Cool covers: Walk Off the Earth

O cover de Royals, da Lorde, é um exemplo da mistura louca que o Walk Off The Earth faz nos vídeos que popularizaram a banda no Youtube. O canal dessa banda canadense tem quase 2 milhões de inscritos e 436 milhões de visualizações, números bombados pela complexidade e criatividade de alguns dos vídeos. Com uso de instrumentos incomuns e muito ‘looping’ – gravação de trechos que são repetidos e controlados digitalmente -, eles ainda são extremamente divertidos e carismáticos.

“Nós queremos levar a música, qualquer que seja, a uma direção diferente e fazer as pessoas ouvirem isso”, explicou Gianni Luminati, o cabeludo cantor que constantemente usa tranças, em entrevista ao site Outline. “O uso de objetos para criar sons é mais uma mentalidade infantil, é coisa de criança. É quando você vê algum objetivo e imagina que som ele faz”, disse Sarah Blackwood, a cantora loura que de vez em quando faz as vezes também de cameraman.

O Walk Off The Earth não faz só covers, obviamente. Gianni e Sarah, junto com Ryan Marshall, Mike Taylor e Joel Cassady, têm dois álbuns lançados – o último deles chamado R.E.V.O, de 2013. O som, como pode se imaginar baseado nos covers, é de difícil definição, já que os elementos usados nos vídeos seguem nas músicas autorais, embora menos excêntricos. É uma boa banda. Com cool covers. Eles têm muitos. Separamos os mais interessantes.

Shake It Off – Taylor Swift

Rude – Magic

Payphone – Maroon 5

Somebody That I Used to Know – Gotye

Someone Like You – Adele

Love The Way You Lie – Eminem feat. Rihanna

Cool Covers: Love On Top (Beyoncé)

Peguei este vídeo na minha timeline do Facebook, mas já não me lembro quem o postou, mas obrigado a você, pessoa. Obrigado também por me apresentar a The Walkervilles, banda canadense que mistura rock e soul de forma agradabilíssima.

Foi isso o que fizeram com o som da Beyoncé “Love On Top”, neste cover que acho que é o melhor desta música até agora.

E aqui você confere o clipe da música original. Eu nunca fui fã de Beyoncé e acho até que é bem chatinha, mas confesso que sempre que via este clipe passando na TV eu parava para assistir, pois a nossa amiga aí está… como dizer sem parecer machista… bem gostosa.

Cool Covers: PYT (Pretty Young Thing)

A primeira coisa a se dizer sobre esse cover de Michael Jackson é que, surpreendentemente, ele não foi feito muitas vezes. Quer dizer, é claro que foi, mas poucas pessoas tiveram sucesso em criar algo minimamente original para essa canção. O que se tem internet afora são versões de fórmulas batidas como a capella (alguém fazendo todos os instrumentos com a voz sem convencer de que não usou o auto-tune), bandas de um homem só (mais uma vez com recursos como stopmotion) ou o velho sistema banda cover, com uma cópia quase fiel da canção. Tori Kelly conseguiu fazer algo interessante.

PYT (Pretty Young Thing) foi o penúltimo single de Thriller (1982). Mesmo assim, foi a sexta música do álbum a atingir o Top 10 da Billboard nos Estados Unidos, um alto indicativo de sucesso nos anos 80. Há uma polêmica que indica que Michael Jackson nunca tocou-a ao vivo. PYT foi uma música feita por Michael em parceria com o tecladista Greg Phillinganes e que não passou pelo crivo de Quincy Jones, mas o produtor gostou do nome e, em parceria com James Ingram, escreveu uma nova versão. Talvez por isso seja colocada no lado menos genial de Thriller. Mas é uma baita música.

Uma das razões do sucesso de Tori Kelly é essa: ela ousou, fez algo que não seria necessariamente esperado. Americana de 20 anos, Tori é uma cantora que aos 11 venceu um programa de talentos infantis chamado America’s Most Talented Kids e aos 12 assinou contrato com a Geffen, mas não lançou uma só música. Aos 17, concorreu à 9ª temporada do American Idol, mas foi eliminada antes das fases finais, realizadas em Hollywood. Ela nunca desistiu. Atualmente, é uma das muitas celebridades do Youtube, fazendo covers e lançando singles esporádicos. Seu canal tem mais de 500 mil inscritos. O vídeo do cover de PYT soma 2,8 milhões de visualizações.

O fato de o cover de PYT ser interessante tem a ver com a forma como ela toca: com acordes com cordas soltas, usando toda a extensão do braço do violão de modo que, quando a melodia sobe, as notas também são mais agudas. O ritmo é ligeiramente mais lento, mas é swingado. Obviamente, Tori é uma excelente cantora. E nós do NTR, caro leitor, gostamos de música bem feita ao vivo. Por isso, fica também uma versão no palco, na qual ela tem ajuda para cantar os “nananas” do pós-refrão. Na gravação original, os backing vocals são feitos pelas irmãs de Michael, Janet e Latoya Jackson. Como Tori faz tudo na raça, não conta com esse recurso.

Cool Covers: Especial Marilyn Manson

Uma coisa que eu mais gosto do som do Marilyn Manson é como ele consegue criar uma atmosfera própria, um clima sombrio, dark e – por que não? – sexy típico dele e o qual você  reconhece já de cara. Ele sabe de seu poder e, por isso mesmo, a sua lista de covers é longa: o cantor já regravou cerca de 40 canções, entre versões acústica, ao vivo e estúdio, de artistas como David Bowie, Prince, Ramones… Ele inclusive conseguiu fazer versões tornarem-se mais famosas que as composições originais. Selecionei as versões mais legais que ele já fez pra vocês curtirem também:

6. You’re So Vain

A identidade do cara vaidoso-egocêntrico que aborreceu Carly Simon e até ganhou a canção/crítica You’re So Vain, de 1972, ainda permanece um mistério. Mas mesmo assim Marilyn Manson achou legal e decidiu chamar Johnny Depp pra assumir a guitarra e regravar a música para o seu disco Born Villain, de 2012.

5. I Put A Spell On You

A canção foi escrita em 1956 pelo músico Jay Hawkins, mas só foi alcançar sucesso na voz da diva Nina Simone em 1965. A música foi regravada por MM em 1995 para o álbum Smells Like Children.

4. Five To One

Five to one é uma canção dos Doors do álbum Waiting for the sun, de 1968. A música foi regravada por MM para o álbum Disposable Teens, de 2000. O cantor chegou inclusive a interpreta-la junto com o integrante oficial do Doors, Ray Manzarek, no Sunset Strip Music Festival de 2012.

3. Personal Jesus

A canção da banda Depeche Mode é o primeiro single do álbum Violator, de 1989, e alcançou o 23º lugar das paradas britânicas. De acordo com o autor da letra, Martin Core, a música foi inspirada no livro Elvis and Me, de Priscilla Presley, e é sobre ser um “Jesus” para alguém, ser alguém que dá esperanças e se preocupa com você. Segundo Core, era sobre como Elvis se mostrava como homem e mentor para Priscilla, um Deus, como frequentemente acontece nos relacionamentos, e como isso não é uma visão muito equilibrada de alguém. A versão cover feita por MM foi gravada especialmente para promover o álbum Lest We Forget: The Best Of, a sua primeira coletânea, em 2004.

2. Sweet Dreams (are made of this)

Sweet Dreams (Are Made of This) é uma música do grupo britânico Eurythmics, lançada como single em 1982. A música foi interpretada por Marilyn Manson em 1995, no álbum Smells Like Children. O álbum foi produzido por Trent Reznor e Marilyn Manson e representa uma era cheia de drogas, abusos, turnês e experimentações sonoras para a banda. Esse cover foi o primeiro hit da banda e os colocou nas paradas de sucesso.

1. Tainted Love

Nesse cover, MM mostra como é capaz de desconstruir uma música pop levinha e consegue deixá-la com uma carga bem mais pesada e sensual. Tainted Love é uma canção composta por Ed Cobb que foi originalmente gravada por Gloria Jones, em 1965, mas só alcançou fama mundial depois de ser registrada pelo Soft Cell em 1981, atingindo o número um no UK Singles Chart. Foi lançada por Marilyn Manson como um single da trilha sonora do filme Not Another Teen Movie, em 2001. Mais tarde, foi incluída como faixa bônus do álbum seguinte da banda, The Golden Age of Grotesque.

Cool covers: Sara Bareilles

 
Sara Bareilles é uma cantora americana cuja história e carreira tem alguns pontos muito interessantes. Tem 33 anos e é natural de uma cidade chamada Eureka (!), no condado de Humboldt, na Califórnia, local conhecido por ser a meca da maconha (!!) no estado mais liberal dos Estados Unidos. Ela tem ascendência portuguesa, alemã, italiana e francesa (fala italiano fluentemente, inclusive) (!!!). Seu pai é corretor de seguros e a mãe trabalha em uma funerária – e isso, por si só, não é uma coincidência formidável (!!!!)?

Sara cantou em corais religiosos e depois se firmou como artista de bares, e essa é, provavelmente, a razão pela qual goste e não se importe em fazer tantos cool covers. Como toca piano e ukelele, na maioria deles transforma totalmente as músicas, usando muito bem suas características vocais. Esse post é dedicado às versões que fez, mas vale a pena conferir sua carreira solo de quatro álbuns, incluindo o primeiro e mais interessante, Carefull Confessions (2004), de onde saiu seu maior sucesso: “Love Song“. A música “Gravity” também é muito conhecida.

É uma boa compositora – não posso deixar de citar mais uma música, “Bottled it up -“, tanto quanto é intérprete. Foi citada pelo canal especializado VH1 como a 80ª na lista de maiores mulheres da história da música, e isso não é pouco. Além disso tudo, Sara é uma das envolvidas do assustador Indiana State Fair stage collapse: havia acabado de se apresentar no festival quando uma ventania derrubou o enorme palco sobre o público, matando sete pessoas e ferindo 84. De qualquer maneira, está cada vez mais popular no mundo inteiro. Isso sem deixar de tocar alguns Cool Covers.

“Fuck You” (Cee Lo Green)

“Yellow” (Coldplay)

“Single Ladies” (Beyoncé)

“Take On Me” (A-HA)

“Nice Dream” (Radiohead)

“Little Lion Man” (Mumford and Sons)

“I Still Haven’t Found What I’m Looking For” (U2)

 
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Cool covers: American Boy

 

Estelle feat. Kanye West – American Boy

“American Boy” é o maior hit da carreira de Estelle, cantora britânica nascida em Londres, filha de mãe senegalesa e pai granadino. A influência caribenha e o reggae dominaram sua formação musical até ser apresentada ao hip hop por um de seus tios. Lançou 18th Day, seu primeiro álbum, em 2004. O sucesso veio com American Boy, de Shine (2008). A música conta com participação do rapper Kanye West e foi produzida por will.i.am, do Black Eyed Peas.

O álbum é todo construído nesta fórmula: rappers convidados e produtores de renome. Estelle, no entanto, não usa batida ao estilo “balada” – tecno, house, etc. Toques de dub, reggae e R’nB se mesclam ao hip hop sem firulas e à bela e melodiosa voz da cantora.

“American Boy”, que atingiu o topo das paradas na Grã-Bretanha, Estados Unidos e muitos outros países, é uma música extremamente simples, com base de hip hop e alguns sintetizadores marcando o refrão. Na versão do VersaEmerge, a vocalista Sierra Kusterbeck vai direto ao ponto – começa já na parte cantada por Estelle, ignorando as rimas. O mais legal é que continua contagiante e, principalmente, dançante.

VersaEmerge – American Boy

Os franceses do Cocoon também gravaram American Boy, em uma versão um pouco diferente, mais linear.

Cocoon – American Boy

 
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Cool covers: Tennessee Waltz

 
Tennessee Waltz é uma canção extremamente popular nos Estados Unidos, especialmente no estado homenageado, unidade federativa do sudeste do país com pouco mais de 6 milhões de habitantes e nove hinos oficiais (sendo o último deles a música “Tennessee”, de John R. Bean). A música-tema deste post foi a quarta a ser escolhida digna de representar o 16° estado norte-americano, admitido pela União em 1796. Em sua versão original, é realmente uma valsa:

Há controvérsias sobre o compositor da música, mas oficialmente a letra foi feita por Redd Stewart, sendo musicada por Pee Wee King, ambos músicos da cena country da década de 40. Os dois estariam a caminho de um show em Nashville, capital do Tennessee, quando ouviram no rádio a música “The Kentucky Waltz”, de Bill Monroe, considerado o inventor do Bluegrass, estilo tipicamente sulista derivado do country e que tem raízes britânicas, mas conta com influência do jazz pelo uso da improvisação. A versão tennessiana foi feita a caminho da apresentação e gravada por Cowboy Copas, outro representante do country, em 1947.

A canção foi regravada inúmeras vezes ao longo de seis décadas por músicos de renome e destaque. A versão que primeiro fez sucesso, no entanto, foi feita em 1950 por Patti Page, cantora pop que a levou ao topo das paradas e a tornou um dos maiores sucessos da década. Um dos registros mais interessantes – e recentes – foi feito por Norah Jones, em DVD gravado em 2002 (a música aparece nos “extras”).

Tocando junto de Adam Levy (guitarra), Andrew Borger (bateria) e Lee Alexander (baixo), Norah muda o andamento da canção sem perder o sentimentalismo. “Tennesseee Waltz” fala de uma desilusão amorosa: o sujeito está dançando a tal de “Valsa do Tennessee” quando encontra um velho amigo; ele pede para dançar com a acompanhante do sujeito, que concede, mas, quando se dá conta, o amigo conquista a amada, deixando o protagonista apenas com as mágoas restantes. É uma história triste, amigos.

Norah Jones – Tennessee Waltz

Há também a versão “jovem guarda” da britânica Alma Cogan, com direito a “shalalala” nos backing vocals:

Alma Cogan – Tennessee Waltz

 
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Cool Covers: Beck canta David Bowie

 
Tá aí um cover criativo! Em plena semana na qual David Bowie apresenta o segundo single – o primeiro você pode ver aqui – do CD  “The next day”, temos a sorte de conferir o americano Beck (Beck Hansen, o nome artístico completo) em uma releitura da gostosa de ouvir “Sound and Vision” de Bowie.

A apresentação aconteceu em um evento da Lincoln, marca de automóveis, parte do projeto “Hello Again”.Para conferir a performance do rapaz e mais uma orquestra bacana, só dar o play logo abaixo:

Te deu saudade do David Bowie? Dá um play no trailer de “Labirinto”, aquele filme estranho (ah vá), depois do cover. 😉

 

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Cool Cover: Rosemary That I Used To Know

Ninguém mais aguenta covers de Somebody That I Used To Know, eu sei, mas permita-me.

A banda Scalene deu um jeito no nosso enjoo da música do Gotye e mandou muito bem, aprontando um mashup finíssimo com “Rosemary”, do Foo Fighters.

CapaCD-scalene
A Scalene tem músicas próprias e um CD independente lançado, o Cromático (que você pode baixar aqui, se quiser), palmas para a capa do disco. A banda se define como “um duelo amigável entre o Rock pesado e a música Pop” e define bem, é um som bem feito que merece ser ouvido.

Este post foi uma descarada e sem vergonha chupinhada da nossa parceira Ana Unplugged. Olha lá o blog, que é muito legal. Claro, senão ela não seria nossa amiga.

Cool Covers: Reptilia, The Strokes

 
O Cool Cover de hoje traz uma ótima versão de Reptilia, do The Strokes. Confesso não ser o maior admirador da banda, mas partilho do sentimento de muitos dos fãs de que “antes eram mais legais”, tema discutido recentemente por aqui. “One Way Trigger” é o primeiro single do novo disco, ainda sem nome ou data de lançamento.


Parece ruim, mas é só na primeira vez.

O novo single já causa estranhamento logo de cara. A levada da bateria acompanhada pelas guitarras “tecnobregas” e pelo falsete de Julian não deixaram os fãs muito animados.

Se hoje em dia The Strokes não soa mais como The Strokes, o cover de Reptilia soa menos ainda. Mas é essa a proposta aqui, e a dupla “Eta Pô”, inspirados pelo já conhecido Pomplamoose fez um ótimo trabalho. Para ver outras versões da dupla, é só dar uma checada no Youtube.

 

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