NTR Convida #32 Edição Especial Enamorados: Chuck e Gaía

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

Resolvemos estender as comemorações do Dia dos Namorados e te presentear com uma edição super romântica, caliente e ~sensual~ do NTR Convida com um Especial Enamorados. Para montar essa playlist, chamamos um dos casais mais legais (e que mais entende de música), Gaía Passarelli e Chuck Hipolitho. Eles toparam compartilhar com a gente canções especiais que marcaram seu relacionamento.

Gaía é jornalista, apresentadora da MTV e uma das fundadoras do site de música alternativa rraul, criado em 1997. Chuck também é apresentador da MTV, além de tocar guitarra e cantar na banda Vespas Mandarinas e ter sido guitarrista dos Forgotten Boys. Os dois se conheceram na emissora enquanto gravavam os primeiros pilotos dos programas Goo e Big Audio e estão juntos desde então.

Como já dá pra perceber, a música ocupa um espaço fundamental na vida deles. E essa dedicação total à música, que poderia ser frustrante em alguns relacionamentos, se mostra como combustível para os dois. Aliás, a preocupação inicial do casal na hora de juntar as escovas de dente e ir morar juntos foi arrumar a coleção de discos e instalar o sistema de som na casa nova. A própria Gaía disse, em entrevista para a Revista TPM: “Tanto amor acrescenta algo irritante nessa fixação musical, sim. E é quando ele se apropria dos meus gostos e fica ‘dono’ de uma banda ou artista que mostrei primeiro”.

Chuck e Gaía dividem hoje a mesma casa, uma coleção de camisetas de bandas e nossa playlist especial para o NTR Convida #32:


A playlist da Gaía:

1) The Black Keys – The Only One
“Todo casal tem que ter uma balada pra chamar de sua, acho; e essa música lembra um momento especial que a gente passou junto.”

2) The Nerves – Hanging on the Telephone
“Logo quando a gente se conheceu o Chuck gravou um CD cheio de músicas que ele gosta. Eu só conhecia essa música com o Blondie. Lembra ele desde então.”

3) Lykke Li – I Follow Rivers
“A gente ouviu muito essa música quando começou a namorar, tocava no Big Audio, programa que o Chuck fazia na MTV na época.”

4) Solange – Losing You
“É uma canção sobre break-up mas também é a música que a gente mais pirou ano passado. Um dos gostos em comum que a gente tem.”

5) Edward Sharpe & The Magnetic Zeros – Up From Below
“‘Cause I already suffered and I want you to know that I’m riding on hell’s hot flames, coming up from below.'”

A playlist do Chuck:

1) Fleetwood Mac – Go Your Own Way
“‘Descobri o Fleetwood Mac junto e por causa da Gaía, ouvimos o Rumours muito, tipo, MUITO.”

2) R.E.M – Bittersweet Me
“Nada em especial com a música, mas a minha favorita de um dos discos que mais gostamos em comum.”

3) David Bowie – Modern Love
“Acho que é minha favorita do Bowie, descobri isso por causa da Gaía.”

4) Luiz Melodia – Pérola Negra
“Gaía apareceu com esse LP aqui em casa, ela adora.”

5) The Replacements – Bastards Of Young
“Não faço a mínima ideia da razão, mas estava numa mixtape dessas que a Gaía faz para escutar no carro. Eu estava ouvindo sem querer e tinha a música… pirei porque já conhecia, e me surpreendeu. Estou passando por uma fase Replacements por causa de um disco que ela acabou de me trazer de presente dos EUA.”

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NTR Convida #31 Wilson Sideral

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

Wilson Sideral - Show
O dono do NTR Convida #31 é ninguém menos que Wilson Sideral, cantor, guitarrista e compositor. Dono de alguns sucessos aclamados como Fácil e Na Moral (gravados pelo Jota Quest), Maria e Fugindo de Mim – só para citar alguns -,  Sideral falou conosco cheio de expectativa em relação ao futuro novo disco, o 5º de estúdio,  intitulado “Canções de Computador”.

Com o jeito simples e a simpatia já conhecidos, antes de começar a falar sobre a playlist, Sideral perguntou sobre a origem do nome “Não Toco Raul” e este que vos escreve teve que trocar de papel com o entrevistado e responder sobre a origem do nome do blog. Confesso que fiquei de salto alto depois disso, me achando um true Rockstar, mothafucka!

Você pode conferir o bate-papo com o Sideral nesse outro post, e ficar por dentro do novo disco, que trás várias novas sonoridades em relação aos anteriores. Vamos à playlist:


As músicas escolhidas pelo Sideral estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência.

A playlist:

1) Barão Vermelho – Pro Dia Nascer Feliz
“Bem, para começar vou de Barão Vermelho, tenho todo o carinho do mundo pelo rock nacional. Cresci ouvindo Barão Vermelho, Cazuza, Legião Urbana, Paralamas… Já gravei canções de alguns deles e sempre dou uma passada pelo rock dos anos 80 nos meus shows. Vou começar com Pro Dia Nascer Feliz, uma música muito importante, com um astral bom.”

2) Roberto Carlos – Não Vou Ficar
“Tenho feito uma releitura dessa música em meus shows: um medley de É Preciso Saber Viver/Não Vou Ficar. Essa música do Tim Maia, na interpretação do Roberto Carlos, é sensacional. Para mim, os dois são juntos os responsáveis por traduzir o black e o soul para o português. Até então, ninguém havia conseguido trazer esse som que se encaixa tão perfeitamente na língua inglesa para o português.”

 3) The Black Keys – Tighten up
“Agora vamos dar um pulo no tempo. Esse disco, Brothers (2010), é um dos meus atuais discos de cabeceira. Estava em Nova York com a minha mulher, numa loja de vinil e discos e esse disco estava rolando. Perguntei “que som é esse que está tocando”, e o atendente disse “Black Keys” e desde então, tenho ouvido bastante como referência. Eles tem um som bem “cru”, mesmo tendo colocado um teclado aqui e ali no último disco. Tem jeito e som de guitarras e amps velhos, com tudo bem orgânico.”

4) John Mayer – Something like Olivia
“Born and Raised (2012) tem sido o disco de “Canções de ninar” do meu bebê Romeu. Melodias cheias de riqueza, com muitos detalhes, um som calmo e tranquilo. Gosto muito do John Mayer, um cara jovem e que compõe, toca muito e faz tudo com muita qualidade. Estarei no Rock in Rio para vê-lo!”

5) Wilson Sideral – Foi preciso você
“Agora vou fazer um “jabá” (risos). Essa música estará no meu próximo disco “Canções de Computador”. O clipe foi filmado, produzido e editado por alguns amigos meus (créditos na descrição do vídeo). No fim do clipe, tem um vídeo que eu mesmo filmei. O momento do nascimento do Romeu, que está hoje com 5 meses. Filmei usando um app que simula uma câmera 8mm, ficou fantástico!”

 

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Mais Wilson Sideral:

Bate-papo sobre o disco “Canções de computador”
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Fotos: Ricardo Muniz

NTR Convida #30 Marquinho Cesaroni (Beijo de Hera)

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

 

bjo de heraO NTR Convida hoje trás um músico que também é um grande amigo (de sons e de copos) dos autores do blog. Marquinho Cesaroni é vocalista da banda de pop/rock Beijo de Hera, formada em 2011 e natural de Mogi Mirim. A banda é figura carimbada das principais festas e baladas região de Campinas e de São Paulo.

O repertório do Beijo de Hera passa por clássicos de Guns n’ Roses e Bon Jovi, chegando até os sucessos de Kings of Leon e Maroon 5. Além da alta qualidade técnica da banda, um dos seus principais trunfos é a leitura que a mesma faz do público, o que permite que os shows sejam dançantes até o fim. Hoje, o Beijo de Hera está empenhado no projeto “Tributo Charlie Brown Jr.”, trazendo em seu repertório apenas músicas da banda da baixada santista. Acompanhei vários dos últimos shows do Beijo de Hera e posso dizer que o público tem simplesmente adorado. A pegada e estilo da banda, assim como as junções e medleys inusitados são sempre muito elogiados.

Marquinho Cesaroni, ou simplesmente “Marquinho”, pretende lançar em breve algumas composições que vai contar com um pouco de cada coisa que você pode conferir na playlist, logo abaixo.

As músicas escolhidas pelo Marquinho estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência.

A playlist:

1) Guns N’ Roses – Welcome to the Jungle
“Ouço Guns N’ Roses regularmente desde a adolecência. Impossível não chacoalhar a cabeça com esse o riff e cantar “Shananananana knees knees…”. Perfeita pra começar o fim de semana com tudo. Bem vindo à selva….”

2) Allen Stone – What I’ve Seen
“Aqui uma dica. Artista relativamente novo e que vem ganhando certo destaque atualmente. Voz muito bonita, tem personalidade e um som enraizado na música negra americana. Vale a pena conferir pois tem muita qualidade.”

 3) 30 Seconds to Mars – Closer to the Edge
“Pura energia. Com uma pegada de batera frenética e sonoridade moderna eu recomendo pra dar um pique na academia ou se arrumar pra night de sabadão.”

4) Alicia Keys – If I Ain’t Got You
“Perfeita. Letra, melodia e uma voz de arrepiar. Volta e meia me pego ouvindo esse som.”

5) JJ Grey & Mofro – Lochloosa
“Maior som pra relaxar, abrir aquela cerveja e pensar na vida. Ideal pra finalizar o fim de semana.”

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NTR Convida #29 Aran (AUTOBONECO)

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

Quem faz a playlist de hoje é o Aran (voz, guitarra, baixo, percussão e efeitos) da banda AUTOBONECO e dono de uma das lojas mais legais de discos e artigos culturais que já visitei na vida: a Extinção Discos, em Bauru (SP). E foi em terras bauruenses que o AUTOBONECO  foi criado, em 18 de março de 1993. O grupo se autodenomina um antigrupo pós-punk de improvisação noise produzindo gravações e shows audiovisuais de forma autônoma e experimental.

537779_462098100523335_1680840249_nDo som às artes visuais, eles já lançaram até hoje dezenas de fitas K7s, videos, zines e 13 CDs. O mais recente, “SUIZIDIO NARCISISTA” levou o AUTOBONECO para sua primeira excursão fora do país, com quatro shows na grande Buenos Aires em dezembro de 2011. O AUTOBONECO seguiu em 2012 a turnê SUIZIDIO LATINO, de improvisação sensorial com video projeção em todos os shows. Continua em 2013 com novos lançamentos e shows diferentes. A banda de garagem ao vivo é essencialmente AR (voz, guitarra, baixo, percussão, efeitos), AM (baixo, voz, guitarra), HA (bateria, percussão), RG (guitarra, efeitos), com participações e omissões eventuais.

As músicas escolhidas pelo Aran estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência.

A playlist:

1) Not Only Bones –  I’m an empty dream’s keeper/Dark radio
“Na minha coleção de K7 culture (1984), saiu agora em LP. Timbre/clima, triste/simples. Underground da Grécia, duo.”

2) Whitehouse – Dumping  the fucking rubish
“Banda classicamente equivocada com sons certeiros. Leia as letras rsrs”

3) Black Future – Eu sou o rio
“Macumba pós-punk, anos 80 freakstyle; o Rio de Janeiro continua sendo.”

4) Trost – Ducky
“É a Annika, do Cobra Killer, solo soft. Olhos tortos mais lindos.”

5) AUTOBONECO – Less love, more care
“Meu hit favorito de 2012. Autopromoção, amor-próprio, etc.”

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NTR Convida #28 Cadu Fernandes (MultiLadoS)

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

Quem faz a playlist de hoje é Cadu Fernandes, baterista da Banda MultiLadoS, publicitário e caipira convicto. Apesar de morar em Campinas e ter morado em São Paulo, nunca deixou de viver Santa Cruz das Palmeiras, Piracicaba e outras cidades do interior, onde busca elementos como referência para o seu som.

469680_147137755410512_1561887451_oCadu se tornou membro da MultiLadoS há 2 anos, pelo convite do amigo e líder da banda Daniel Perondi. A banda esteve recentemente no programa “Esquenta”, da Regina Casé, mostrando um pouco do seu “experimentalismo caipira”. MultiLadoS é um projeto audiovisual que começou no ano de 2002 em Pirassununga, no interior de São Paulo. Baseado na estética do plágio de Tom Zé e no “faça você mesmo” do punk rock, a primeira demo tem quatro músicas que misturam rock, funk carioca, tango e martelos.

A música “Tango entre Vizinhos” foi selecionada para o quadro Sonora MTV como uma das promessas da cena musical naquele momento. Em 2005 gravam o EP “Marchando A gente Pira”, que virou um bloco de carnaval em 2006 e o destaque foi o clipe de “Iraque Brasileiro”. Em 2008, a banda homenageou a cidade de Piracicaba com o personagem “Piracicamano”, que simboliza o novo caipira, que está plugado, tem conhecimento, fala vários idiomas e está longe da figura do Jeca Tatu tradicional. O clipe de “Piracicamano na Moda” teve boa repercussão com o público. As músicas foram produzidas em parceria com o piracicabano Nhô Vixxx.

Em 2012 MultiLadoS lançou seu novo EP, “Os filhos do lixo Rádio Televisivo”, que fala com bastante humor e senso crítico da influência dos meios de comunicação sobre essa caipirarada.

As músicas escolhidas pelo Cadu estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência.

A playlist:
Cadu: “Pelo que acompanho no NTR, essa é a primeira playlist 100% brazuca. Espero que isso não soe bairrista ou coisa assim. É apenas uma opção ou talvez, falta dela. Cresci longe das influências estrangeiras e fui bombardeado por referências brejeiras das modas de viola ou música popular. Apesar de hoje escutar um pouco de tudo, separei alguns albuns que julgo ser boas referências pra quem aprecia a atmosfera que a música popular é capaz de criar.”

1) Junio Barreto – Qualé Mago?
“Se por acaso você acordar bem cedo num sábado ensolarado e estiver afim de sair sem rumo, pegue a estrada curtindo esse álbum. Com certeza é a companhia perfeita para a ocasião. Esse é o primeiro álbum do Junio Barreto, lançado em 2004, é muito inspirado e cheio de efeitos. Uma viagem sonora.”

2) Móveis Coloniais de Acaju – O Tempo
“Hoje, com certeza, a mais influente das bandas da cena independente. Sou absolutamente fã dos caras e, na minha opinião, é a melhor banda que surgiu nos últimos tempos. Voz impecável, metais, ritmo e uma mistura fantástica. Uma carga de positividade que é capaz de acabar com qualquer vibe ruim. Levou o pé na bunda? Perdeu o emprego? A galera bonita da GVT não recupera o sinal da sua TV? Não tem problema, Ouça esse álbum que você vai se sentir muito melhor.”

 3) Maquinaíma – Filhos de Gdansk
“O último álbum solo de Alexandre Nero – Vendo amor em suas mais Variadas Formas, Tamanhos e Posições; é excelente: romântico, sensual e inspirado, mas não supera o projeto Maquinaíma. As músicas desse álbum são marcantes, cheias de ritmo e com uma conotação quase folclórica. Leva esse nome pela referência a Macunaíma – o grande “herói” da literatura brasileira, numa versão sampleada. As músicas, em sua maioria, falam sobre o candomblé, orixás e ao Brasil em sua essência negra. Esse é um álbum de celebração. A trilha é perfeita para reunião com amigos, churrascos, ou para curtir bem alto enquanto se aventura pela arte da gastronomia, sendo fazendo uma feijoada, ou mesmo fritando um ovo.”

4) Rolando Boldrin – Vide-vida Marvada
“Ando ouvindo bastante Rolando Boldrin e gosto muito desse álbum. Bom, o simpático Rolando Boldrin dispensa comentários. Músico, ator, apresentador, referência da cultura caipira, o melhor contador de “causos” e um artista sensível. Gosto muito da forma como ele fala sobre coisas profundas de uma forma simples, clara e bem humorada. Não sabe o que ouvir? Ouça esse disco! Com certeza vai ouvir algo que vai te fazer refletir um pouco. Essa é a trilha sonora de muitas prosas com o meu pai, regado a café às 5 horas da manhã. Hora que o galo canta lá na roça, de onde venho.”

5) Lenine – Todas Elas Juntas Num Só Ser
“Um gênio Pernambucano. Um dos artistas brasileiros mais respeitados na cena musical internacional. O leão coroado com seu violão sujo e swingado é companhia para todas as ocasiões. Sou fã de verdade desse cara! Um artista completo e uma pessoa adorável e gentil. O álbum perfeito para ocasiões especiais, ou se preferir, o álbum capaz de tornar qualquer ocasião, um acontecimento especial.”

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NTR Convida #27 Felipe Canário (Radar Quatro)

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

O NTR Convida hoje está debutando em um campo ainda não muito explorado aqui. Banda de axé nascida no interior de São Paulo (Mogi Mirim), a banda Radar Quatro mistura em seus sons vários estilos que vão do poprock ao reggae, passando inclusive pelo tão tocado e popular sertanejo universitário. A base do repertório abrange do axé tradicional ao que há de mais atual nas micaretas mais agitadas do país.

O Radar Quatro participa das principais festas no estado de São Paulo e no sul de Minas Gerais, onde a cena do Axé sempre foi forte. Sendo responsável também por diversas aberturas de bandas como Jammil e Uma Noites, Banda Eva, Chiclete com Banana, Inimigos da HP e Cheiro de Amor. Recebeu também o convite para agitar a arena do Carnalfenas e para gravar seu show no Rodeio de Americana, dois eventos de grande porte no cenário nacional.

Felipe Canário, vocalista da banda e convidado de hoje é uma pessoa com muita história pra contar: já cantou em bandas de Pop Rock, fez versões de “Play that funky music”, “Isn’t she lovely”, praticou muito a exaltarepetição em frente à faculdade e ajudou playba-cowboys a laçarem garotas em festas universitárias. Se você estava esperando uma playlist com os últimos sucessos do carnaval, não é isso que vai acontecer. Confira a playlist:

As músicas escolhidas pelo Canário estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência.

A playlist:

1) Michael Bublé – Lost
“Vocalmente falando, meu ídolo! Técnica e classe, sempre.”

2) Queen – Innuendo
“Primeiro LP que ganhei na minha vida foi o Greatest Hits II e esse som é genial! Uma viagem da música clássica a solos flamencos!”

 3) U2 – Ultraviolet
“U2 não poderia faltar! A sensação ao ouvir este som ao vivo em 2011, em meio a todos os efeitos psicodélicos do palco em 360º, foi simplesmente mágica… lembro de viajar alto com “Ultraviolet” e cair ao som da clássica “With or Without You”…inesquecível!”

4) Wilson Sideral – Hollywood Star
“Uma das melhores letras que já ouvi, por representar tudo que tenho vontade cada vez que subo no palco… afinal de contas, quem náo quer “trabalhar e se dar bem em Hollywood”??”

5) Carlinhos Brown – Tantinho
“E é claro que teria que fechar com um Axé! E nada melhor do que ser uma do mestre Carlinhos Brown! Rítmica perfeita, letra sensacional… amor e swing! Recentemente gravada pelo cantor Daniel. (Porque faz isso Daniel!? kkkkkkk)”

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NTR Convida #26 Érika Martins

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

O NTR tem a honra de apresentar a vocalista, compositora e guitarrista Érika Martins, que ficou conhecida por integrar o grupo de rock Penélope e por participar do grande hit “A mais pedida”, dos Raimundos – sim, ela é aquela mocinha que quer quebrar o nariz do locutor da rádio.

Depois de o Penélope lançar três discos (o incrível “Mi Casa, Su Casa”, em 1999; “Buganvilia”, em 2001; e “Rock, Meu Amor”, em 2003), tocar pelo Brasil inteiro e até participar do Rock in Rio, Érika partiu para carreira solo e lançou um disco homônimo em 2009, que tem a canção “Sacarina”  e uma versão muito legal da canção “Lento”, da cantora americana/mexicana Julieta Venegas, com participação da própria. A parceria rendeu um clipe muito bonitinho e engraçado, com direito a uma guerra de cupcake entre Érika e seu marido, o carioca Gabriel Thomaz (dos excelentes Autoramas). A melhor parte do clipe é quando ela sai de casa arrumadinha para fazer show e deixa a bagunça da cozinha pro maridão limpar.

Ela também fez uma versão para a canção “In Between Days”, do The Cure, em parceria com o Herbert Vianna (precisa dizer que é dos Paralamas do Sucesso?), que foi aprovada pessoalmente pelo vocalista do grupo, Robert Smith.

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Hoje,  Érika está finalizando seu segundo disco solo, o “Modinhas”, e acabou de voltar de uma turnê pela Europa, onde apresentou as canções que compõem esse novo álbum. Ela gosta de pesquisar músicas antigas e regravá-las em versões repaginadas, mais modernas. Foi assim com “Namorinho de Portão”, lançada por Tom Zé nos anos 60, que no começo dos anos 2000 fez sucesso como cover do Penélope.

“Eu amo garimpar. Passar um dia inteiro numa feira de antiguidades, num mercado de pulgas, brechós ou sebos, não existe nada mais prazeroso pra mim. E é assim com a música também”, escreveu ela em seu blog. No “Modinhas”, ela resgatou o gênero musical de dois séculos atrás, que nasceu da troca cultural entre Portugal e Brasil nos tempos coloniais –  tocado na viola, com temas românticos e chorosos.

Érika também continua revisitando o passado em um projeto musical chamado “Lafayette & os Tremendões”, que toca canções da Jovem Guarda e é integrado por ela, seu marido e o próprio Lafayette – organista que gravou com Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléa e outros artistas da época.

Mas ela nunca deixa o Rock’n’Roll de lado, munida de sua guitarra Flying V branca; e nos deu boas dicas roqueiras para agitar o fim de semana:


As músicas escolhidas pela Érika estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência.
A playlist:

1) David Bowie – Space Oddity
“Sei que essa é super batida, eu mesma não consigo mais escutar (risos). Mas lembro perfeitamente a sensação que me deu quando a ouvi pela primeira vez. Foi realmente uma viagem no tempo e no espaço, me transportei pro meio do universo… inesquecível… quantas músicas tem esse poder?”

2) Perrosky – Luz
“Essa eu não canso de escutar! Gosto tanto que convidei os chilenos para gravarem uma faixa comigo no meu disco novo, o ‘Modinhas’. Quem produziu esse álbum deles foi o Jon Spencer, acho impecável!”

 3) Teenage Fanclub – The Concept
“Marcou muito uma época pra mim, é a cara dos anos 90, adoro até hoje!”

4) Belle & Sebastian – Get Me Away From Here, I’m Dying
“A cara de quando eu morava em Salvador, pegava minha bike e andava horas escutando esse disco.”

5) Joan Jett & The Blackhearts – I Love Rock n Roll
“Pra sair pulando na pista de dança! Toco em todas as minhas discotecagens!”

Mais Érika Martins:
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NTR Convida #25 Sávio Azambuja (Tereza)

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

 
Estamos em abril, é outono, mas o Brasil está pouco se lixando para isso, e faz calor o tempo todo. Foi pensando nisso e no nosso eterno verão que o guitarrista Sávio Azambuja, da banda Tereza, fez a playlist desta semana pra gente.

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A banda Tereza foi contemplada com o Prêmio Multishow de Música Brasileira 2012 na categoria “Experimente”, e foi um dos destaques do palco “Acesso” do festival Lollapalooza 2013 (uma pena que eu não estava lá), mas ganhou mesmo a atenção deste que vos tecla em janeiro, quando lançou o sensacional clipe da música “Sandau”, que utiliza fotos do Google Street View de pessoas e situações na praia, mescladas com clipes dos integrantes da banda tocando e cantando. Na mesma hora me deu vontade de ouvir mais da banda, e não me arrependi.

O som da Tereza é uma mescla de rock, pop e eletro-indie com muito boa vibe e alto astral. Consigo ouvir o álbum dos caras, o “Vem Ser Artista Aqui Fora”, inteiro, sem ver o tempo passar e sempre me encontro mais tranquilo e contente quando termina, achando que faltaram mais músicas.

As músicas escolhidas pelo Sávio estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência.

A playlist:

1) Pet Shop Boys – Se A Vida E
“A música com refrão em português do pet shop boys é a melhor pedida para qualquer churrasco pós praia.”

2) Kassin – Sorver-te
“Refrescante como um romance de verão.”

3) Dirty Gold – California Sunrise
“A música tranquila é uma ode ao verão. Só escutando para entender.”

4) Caetano Veloso – Nine Out Of Ten
“Essa é pra ouvir no carro indo pra búzios, de preferência sem trânsito.”

5) Mahmundi – Se Assim Quiser
“O embalo suave dessa música descreve como boas férias devem ser.”

Se nem o som da banda Tereza e nem as músicas escolhidas pelo Sávio te deixaram mais animado, espero que este gif do vocalista Vinícius dançando consiga.

Mais Tereza:

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NTR Convida #24 Ricardo Nisiyama (Jenni Sex)

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

 
Esta semana o convidado é Ricardo Nisiyama, também conhecido como Dinho, baterista e vocalista do power trio paulistano Jenni Sex. Façam o favor de guardar piadinhas e comparações com o Japinha do CPM 22, porque, além da cidade natal, da ascendência nipônica e do instrumento, os dois não têm nada a ver.

Dinho forma a Jenni Sex ao lado do baixista Lucas Krotozinsky (na foto, à esquerda) e do guitarrista Helder Oliveira (no centro). O trio lançou um excelente EP chamado “She’s Gone” no fim de fevereiro. E o Dinho tem a proeza de cantar e tocar bateria muito bem e ao mesmo tempo. Haja fôlego e coordenação motora! O som da Jenni Sex remete ao fim dos anos 70 e ao começo dos 80 e muitas vezes me lembra o Joy Division e, principalmente, o Gang Of Four – o que é um baita elogio. Apesar de ser um rock meio melancólico, mais calcado em melodias e não tão acelerado nem pesado, ao mesmo tempo tudo soa muito dançante e sexy. Suas canções não são nada óbvias e, apesar de não serem comerciais nem pop, grudam na cabeça.

Conversei com o baterista/vocalista e pedi para ele nos indicar cinco músicas. “Só pra lembrar, como eu não toco um instrumento harmônico, as músicas que eu costumo ouvir não exercem muita influência sobre o produto da banda (risos). Mas, apesar disso, dá pra assimilar algumas levadas, vozes ou convenções nas músicas próprias”, disse ele, antes de me indicar as canções abaixo – algumas de suas preferidas da vida.

As músicas escolhidas pelo Ricardo estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência.

A playlist:

1) The Strokes – Under Cover of Darkness
“Minha banda favorita. Sou declaradamente fã deles. Quase uma fan girl! Essa música pode não ser instrumentalmente a mais ousada deles, mas tem tudo no pacote. Guitarras que se completam, um baixo que sustenta e uma bateria comandando o ritmo que acompanha a melodia. Pra dar mais gosto, tem também harmonias vocais. Tudo isso dá aquela vontade de pular, dançar e gritar junto, porque é Strokes; e é isso o que eles fazem.”

2) Psapp – The Monster Song
“Todo mundo gosta de um vocal feminino. Eu, pelo menos, amo. Particularmente gosto ainda mais de uma voz macia, com um teor melódico, seja alegre ou triste. O álbum dessa música difere um pouco do som da banda em geral, mas o som todo vale a pena ouvir.”

3) Queens of the Stone Age – Misfit Love
“Dave Grohl é um dos melhores bateristas de rock da atualidade, com certeza. Mas o que o Joey Castillo faz nessa música é fantástico. Falando como baterista, ele leva a música numa levada simples, ao se ouvir, sem muitas viradas ou quebras de ritmo; o que acontece é ele conduzir o tempo com a mão esquerda, sendo destro, numa levada que parece não mudar muito, mas tem cada compasso contadinho.”

4) Dr. Dog – Old News
“Essa é uma das bandas que a gente gosta demais, mas não tem um amigo que goste. É um som acessível, gostoso. Tenho amigos que acham isso sem graça. Eu acho esses caras demais, todo o lado instrumental, (o baixista é muito bom), como as melodias vocais e os backing vocals, que eles trabalham muito bem. É uma daquelas bandas que tem fases (como as melhores): que começou com um som meio underground, meio lo-fi; e, conforme foi obtendo sucesso, foi (e continua) mudando um pouco.”

5) Regina Spektor – Daniel Cowman
“Eu ia citar ‘Trains to Brazil’, do Guillemots, mas a Regina Spektor tem uma música que parece uma obra de arte. O arranjo do piano com a voz tem uma intensidade tão grande que parece orquestrado como música clássica. Não me refiro à qualidade teórica, nem à virtuose, mas, sim, à maneira com que a música leva o ouvinte. Começa tensa, com uma letra densa (como muitas das músicas dela, principalmente no começo de carreira) e, com uma convenção, parece explodir do nada e muda todo o ambiente. Fica bonita, calmante, melódica… Mais uma mudança de ‘ambiência’: sshhhhhhh…um final gostoso, sereno, bonitinho pra música, pra letra, pro mundo, para mim e para você. Ela é linda.”

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Vídeo: Take Me To The Stars (ao vivo)

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NTR Convida #23 Paulo Sampaio (The Leprechaun)

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

 
A playlist da semana é do responsável pelo violão na banda The Leprechaun, Paulo Sampaio. A banda que mistura rock, folk, bluegrass e dá uma passada pela música típica irlandesa, tem diversas – e diferentes – influências, passando inclusive pelo punk rock dos anos 80/90.

The Leprechaun faz um belo trabalho com o vocal feminino marcante e manda muito bem, tanto num cover de Girls Just Wanna Have Fun, como – e principalmente – nos sons próprios. O primeiro disco do grupo “The Years Are Just Packed”, tem ótimas músicas e clipes bem feitos, como Black Dove.

As músicas escolhidas pelo Paulo estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência.

A playlist:
1) Ben Kweller – Full Circle
“Do disco mais recente do Ben Kweller (fevereiro de 2012), é um exemplo de música simples mas muito bem escrita e executada. Pianinho, vilão, harmonia vocal, talvez uma sanfoninha de fundo, tudo de muito bom gosto.”

2) Mötley Crüe – Kickstart My Heart
“Depois de ler o ‘The Heroin Diaries’ é impossível não voltar a ouvir Motley Crue! Do excelente album “Dr. Feelgood”, essa música fala sobre o famoso caso em que Nikki foi oficialmente declarado morto mas depois “ressuscitado” por uma injeção de adrenalina. Farofa, mas farofa da boa!”

3) Infant Sorrow – Just Say Yes
“Para o filme ‘Get Him to the Greek’, o ator e comediante Russel Brand se juntou com membros do Libertines e do Pulp para, ao invés de lançar uma trilha sonora convencional, lançar um album de inéditas para a banda de seu personagem! Uma grande piada, mas o disco inteiro é MUITO bom!”

4) Kiss – Hell or Hallelujah
“Primeiro single do surpreendentemente bom disco novo do Kiss! Eu sinceramente não esperava mais nada inédito deles, mas o disco Monster (do final de 2012) vale muito a pena ser ouvido!!”

5) Autoramas – Hotel Cervantes
“Todo mundo sabe que Autoramas é muito bom. A guitarra do Gabriel Thomaz é sempre diferenciada, gorda e referência para procurar novos timbres, ritmos e barulhinhos. Quem não conhece pelo amor de Deus escute agora!”

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