NTR Convida #39 Victor Meira (Bratislava e Godasadog)
Às sextas-feiras o NTR traz a seção “Convida”, onde músicos convidados ditam o som para você começar o final de semana na pegada!
O convidado de hoje é o músico Victor Meira, baixista e vocalista da banda Bratislava que também tem um projeto de música eletrônica chamado Godasadog (repare que o nome é um palíndromo. Achei genial!). Victor é soteropolitano e montou a Bratislava com seu irmão, Alexandre, que também canta e toca guitarra. A banda foi formada em São Paulo, cidade onde moram, no começo de 2010. A atual formação ainda conta com os paulistanos Edu Barreto (guitarra) e Lucas Felipe Franco (bateria).
Depois de lançar o EP “Longe do Sono”, o grupo gravou seu primeiro álbum, “Carne”. O disco saiu no ano passado e é surpreendente, unindo de forma muito rica diversos estilos musicais (forró, rock, baião, jazz, reggae…) a letras em português que parecem literatura e contam a história de um personagem sem nome e sua trajetória em um mundo que mistura fantasia e realidade. Eu adorei!
Já o Godasadog é uma dupla, formada por Victor e Matschulat (produtor, compositor e engenheiro de som) em 2012, também em São Paulo. Eles tocam música eletrônica alternativa e acabaram de lançar seu primeiro disco, que se chama “Hoje”. Matschulat mora em Londres e, por isso, parte do álbum foi feita à distãncia. Ainda bem que existe internet, né? O disco contou com participações especiais dos músicos Matéria Prima (Zimun, Quinto-andar, Subsolo) e Bruno Kayapy (Macaco Bong) na faixa Centrifuga e do poeta mineiro Heyk Pimenta na faixa Agora – cuja letra é um poema de sua autoria. A dupla também tem um EP chamado “Casulo”.
Confira a seleção do Victor – playlist lá no topo do post. o/
1) Silverchair – Tuna in the Brine
“Silverchair foi a minha primeira banda preferida. Aliás, foi com Silverchair que eu descobri o lance de ‘ter uma banda preferida’. Isso foi no fim da sexta série, quando eu morava em Curitiba, na época em que Anthem for the year 2000 tava rolando na MTV. Tuna in the Brine é um dos ápices musicais da banda, dentro do melhor álbum deles na minha opinião, o Diorama. Esse álbum é, de longe, o mais ambicioso deles, cheio de construções harmônicas lindas, passagens inusitadas e delicadas, mesmo com drive e peso. Ouço esse disco com certa frequência desde que ele foi lançado, em 2002; e ainda é um dos meus preferidos.”
2) Omar Rodríguez López – Mundo de Ciegos
“Comecei a mergulhar no The Mars Volta na faculdade, enfeitiçado pelas construções complexas, harmonias tortas e o paradoxo de fazerem som melancólico e enérgico ao mesmo tempo. Depois de zerar a discografia da banda no repeat, fui buscar mais e encontrei a fabulosa fábrica bizarra de música doida do Omar Rodríguez-López. Mundo de Ciegos é a segunda faixa do Xenophanes, um puta álbum dentro da discografia profusa dele. Acho legal o fato de que ele encara os lead vocals desse disco, assim como no Un Escorpión Perfumado e em poucos outros. Ele não é um puta vocalista, mas acho que acontece uma mágica quando o cara que compôs os sons vai e encara os vocais.”
3) Debout sur le Zinc – Je Cherche Encore
“Em 2008 eu conheci Paris e fiquei bem encantado com a cultura francesa. Comecei a estudar a língua e, naturalmente, comecei a pesquisar sons e bandas do país. O suprassumo dessa pesquisa foi o Debout sur le Zinc, um som que conquistou um lugarzinho permanente aqui no coeur. Ouvi tanto esse som que em 2010 eu fiz um desenho deles e enviei pro acordeonista da banda, que me respondeu, e pudemos formar um pequeno diálogo. Em 2011, influenciado por eles, comprei um clarinete e comecei a estudar o instrumento. Enfim, tenho um apreço e um carinho muito especial por essa banda, e curto sonhar com a possibilidade de, um dia, quem sabe, dividir palco com eles, Bratislava avec Debout sur le Zinc, hahaha, já pensou?”
4) Red Hot Chili Peppers – Venice Queen
“Se Silverchair é importante pra mim por ter sido a minha primeira banda preferida, o Red Hot Chili Peppers o é por ter sido a primeira banda da qual comprei um disco. Minha primeira aquisição musical, com o dinheirinho juntado da mesada, foi o Californication. Entretanto, a faixa que eu selecionei não é desse disco, e sim do By The Way, meu disco preferido deles. Venice Queen é uma faixa especial, grandiosa, cheia de vocais e backing vocals do Frusciante, que me agradam muito… Gosto muito dela. O RHCP é uma banda enorme pra mim, muito musical, pop, penetrante, divertida. É o som que eu ponho quando eu não sei que som pôr, quando quero relaxar. Funciona como um porto seguro, uma onda que sempre vai bem, que sempre me põe num mood legal.”
5) The Bad Plus – And Here We Test Our Powers of Observation
“Quem me apresentou o trio foi um amigo que morou comigo durante a faculdade, o Pedro. No início achei muito legal a coisa do trio de jazz que fazia versões de Nirvana, Pink Floyd e Sabbath, mas depois essas faixas viraram as que eu menos escutava. Peguei gosto pelo som autoral deles, e tenho em grande conta o disco Give. O trio é virtuoso e criativo, o som tem atitude, verve, tem pegada. No festival Jazz na Fábrica de 2011 vi o show deles no SESC Pompéia, foi um absurdo de bom! Do mesmo disco indico também a faixa Dirty Blonde, foda!”
Mais Victor Meira:
Bratislava
Bandcamp (dá pra baixar o EP “Longe do Sono” e o álbum “Carne” de graça! Aproveite!)
Site Oficial
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Youtube (eles têm vários clipes legais)

Godasadog
Bandcamp (dá pra baixar o álbum “Hoje” e o
EP “Casulo” de graça também!)
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Youtube


Conhecidos por repaginar música pop em versões em jazz, ragtime, vintage e “old Hollywood”, a banda Scott Bradlee & Postmodern Jukebox, craques em covers bacanas, lapidou uma das músicas do momento da rebelde da vez, Miley Cyrus,
Os dois são amigos de infância e sempre fizeram música juntos. “O Sleeping Sapiens, na verdade, sempre existiu. Mas eu e o Johann nunca nos tocamos. Tivemos bandas juntos desde os 14 anos e sempre fizemos o que nos dava na telha. Em 90% das nossas bandas nós éramos os caras que faziam as composições e as melodias, sempre trocávamos informações sobre as bandas que faziam as nossas cabeças em determinado momento. Então, por isso tudo, eu diria que a gente sempre foi o Sleeping Sapiens. Mesmo antes de esse nosso projeto ter sido formado”, conta Luiz.


Ela e Andrio, aliás, são namorados, moram juntos e vivem praticamente como se fossem casados. Eles também começaram a compor e a tocar juntos e criaram o duo Medialunas – minha banda preferida da Liege. Os dois cantam, ela toca bateria e Andrio toca guitarra. E, por mais piegas que soe, preciso escrever isso aqui: a música deles é simplesmente apaixonante. Talvez porque tenha nascido justamente do amor dos dois, que são um dos casais mais bacanas e talentosos que já conheci. O som é mais “limpo” do que o das outras bandas de Liege, com vocais harmônicos e algumas melodias mais tranquilas, mas sem deixar de lado a guitarra distorcida e a bateria marcada – e às vezes até os miados da gata Yoshimi, um dos bichinhos de estimação do casal. Depois de irem soltando músicas na internet que geraram muita repercussão, os dois lançaram um álbum cheio (e com uma capa linda sensacional, toda desenhada à mão) chamado “Intropologia” no ano passado. “Estamos em processo de composição do novo disco, com cerca de 5 músicas novas, que não estão no Intropologia. E seguimos viajando por aí, com tour programada para Rio de Janeiro e Nordeste ainda este ano. Mas sem pressa. Fazendo as coisas à medida em que podemos…sem atropelos”, diz ela.