NTR Convida #49 Gwyn Ashton (em português)

O NTR Convida de hoje é especial e bilíngue! Clique aqui para ler a versão em inglês / click here to read the english version.

O vocalista do Led Zeppelin, Robert Plant, disse que ele é o rei do feeling e do timbre. O tecladista do Deep Purple, Don Airey, disse que ele é um dos grandes heróis do blues. E o Johnny Winter disse que ele é alguém que realmente sabe como tocar blues de verdade. Gwyn Ashton é uma lenda viva do blues rock e da guitarra. Ele tem uma sólida carreira, já tocou em todo o mundo e foi elogiado por verdadeiras lendas da música. Ainda assim, seu talento parece estar escondido – infelizmente, ele não é tão famoso quanto merece. Pelo menos não no Brasil.

1903029_10203371504954799_1527309319_nMas, para a nossa sorte, tudo isso está para mudar: Gwyn vem nos visitar com uma turnê especial no próximo mês de maio. As datas, cidades e locais dos shows ainda serão divulgados, mas Gwyn pretende visitar a maior quantidade de lugares possível, incluindo shows em mais de 15 cidades, cidadezinhas pequenas e o interior do Brasil – principalmente nos estados de São Paulo e Minas Gerais. A turnê deve incluir cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Florianópolis e Brusque, entre outros locais.

Gwyn nasceu na Austrália e começou a tocar guitarra ainda cedo, quando tinha só 12 anos. Nos anos 60, formou sua primeira banda – ele tinha apenas 16 anos. Mais tarde, gravou dois discos e aí se mudou para a Inglaterra com a sua banda. Ele ainda mora lá e tem passado os últimos 20 anos se apresentando por todo o mundo, fazendo shows em festivais e tocando com grandes artistas, como a banda inglesa Wishbone Ash – incluindo um show histórico na Wembley Arena para mais de 10 mil pessoas.

Ele é uma autoridade em guitarra e tem seu próprio modelo do instrumento, fabricado pela companhia italiana LiutArt. Ele também é patrocinado por marcas como Fender, Dunlop Strings e Busker Guitars, entre muitas outras. E nós temos a honra de apresentar o Gwyn como o nosso convidado especial de hoje, com uma entrevista completa e a indicação de 5 músicas que ele acha que vocês deveriam escutar. Confira!

 

Playlist (aperte o play no vídeo do topo do post para ouvir todas as músicas na sequência):

1) Ry Cooder – Boomer’s Story
“Essa música é do primeiro álbum solo dele. É cheia de funk e blues, ótima guitarra, ótima música, letras e vocais. Eu adoro tudo nela, é uma música que traz uma sensação muito boa. Faz com que eu me sinta feliz toda vez que a escuto.”

2) Little Feat – Rock’n’Roll Doctor
“Ele é um dos meus guitarristas de slide favoritos. Eu o amo! Eles foram uma banda muito única, e essa música é a cara do grupo. É uma de suas melhores canções, e adoro ouvi-los.”

3) Rory Gallager – Mississipi Sheiks
“Ele foi uma grande influência no meu jeito de tocar e essa faixa em particular é uma de minhas músicas preferidas. Esse foi um dos primeiros álbuns que eu ouvi. Você pode perceber a influência do Delta Missispi Blues nessa música, é bem suja e blues. O Ted McKenna, que já tocou comigo, era o baterista desse disco. E essa é a música preferida dele no álbum. Concordo com ele. Ele é um baterista fantástico.”

4) Les Paul – The World Is Waiting For The Sunrise
“é uma canção fantástica. Ele era um grande inventor e também um  inovador. Ele transformou o curso da música pop e da guitarra. A guitarra mudou, se tornou algo diferente depois que ele apareceu. Não teríamos Jimi Hendrix ou Buddy Holly se não fosse por ele.”

5) Minus Swing – Django Reinhardt
“Eu realmente adoro essa coisa meio cigana e jazz. Não consigo tocar essa música, mas adoro ouvi-la. Ele sofreu um acidente e teve seus dedos queimados e grudados um no outro. Ainda assim, continuou a tocar! É incrível.”

 

Entrevista:

1) Alguns músicos famosos, como Robert Plant e Don Airey, falaram muito bem de você. O que você pensa sobre isso?
É muito legal, claro. Eu conheci o Robert Plant há alguns anos, em um show bem pequeno onde seu filho foi me ver tocando. O lugar estava bem vazio, acho que só tinha o Plant, o filho dele e a mãe do nosso baterista na plateia (risos). Foi em um pequeno pub na Inglaterra, a gente estava meio que ensaiando.


1932115_10203371509354909_164289066_n2) Você já esteve no Brasil antes. Como foi sua primeira vez aqui?
Eu toquei na primeira edição do Rio Blues Festival, com o Alamo Real e o Big Gilson, que são dois mestres de blues locais. Depois, a gente foi nadar na praia. Eu amo nadar! Foi muito legal.

3) Por que você se mudou da Austrália para o Reino Unido?
Eu toquei em toda parte da Austrália por um bom tempo, e é um lugar grande. Gravei um disco em 1993 e meu empresário disse que o álbum estava vendendo mais na Europa do que em nosso país natal. Então ele nos recomendou – a mim e à minha banda – que fôssemos para a Europa. Naquela época eu estava pronto para mudar de vida e realmente gosto de aventuras, então achei uma grande ideia. Eu tinha 35 anos. Desde então, moro na Inglaterra. Hoje, moro no interior, perto de Birmingham. Londres é muito cara! E gosto de onde moro, ao sul de Birmingham, porque muitas bandas boas nasceram aqui: como o Led Zeppelin e o Black Sabbath.

4) Você toca guitarra desde os 12 anos. Quais são suas maiores influências?
Minhas primeiras influências na guitarra foram Chuck Berry, Buddy Holly e George Harrison. Eu gosto de música dos anos 30 e 40, dos caras do Delta Blues, como o Robert Johnson, e do Chicago Blues, como Muddy Waters. Também gosto do Lionel Hopkins  coisas do Mississipi hill country. Eu amo os Black Crowes e principalmente o rock dos anos 70. Não curto muito essa parada de indie.  Hoje ouço muito coisas da época pré-guerra; e Ben Harper, Jerry Write e Tony Jo White.

5) Você já viajou o mundo todo tocando. Quais foram suas melhores experiências na estrada?
Ainda tem muitos lugares onde eu gostaria de tocar, como Japão e China. O show na Wembley Arena foi incrível, tocamos para mais de dez mil pessoas, então foi muito legal. Mas isso na verdade não importa tanto assim. Você pode tocar para milhares de pessoas em um estádio, não importa, isso não vai fazer com que você tenha uma noite legal. Às vezes tocar em pequenos clubes e bares acaba rendendo shows melhores do que plateias enormes. Além disso, lugares pequenos têm um som melhor pra guitarra. Casas pequenas soam fantásticas, e são mais intimistas; E grandes shows sempre trazem grande pressão, também.

6)  Você tem seu próprio modelo de guitarra, né?
Sim! É uma guitarra italiana da LiutArt. Eu desenhei o modelo e escolhi as configurações dos captadores e a cabeça da minha guitarra de slide favorita. É uma guitarra de slide bem legal! Há algumas coisas que me fazem gostar de uma guitarra, como o toque ao tocar, o formato do pescoço e tal, então eu fiz uma combinação dos meus modelos de guitarra preferidos – e fiquei muito feliz com o resultado.

radio7) Você gravou 6 discos. Conte-nos mais sobre eles.
Eu tenho seis álbuns e um EP. Está tudo disponível no iTunes e na Amazon. Tive a sorte de poder gravar com alguns de meus heróis, pessoas que eu admiro que são grandes músicos, e que tocaram em discos que eu comprava quando era jovem. Acho que cada um dos meus discos é especial. Gosto de pensar que minhas composições e minhas habilidades com a guitarra evoluíram a cada álbum e gosto de ver este crescimento. Eu fiz o melhor que pude na época. E não é firula de guitarra para aparecer e se exibir, é sobre canções. Acho que meu último disco, “Radiogram”, é a melhor performance que eu já fiz. Ele foi gravado no meu estúdio móvel e eu fui meu próprio engenheiro de som. Ter seu próprio estúdio facilita demais, ajuda você a não se preocupar com tempo, prazos etc. Você pode trabalhar como achar melhor. Hoje em dia qualquer pessoa pode fazer um disco. As novas tecnologias nos permitem fazer qualquer coisa. Eu gravei uma música no banco de trás da minha van uma vez, e meia hora depois já estava mandando o arquivo para o meu engenheiro de masterização. A tecnologia nos permite criar sem amarras. Mas eu também sou um tipo de cara bem analógico, curto discos feitos à moda antiga, gravadores de rolo de fita e esse tipo de coisa.

 

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Escute algumas músicas do Gwyn

NTR Convida #48 Coletivo Pé No Chão

Os convidados de hoje são os quatro DJs integrantes do Coletivo Pé No Chão, grupo paulistano que promove festas com som 100% vinil – isso mesmo, eles só tocam no analógico, com vitrolas, LPs e compactos, resgatando a cultura do disco – o que é muito mais trabalhoso mas, segundo eles, muito mais legal também.

Vitor Alves, Nilo de Freitas, André Ras e Fabio Passos são amigos e colecionadores de vinil. Todos já amavam as bolachas e já as colecionavam antes de montarem o coletivo. Vitor e Nilo se juntaram para “tirar uma onda” tocando seus discos. Chamaram o Ras para somar e fizeram a primeira festa juntos em dezembro de 2012. Foi tão bacana que, no ano seguinte, chamaram o Fabio, que também colecionava discos e já tocava em alguns eventos como DJ, e montaram o coletivo.

Os quatro se reuniam toda semana na casa do Fabio, na Lapa, para conversar, dar risada, beber, tocar discos, mostrar as novidades adquiridas em sebos e planejar festas. “No começo nossa meta era fazer uma festa por mês. Mas tudo deu muito certo, conseguimos tocar bastante e, neste primeiro ano de coletivo, perdemos as contas de quantas festas rolaram”, comemora Vitor.

Eles tocam Samba, Partido Alto, Samba Rock, Hip Hop, Jazz, Funk, Groove, Soul, Reggae, Dub, Ska e o que mais der na telha, de forma muito livre e descontraída, mas sempre em discos de vinil. O primeiro lugar que deu oportunidade para os meninos foi o bar Mahôe, em Moema. “O dono é nosso amigo e vários outros amigos nossos também frequentam e tocam no bar. Em 2013, fizemos em média duas festas por mês lá, projeto que batizamos de ‘Quartas de Vinil’, conta Vitor.

“Outro lugar que sempre nos recebeu muito bem é o Boteco Prato do Dia, na Barra Funda. Pra gente é como se fosse o quintal de casa, é um bar que costumamos frequentar sempre e acabamos tendo a oportunidade e a honra de tocar também. Fizemos umas festas muito boas lá, bem cheias e animadas; e sempre que tem um tempo na agenda o Julião chama a gente”, diz Vitor.

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A convite de Julião, um dos responsáveis pelo Boteco Prato do Dia, o Coletivo Pé no Chão fez uma festa diferente que marcou a carreira do grupo em 2013: eles tocaram em uma ocupação na região da Luz, no centro de São Paulo. “Era uma ocupação por moradia em um hotel abandonado, onde viviam várias famílias sem teto. A prefeitura queria tirá-los de lá, então fizemos uma festa ao ar livre na frente do prédio para arrecadar alimentos e mostrar a situação daquelas famílias que não tinham para onde ir. Foi muito legal!”, lembra ele.

Para o NTR, os DJs indicaram duas músicas cada um, para embalar o final de semana dos nossos leitores. Para ouvir todas as músicas na sequência, aperte o play no vídeo do topo do post.

 

faFabio:

1) Daft Punk – Lose Yourself To Dance
“Porque é um mix de música eletrônica e do groove dos anos 70. E não deixa de ser atual.”

2) Paul McCartney – Check My Machine
“É um som muito interessante. Quem não conhece nunca vai pensar que é do Paul.”

 

rasAndré Ras:

1) Jorge Ben –  Velhos, Flores, Criancinhas e Cachorros
“Escolhi essa do Jorge Ben Jor porque esse disco, pra mim, tem uma certa importância pois foi um dos primeiros discos que comprei. E escolhi esta música pois acredito que ela representa o que precisamos salvar no mundo: a sabedoria dos mais velhos, a  saúde de nosso mundo, suas árvores e flores; a inocência das crianças, pois elas são o futuro para um mundo melhor; e a amizade verdadeira representada por um cachorro. É apenas uma viagem maluca minha sobre esta música (risos).”

 

2) Johnny Osbourne – Purify Your Heart
“O Johnny Osbourne é jamaicano –  motivo da escolha desta música, além da batida baixo e bateria ROOTS. E a letra que diz para você purificar o seu coração, pois dessa forma você conhecerá você mesmo. Em outro trecho da música ele diz assim: ‘Você vai à igreja no domingo, mas na segunda não há amor em seu coração. O tolo diz em seu coração: não há Deus. Mas, se essa é a sua crença, meu amigo, é muito triste.’ Acho esta letra muito forte e esse é outro motivo da escolha. Música é informação!”

 

niloNilo:

1) The Del Vickings – Whispering Bells
“Essa música pode representar a ideia de que, quando menos esperamos, a vida nos dá um rumo que faz mudar nossa visão sobre o mundo.”

2) Jackson do Pandeiro – Dezessete na Corrente
“Além de ter sido a primeira que me veio em mente, Jackson é um narrador de histórias nato. Traz o drible em suas melodias de desenho animado e faz o povo rir contente. Dotado de um cérebro inteligente, não se assusta quando sai do suingado, deixando o zagueiro desolado, tentou a sorte sempre olhando pra frente. Representa o Nordeste, minha gente: dança aí dezessete na corrente!”

 

vitorVitor:

1) Big L – MVP
“Esse foi um dos primeiros raps que eu ouvi. Lembro que era uma das músicas que vinham na mixtape da Dinamite, em fita K7. Desde criança gosto muito dessa música e sempre quando posso a toco nas festas.”

2) Michael Jackson – Rock With You
“Acabei escolhendo essa, mas poderia ser qualquer uma do ‘Off the Wall’. Meus pais frequentavam bailes de black music antigamente e são muito fãs do Michael Jackson. Eu herdei esse gosto; e este álbum é o meu preferido dele. Escuto faz 20 e poucos anos o disco todo e nunca enjoo!”

 

 

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Mais Coletivo Pé No Chão

Os meninos estão procurando novas oportunidades para fazer festas 100% vinil. Para saber mais sobre eles, chamá-los para tocar e entrar em contato, confira a página oficial do grupo no Facebook ou mande um e-mail para coletivopenochao@hotmail.com.

 

NTR Convida #47 Benke Ferraz (Boogarins)

 

O convidado de hoje é o goiano Benke Ferraz, guitarrista da banda Boogarins (na foto, à esquerda). Benke formou a banda com Fernando (vocal e guitarra), seu amigo e músico parceiro desde os tempos do Ensino Médio.

Hoje, eles têm 20 e poucos anos e o Boogarins caiu nas graças da crítica no Brasil e nos EUA, já tem um disco lançado até em vinil por um selo americano (“As Plantas que Curam”, que pode ser comprado aqui e vale cada centavo) e se prepara para a sua primeira turnê internacional, de Goiás para o mundo, com datas confirmadas nos festivais South By Southwest – SXSW, no Texas; e Primavera Sound, em Barcelona, junto a artistas como Caetano Veloso, Queens of the Stone Age, Television e Pixies. Tá bom pra você?

Eles também lançaram um clipe muito lindo para uma das melhores canções do disco, na minha opinião: Lucifernandis:

Além de Benke e Fernando, o Boogarins hoje é um quarteto, formado por Hans (bateria) e Raphael (baixo). O Boogarins tem muitas referências. As maiores influências deles são a Tropicália (Mutantes é bastante evidente), rock sessentista e rock gaúcho. Mas também dá pra perceber semelhanças com Tame Impala, The Doors, Pink Floyd e Beatles, sem deixar de lado a originalidade da banda, que tem boas letras em português sobre viagens (nos dois sentidos da palavra), experimentações, jornada e crescimento pessoal e mudanças, com um tom psicodélico, vocais suaves e lindas melodias.

Descobri que, antes do Boogarins, o Benke e o Fernando tinham uma outra banda também muito boa, embora soe mais simples, com fortes referências de Jovem Guarda e rock de garagem ao estilo dos Sonics – eles realmente amam os anos 60. Era a banda Ultravespa, com letras de amor, romance e sexo e um rock mais acelerado e sujinho:

 

Confira as músicas que o Benke escolheu para o NTR! Para ouvir todas na sequência – com exceção da música 5, que não está disponível no Youtube, aperte o play no vídeo do topo do post:

1) Dumbo Gets Mad – Marmelade Kids
“Essa canção me ganha nas melodias de voz, que segue caminhos peculiares e ainda assim ‘confortantes’; e por como ela soa, em termos de gravação – especialmente as baterias. O fato do projeto ser baseado em torno de um casal deixa tudo mais bonito e romântico, né? Escutei muito ultimamente.”

2) Pinkshinyultrablast – Blaster
“Essa canção me desperta muitos sentimentos. Nostalgia é um deles, mas o principal com certeza é o de curiosidade. Essa banda (que acredito ser) russa não tem muito material disponível na internet. Há pouquíssima imprensa falando sobre eles e apenas um EP com 4 canções disponível. A voz feminina, tão delicada no meio das cascata de som, é apaixonante.”

3) The Strokes – Tap Out
“Pra falar a verdade, nem consegui chegar ao final desse disco, mas essa música de abertura do Comedown Machine é foda. Foda de um jeito que não consigo nem explicar porque gosto,  já que eles usam um monte de referências ‘oitenteiras’ que não me agradam.”

4) Lô Borges – Como o Machado
“Acho que essa música retrata muito do que procuramos passar nas nossas letras, consciente e/ou inconscientemente. Emoção demais, parece que o Lô conversa com você nesse disco.”

5) Luziluzia – Monólogo do Velho Louco
“Essa canção está presente no primeiro EP do Luziluzia, registro no qual tive a oportunidade de participar, gravando parte das guitarras e produzindo uma das canções. Essa em específico foi gravada no meu quarto, como as que estão no primeiro disco do Boogarins. Desde então a escuto sempre em volume alto.

 

Mais Boogarins:

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Os verdadeiros barrados no baile

NTR história: hoje vamos ver algumas curiosidades do mundo da música! Você com certeza já ouviu o hit Get Lucky, do Daft Punk, e deve saber que a música conta com duas participações especiais – além do Pharrell Williams nos vocais, tem o guitarrista Nile Rodgers, da lendária banda de funk Chic, que fez sucesso nos anos 70. Ele é realmente um excelente músico e uma das músicas mais famosas do Chic era essa (que você com certeza também já ouviu):

 

Acontece que essa música tem uma história muito interessante…e foi escrita depois de os integrantes da banda Chic terem sido barrados na porta da balada. A discoteca mais famosa no fim dos anos 70 era o Studio 54, em Nova Iorque. O clube ficava em Manhattan e durou de 1977 a 1981. Época da música disco, drag queens, paetês, plataformas, muitos VIPs, ricos e famosos e uma fila quilométrica na porta. Era uma balada tão cobiçada que nem o “rei” Alexander de Almeida e todo o seu dinheiro conseguiriam um lugar no camarote. Era a festa que todo mundo sonhava em ir. Olha como era o Studio 54:

Em 1978, o Chic lançou o hit “Le Freak” com várias citações ao Studio 54. A música fez tanto sucesso que foi, por muitos anos, o single mais vendido da Warner Music Group – até ser desbancada pelo mega hit “Vogue”, da Madonna, em 1991. “Le Freak” tocava em todo lugar e, ironicamente, também foi uma das canções que embalou as festas do próprio Studio 54, que tinha barrado a entrada da banda meses antes.

A letra critica as filas enormes na porta da balada, os clientes VIPs passando na frente de todo mundo, seguranças e hostess ignorantes – coisas que até hoje infelizmente vemos quando resolvemos sair à noite, seja em NY, seja na Rua Augusta. É engraçado como a música de 78 continua atual.

O guitarrista Nile Rodgers contou que foi na festa de ano novo de 1977 que ele e o baixista do Chic, Bernard Edwards, foram proibidos de entrar no Studio 54, sendo que eles eram convidados da famosa atriz e cantora Grace Jones – ou seja, eles até estavam em uma lista VIP, mas mesmo assim acabaram barrados no baile. Eles ficaram tão revoltados que escreveram a música, mas ao invés de “Freak Out!”, a letra original xingava “Fuck Off!”. Hahahaha!

A letra ainda trazia várias menções ao caso: “Have you heard about the new dance craze? / Just come on down, to the Fifty-four / Find a spot out on the floor” (Você já ouviu falar da nova febre de dança? / É só aparecer no 54 / Encontre um lugar na pista de dança).

Hashtag chateado

NTR Convida #46 Irmãos Jackson

 

Hoje o NTR Convida é especial! O tempo voa: no dia 25 de junho de 2014, a morte de Michael Jackson completa 5 anos! Mas os fãs continuam adorando o rei do pop e ainda existem inúmeros covers do astro por aí.

Um dos melhores covers que eu já vi são os Irmãos Jackson – um grupo de três garotos muito novos que imitam a dança de Michael com perfeição, além de dublarem suas músicas e imitarem seus trejeitos no palco. Eles são irmãos de verdade e começaram a gostar do Michael Jackson logo após a morte do cantor, quando tentavam consolar a mãe, que já era muito fã do artista.

Os Irmãos Jackson – Matheus (17 anos), Felipe (16) e Davi (9); costumam se apresentar aos sábados e domingos, a partir das 18h, na Avenida Paulista. Eles fazem seu show na calçada em frente ao shopping Center 3, perto da esquina com a Rua Augusta e da estação Consolação do metrô. Assisti à apresentação deles no último final de semana, achei incrível e bati um papo com o Felipe para fazermos um especial Michael Jackson aqui no NTR.

Olha só os meninos em ação:


Repara no figurino deles, nos cabelos, no Davizinho – que fofo – e no Matheus arrasando!

Confira as músicas preferidas do rei do pop pelos meninos:

1) Earth Song
“The best!!!”

2) Billie Jean
“É a música que ‘deu a luz’ ao famoso passo de dança ‘moonwalk’.”

3) You Are Not Alone
“Esta talvez seja a mais clássica e romântica do rei.”

4) Give Into Me
“Essa tem a participação do Slash, guitarrista do Guns’n’Roses, e é a  mais rock’n’roll do rei!”

5) They Don’t Care About Us
“Além de ter uma mensagem maravilhosa na letra, o Michael escolheu o Brasil para fazer o clipe dela, talvez por ser um dos países onde mais existe desigualdade social.”

Para ouvir as músicas escolhidas pelos Irmãos Jackson, aperte o play no vídeo do topo do post.

Entrevista com Felipe – o irmão do meio:

1) Como é fazer show na rua?
É sempre uma terapia , faz bem pro nosso corpo e pra nossa alma; e não só pra gente, mas pras pessoas que assistem também. A dificuldade de tocar na rua é a locomoção, pois vamos para a Paulista de metrô e ônibus carregando todo o equipamento. Logo, não temos como marcar a hora exata em que vamos chegar e com isso pode ocorrer de estar algum outro artista no nosso lugar!

2) Como é se apresentar com seus irmãos?
Às vezes brigamos, pois somos irmãos, mas é otimo por termos o contato constante e compartilhamos o amor ao rei Michael.

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3) Vocês sempre foram fãs do Michael? Como começou a admiração de vocês por ele e o cover?
É uma história meio longa, mas vou tentar resumir. Minha mãe sempre foi fã do rei; e ele se foi um dia antes do aniversário dela. Para tentar consolá-la e alegrá-la, eu comprei um DVD do Michael e dei de presente para ela. A partir desse DVD, nós todos viramos fãs dele! Meu irmão mais velho, o Matheus, começou a dançar pra alegrar nossa mãe. Depois eu e o Davi também entramos literalmente “na dança”.

4) Por que vocês gostam tanto do Michael Jackson? O que ele representa pra vocês?
Simplesmente porque esse é o cara mais foda que existe! Ele é considerado o “Da Vinci da música”, pois, além de a lista de coisas que ele fazia e dominava ser gigante, como canto e dança, ele era o melhor quando o assunto é música! O hobby dele era bater recordes. Beatles e Elvis ficam nos pés dele! E NÃO SOU EU QUEM DIGO ISSO, E SIM O LIVRO DOS RECORDES!

5) O que a mãe de vocês acha de tudo isso?
Minha mãe não tem nada menos que orgulho! Quando o Davizinho se apresenta com a gente, ela vem junto. Se ela não vem, dançamos só eu e o Matheus.

6) Vocês já apareceram na televisão e chegaram a ganhar um prêmio. Como foi a experiência?
Já, sim! Disputamos ao vivo com mais dois artistas e ganhamos o premio de mil reais! Foi incrível! – No dia 16 de janeiro os meninos foram os vencedores do quadro “Em troca de um troco”, do Programa da Tarde, da TV Record. Assista aqui.

O Felipe também estava muito curioso para saber por que o Não Toco Raul tem esse nome. Expliquei para ele que era uma piada com as pessoas que costumam gritar “Toca Raul!” em tudo quanto é show, mas que nós não temos nada contra Raul nenhum – aliás, eu mesma sou muito fã do Raul Seixas. Aí ele comentou: “Ah, isso é muito interessante, o Zeca Baleiro também se irritou com isso, aí ele criou uma música em homenagem ao Raul e mandando o povo parar de gritar essa merda nos shows (risos)! Ele disse que, quando as pessoas gritassem isso, ele não ia tocar Raul, mas sim essa música dele”:

Felipe, um gênio de apenas 16 anos – e excelente cover de Michael Jackson. Olha como ele anima a plateia (a partir do 2:30 fica incrível):

Curta a página oficial dos Irmãos Jackson no Facebook.  Auh!

NTR Convida #45 Bubalina

Os primeiros convidados de 2014 são os seis integrantes da banda paulistana Bubalina: Caio Nazaro (guitarra), Marcos de Luca (guitarra), Stefan Podgorski (baixo), Victor Panucci (bateria), André Lombardi (vocal) e Marina Zilbersztejn (teclado).

A banda foi formada em São Paulo em 2011 e já teve diversas formações desde então. No comecinho da carreira, organizaram um baile que se chamou “Festa da Goiaba”, onde fizeram um show que foi um sucesso. Dessa apresentação saiu o primeiro EP, gravado ao vivo, que se chama “De repente”. Depois, o grupo ainda lançou mais três disquinhos: “Bubalanço”, “Desde aquilo e a partir de então” e, em outubro de 2013, “Moças”, que ganhou um clipe muito divertido para a canção “Veja como passa”:

Todos os EPs do Bubalina podem ser baixados de graça no site oficial da banda e também ouvidos na íntegra no Soundcloud deles. Outro clipe bem bacana da banda é um vídeo em stop motion, da música ‘Casarão”, que conta a história de uma noitada na rua Augusta. Assista aqui.

 

Para o NTR, cada membro do grupo deu uma dica de música. Confira a lista deles (para ouvir, dê play no vídeo no topo do post).

UPDATE: O YouTube está com problemas na exibição das playlists. Se o player acima não estiver funcionando, ouça as músicas indicadas pelo Bubalina aqui.

1) The Guess Who – Undun (Caio)
“O Guess Who é uma daquelas bandas que sofreram com o problema de serem absurdamente famosos por uma música só (pelo menos na nossa geração); e por isso ficaram com aquele estigma de “grupo de um sucesso só”. Mas, com certeza, injustamente. Quando eu era menor e tava naquela transição entre Beatles, Pink Floyd e Led Zeppelin, conhecer o trabalho desses caras foi genial pra acabar com aqueles estereótipos que às vezes nós construímos de que ‘só Joãozinho ou Paulinho sabiam fazer música boa’. Por isso, foram com certeza uma grande fonte de inspiração e motivação para trabalhar em músicas próprias.”

2) Chico Buarque – Sinhá (Marcos)
“Não é à toa que Chico Buarque começou a turnê do disco em que esta música está presente – Chico, de 2011 –  com a música ‘O Velho Francisco’. Trata-se de um disco onde ele reconhece e aceita sua velhice e nos brinda com uma ode à idade. ‘Sinhá’ encerra o disco, em uma parceira com João Bosco, com uma delicadeza ímpar, demonstrando que junto com a idade vem a experiência e a sabedoria. Mas, acima de tudo isso, temos aqui uma música para entrar para a história da música popular brasileira.”

3) Django Django – Hail Bop (Stefan)
“Resolvi escolher uma música de 2013 porque por muito tempo me vi buscando minhas influências nas raízes da música pop, ignorando quase tudo dos anos 80, 90 e 2000. Agora que voltei a acompanhar a produção atual, me empolguei muito com o trabalho do Django Django por apresentarem um som muito novo mas com uma estética oitentista pesada – pela qual eu tinha uma certa aversão – e misturarem com uns ritmos tribais loucos. E encontrar exemplos bons de algo que você acha que não poderia gostar é sempre uma experiência empolgante.”

4) Eric Dolphy – Hat and Beard (Victor)
“Escolhi ‘Hat and Beard’, música que abre o disco ‘Out To Lunch’, de Eric Dolphy por dois motivos principais:
1 – Free Jazz. Com ênfase no ‘Free’. É um tipo de música que me encanta, tanto pelo grau de abstração das composições, quanto pela fluência dos músicos no disco (com destaque pro vibrafone pressão tocado pelo Bobby Hutcherson).
2 – Posso fazer um monte de referências a artistas que eu admiro numa música só! Esse disco foi o primeiro e único disco que o Eric Dolphy (clarinete baixo) fez com a Blue Note. Depois disso ele fez uma turnê com o Charles Mingus e morreu. O baterista nesse álbum também merece ser citado: é ninguém mais, ninguém menos do que Tony Williams com seus 18 anos de idade (e arrebentando, diga-se de passagem). Pra fechar, a música em si é uma homenagem ao Thelonious Monk. Espero que gostem!”

5) Nino Ferrer – Moses (André)
“Ambiência, timbragem e simplicidade, quem aprendeu a fazer isso bem sabe mais da vida do que a gente. E o Nino Ferrer é um desses caras. Essa é a musica mais legal de um dos discos mais incríveis que eu já ouvi, recomendo que ele seja ouvido na íntegra, o ‘Le Sud’, de 1974. É um disco aula, vá passear com o Nino pelo sul!”

6) The Bad Plus – And Here We Test Our Powers Of Observation (Marina)
“The Bad Plus é um trio norte-americano relativamente recente, e eles têm um som bem diferente do que eu tinha ouvido até então. Tive a sorte de vê-los ao vivo em 2011 no SESC. Só com um baixo acústico, piano e bateria, o que eles fazem é de cair o queixo. Os três têm uma sincronia impressionante no improviso,se encontram nuns tempos quebrados que só eles conseguem contar. Aliás, o álbum todo, ‘Give’, vale a pena!”

 

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Grajauex no Power Point

Ayrllys Allan é fã do Criolo e mora no bairro do Grajaú, na zona sul de São Paulo, assim como o rapper. Ele fez um clipe pra música Grajauex com desenhos totalmente animados em Power Point! Sim, no PPT! Menos de três meses depois de ter sido publicado no Youtube, o clipe finalmente chegou até Criolo, que o divulgou em suas redes sociais hoje e adorou. A gente aqui do NTR também achou muito bacana! Assiste aí:

Ayrllys Allan contou que o trabalho exigiu meses de dedicação e que ele teve vontade de fazer o clipe desde que ouviu a música pela primeira vez. E valeu a pena. Com tanto talento, o fã finalmente teve o reconhecimento que merece e recebeu elogios diretamente do Criolo.

Quem aí também se anima a fazer uns vídeos para as suas músicas preferidas?

NTR Convida #44 Irina Bertolucci (Garotas Suecas)

A convidada desta semana é Irina Bertolucci, tecladista e vocalista da banda Garotas Suecas – e não, ela não é sueca. Irina é paulistana, mas no começo da carreira da banda até tinha gente que acreditava que ela era gringa, por causa do cabelo loiro, da pele branquinha e dos olhos verdes. E a turma da banda tirava um sarro e mentia que ela era sueca, mesmo, hahaha.

O grupo não tem nenhuma sueca e, além da Irina, também não tem mais nenhuma garota. A banda é formada pelos irmãos Nico e Tomaz Paoliello (bateria e vocal e guitarra e vocal, respectivamente), Fernando Freire, o “Perdido” (baixo e vocais) e Guilherme Saldanha (vocais). Pois é, todo mundo canta! E nenhum deles aguenta mais responder por que raios a banda se chama “Garotas Suecas”. Eu já ouvi várias versões, mas, em uma entrevista para a infelizmente já extinta revista Bravo!, o Tomaz disse: “o nome da banda é uma homenagem a um cantor gringo que conhecemos em Foz do Iguaçu, que compôs uma música para algumas garotas suecas que ele conheceu na cidade”. E isso faz muito sentido se você prestar atenção no primeiro clipe da banda, Corina – que até hoje é o mais engraçado e meu preferido deles (apesar de ser uma sacanagem com a Irina no final).

A banda tem um currículo de fazer inveja. Tocam juntos desde 2005, tempo em que faziam cover de Sonics (!) e se apresentavam no Café Aprendiz, na Vila Madalena. Três anos depois, já com 3 EPs de músicas próprias, venceram o prêmio de “Aposta MTV” no VMB. O Garotas Suecas, aliás, teve uma relação bem próxima com a emissora, sendo uma das bandas queridinhas da casa – sempre apareciam por lá. Em 2010, lançaram seu primeiro disco, “Escaldante Banda”. Já tocaram em festivais como Planeta terra, Porão do Rock, South by Southwest (SXSW) – EUA e Primavera Sound – Espanha. Já fizeram quatro turnês nos EUA, país onde tiveram reconhecimento antes mesmo do que em sua terra natal. O New York Times já falou deles (e bem). Eles já gravaram um clipe em Nova Iorque e outro com o Jacaré, ex-dançarino do É o Tchan, com direito a coreografia exclusiva e tudo!

No último mês de setembro, os Garotas Suecas lançaram seu segundo disco, “Feras Míticas”, que conta com a participação de vários músicos convidados, como a rapper paulistana Lurdez da Luz e o Paulo Miklos, dos Titãs, além de Kid Congo Powers, americano que fundou a lendária banda The Cramps.

O álbum, que pode ser baixado na íntegra de graça no site oficial da banda,  já rendeu dois clipes: “Eu Avisei Você” e “A Nuvem” (que tem a participação da Lurdez da Luz). “O Feras foi a nossa primeira experiência em estúdio com a presença de um produtor, o britânico Nick Graham-Smith”, conta Irina. Nick é dono do Pendulum Studio, na Vila Madalena, onde o disco foi gravado.

Na sexta-feira que vem, dia 20 de dezembro, o Garotas faz seu último show do ano, dividindo o palco com os colegas de longa data da banda O Terno – que tocam com eles desde os tempos de Café Aprendiz. “O show contará também com a participação da  Lurdez da Luz. Vamos ser sua banda de apoio em algumas músicas, e ela canta com a gente em algumas outras. A noite promete!”, adianta Irina. O show será realizado em São Paulo, no Estúdio (antigo Estúdio Emme). Mais informações aqui.

E a banda já tem grandes planos para o ano que vem. “2014 já promete lançamento na Europa, quem sabe uma turnê na América do Norte e, assim espero, um giro de respeito pelo Brasil, que tem muito lugar pra conhecer ainda”, diz a tecladista.

A LISTA DA IRINA
A Iri preferiu recomendar para os leitores do NTR as músicas que mais escutou em 2013. “Fim de ano é época daquelas listas de melhores, piores, revelações etc. Então acabei fazendo a lista das canções que foram lançadas esse ano que eu mais ouvi. As menções honrosas vão pra MIA, que acabou de lançar um discão; pro Boogarins, que eu acabei de ver ao vivo e os meninos prometem; e pro Mount Kimbie, que eu só baixei o disco agora e tá finesse, mas, como não deu tempo de ouvir bastante ainda, não está na minha lista de mais ouvidos do ano”, diz ela.

Para ouvir as músicas na sequência, é só dar o play no vídeo do topo do post. Confira a lista:
1) Unknown Mortal Orchestra – So Good at Being in Trouble
“Essa tem um clipe bastante maravilhoso, com o Mc Lovin’ do Superbad, seitas estranhas e muita gatinha curtindo em LA. Um amigo me mostrou o segundo disco deles, II, logo que saiu, no começo do ano. Foi amor à primeira audição. Essa música tem uma letra meio hino, daquelas que alguém ia ter que escrever am algum momento. Fora isso, tem aí bastante coisa que rolou esse ano: psicodelia contemporânea, reverb, voz susurrada… astral, escutem o disco inteiro!”

2) Ugabuga Feelings – Barbara Eugênia
“O disco da Bárbara é um dos mais queridos lançamentos brasileiros desse ano pra mim, sem dúvida. Tem rock, tem letras ótimas, é cru, é simples…e essa música é daquelas de ouvir no repeat. Tem uma vibe meio ‘Not Fade Away’, do Buddy Holly, com dendê. Puro amor.”

3) You and Me – Disclosure feat. Eliza Doolittle
“2013 foi também o ano em que fiz as pazes com a música eletrônica (sim, nós já havíamos sido amigas, tivemos um desentendimento, mas agora estamos ok). Esse disco é pista pura, coisa fina. Tem até participação da mina aí de baixo. E essa música é hit. Sim, eu gosto de hits! Mostra uma Eliza menos fofinha, o clipe também é demais, romance etc. Put on your dancing shoes and dance with me.”

4) Your Drums, Your Love – AlunaGeorge
“Duo voz+dj, casal, amor. Esse primeiro disco desse jovem casal é coisa séria. Tem também uma pegada eletrônica, mas com um viés mais hip hop, ela é mara, os clipes são lindos…vamos ouvir falar muito deles ainda. Essa música é mais calminha e também é das que eu ouvi, literalmente, no repeat o ano inteiro. Acho que ela tem tipo dez vezes mais plays do que as outras desse disco no meu itunes.”

5) The Throw – Jagwar Ma
“Por algum acaso, assisti ao clipe dessa música assim que ele saiu. Ninguém tava falando deles ainda, foco no ‘ainda’. Pessoal tá se derretendo pelos australianos agora. Foi outro amor à primeira ouvida. Psicodelia, boas letras, batidas eletrônicas, muito reverb, amor não correspondido, falsete. Essa foi a primeira que ouvi desse disco, que acabou virando meu grande parceiro de caminhada esse ano. Indo à pé pro trabalho, dirigindo, fazendo esteira ou curtindo um escurinho com os amigos, não tem erro com esse disco. Aliás, baixem e escutem todos esses 5 discos na íntegra. Essa é a minha recomendação!”

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NTR Convida #43 Full Lighters

Nossos convidados de hoje são os quatro integrantes do Full Lighters, uma banda cover de Foo Fighters. Por isso, a playlist de hoje é especial e só tem músicas da banda de Dave Grohl e cia.

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Os amigos Marco Fenili (bateria), Arthur Lange (vocal e guitarra), Augusto Maschi (guitarra) e Leandro Guaglianone (vocal e baixo) já se conheciam há bastante tempo quando decidiram montar o grupo, depois de tocarem apenas por diversão em uma festa.

“Foi em 2012. Era um churrasco em um sítio que teria várias atrações musicais, então deram o nome de Lollapaloosers pra festa. A banda de rock que ia tocar no dia furou, então nós os substituímos, porque já nos conhecíamos e às vezes tocávamos covers de várias bandas juntos. Mas, como era uma paródia do Lollapalooza e naquele ano a principal atração do festival foram os Foo Fighters, resolvemos tocar só músicas deles”, conta Marco.

O show “de brincadeira” animou a galera da festa e, com o sucesso, os quatro decidiram montar a banda oficialmente. Desde então, já tocaram em vários bares de São Paulo e lotaram uma festa da faculdade ESPM em parceria com a Red Bull. O bar onde os meninos mais “batem cartão” é o Mahôe, em Moema (que fica na Avenida Cotovia, 385. E sim, o nome é por causa do Sílvio Santos). Costumam tocar lá em quase todas as noites de sexta-feira. A banda tem dado certo e, a cada show, conquista mais fãs.

“Tocar Foo Fighters é sensacional, porque é uma banda com um grande número de fãs. Desde aqueles que só conhecem os hits até os que são completos adoradores. Quando você chega em algum lugar para tocar, é certeza que vai ter um pessoal ansioso para ver o seu show. Tem o lado bom de grande parte do lugar já curtir sua banda antes mesmo de ouvir; mas também tem a parte ruim, onde qualquer deslize vai ser notado pelos fãs mais fiéis de FF – e aí sua credibilidade vai por água abaixo”, diz Leandro.

Para a playlist do NTR, os caras do Full Lighters escolheram suas músicas preferidas do Foo Fighters dentro de seu repertório de covers. Clique no vídeo no topo do post para ouvir todas na sequência.

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1) Long Road To Ruin

“Escolhi essa pela melodia calma, sem deixar de lado o rock and roll, com ótimos arranjos vocais e empolgante o suficiente pra fazer a galera dançar.” – Marco

 

 


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2) Best Of You

“Pela força da música e o otimismo que ela é capaz de despertar nas pessoas através da letra.” – Leandro

 

 

 

1000979_666815076661976_1273166203_n3) Times Like These
“Confesso que sempre fui fã do Dave Grohl como compositor, desde o Nirvana – as músicas que eu mais gosto e acredito terem as letras mais atemporais são de autoria ou co-autoria dele, como Polly, Scentless Aprendice, Smells Like Teen Spirit e Marigold. Na minha opinião, Times Like These é umas das musicas que mais traduzem o momento que a banda viveu, e que muita gente se identifica. Aquele momento em que você se via na pior e se reergueu aprendendo com os erros, em que você aprende que não é uma vez que você vai cair na vida; que a vida é cair e levantar uma, duas, três, mil vezes. Então sem duvida Times Like These é uma musica que me influenciou em todos os aspectos. Sem falar da melodia, que é um tapa na cara!” – Augusto

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4) The Pretender
“Na minha opinião, a melhor música que tocamos do Foo Fighters é The Pretender, pelo peso que a música possui, além de ter altos e baixos que fazem com que ela tenha uma forte personalidade, definindo assim o estilo de som da banda de forma bem consistente.” – Arthur

 

 

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Mais Full Lighters:

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Teria a Katy Perry plagiado o É o Tchan?!

A gente adora a Katy Perry aqui no NTR. Vocês, caros leitores, certamente já repararam que falamos muito dela. Depois de ler a resenha do novo disco da moça, “Prism”, fui ouvir o álbum, vi seus últimos clipes e me deparei com uma dúvida cruel: será que o vídeo oficial do hit “Roar” tem alguma coisa a ver com o…É o Tchan?! Porque, veja bem, o clipe da Katy Perry é muito parecido com o “É o Tchan na Selva”.

Compare você mesmo:

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E olha que o clipe do Tchan saiu no longínquo ano de 1999!!!

Sério, até a roupa das Sheilas é igualzinha a da Katy! Êta, pioneirismo brasileiro!

E pra quem acha que o É o Tchan é pouca porcaria, saibam que só o álbum “É o Tchan na Selva” vendeu mais de 750 mil cópias e foi disco de platina; e que o grupo tocou no super tradicional Festival de Jazz de Montreux, na Suíça (onde também já se apresentaram artistas como Jimi Hendrix, Marvin Gaye e Ella Fitzgerald). Tá, meu bem?!

UPDATE:

Não foi só a gente que achou estranho o clipe da Katy ter TANTAS coincidências com o do Tchan. Já fizeram até um mash-up sensacional com as duas músicas e os dois vídeos. Genial, olha só: