Você já se apaixonou em um festival?

Acredita em amor à primeira vista? A gente acredita. E, hopeless romantics que somos,  já nos apaixonamos em shows e festivais de música. Afinal, a música tem um grande poder de unir as pessoas; e ver um gatinho na fileira do lado cantando a plenos pulmões a música da sua banda preferida é um grande incentivo. 😉

libertinesO Popload Festival está chegando e vai fazer a alegria de muita gente trazendo finalmente o Wilco para o Brasil! A última vez que eles tocaram por aqui foi há mais de uma década, em 2005 (é, o tempo voa). Os fãs de Libertines também vão poder ver a banda com a formação completa e original pela primeira vez no país, já que na primeira turnê, em 2004, Pete Doherty não veio.

Para esquentar enquanto o festival não chega, ficamos ouvindo a playlist oficial do Popload Festival no Spotify, nos inspiramos e criamos uma playlist nossa que conta uma historinha: os títulos das músicas em sequência vão representando todas as fases de um relacionamento, desde o primeiro encantamento e a fase em que o casal se apaixona até o rompimento e o final, quando os dois voltam a ser estranhos.

Será que todo relacionamento acaba seguindo essa mesma velha história?

Pensamos em um cara na bad, analisando como estragou um relacionamento antigo, querendo voltar mas vendo que já era – é o fim. Enquanto isso, nos preparamos para talvez nos apaixonarmos de novo no Popload Festival 😍

Não Toco Playlists

Mentira, tocamos sim! A gente sempre gostou de uma boa playlist aqui no Não Toco Raul. Sempre tivemos a nossa rádio, sempre pedimos para os entrevistados indicarem músicas bacanas para vocês ouvirem; nós também indicamos sons e fizemos até o desafio “um disco por dia” – que ainda está rolando na nossa fanpage, #ficadica! 😉 E já teve até entrevistado que nos obrigou a…tocar Raul. Sério.

Mas na hora de montar uma playlist que fosse a cara do blog a gente ficou meio bolado…afinal, a equipe do NTR é feita por pessoas muito diferentes, que têm gostos musicais diferentes; e o blog sempre teve espaço para todo tipo e estilo de música, indo literalmente do funk ao punk. Então decidimos listar canções que estivessem ligadas aos nossos textos, que tivessem a ver com os nossos posts e tudo que colocamos aqui, sempre feito com muita alma, muito amor e carinho (ooown!). Acabou virando uma coletânea “The Best Of NTR”, nossa sessão nostálgica destes mais de 4 anos de blog e de tudo de bom que já fizemos por aqui – grandes entrevistas, descobertas, discos, shows, zoeiras, reflexões e sempre a paixão pela música acima de tudo.

Confira a playlist do NTR no Spotify e descubra abaixo por que essas foram as músicas escolhidas!

EDER OLIVEIRA
Diet Mountain Dew – Lana Del Rey
Esta música está em um dos primeiros posts do blog. A Lana Del Rey estava no auge do seu hype e foi o texto de estreia da seção “Todos menos eu”.

Generator – Foo Fighters
O Foo Fighters é minha banda preferida. Apostei que eles não iriam tocar essa música no show do Lollapalooza, em 2012. Mas eles surpreenderam e tocaram Generator e mais uma porrada de outras músicas menos famosas.

Umabarauma
Fui buscar a história dessa música esperando uma super odisseia e acabei caindo na zoeira do Jorge Ben. A maioria de suas músicas são sobre histórias banais, comuns, do dia a dia, feijão com arroz – e isso é muito foda.

Just Ain’t Gonna Work Out – Mayer Hawthorne
Esse cara foi um meus melhores achados dos últimos anos, junto com o Rival Sons (que provavelmente vai estar na playlist também). Soul de primeira linha.

Blame It On The Boogie – The Jacksons
O Michael Jackson aparece em vários dos nossos textos e eu gosto.

Foi Preciso Você – Wilson Sideral
Talvez essa seja a música que menos tenha a cara do NTR – porém, ela foi o single do último disco que estava prestes a ser lançado. Eu escutei muito Sideral quando comecei a tocar e pra mim foi muito foda falar com o cara. Ele é um baita músico e compositor e já chegou a figurar o “mainstream”.

 

TADEU MORARI
Until The Sun Comes – Rival Sons
Como mencionado pelo Eder, melhor banda descoberta nos últimos 10 anos. Especial porque consegui ir a um show de graça, depois de ter meu nome na lista colocado pelo baterista da banda. Foi tema de um episódio do nosso finado e querido Não Pod Raul, podcast de playlists que pode (ou não) voltar no futuro.

This Must Be The Place – Miles Fisher (cover)
Uma daquelas junções de música e cinema que eu adoro, essa cover tem um clipe que faz uma homenagem ao filme Psicopata Americano, que é bem o que eu fiz muitas vezes com wallpapers na seção Right Track.

Surreal – Scalene
Um dos últimos convidados do site e bem especial, o vocalista da Scalene – que hoje é uma banda nacionalmente famosa, mas nessa época ainda não estava nos spotlights. JÁ CURTIA ANTES DE SER MODINHA, NÉ MÊO. (P.S. Sou amigo dele no Facebook! 😉)

Hey Jude – The Beatles
Beatles sempre foi tema recorrente no blog, não requer muita explicação, mas essa música em especial caiu como uma luva nesse texto que é o meu preferido que fiz pro NTR.

Alive – Pearl Jam
Bela origem nessa história meio dark de uma música perfeita, que as pessoas conhecem e cantam sem pensar direito na letra.

Adeus Você – Los Hermanos
Mais uma banda preferida com um dos meus filmes preferidos de todos os tempos. E só quero citar aqui (pra irritar o Danilo) que fui no festival SWU só pra ver Los Hermanos; e fui pra tenda dormir na hora de Rage Against the Machine.

 

DANILO VITAL
For Once In My Life – Steve Wonder

I Can’t Take My Eyes Off Of You – Lauryn Hill

I Don’t Wanna Miss A Thing – Aerosmith

Bang Bang – Green Day

Rude – Magic!

Slut Like You – P!nk

Escolhi as músicas dos meus posts que achei mais legais e quis formar uma “historinha” com o título de cada música na sequência.

 

BÁRBARA MONTEIRO
Vacilão – Emicida
Essa foi a primeira música do Emicida que eu escutei na vida; e isso já faz tempo, hein. Me ganhou de cara e desde então sempre gostei das músicas dele, das letras espertas, dos samples, do esquema DIY, de como ele cresceu e desenvolveu sem som. Passei a ouvir muito mais rap e hip hop depois de virar fã do Emicida. Me abriu a cabeça pra muita coisa. A gente também brincou que uma playlist do NTR tinha que ter pelo menos uma música do Emicida e escrevi sobre ele em um dos meus posts mais recentes, quando pude acompanhar o cara de perto em um evento do Spotify. Continuo sendo muito fã, é um artista brilhante.

This Lonely Morning – Best Coast
Meu post de estreia no NTR, em 2012. É a banda mais bairrista do mundo, ganham do rock gaúcho. E é uma banda que eu gosto muito, liderada por uma garota. Essa música foi lançada mais de um ano depois, mas virou uma das minhas preferidas deles. Menção honrosa na playlist!

Rock’n’Roll Queen – The Subways
Os Subways são a banda mais underrated do mundo! É uma puta banda, são incríveis ao vivo, mas não têm a fama que merecem. Essa canção, entretanto, foi um grande hit. Eu cheguei a viajar só pra ver show deles. Infelizmente, nunca vieram para o Brasil. Na Inglaterra eu entrevistei a Charlotte Cooper, baixista do power trio, e tive a rara sorte de não me decepcionar ao conhecer um ídolo. Ela é demais e depois de conhecê-la virei mais fã ainda. Muito amor! Acho que essa é a entrevista que eu mais gostei de fazer na minha vida.

A Nuvem – Garotas Suecas
Sou muito fã dessa banda, orgulho nacional…e os acompanho desde o início. Desde o comecinho mesmo! É uma década de tiete, minha gente! A Irina é incrível, compõe, canta, toca, sabe muito de música e arte e mais uma vez tive a sorte de admirar uma artista e não me decepcionar quando a conheci – muito pelo contrário! Sim, eu entrevistei muitas mulheres e acho importantíssimo dar mais espaço para elas na música – eu também sou musicista e sei bem como essa indústria ainda é machista, então segura aí que da minha parte da playlist, de 6 músicas, 5 serão de mulheres fodas. E a Iri é uma delas, linda demais por dentro e por fora. Aliás, nessa canção ela canta e também tem uma participação especial da rapper Lurdez da Luz, que também é demais! Muito amor.

Chester, Cheese, Onion – Medialunas
Essa banda (na verdade, uma dupla) é simplesmente maravilhosa. Nem sei quantas vezes escutei o disco deles, de tanto que eu gosto. A Medialunas é Formada pela Liege, que eu tive a honra de entrevistar; e o Andrio. Eles têm uma porrada de bandas (e fizeram parte de muitas outras) e todas são boas: Medialunas, Hangovers, Loomer, Superguidis…a nata do rock independente brasileiro! Também são pessoas incríveis, além de grandes músicos.

Holiday – Penélope (Érika Martins)
Pode acreditar, você com toda certeza já ouviu alguma música com vocal da Érika. Até porque é ela a garota que queria quebrar o nariz do locutor no mega sucesso “A Mais Pedida”, dos Raimundos, que todo brasileiro sabe cantar de cor. Ela era a líder do Penélope, que fez bastante sucesso nos anos 90 (o grande hit deles foi Holiday) e até tocou no Rock in Rio. Ela agora integra outra banda que eu amo e que acho que é um tesouro nacional: os Autoramas. Também tive a sorte e a honra de entrevistá-la para o NTR e virar ainda mais fã.

Na contramão do mainstream: o pop feminista de Meghan Trainor

Toda mulher já passou por isso. Infelizmente, é uma situação muito comum. Imagine a cena: você está dançando em uma festa, despreocupada, quando um cara chega puxando seu braço. A princípio você se assusta, tenta se esquivar, o cara continua puxando e te segurando com força – às vezes até te machuca. É aquela típica abordagem machista de balada que mais parece do tempo das cavernas. E, se você fala “não”, o babaca não aceita e ainda insiste! Esse tipo de assédio tira qualquer uma do sério e foi a inspiração para a cantora pop americana Meghan Trainor escrever a canção “No”, seu último hit:

A música toda é sobre um cara chato que não aceita o “não” e não deixa a garota em paz quando tudo que ela quer é dançar e se divertir. Mas a música não é um lamento: é empoderadora, é um chamado para que todas as garotas se unam, sejam mais fortes e digam o “não” com firmeza e segurança, sem medo, reagindo e se protegendo dos babacas. É um pop feminista e de protesto que pode sim trazer alento e influenciar positivamente muitas garotas – principalmente as mais jovens.

Meghan Trainor não é novata na arte do “pop de protesto feminista” – ela é autora do mega hit “All About That Bass”, que estourou no mundo inteiro em 2014 e virou um hino contra a gordofobia e os padrões de beleza insanos que levam tantas garotas a adoecerem com distúrbios alimentares e psicológicos. É pop, é grudento, é até clichê. Meghan é americana, branca e jovem. Mas quebra padrões sim e traz representatividade por ser ela mesma plus size, autora de suas próprias canções, guitarrista e reconhecidamente uma grande cantora e compositora, além das suas letras feministas. Ah, ela tem só 22 anos. E começou como uma artista independente, gravando suas músicas na raça em casa, fazendo seus próprios discos sem gravadora e ralando muito até conquistar o estrelato. Alguns de seus versos podem até soar bobinhos, mais do mesmo, um pouco rasos…mas imagine o quanto podem significar para uma garota de 15 anos – e o quanto podem abrir caminho para reflexões importantes e servir como um primeiro contato de adolescentes com o feminismo. E outra: é música pop, mensagem acessível, simples e direta, que gruda na cabeça. A intenção é essa mesmo.

Ok, você ainda pode questionar a relevância de Meghan e até mesmo a capacidade do pop como música combativa, sendo que o gênero é o mais mainstream do mundo. Mas um pop com conteúdo pode sim ser um contraponto do mainstream e trazer alguma reflexão para as massas – e até quebrar barreiras bastante significativas. Que o diga a rainha do pop, Madonna, que revolucionou o mundo com sua música nos anos 80 (não se esqueçam de todos os tabus que ela quebrou e de toda a sua influência, que é sentida até hoje na música, na moda, na liberdade sexual e de expressão e no combate à intolerância). Se as letras feministas de Meghan inspirarem uma só garota que seja, já teremos um grande avanço na nossa sociedade ainda tão machista. E ela com certeza já atingiu milhões. 😉

Confira algumas canções de Meghan Trainor e repare na letra. Separei as mais interessantes (e feministas) para vocês:

NTR Convida #56 – The Fingerprints

Os nossos convidados de hoje são os integrantes da banda The Fingerprints, de Santo André. A banda foi formada em maio de 2014 por May Dantas (vocal e guitarra), Felipe Gasnier (guitarra), Tales Lobo (baixo) e Daniel Cardoso (bateria). Eles tocam punk rock rápido, distorcido e sujo, com muita influência de grunge também. A própria banda define seu som como “guitarras bem sujas, vocal feminino rasgado e uma forte presença e energia no palco”.

Os integrantes se conhecem há anos e sempre tocaram juntos de brincadeira, até decidirem levar a sério, investir em músicas autorais e shows.

O nome da banda é inspirado em silk-screen, uma técnica artesanal de estampar camisetas. Em 2007, May, Tales e Daniel moraram no Canadá e trabalharam em uma estamparia. Algumas camisetas saíam manchadas com as digitais (fingerprints).

Os Fingerprints vem fazendo muitos shows e tocando músicas autorais. Eles já passaram por casas de show tradicionais de São Paulo, como o Hangar 110, casa de muitas bandas punk e alternativas; e o clássico Café Aurora, no Bixiga.

Eles têm bons vídeos tocando músicas próprias ao vivo no Aleluia Fest, em outubro do ano passado:

                 Obsession – a música que eles mais gostam, que deve ganhar um clipe em breve

 

                                                                                      Drama King

 

Confira a playlist e a entrevista dos Fingerprints para o Não Toco Raul:

 

PLAYLIST
Clique no vídeo no topo do post para ouvir as músicas na sequência)

“As músicas escolhidas são aquelas que estávamos com bastante vontade de tocar nos shows. Não sabemos ainda se iremos tocá-las, mas se anunciarmos um cover no show provavelmente será uma dessas. São músicas que nós quatro gostamos e que de certo modo influenciam no nosso som”, explicou Felipe.

1) The Pixies – Hey

2) Descendents – Suburban Home

3) L7 – Wargasm

 

ENTREVISTA

1) Ainda tem espaço pro punk rock no Brasil? Vocês sentem que tem onde tocar, que tem público?
Felipe: Espaço tem. E, se não tem, “faça você mesmo”! Tocando na rua, estacionamento, casa de amigos…o problema, ao meu ver, e que gerou uma extinção de bandas punks, foram os incentivos. São poucos que consomem, são poucos que não estão na lista VIP, que compram CDs e merch… Sabe, no Brasil ninguém foi educado a colaborar com arte, não importa se é música, quadros, zines, a galera não apoia e isso desmotiva geral. Não estou falando só de grana, não é essa a questão, mas para a engrenagem rodar é preciso algum tipo de estimulo. Às vezes os aplauso ou um papo pós showjá são motivo para o artista querer se superar na próxima apresentação. É assim que a arte funciona! Agora, se a banda XYZ do EUA vem tocar no Brasil com ingressos absurdamente caros, surgem roqueiros de todos os cantos para babar ovo. Vai entender…

2) Vocês já gravaram algumas músicas, certo? Dá pra ouvir na internet?
May: A banda tem relativamente pouco tempo de vida. Lançado mesmo a gente só tem um álbum ao vivo que rolou no Aleluia Fest, em outubro do ano passado. Dá pra ouvir na internet sim, no nosso Bandcamp. Também temos uns videos bem legais desse show, com a qualidade de áudio muito boa, no nosso canal do YouTube. A gente tá trabalhando no nosso primeiro EP, que vai contar com 5 músicas. Queremos lançar agora em março.

3) Quais são suas influências e inspirações pra fazer música?
May: Tem uma banda Americana que chama “Crime in Stereo” e, em uma de suas músicas, o vocalista diz: “Without a broken heart, we’ve got nothing to sing about” (“sem um coração partido, não teremos sobre o que cantar”). Eu mesma que escrevo as letras, sobre situações (ou frustrações) cotidianas, por isso algumas delas são bem pesadas, algumas até meio profundamente melancólicas. Quando lançarmos o EP, iremos também divulgar as letras. Depois que a letra é feita, a base e toda a harmonia da música é trabalhada pela banda inteira junta, dando assim um peso e uma certa agressividade num todo.

4) May, você já sofreu com machismo por ser musicista? Já rolou alguma situação em show?
May: Existe machismo sim, um tipo de interesse escroto. Pode ser alguma admiração estranha por ser uma mina na banda, mas eu quero mais é que se foda! Não vou deixar isso me limitar, por mais que encha o saco pra caralho. Acham que ser mulher é ser o sexo frágil; e quero muito poder provar o contrário. Quando eu falo para as pessoas que eu tenho banda, toco punk rock e tal, todo mundo tenta imaginar algo o mais doce possível – e eu adoro a cara de espanto de cada um quando já no primeiro acorde sai aquela sujeira podre, com um puta vocal rasgado.

5) Vocês têm vários shows marcados, estão tocando bastante. Quais são as aspirações da banda?
May: Como eu falei antes, agora a gente tá focando no nosso EP, que queremos lançar em março. Com ele lançado, vamos começar a gravar o clipe do nosso som favorito, chamado Obsession. E nesse meio tempo (claro, sempre tentando descolar mais e mais shows), de repente tocar em outros estados seria bem legal! Fazer contatos com selos, aquela correria pela qual toda banda independente acaba passando. Tocamos no Hangar no ano passsado e foi um puta show sensacional, acho que pra toda banda independente de São Paulo tocar lá é sempre uma honra. Queremos tocar de novo, obviamente, quem sabe seria até legal fazer um show de lançamento por lá ao lado de alguma outra banda consagrada pela casa. Ah, sim, vale constar que queremos ficar ultra famosos, com aquela mega pose de roqueiros doidões, pra depois (essa alias é toda a intenção da banda) nos voltarmos à igreja universal e mostrar pra todo mundo que reabilitação e servir a nosso senhor é possível sim, só necessita da ajuda de um bom, poderoso e todo bondoso pastor.

6) Aproveitem o espaço pra divulgar o que vocês quiserem!
Felipe: Monte uma banda, pinte quadro, escreva zines, abra seu próprio negócio! Faça você mesmo! Quem manda em você é SOMENTE você.
May: VEJAM NOSSO VÍDEO NOVO! E vão nos shows, tá da hora e sem escrúpulos.

 

MAIS THE FINGERPRINTS

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Top 7,5: Last Things

A última vez, a última chance, o último adeus. Uma playlist para despedidas e os derradeiros acontecimentos da vida. Só não é a última playlist.

  1. Jeff Buckley – Last Goodbye
  2. Bon Jovi – Last Man Standing
  3. Rolling Stones – The Last Time
  4. Pearl Jam – Last Kiss
  5. Aerosmith – Last Child
  6. The Strokes – Last Nite
  7. Papa Roach – Last Resort

E para coroar a lista, um bônus nacional. Uma triste história de amor contada da forma poética que era de costume de uma das bandas que mais fazem falta no Brasil.

0,5. Los Hermanos – Último Romance

Top 7,5: Better Man

Olá amiguinhos. Nessa edição da categoria de Tops mais original das internets, vamos ensinar vocês, jovens gafanhotos, a serem pessoas melhores. Melhor dizendo, a serem “Better Men”. Rá!

  1. Pearl Jam – Better Man
  2. Paolo Nutini – Better Man
  3. Sivu – Better Man Than He
  4. Oasis – Better Man
  5. Marc Scibilia – Better Man
  6. Slow Leaves – Life Of A Better Man
  7. Frances Cone – Better Man
0,5. The Kinks – A Well Respected Man

E já que todas as músicas aqui anseiam pelo melhor nas pessoas, o bônus da vez vai para esta canção de 1965, da banda The Kinks. Um homem muito respeitado.

Trilha sonora digna de aplauso em “Guardiões da Galáxia”: Jackson 5, The Runaways, David Bowie e mais

Se você está por dentro dos lançamentos cinematográficos super-heróicos, está sabendo que está para sair o filme Guardiões Da Galáxia, da Marvel. O filme apresenta um grupo de anti-heróis não muito conhecidos do grande público e vem a ser uma grande aposta da Marvel, mas o que mais me chamou a atenção nesse filme foi a excepcional escolha de trilha sonora.

Sem contar com artistas populares (que, francamente, já estão dando no saco) como Pharrell Williams, Imagine Dragons e outros, a trilha do filme traz sucessos dos anos 80 e anteriores, uma orgia da nostalgia. É, sem dúvidas, a melhor trilha sonora em filmes do gênero desde Watchmen – que é assunto para outro post.

Lista de trilhas de “Guardiões Da Galáxia”
1. Blue Swede – Hooked on a Feeling
2. Raspberries – Go All the Way
3. Norman Greenbaum – Spirit in the Sky
4. David Bowie – Moonage Daydream
5. Elvin Bishop – Fooled Around and Fell in Love
6. 10Cc – I’m Not in Love
7. Jackson 5 – I Want You Back
8. Redbone – Come and Get Your Love
9. The Runaways – Cherry Bomb
10. Rupert Holmes – Escape (The Piña Colada Song)
11. The Five Stairsteps – O-O-H Child
12. Marvin Gaye/Tammi Terrell – Ain’t No Mountain High Enough

playlist-guardians of the galaxy

NTR Convida #53 – Troublemaker

Os convidados desta sexta-feira são os paulistanos da Troublemaker, banda de rock grunge e sujo formada por Gui Maia (vocal e guitarra), Lucas Andrade (bacteria), Vitor Cunha (baixo e vocal) e Fabio Frank (guitarra e vocal). Eles acabaram de lançar seu primeiro EP, chamado “Sheep”, que traz cinco canções inéditas (Pulse, Drive Me Crazy, Suspicious, Guess Who e Stone Cold). O EP foi produzido pelo Gui Maia, da própria banda, que também é dono do Dinamite Studios, localizado na zona sul de São Paulo.

10466884_4409076281771_1213300717_n“Foi meio tenso. Na verdade acho até que foi legal, mas como eu estava emocionalmente envolvido no processo não sabia se estava julgando certo. No meio do caminho até cheguei a pensar em pegar o que já tinha gravado e ir no Costella (estúdio de Chuck Hipolitho) terminar o EP por lá, para ter uma pessoa de fora da banda atuando na produção. Mas no fim acabei desistindo, pois só faltavam as guitarras e vocais. Eu também produzi no Dinamite o álbum de estréia do Sleeping Sapiens e um EP do Veronica Kills (que se chama justamente Dinamite Days). Não gosto muito de produzir bandas que eu não curta o som, tenho que curtir pra caralho o trampo pra dar aquele tesão na hora que você ouve pronto, sabe? A gente grava bastante coisa no Dinamite que eu não assino como produtor, porque temos que pagar as contas! Mas quando eu curto, eu gravo de graça ou ‘quase de graça’ e assino!”, conta Gui. Além do Estúdio Dinamite, ele também é dono do selo Dinamite Records, criado para lançar suas bandas junto com o Adriano, do grupo Little Drop Joe.

10421170_250206301854525_3771280076238877379_nOs grupos Sleeping Sapiens e Veronica Kills são parceiros do Dinamite e alguns de seus integrantes, que também são designers, acabaram desenhando artes gráficas para a Troublemaker. Johann Vernizzi (vocalista e guitarrarista das duas primeiras bandas citadas) criou a capa do EP do Troublemaker, enquanto o baterista Giuliano Di Martino (da Veronica Kills) desenhou a camiseta da banda do Gui. Os caras também são amigos de longa data. “Conheço o Johann há séculos. Desde os 17 anos temos bandas horríveis que tocam juntas (risos)! Sempre curti o trampo dele como designer, quando ele tinha uma banda chamada Bulletproof ele fazia uns quadrinhos do grupo e eu achava os desenhos demais! Sabia que se alguém fosse fazer a capa do nosso EP, tinha que ser ele!”, conta Guilherme.

As influências da Troublemaker são muito diversas. Cada integrante gosta de um tipo de som, então a playlist que eles escolheram para o NTR ficou bem interessante – apesar de todas as musicas escolhidas puxarem para o lado do rock e da distorção pesada que eles tanto gostam. Guilherme explica: “Cada um ouve uma coisa completamente diferente do outro! O Lucas curte uma setentera, MC5! O Fabio curte Rainbow pra caralho e ouve umas paradas mais heavy metal. O Vitor é fã de Muse e QOTSA e eu sou da sujeira, ouço bastante Mudhoney, Stooges, Nirvana e derivados! O engraçado é que a unica coisa em comum que todo mundo pira é groove, que não tem nada a ver com o som que a gente faz; e o Black Sabbath, que é unânime!

Confira a seleção da banda abaixo (para ouvir as canções na sequência, aperte play no video do topo do post):

1) Queens Of The Stone Age – Go With The Flow (Vitor)
“Sujo, chute na cara e dois pés no peito. Boa música para fazer problemas enquanto se ouve. se”)! E não tenha vergonha nem medo das gravações garageiras! Grava suas paradas e só, vai.”

2) Grand Funk Railroad – Inside Looking Out (Lucas)
A minha escolha pro rock não poderia ser outra. O Grand Funk é Blues, Soul e Funk! É foda, uma marretada de maravilha na sua cuca, fora que as ideias deles eram só estuprar o amplificador de alguma forma genial, coisa que se assemelha muito com as ideias imbecis “troublemakeanas”! E o motivo de eu escolher essa música? Primeiro, é uma perfeita tradução de feeling musical em minha concepção – obviamente que também eram músicos dotados de técnica musical, mas é que era muito feeling, cara – e como não sou tão dotado de técnica tenho que me apegar ao feeling e nisso os caras dão aula. Nessa música ao mesmo tempo eles espancam e massageiam; é uma maravilha musical, mas poderia citar toda a discografia do Grand Funk e mesmo assim achar impecável! Um fato engraçado é que toda vez que posto uma foto da banda no Facebook, o site marca o Gui automaticamente na cara do vocalist (risos).”

3) Black Sabbath – Symptom Of The Universe (Fabio)
“Porque tem um dos riffs mais malvados do mundo e o Iommi é rei. Porque os berros do Ozzy não tem nem o que justificar. E também porque a bateria desse som é cabulosa e o final dele é lindo e inusitado.

4) Mudhoney – Touch Me I’m Sick (Gui)
“Eu não poderia escolher outra música, pois essa é a faixa de abertura do disco que mudou a minha vida! Não é a abertura do Superfuzz Bigmuff original, mas o que chegou na minha mão foi uma versão da Trama Virtual que era o Superfuzz Bigmuff plus early singles. Quando eu tinha uns 15 anos eu curtia um metalzão: Metallica, Megadeth, essas paradas! E curto até hoje…mas um dia entrei numa loja de disco e vi a seção só com CDs em promoção. Paguei R$ 7,90 nesse CD do Mudhoney sem nem saber do que se tratava, comprei pela capa mesmo! E, cara, quando eu botei pra tocar minha vida mudou pra sempre, fiquei doente e não tinha mais cura. Depois veio o Nirvana, o Soundgarden, o Queens Of The Stone Age e todo o resto. Mas, se não fosse pelo Mudhoney, talvez eu nem ouvisse essas coisas! Fui em todos os shows dos caras que rolaram aqui no Brasil e parece que toda vez que o Mudhoney volta pra minha vida, acontece alguma coisa. Tipo um “breaking point”. Os caras são fodas demais! Nessa última passagem deles pelo Brasil eu tive a oportunidade de conversar com eles e fiquei sabendo que todos têm empregos normais e ralam do mesmo jeito que as bandas daqui ralam pra poder tocar! Achei isso simplesmente do caralho! O dia do show não foi um dos melhores dias da minha vida, mas teria sido pior se não tivesse o Mudhoney pra salvar!”

A história de como a banda foi formada é bem engraçada. Guilherme conhecia o Fabio há anos, e eles tiveram juntos uma banda chamada “Baby Dinamite” – que deu origem ao nome do estúdio e do selo dos caras, hoje sócios.  Um dia, Gui deu uma festa no estúdio para comemorar seu aniversário e aí Vitor e Lucas apareceram de penetras, sem terem sido convidados. Mas no final todos ficaram amigos e acabaram fazendo jams juntos, começaram a compor músicas e aí oficializaram a banda.

Gui conta que o interesse do grupo sempre foi fazer música autoral e que o processo de composição funciona com improvisação e jams no estúdio, de forma instintiva: “No ensaio alguém puxa um riff, aí todo mundo vai tocando em cima, vamos acertando as partes e o negócio vai tomando forma. É bem esponâaneo e acho que se não tivesse todo mundo lá não rolaria. Tem vários riffs desse novo EP que eu tentei tocar com outra galera e não saiu nada”.

10418201_250206028521219_5083449419740794197_nMais troublemaker:

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Soundcloud (ouça o EP “Sheep” na íntegra)

Dinamite Studios

Dinamite Records

Playlist: dia dos namorados – vol.3

O dia dos namorados chegou, vai ter Playlist e vai ter Copa sim.

A data foi um tanto quanto injustiçada esse ano pelo Evento-Esportivo-que-reúne-32-seleções-mundiais, mas isso não foi motivo para deixar de publicar o Volume #3 de uma das playlist mais curtidas do blog. Com 3 níveis: Soft, Moderate  e Hard Ousadia a playlist é pau pra toda obra. Ou seja, não a descarte se você for comemorar o dia dos namorados na sexta-feira, sábado, ou mesmo se não estivem em um relacionamento e apenas quer viver a vida louca.

Chega de trocadilhos, vamos às playlist, e Feliz dia dos Namorados.

soft

moderate

hard


NTR Convida #52 – Gustavo Bertoni (Scalene)

O rock de Brasília ainda vive, e não somente de Capital Inicial (grazadeus). A banda Scalene vem fazendo cada vez mais bonito e entrou para as minhas bandas nacionais preferidas de todos os tempos com o álbum “Real/Surreal”, o mais recente da banda, lançado em 2013.

gustavo-bertoni-scalene

Formada pelos irmãos Gustavo e Tomás Bertoni, Lucas Furtado e Philipe Nogueira, a banda nascida em 2009 já apareceu por aqui com um cover muito firmeza de “Somebody That I Used to Know” e “Rosemary” e, desde então, venho acompanhando o excelente trabalho deles.

Gustavo Bertoni é o frontman da banda, cantando e tocando guitarra e violão, e é ele o nosso convidado de hoje. O critério utilizado por ele para a playlist foi de grandes influências musicais de sua vida. Ouça a playlist de Gustavo e confira as dicas, o rapaz sabe o que está fazendo.

 

1) Thrice – Promises
“Thrice é do tipo de banda que se faz necessário conhecer toda a discografia para compreender a grandeza de seu trabalho. Versatilidade e originalidade os definem. A capacidade de soarem originais em cada vertente do rock que exploraram é extraordinária. Letras maravilhosas repletas de referências mitológicas, questionamentos universais, inconformismo…hora berradas com guitarras Drop A incendiando sua cara, hora cantadas suavemente com um mundo de texturas remetendo a um “Digital Sea”. Rock experimental com um pouco de indie rock, blues, grunge, post-rock, tocado por uma banda que começou hardcore melódico, revolucionou o post-hardcore e criou seu próprio estilo. Fonte inesgotável de inspiração. E o melhor de tudo, o som é completamente acessível, não perderam a mão nas composições mais experimentais. Ouço sempre, motivação diária.”

2) Matt Corby – Brother
“Ele é desses que são tão bons, que tornam quase tudo que você conhece um pouco menos impressionante. É muita musicalidade, controle e bom gosto pra um cara de 23 anos. Um vídeo ao vivo e pronto, te ganhou. Alguns o chamam de “Jeff Buckley da nossa geração” e apesar de não ser fã dessas comparações, é por aí. Sua virtuose vocal e seus trabalhos com loop são impressionantes, mas é sua sensibilidade genial como singer/songwriter que o coloca em outro nível – passa uma paz hipnotizante. Ouviremos muito dele ainda.”

3) City and Colour – Thirst
“Agora munido de uma banda com músicos consagrados, suas músicas estão melhores que nunca. O interessante do Dallas Green é que ele não é o melhor no que faz, mas é muito bom em tudo que se propõe a fazer. Suas composições possuem um grande equilíbrio, tudo acontece na medida certa e no momento certo. Isso traz uma elegância pro seu som que é rara de encontrar. Nos dias de hoje, um cara que critica a “pressa” e superficialidade em que vivemos, lembra a importância do amor e vive em busca de sabedoria é uma relíquia.”

4) O’Brother – Perilous Love
“Ensurdece e acalma. É sujo, porém agradável. É tosco e rebuscado. Só consigo pensar em antíteses para descrever a banda. Mas a maior delas é o tanto que eles são talentosos, e o tanto que são desconhecidos.”

5) The Beatles – Eleanor Rigby
“Não preciso falar nada, né?”

No último dia 11 de maio, Dia das Mães, a banda lançou o clipe da música “Amanheceu”, escrita por Gustavo para sua mãe, que teve a participação de vários fãs e este que vos escreve included. Assiste aí embaixo:


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