NTR Convida #52 – Gustavo Bertoni (Scalene)
O rock de Brasília ainda vive, e não somente de Capital Inicial (grazadeus). A banda Scalene vem fazendo cada vez mais bonito e entrou para as minhas bandas nacionais preferidas de todos os tempos com o álbum “Real/Surreal”, o mais recente da banda, lançado em 2013.

Formada pelos irmãos Gustavo e Tomás Bertoni, Lucas Furtado e Philipe Nogueira, a banda nascida em 2009 já apareceu por aqui com um cover muito firmeza de “Somebody That I Used to Know” e “Rosemary” e, desde então, venho acompanhando o excelente trabalho deles.
Gustavo Bertoni é o frontman da banda, cantando e tocando guitarra e violão, e é ele o nosso convidado de hoje. O critério utilizado por ele para a playlist foi de grandes influências musicais de sua vida. Ouça a playlist de Gustavo e confira as dicas, o rapaz sabe o que está fazendo.
1) Thrice – Promises
“Thrice é do tipo de banda que se faz necessário conhecer toda a discografia para compreender a grandeza de seu trabalho. Versatilidade e originalidade os definem. A capacidade de soarem originais em cada vertente do rock que exploraram é extraordinária. Letras maravilhosas repletas de referências mitológicas, questionamentos universais, inconformismo…hora berradas com guitarras Drop A incendiando sua cara, hora cantadas suavemente com um mundo de texturas remetendo a um “Digital Sea”. Rock experimental com um pouco de indie rock, blues, grunge, post-rock, tocado por uma banda que começou hardcore melódico, revolucionou o post-hardcore e criou seu próprio estilo. Fonte inesgotável de inspiração. E o melhor de tudo, o som é completamente acessível, não perderam a mão nas composições mais experimentais. Ouço sempre, motivação diária.”
2) Matt Corby – Brother
“Ele é desses que são tão bons, que tornam quase tudo que você conhece um pouco menos impressionante. É muita musicalidade, controle e bom gosto pra um cara de 23 anos. Um vídeo ao vivo e pronto, te ganhou. Alguns o chamam de “Jeff Buckley da nossa geração” e apesar de não ser fã dessas comparações, é por aí. Sua virtuose vocal e seus trabalhos com loop são impressionantes, mas é sua sensibilidade genial como singer/songwriter que o coloca em outro nível – passa uma paz hipnotizante. Ouviremos muito dele ainda.”
3) City and Colour – Thirst
“Agora munido de uma banda com músicos consagrados, suas músicas estão melhores que nunca. O interessante do Dallas Green é que ele não é o melhor no que faz, mas é muito bom em tudo que se propõe a fazer. Suas composições possuem um grande equilíbrio, tudo acontece na medida certa e no momento certo. Isso traz uma elegância pro seu som que é rara de encontrar. Nos dias de hoje, um cara que critica a “pressa” e superficialidade em que vivemos, lembra a importância do amor e vive em busca de sabedoria é uma relíquia.”
4) O’Brother – Perilous Love
“Ensurdece e acalma. É sujo, porém agradável. É tosco e rebuscado. Só consigo pensar em antíteses para descrever a banda. Mas a maior delas é o tanto que eles são talentosos, e o tanto que são desconhecidos.”
5) The Beatles – Eleanor Rigby
“Não preciso falar nada, né?”
No último dia 11 de maio, Dia das Mães, a banda lançou o clipe da música “Amanheceu”, escrita por Gustavo para sua mãe, que teve a participação de vários fãs e este que vos escreve included. Assiste aí embaixo:
Mais Scalene:





Sim, caros leitores, é verdade! Foi lançado um álbum de inéditas da lenda Michael Jackson. O disco póstumo do saudoso rei do pop, que nos deixou há quase cinco anos, se chama “Xscape” e traz 9 canções novinhas em folha – além de faixas bônus na edição deluxe e um cover do clássico




O projeto da banda começou entre os anos de 2009 e 2010, inicialmente com os integrantes Victor, Diogo e Rennan, sem um membro fixo como baixista. Não demorou para que surgisse as primeiras composições, dentre elas as duas canções que compõem o EP Chinfra, Marra & Onda: “Massagem Tailandesa Com Final Feliz” e “Atira Junior!”. Os primeiros shows aconteceram no segundo semestre de 2012 e no início de 2013, Lucas Couto (Lucão), assumiu definitivamente a vaga de baixista, atribuindo uma nova pegada ao Carburador Fumegante, que começou a encontrar seu caminho a partir desse ponto. Desde então, a banda marca presença em festivais como o “Anima ABC” e em bares como o “Kasa do Karaio”, São Paulo, conquistando alguns fãs e abrindo espaço no cenário musical através do seu autêntico “rock sarado”.

