Lady Gaga chega ao Brasil nesta sexta-feira (9) para shows no Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Não é fácil contestar – eu mesmo já tentei – os fãs que afirmam ela ser a maior artista pop da atualidade e dos últimos anos. É fato que suas composições, performances ao vivo e clipes são impecáveis. Até mesmo seu comportamento fora dos palcos, tido na maioria das vezes como bizarro, é digno de um grande Rockstar dos anos 80. Sua influência sobre as outras cantoras pop da atualidade é escancarada e rendeu até brincadeiras como Before & After Gaga. Para celebrar sua vinda (e ajudar os organizadores a vender seus ingressos), selecionamos 3 ótimas versões de suas músicas, acredito que vá mais agradar quem não é fã. Vamos a elas:
Just Dance
O Dirty Loops consegue tirar leite de pedra, vale a pena assistir cada um de seus vídeos. Tem Justin Bieber, Rihanna e até Britney Spears. Coloque os Headphones para ouvir esse cover de Just Dance, por favor.
You and I
Se o Aerosmith tivesse composto e gravado You and I, muito marmanjo aí ia cantar e chorar como uma criança. Mas como não foi, ficamos com a versão da Elizabeth Gillies.
Poker Face
Poker Face e outras versões de artistas pop estão no disco Colors of Rio, de Marcela Mangabeira. Puro creme do Bossa Lounge.
Curiosamente, muitas vezes o cover é melhor do que a versão original de uma canção. No caso que vamos contar agora, isso não é diferente. A última sensação da internet no Brasil é o Nissim Ourfali, um garoto de 13 anos que fez um vídeo especial para o seu Bar Mitzvá:
Mas você sabia que a canção tema do Nissim é, na verdade, um cover disso?
Sim, amigos, o agora famoso Nissim Ourfali fez uma versão para a música “What Makes You Beautiful”, da boy band One Direction. Esse grupo é formado por 5 meninos que são versões britânicas do Justin Bieber. Um é irlandês (o Niall Horan) e os outros quatro são ingleses (Harry Styles, Liam Payne, Louis Tomlinson e Zayn Malik). Eles formaram o grupo (me recuso a chamar de banda, já que eles não tocam instrumentos e não compõem suas próprias músicas) depois de participarem do reality show X-Factor, uma coisa entre o Fama e o American Idol. Ultra produzidos e esteticamente bonitinhos e perfeitinhos demais (quase versões humanas do boneco Ken), obviamente fizeram muito sucesso com canções sem sal, numa levada pop inofensiva, mas muito irritante. O One Direction é tão chato que nem a minha irmãzinha de 10 anos aguenta. Sou mil vezes o Nissim!
Nissim Ourfali: nasce uma web celebridade
Se você estava passeando pelo mundo de Nárnia nos últimos três dias e nunca tinha ouvido falar do Nissim Ourfali ou da baleia, eu explico: o vídeo foi feito para comemorar o Bar Mitzvá do garoto, que completou 13 anos e agora é considerado um adulto responsável dentro da comunidade judaica. As meninas, por sua vez, comemoram o Bat Mitzvá quando completam 12 anos. Os jovens costumam receber uma grande festa nessa ocasião; e é uma prática comum fazer videos como esse no mundo todo. Assim como muitas garotas fazem fotos e vídeos para suas festas de 15 anos e casais apostam em retrospectivas em seus casamentos – na maioria das vezes, de gosto bastante duvidoso.
A verdade é que estes vídeos acabam parecendo muito bregas, mesmo, por mais que tenham sido feitos em uma produtora. E com o pobre Nissim não foi diferente. Além de o garoto dublar a letra (que é cantada por um vocalista super afetado), ele parece bastante desconfortável e tímido em todo o filme. Para completar, a produtora usou montagens de fotos muito toscas e forçou uma atuação precária da família e, principalmente, do garoto. O ponto alto é a imagem de Nissim de pé em cima de uma baleia orca (pensa na Free Willy ou na Shamu), quando na verdade a letra se referia à Praia da Baleia, local que o garoto frequenta com sua família, no litoral norte de São Paulo. Estava feita a piada.
O vídeo foi publicado no Youtube e, por algum acaso curioso, acabou sendo compartilhado compulsivamente por pessoas que sequer conhecem o garoto na última sexta-feira. O vídeo foi se espalhando durante o final de semana, recebendo cada vez mais visualizações, comentários e compartilhamentos. Apareceu no Twitter e no Facebook de todo mundo e recebeu destaque de um grande portal de humor: o “Não Salvo”. Deu no que deu: virou um meme.
Sim, a música ficou melhor do que a original. A letra é ruim, mas é muito cativante e gruda na cabeça por horas (até dias) a fio. Para vocês terem uma ideia do seu potencial pop, o vídeo do Nissim estourou há apenas 3 dias, mas um amigo meu que é DJ tocou a canção em uma festa nesse mesmo fim de semana e a pista bombou – todo mundo sabia cantar!
A essa altura do campeonato, o vídeo de Nissim foi bloqueado pela produtora responsável, a Noemy Lobel. Mas já era tarde demais: dezenas de outros usuários copiaram o vídeo e o publicaram de novo em seus perfis, tornando o acesso ao conteúdo muito fácil. É só procurar no Google ou no Youtube. E o Nissim já virou “web celebridade”: ganhou evento falso no Facebook convidando a todos para o seu Bar Mitzvá na praia da Baleia; teve seu perfil verdadeiro no site divulgado a torto e a direito; virou um monte de cartaz “Keep Calm” e montagem de foto; chegou a ser comparado a um jogador de futebol – e, seu pai, ao Maurício de Souza. Pensa só o que a família dele deve estar passando e o que ele não ouviu quando foi para a escola hoje. Haja bullying!
Provavelmente, se você já foi a algum show de qualquer artista que tenha uma pitada de samba-rock no repertório, já deve ter ouvido “16 toneladas”, popularizada na versão alvi-negra-paulistana do Funk Como Le Gusta. A versão faz parte do disco Roda de Funk (1999), e é tiro certo em qualquer repertório.
Quem compôs a versão brasileira foi o carioca Noriel Vilela. O homem da voz grave era integrante do grupo vocal de samba Cantores de Ébano, nos anos 50. Noriel criou uma letra despretensiosa, difícil de esquecer e que se transformou em um hino com o passar dos anos.
A versão original, um country composto por Merle Travis, foi difundido principalmente por Tennessee Ernie Ford, que a levou ao topo da parada na Billboard. Depois dele, até Johnny Cash chegou a gravar a música. A letra, fala basicamente sobre o trabalho escravo e foi inspirada pelo pai de Travis, que constantemente utilizava a frase: “another day older and deeper in debt” do mais famoso trecho:
[biglines]You load sixteen tons, what do you get?
Another day older and deeper in debt.
Saint Peter, don’t you call me, ’cause I can’t go;
I owe my soul to the company store…
[/biglines]
Fiquem então com a versão de Tennessee Ernie Ford:
Hoje, dia 23 de julho de 2012, completa-se 1 ano da morte de Amy Winehouse. E o cover de hoje é uma homenagem a ela, que regravou a canção “Valerie”, da banda The Zutons. A canção original é parte do disco Tired of Hanging Around (2006), o segundo da banda, que nunca chegou a ter muitos fãs brazucas.
Amy gravou 2 versões de “Valerie”. A primeira, fez parte do Back to Black – Deluxe Edition (2007), e a segunda, que se tornou a mais conhecida, gravou para o álbum Versions (2007), do DJ e produtor Mark Ronson.
Esse que vos fala só chegou a conhecer The Zutons por causa da Amy, que mesmo com uma versão mais popular e um clipe muito legal, nunca chegou a tocar por aqui, aquela velha história de sempre. Abaixo, você pode conferir a primeira versão, seguida pela versão com Mark Ronson e por fim a versão com os Zutons.
Passadas algumas semanas do Dia dos Namorados, já é tempo de namorados começarem a fazer besteira de novo. Se esquecem a data da primeira vez em que ela bateu o dedinho do pé numa cadeira, esquecem o nome da mãe dela no almoço de família e esquecem de alimentar o Iguana das namoradas.
Não se desespere, pois ninguém é perfeito e todas essas coisas não passam de leves “misunderstoods“.
Cante para ela.
A música Don’t Let Me Be Misunderstood foi escrita originalmente em 1964 para a fantástica cantora Nina Simone, quem já foi citada por aqui.
Um ano mais tarde, a banda The Animals gravou a música, apesar de não ser lá muito comercial e a transformou num hit em 1965 aumentando um pouco a velocidade e adicionando o característico riff da introdução.
Nos anos 70, a banda Santa Esmeralda pegou a versão dos animais, colocou um pouco de disco, flamenco, salsa e uma pegada latina e transformou a música na versão mais famosa para a nossa geração, que fez parte da trilha do filme Kill Bill. Crássico!
Curiosidade: em Kill Bill é usada uma versão de 10 MINUTOS da canção.
Como já é sabido, o disco “Sgt. Peppers” completa hoje 45 anos de seu lançamento. Considerado um dos principais discos de todos os tempos – o melhor, segundo a Rolling Stone – , não há argumentos capazes de rebaixá-lo a nada menos que excepcional.
Durante esses anos, muitos covers foram gravados, músicas sampleadas e “mashupeadas” pelos mais diversos artistas, e como bons fãs de interpretações, separamos algumas boas versões de algumas músicas do disco.
A música que dá nome ao disco é de longe a que teve mais execuções de outros artistas. Essa versão é a primeira música do Cássia Eller Acústico MTV e foi um dos discos mais tocados no velho aparelho de som e discman de muita gente.
Essa versão de Joe Cocker conta com a participação de Brian May (Queen) e Phil Collins (Phil Collins, pô) . Confiram também o nosso right track dessa música.
A música mais “óóóuuummm” do disco foi composta por Paul em homenagem ao pai. Aqui, o homem-banda Andrew Lubman garante que todas as performances do vídeo são realmente as que foram gravadas, algo não muito comum nesse tipo de vídeo. Mesmo sem inventar muito, a versão ficou realmente bacana.
Claro que o Oasis não poderia deixar de ser citado. No som abaixo, o DaftBeatles brincam com Wonderwall e a A Day In The Life. Acredito que não tiveram muita dificuldade aqui.
Sabe aquele som que você pode ouvir em loop eternamente que nem vai ligar? Aquele que você coloca pra escutar no talo até os ruídos penetrarem seus ouvidos, se empregnarem nas suas veias e você sentir seus pés se deslocarem do chão? Então, esse som pra mim é a música Playground Love, do Air.
A canção foi feita especialmente para a trilha sonora do filme As Virgens Suicidas, de Sofia Coppola, em 2000. O duo francês, além de compor a trilha sonora do primeiro filme de Coppola, também colaborou com outras produções da diretora, como “Encontros e Desencontros” e “Maria Antonieta”.
Eu gosto tanto desse som, que quando vi que o Phoenix fez um cover do Air, em 2006, eu não botei muita fé… mas não é que, sem os sintetizadores, e numa pegada mais acústica e orgânica, a gravação ficou boa pra caralho?
Bônus
Super recomendo o filme “As Virgens Suicidas”, além do som do Air, o enredo da história acompanha a delicadeza de sua trilha sonora tornando o filme muito bonito. Confere o trailler aqui:
Miles Fisher é um ator e músico norte-americano, mais ator do que músico, mas ainda assim muito talentoso. Em 2009, este clipe do cover de This Must Be The Place, da banda Talking Heads, aí embaixo foi “viral”, com 200 mil acessos nas primeiras 24h no ar (há 3 anos, duzentinhos estava bom demais, né?).
No vídeo, Fisher faz uma homenagem ao filme Psicopata Americano e uma paródia incrível do personagem originalmente interpretado por Christian Bale. Esta “mistura” também rola na nossa seção Right Track. \o/
A versão original por Talking Heads – This Must Be The Place (Naive Melody).
Rolou também um cover da canção pela banda Arcade Fire.
Bônus
O nome da música dá título a um filme de 2011 estrelado por Sean Penn como uma estrela do rock dos anos 80 que, aposentado e entediado, resolve ir atrás do criminoso nazista que foi algoz de seu pai durante o holocausto. David Byrne, do Talking Heads, participa do filme atuando e escrevendo a música original. Muito recomendado.
A música “Feeling Good” foi escrita para um musical de 1965 e gravada no mesmo ano pela jazzista e cantora Nina Simone (sensacional, diga-se de passagem).
É esta versão que você ouve aqui, ó:
Em 2001 a música foi gravada pela banda Muse, num tom muito mais, digamos “desconfortável”. A música continuou de altíssimo nível, mas pegou esse climão mais tenso – tanto que foi trilha de um dos filmes mais agoniantes conhecidos pelo homem, Sete Vidas:
A minha preferida é a versão de 2005, do Michael Bublé. Não há muito o que dizer, sente aí o drama:
Bora curtir esse feriadão maroto.
Ps.: Já está tarde e a imagem do post foi a primeira que apareceu no Google. Ficou boa, né?
Hoje, para felicidade geral do reino da nação, estreia na HBO a segunda temporada da série Game of Thrones. A temporada é baseada no livro #2 do best-seller Crônicas de Gelo e Fogo, de George R.R. Martin.
Quando os milhares de fãs estiverem em frente às suas TVs ou monitores assistindo a estreia, eles ouvirão logo nos primeiros minutos, a trilha abaixo:
O responsável pela trilha sonora da série é Ramin Djawadi. O compositor alemão já produziu trilhas para filmes como Batman Begins (2005) e Piratas do Caribe –A maldição do pérola negra (2003). Recebeu também uma indicação ao Emmy por melhor música tema, pela série Prison Break (2005).
Mesmo não recebendo nenhuma indicação pela trilha de Game of Thones, não demorou muito para que surgissem versões do tema principal. A primeira a ganhar muitos views foi a versão do compositor brasileiro Roger Lima, que fez tudo com guitarras, baixo e bateria. Dois meses depois, a versão com violinos de Jason Yang se tornou a mais famosa. Mesmo sem percussão, não ficou devendo nada a original.
Por fim, o diretor de cinema Paolo Dy’s fez um mashup com as duas versões, ficando dessa forma:
Salvo raras exceções, as séries costumam manter os temas principais das abeturas durante todas as temporadas. Espero não ser surpreendido com um novo tema hoje, e espero também que a série consiga somar músicas de artistas “mais populares” como Florence and the machine, que já esteve presente no trailer Seven Devils.
Separamos mais algumas versões legais e paródias. Confiram ai: