc vai ter uma no palco bem na sua frente.

Queens of the Stone Age | …Like Clockwork

Queens of the Stone Age | …Like Clockwork

Matador Records / 3 de junho de 2013 / Stoner Rock
Paramore | Paramore

Faixas:
1. Keep Your Eyes Pealed 
2. I Sat By The Ocean
3. The Vampyre Of Time And Memory
4. If I Had A Tail
5. My God Is The Sun
6. Kalopsia
7. Fairweather Friends
8. Smooth Sailing
9. I Appear Missing
10. Like Clockwork

 

Tentando escrever esse texto enquanto meu namorado escuta “…Like Clockwok”, involuntariamente, eu já disse pra ele três vezes “essa é a minha preferida do álbum” enquanto diferentes faixas tocavam. É mais forte que eu, não consigo segurar. Apesar de “…Like Clockwork” ser um disco muito bom, com certeza não é o meu favorito – na certa fica atrás do conceituado “Songs from the Deaf” e do recente “Era Vulgaris”. Nesse álbum os Queens Of The Stone Age vieram com uma veia pop atacada e deixaram os barulhos estranhos e solos viajantes um pouco de lado, mas mesmo assim mostrando que têm a capacidade de unir traços de música pop ao seu estilo pesado. Com certeza esse é o disco mais comercial da banda. De stoner rock à stoner pop. E eu realmente não vejo problema algum nisso.

Os QotSA vão dominar o mundo. Os QotSA querem dominar o mundo. Josh Homme deixou isso bem claro na sua última passagem por aqui no Lollapalooza – inclusive na qual ele apresentou em primeira mão a paulada My God is The Sun – quando disse que estava se apresentando no festival para criar público e futuramente voltar com um show solo da banda para promover o novo disco. Aliás eles acertaram em cheio nas estratégia de marketing do “…Like Clockwork”. Foram cinco vídeos teasers de animações sensacionais, sujas e toscas, podres e sangrentas que conseguiram captar visualmente o tom exato da banda – e que podem inclusive virar filme -, além das ações no site da banda que foi divulgando aos poucos trechos das músicas novas e, recentemente, a sua última tacada foi uma apresentação no programa David Letterman para milhões de americanos verem. Além disso eles também  tocaram ao vivo durante uma hora para a internet no “Live on Letterman”, direto do palco do teatro Ed Sullivan.  “…Like Clockwork”  na íntegra do começo ao fim (e com direito a fodástica Little Sister de bis). E os resultados apontam que a estratégia da banda tá dando certo: o álbum novo do QotSA foi parar no topo lista dos discos mais vendidos da prestigiosa revista  Billboard, desbancando o Daft Punk do topo. É a primeira vez que os caras do deserto chegaram ao topo da parada americana.

“…Like Clockwork” é o primeiro disco da banda desde 2007 e sexto álbum de estúdio. Foi gravado no deserto, como de costume, e conta com uma lista de convidados especiais fodões como Trent Reznor, Alex Turner, Dave Grohl, Mark Lanegan, Nick Oliver, Elton John e Brody Dalle. Participações super especiais que acabam passando desapercebidas perto da grandeza do QotSA. A banda de Josh Homme (membro fundador e único representante da formação inicial) tentou seguir discretamente já que o disco voltou a ser produzido por uma gravadora independente, a do próprio Homme, com distribuição da Matador Records.

Como o Bruno Guerra, d’O Musicólogo, muito bem observou neste disco os QotSA continuam a saga de tentar se encaixar em um formato e solidificar a sua identidade, tarefa na qual eles gloriosamente falham, e é aí que está o mérito da banda. Os caras continuam mandando um mar de inconstâncias, descompromissados com fórmulas. Nenhuma das canções soa ser propositalmente acessível e, ainda assim, apesar do experimentalismo, o disco é o mais facilmente digerível da banda. Transgressor a sua maneira.

Recentemente eles anunciaram que estão trabalhando em um álbum novo, e posso prever: vejo muita pedrada por aí. Nesse caso eles subvertem o ciclo natural, e depois da calmaria, com certeza vem tempestade. Tudo o que ficou contido no “…Like Clockwork” provavelmente será extravasado no próximo disco. Mal posso esperar.

É pra quem gosta de:

Black Drawing Chalks – Soundgarden – Black Rebel Motorcycle Club

Tem que ouvir:

I Sat by the Ocean – If I Had a Tail – Smooth Sailing

Pode pular:

Kalopsia

Bônus:

I Appear Missing ao vivo é mais linda ainda (tem uma jam no finalzinho diferente da versão de estúdio)

Nota: 4,o/5

Cool Covers: Especial Marilyn Manson

Uma coisa que eu mais gosto do som do Marilyn Manson é como ele consegue criar uma atmosfera própria, um clima sombrio, dark e – por que não? – sexy típico dele e o qual você  reconhece já de cara. Ele sabe de seu poder e, por isso mesmo, a sua lista de covers é longa: o cantor já regravou cerca de 40 canções, entre versões acústica, ao vivo e estúdio, de artistas como David Bowie, Prince, Ramones… Ele inclusive conseguiu fazer versões tornarem-se mais famosas que as composições originais. Selecionei as versões mais legais que ele já fez pra vocês curtirem também:

6. You’re So Vain

A identidade do cara vaidoso-egocêntrico que aborreceu Carly Simon e até ganhou a canção/crítica You’re So Vain, de 1972, ainda permanece um mistério. Mas mesmo assim Marilyn Manson achou legal e decidiu chamar Johnny Depp pra assumir a guitarra e regravar a música para o seu disco Born Villain, de 2012.

5. I Put A Spell On You

A canção foi escrita em 1956 pelo músico Jay Hawkins, mas só foi alcançar sucesso na voz da diva Nina Simone em 1965. A música foi regravada por MM em 1995 para o álbum Smells Like Children.

4. Five To One

Five to one é uma canção dos Doors do álbum Waiting for the sun, de 1968. A música foi regravada por MM para o álbum Disposable Teens, de 2000. O cantor chegou inclusive a interpreta-la junto com o integrante oficial do Doors, Ray Manzarek, no Sunset Strip Music Festival de 2012.

3. Personal Jesus

A canção da banda Depeche Mode é o primeiro single do álbum Violator, de 1989, e alcançou o 23º lugar das paradas britânicas. De acordo com o autor da letra, Martin Core, a música foi inspirada no livro Elvis and Me, de Priscilla Presley, e é sobre ser um “Jesus” para alguém, ser alguém que dá esperanças e se preocupa com você. Segundo Core, era sobre como Elvis se mostrava como homem e mentor para Priscilla, um Deus, como frequentemente acontece nos relacionamentos, e como isso não é uma visão muito equilibrada de alguém. A versão cover feita por MM foi gravada especialmente para promover o álbum Lest We Forget: The Best Of, a sua primeira coletânea, em 2004.

2. Sweet Dreams (are made of this)

Sweet Dreams (Are Made of This) é uma música do grupo britânico Eurythmics, lançada como single em 1982. A música foi interpretada por Marilyn Manson em 1995, no álbum Smells Like Children. O álbum foi produzido por Trent Reznor e Marilyn Manson e representa uma era cheia de drogas, abusos, turnês e experimentações sonoras para a banda. Esse cover foi o primeiro hit da banda e os colocou nas paradas de sucesso.

1. Tainted Love

Nesse cover, MM mostra como é capaz de desconstruir uma música pop levinha e consegue deixá-la com uma carga bem mais pesada e sensual. Tainted Love é uma canção composta por Ed Cobb que foi originalmente gravada por Gloria Jones, em 1965, mas só alcançou fama mundial depois de ser registrada pelo Soft Cell em 1981, atingindo o número um no UK Singles Chart. Foi lançada por Marilyn Manson como um single da trilha sonora do filme Not Another Teen Movie, em 2001. Mais tarde, foi incluída como faixa bônus do álbum seguinte da banda, The Golden Age of Grotesque.

NTR Convida #32 Edição Especial Enamorados: Chuck e Gaía

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

Resolvemos estender as comemorações do Dia dos Namorados e te presentear com uma edição super romântica, caliente e ~sensual~ do NTR Convida com um Especial Enamorados. Para montar essa playlist, chamamos um dos casais mais legais (e que mais entende de música), Gaía Passarelli e Chuck Hipolitho. Eles toparam compartilhar com a gente canções especiais que marcaram seu relacionamento.

Gaía é jornalista, apresentadora da MTV e uma das fundadoras do site de música alternativa rraul, criado em 1997. Chuck também é apresentador da MTV, além de tocar guitarra e cantar na banda Vespas Mandarinas e ter sido guitarrista dos Forgotten Boys. Os dois se conheceram na emissora enquanto gravavam os primeiros pilotos dos programas Goo e Big Audio e estão juntos desde então.

Como já dá pra perceber, a música ocupa um espaço fundamental na vida deles. E essa dedicação total à música, que poderia ser frustrante em alguns relacionamentos, se mostra como combustível para os dois. Aliás, a preocupação inicial do casal na hora de juntar as escovas de dente e ir morar juntos foi arrumar a coleção de discos e instalar o sistema de som na casa nova. A própria Gaía disse, em entrevista para a Revista TPM: “Tanto amor acrescenta algo irritante nessa fixação musical, sim. E é quando ele se apropria dos meus gostos e fica ‘dono’ de uma banda ou artista que mostrei primeiro”.

Chuck e Gaía dividem hoje a mesma casa, uma coleção de camisetas de bandas e nossa playlist especial para o NTR Convida #32:


A playlist da Gaía:

1) The Black Keys – The Only One
“Todo casal tem que ter uma balada pra chamar de sua, acho; e essa música lembra um momento especial que a gente passou junto.”

2) The Nerves – Hanging on the Telephone
“Logo quando a gente se conheceu o Chuck gravou um CD cheio de músicas que ele gosta. Eu só conhecia essa música com o Blondie. Lembra ele desde então.”

3) Lykke Li – I Follow Rivers
“A gente ouviu muito essa música quando começou a namorar, tocava no Big Audio, programa que o Chuck fazia na MTV na época.”

4) Solange – Losing You
“É uma canção sobre break-up mas também é a música que a gente mais pirou ano passado. Um dos gostos em comum que a gente tem.”

5) Edward Sharpe & The Magnetic Zeros – Up From Below
“‘Cause I already suffered and I want you to know that I’m riding on hell’s hot flames, coming up from below.'”

A playlist do Chuck:

1) Fleetwood Mac – Go Your Own Way
“‘Descobri o Fleetwood Mac junto e por causa da Gaía, ouvimos o Rumours muito, tipo, MUITO.”

2) R.E.M – Bittersweet Me
“Nada em especial com a música, mas a minha favorita de um dos discos que mais gostamos em comum.”

3) David Bowie – Modern Love
“Acho que é minha favorita do Bowie, descobri isso por causa da Gaía.”

4) Luiz Melodia – Pérola Negra
“Gaía apareceu com esse LP aqui em casa, ela adora.”

5) The Replacements – Bastards Of Young
“Não faço a mínima ideia da razão, mas estava numa mixtape dessas que a Gaía faz para escutar no carro. Eu estava ouvindo sem querer e tinha a música… pirei porque já conhecia, e me surpreendeu. Estou passando por uma fase Replacements por causa de um disco que ela acabou de me trazer de presente dos EUA.”

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Top 7,5: RIP Ray Manzarek

 
Semana triste para os fãs dos Doors que perderam o tecladista mais legal do rock’n’roll. Pois é, Ray Manzarek se juntou a Jim Morrison pra tocar Light My Fire em territórios celestiais ou não e faleceu no dia 20 de maio, aos 74 anos, devido a um câncer no ducto biliar. Fica, então, aquela imagem de Ray em transe debruçado sobre as teclas, uma figura carismática, sensata, o contraponto ao desequilíbrio de Morrison, mas nem por isso menos entregue à música.

A sensibilidade de Ray foi essencial para os Doors que, aliás, só foi fundado devido a um encontro casual do tecladista e do vocalista em Venice Beach, quando Jim se ajoelhou na areia para recitar Moonlight Drive, Na hora, Ray pensou: “Caralho, nós temos que montar uma banda!”. É sobre ele o nosso Top 7,5:

7. The End

6. When the music is over

5. Spanish Caravan

 4. Love me two times

3. Touch me

2. Moonlight drive

1. Light my fire

 Bônus: Close to you baby

Nessa canção é o Ray quem rasga o gogó.

 

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NTR Convida #29 Aran (AUTOBONECO)

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

Quem faz a playlist de hoje é o Aran (voz, guitarra, baixo, percussão e efeitos) da banda AUTOBONECO e dono de uma das lojas mais legais de discos e artigos culturais que já visitei na vida: a Extinção Discos, em Bauru (SP). E foi em terras bauruenses que o AUTOBONECO  foi criado, em 18 de março de 1993. O grupo se autodenomina um antigrupo pós-punk de improvisação noise produzindo gravações e shows audiovisuais de forma autônoma e experimental.

537779_462098100523335_1680840249_nDo som às artes visuais, eles já lançaram até hoje dezenas de fitas K7s, videos, zines e 13 CDs. O mais recente, “SUIZIDIO NARCISISTA” levou o AUTOBONECO para sua primeira excursão fora do país, com quatro shows na grande Buenos Aires em dezembro de 2011. O AUTOBONECO seguiu em 2012 a turnê SUIZIDIO LATINO, de improvisação sensorial com video projeção em todos os shows. Continua em 2013 com novos lançamentos e shows diferentes. A banda de garagem ao vivo é essencialmente AR (voz, guitarra, baixo, percussão, efeitos), AM (baixo, voz, guitarra), HA (bateria, percussão), RG (guitarra, efeitos), com participações e omissões eventuais.

As músicas escolhidas pelo Aran estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência.

A playlist:

1) Not Only Bones –  I’m an empty dream’s keeper/Dark radio
“Na minha coleção de K7 culture (1984), saiu agora em LP. Timbre/clima, triste/simples. Underground da Grécia, duo.”

2) Whitehouse – Dumping  the fucking rubish
“Banda classicamente equivocada com sons certeiros. Leia as letras rsrs”

3) Black Future – Eu sou o rio
“Macumba pós-punk, anos 80 freakstyle; o Rio de Janeiro continua sendo.”

4) Trost – Ducky
“É a Annika, do Cobra Killer, solo soft. Olhos tortos mais lindos.”

5) AUTOBONECO – Less love, more care
“Meu hit favorito de 2012. Autopromoção, amor-próprio, etc.”

182668_469371089796036_1047964242_nMais AUTOBONECO:
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NTR Convida #14 Supla

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério), o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada. Excepcionalmente,  e por (bons)  motivos de força maior, o “NTR Convida” trará 2 super convidados essa semana. C’mon, KIDS!

 
O Supla ainda é um cara analógico. Pelo menos foi essa a impressão que ele deixou quando, às 5h da tarde de uma sexta-feira, preferiu me ligar a responder um simples e-mail.

É, fui pega totalmente desprevenida ao atender o celular e ouvir: “Alô, é o Supla”. Atônita – sou fã do cara desde os 12, quando me apaixonei por ele acompanhando-o na Casa dos Artistas –, ao atender o telefone foi natural o meu primeiro pensamento ser: É pegadinha? Sério mesmo? Alguém tá me passando trote?

Meio desconfiada, desacreditada e desorientada fui ouvindo a voz característica do Papito e me dando conta de que era ele mesmo: “Vou responder tudo aqui e depois você procura lá no youtube”, disse ele. E foi pá-púm. Daquele jeito hiperativo e irreverente, em cinco minutos pensou ali na hora mesmo em suas cinco canções escolhidas – todas com uma ótima razão para entrar em sua lista. Terminou a ligação me sugerindo pedir para tocar “On my way” no facebook da Rádio Rock Uol 89 FM: “Eu quebrei uma pra você e você quebra essa pra mim, c’mon?”, disse ele.

E como não atender a um pedido do Papito?

As músicas escolhidas pelo Supla estão todas no player acima. É só dar o PLAY. C’MON!

A playlist:

1) Supla – São Paulo
“Porque sexta-feira é aniversário de São Paulo.”

2) Brothers of Brazil – On my way
“Porque o clipe dessa música foi inteiro filmado de um iPhone.”

3) David Bowie – Let’s dance
“Porque ele está loiro nesse vídeo.”

4) Billy Idol – White Wedding
“Porque ele quer me imitar.”

5) John Lennon – Stand by me
“Porque ele é o verdadeiro rei.”

Extra) The XX – Islands
“Porque é uma banda nova, na verdade não tão nova assim, mas é legal.”

Bossa’n’roll

Atualmente, o Supla segue tocando bateria de kilt por aí com seu irmão, João Suplicy, no duo Brothers of Brazil – nome, inclusive, que foi cunhado por Bernard Rhodes, empresário do The Clash, durante a primeira excursão dos irmãos pelo Reino Unido. O duo une músicas e sons tradicionalmente brasileiros, como Bossa Nova e Samba, com Rock, Punk e Funk para criar uma sonoridade única que, como afirmou o fodástico e legendário fotógrafo rock’n’roll, Bob Gruen: “Eles fazem essa mistura de um jeito tão próximo que só irmãos podem fazer, criando um ótimo som novo. Eu amo essa banda!”.

Brothers-of-Brazil-lança-novo-clipe

 
 
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Cool Covers: I Will Survive

 
Não é apenas uma música sobre superar dificuldades. É um hino feminino (a la Girl Power e também da comunidade gay) sobre juntar os caquinhos depois do término de um relacionamento, erguer a cabeça e seguir em frente. É aliás um hino universal: já foi reproduzido em 20 línguas, inclusive árabe. Um hino premiado: ganhou em 1979 o Grammy de Best Disco Recording, e foi a primeira e última vez que o Grammy premiou essa categoria. É também uma das canções mais populares cantadas em Karaokê.

Apesar de toda a sua aura de canção-espanta-dor-de-cotovelo, I Will Survive originalmente não se tratava de um homem específico na vida Gloria Gaynor. Ela estava muito bem casada quando a gravou. Na verdade, os produtores de Gaynor, Freddie Perren e Dino Fekaris, escreveram a letra para a cantora depois que ela sofreu uma lesão nas costas e ficou seis meses no hospital. Gaynor havia passado por uma cirurgia e ainda usava colete ortopédico quando gravou a música. E é por isso que ela vê essa canção como uma lição de sobrevivência, independentemente do que você tenha que superar: “É uma letra atemporal que aborda uma preocupação atemporal”, disse.

Se você está cantando-a por causa de um coração ou de uma coluna partida, não importa, garanto que quando escuta o pianinho inicial e os primeiro versos At first I was afraid I was petrifiiied você também bate o pézinho, levanta a mão com o microfone imaginário e faz a diva dando a volta por cima no salão enquanto declama o hino – não importa se é a versão original de Gloria Gaynor:

 
A versão indie mais lenta e menos arrasa bee, do Cake:

 
Ou a versão pin up, fofinha, retrô, gal group com The Puppini Sisters:

 

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