NTR Convida # 22 Johann Vernizzi (Veronica Kills)

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

 
O convidado da semana é Johann Vernizzi, vocalista e guitarrista da banda Veronica Kills. O quarteto pode ser simplesmente definido como uma banda de rock. E no sentido tradicional da coisa. Não tem efeito, não tem firula, é guitarra no talo, música rápida e barulhenta, gritos e distorção suja. Como eles mesmos dizem, só querem saber de tocar “rocão”, se divertir e se manter fiel às origens, sem pretensões de atingir grandes massas ou aparecer no Faustão.

Apaixonados por rock de garagem cru, com clara inspiração em bandas como Ramones, MC5, Hellacopters, Turbonegro e Stooges, Alex Scotch (guitarra), Johann Vernizzi (guitarra e vocal), Matheus Lopes (baixo) e Giuliano Di Martino (bateria) formaram a banda em 2012 para tocar o que realmente gostavam. Meses depois, já se enfiaram em estúdio para gravar seu primeiro EP, batizado de “Disaster Tonight”.

As seis faixas do EP de estreia foram gravadas no estúdio Costella, de Chuck Hipolitho; e produzidas pelo próprio. Hoje Chuck faz parte da banda Vespas Mandarinas e é VJ da MTV, mas também ficou conhecido por fazer parte da banda brasileira de rock Forgotten Boys, outra influência da Veronica Kills.

Trabalhando de forma totalmente independente, sem selo ou gravadora, os meninos bancaram todos os custos do EP (os quatro têm empregos paralelos à banda), fizeram a capa do disco (Johann é designer e ilustrador), camisetas, adesivos, cartazes de shows, divulgação e até seu primeiro clipe,  para a canção “Lack Of Soul”. O vídeo, que foi filmado com um iPhone e editado pela própria banda, está na programação da MTV e já tem mais de duas mil visualizações no Youtube.

As músicas escolhidas pelo Johann estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência.

A playlist:

1) The Stooges – TV Eye
“Essa é uma das musicas mais fodas que já ouvi na minha vida. Cada vez que escuto essa faixa é como se a estivesse ouvindo pela primeira vez, me faz rever todos os meus conceitos sobre o que é fazer rock.”

2) Turbonegro – Get it On
“Turbonegro é uma banda norueguesa muito boa, de death punk/rock’n’roll. Gosto muito do jeito como eles misturam humor e energia ao som deles. Eles têm seu próprio exército (o Turbojugend), que é uma molecada que se organiza pelo mundo inteiro; e é demais. Recentemente eles trocaram de vocalista. O CD novo tá muito bom, mas prefiro o Hank no vocal.

3) Johnny Thunders – Born to Lose
“Depois que saiu do NY Dolls, ele formou o Heartbreakers com o Richard Hell (que saiu cedo da banda) e com o Jerry Nolan (ex-baterista do Dolls). O disco LAMF é muito foda, rock’n’roll simples, com muita energia.”

4) Ty Seagall – Girlfriend
“Todas as bandas e projetos desse cara são demais. Geniozinho.”

5) Black Lips – Sea of Blasphemy
“Banda foda, energia pra caralho!”

 

veia copy copyMais Veronica Kills:

Entrevista do Johann para o LADO Bá
Soundcloud (ouça o EP na íntegra)
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NTR Convida #21 Luis Haruna (João e os Poetas de Cabelo Solto)

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

 
O convidado da semana é o primeiro trompetista que passa por aqui. Luís Haruna toca trompete e faz backing vocals na João e os Poetas de Cabelo Solto, banda que nasceu em 2007 fazendo shows cover de Los Hermanos em festas universitárias e evoluiu, naturalmente, até o lançamento do primeiro cd próprio, homônimo, em março de 2012.
joão e os poetas de cabelo solto
Conheci a João e os Poetas através de uma bela coletânea de tributo a Los Hermanos, chamada Re-Trato, onde contribuíram com um digníssimo cover da música É de Lágrima. Participaram da mesma coletânea nomes como Cícero, Velhas Virgens, Tiago Iorc, Maglore e vários outros igualmente sensacionais.

Outra coletânea de que os caras fizeram parte – e vale a pena ser conferida -, foi uma homenagem a The Strokes, entitulada Is This Indie, onde dividem a lista de faixas com Vivendo do Ócio, Vespas Mandarinas, Jennifer Lo-Fi e outros.

As músicas escolhidas pelo Luis estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência.

A playlist:
1) The Beatles – Penny Lane
“O mais difícil de indicar um som do Beatles é descobrir qual delas escolher, mas ‘Penny Lane’ traz o que é de bom em uma música pop. Uma ótima melodia, arranjo com uma instrumentação muito bem combinada soando simplicidade e um refrão que fica nas nossas cabeças. Além disso, a ótima letra traz imagens e sensações de um lugar totalmente amigável com um tom nostálgico de boa vizinhança. Me faz lembrar minha infância ou uma sensação de como vida podia ser hoje!! Uma das melhores dos caras!!”

2) Dave Matthews Band – Ants Marching
“Junto com Beatles, Dave Matthews Band está sempre presente em alguma playlist semanal minha. Acho a banda tecnicamente fenomenal e as improvisações tornam cada show diferente do outro. ‘Ants Marching’ fala da vida em uma metrópole e como somos pequenos perante ela, sensação corriqueira pra quem mora em São Paulo, como eu. O riff de sax com violino no começo faz toda a diferença na música, além das batidas de Carter Beauford, um dos melhores bateristas que já vi tocando ao vivo. Ela está no primeiro álbum “Under the Table and Dreaming” que, junto com “Crash”, são os meus discos preferidos dos caras.”

3) Bruce Springsteen & The E Street Band – Rosalita
“Aquela história do amor de uma mulher com um homem prestes a virar Rock Star, tudo feito com uma energia insana. A sinergia entre a voz de Springsteen com a The E Street Band é empolgante, com destaque para as linhas de sax de Clarence Clemons. Coloco esse som junto com ‘Born to Run’, ‘Thunder Road’ e ‘Born in the USA’ como os melhores de Springsteen.”

4) Gilberto Gil – Back in Bahia
“Sou fã da musica baiana. Desde as composições de Gil, Caetano e Tom Zé, as vozes de Betânia e Gal, a inovação dos Novos Baianos e as batidas do Olodum. Sem falar ainda da Bossa Nova de João Gilberto, baiano de Juazeiro. ‘Back in Bahia’ traz a saudade de Gil de sua terra natal durante seu exilio na época da ditadura militar e, por consequência, todas as boas sensações e lembranças de quem uma dia já visitou a terra baiana, e tudo arranjado em um bom rock. Uma das melhores músicas da discografia de Gil.”

5) Cartola – Corra e Olha o Céu
“O samba mais bonito que já ouvi!! A melodia por si só já dá o tom da música, mas a letra apaixonada torna ela fenomenal.”

Mais João e os Poetas de Cabelo Solto:

Site da banda
Fanpage oficial da banda

 

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NTR Convida #20 Luis Calil (Cambriana)

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

 
O convidado da semana é Luis Calil, vocalista da banda Cambriana. Sabem aquelas listas de “melhores do ano”, que a maioria dos blogs e sites musicais fazem em dezembro/janeiro? A Cambriana fez valer uma lista de 100 bandas nacionais que eu vi no começo de 2013.
cambriana
É a típica banda-nacional-que-não-parece. Se auto-definem como sendo uma banda de “pop psicodélico”, com influência de artistas como The Kinks, Grizzly Bear, Neil Young e Radiohead, entre outros. Acho pouco.

Ouvindo o disco House of Tolerance (2012) e os dois EPs, Afraid of Blood (2012) e Worker (2013), todos gravados, produzidos e mixados pela própria banda, temos uma das melhores coleções indie disponíveis hoje no Brasil. A Cambriana participou de grandes festivais no ano passado e dividiu palco com Móveis Coloniais de Acaju e Black Drawing Chalks, em Goiânia, e Otto, Marcelo Jeneci, Criolo e Milton Nascimento, em Pirenópolis.

Fiquei dias, vários dias, com a música e o clipe de The Sad Facts na minha cabeça. Faça-se o favor e veja-o.

As músicas escolhidas pelo Luis estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência.

A playlist:
1) Abayomy Afrobeat Orquestra – Eru
“Afrobeat de altíssimo nível sendo feito no Brasil. Orgulho.”

2) Harry Nilsson – Me and My Arrow
“Indicação do Israel Santiago, guitarrista da banda. Pop perfeito, simples e delicado, com a dose correta de melancolia.”

3) Kendrick Lamar – Real
“Eu não consigo tirar o gancho da minha cabeça: “I’m real, I’m real, I’m really really real”.”

4) Rihanna – Stay
“A linha de piano no verso é reticente de um jeito que é muito raro em baladas pop. A emoção nela é repetidamente suprimida pelo terceiro acorde. É claro que no refrão a Rihanna entrega o jogo e solta a franga, mas até lá, é uma composição de muita classe.”

5) Philip Glass – Closing
“É a faixa final do grande disco do Glass, o “Glassworks”. É uma reprise da faixa de abertura (que é tocada apenas no piano), só que com que instrumentos de corda e sopro. Muito, muito bonito.”

Mais Cambriana:
charlotte-cooper
Site da banda
Fanpage oficial da banda

Corra e baixe todas as músicas da Cambriana, na página deles no BandCamp.

 

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NTR Convida #19 Charlotte Cooper (The Subways)

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

 
Mais uma vez o NTR Convida traz uma playlist gringa: a convidada da vez é a inglesa Charlotte Cooper, baixista e vocalista dos Subways (e NÃO, não é aquela lanchonete, pode guardar a piadinha!).

the-subwaysA banda é um power trio inglês formado por ela e pelos irmãos Billy Lunn (vocalista e guitarrista) e Josh Morgan (baterista). Eles ficaram famosos no mundo todo com o hit “Rock’n’Roll Queen” (de seu álbum de estreia “Young for Eternity”, lançado em 2005). A canção chegou a ser usada na trilha sonora de comerciais, seriados e filmes (como “The OC”, “Rock’n’Rolla” e o excelente longa alemão “A Onda”). Eles estouraram quando ainda eram adolescentes.

Com vinte e poucos anos, já tinham rodado o mundo todo fazendo shows e ganharam notoriedade com apresentações muito intensas, enérgicas e explosivas em grandes festivais (viraram praticamente residentes do Reading Festival). Hoje ainda nem chegaram nos 30 anos e já  têm 3 álbuns lançados – o segundo deles, “All or Nothing (de 2008), foi produzido por Butch Vig, que também fez o seminal “Nevermind”, do Nirvana.

Apesar de tocar em uma banda de rock bem purista, a Charlotte é bastante eclética e nos indicou as cinco músicas que mais tem ouvido ultimamente:

As músicas escolhidas pela Charlotte estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência. 

A playlist:
1) Bat For Lashes – All Your Gold
“Eu sempre me inspiro ouvindo e assistindo a artistas femininas que realmente detonam e dominam o palco. E a Natasha Khan definitivamente é um exemplo disso. Essa é a minha canção preferida do último álbum dela.”

2) Blood Red Shoes – Heartsink
“Nós tocamos com os Blood Red Shoes em alguns festivais no último verão; e foi tão incrível vê-los tocando ao vivo de novo! Me fez querer ouvir os álbuns deles mais uma vez; e “Heartsink” é provavelmente a minha música preferida deles.”

3) Reverend & the Makers – Bassline
“Meu marido está tocando bateria com a banda, então eu vi muitos shows deles no ano passado. A plateia sempre pula e se agita quando eles tocam essa música; e eu adoro isso.”

4) Kylie Minogue – BPM
“Essa música é um lado B do single “I Believe In You” e é uma das minhas canções preferidas da Kylie. Ela tem sido minha artista favorita desde que eu tinha 5 anos…e é surpreendente ter um lado B tão incrível quanto esse!”

5) Hundred Reasons – I’ll Find You
“Os caras dessa banda eram heróis para todos os jovens roqueiros quando eu era adolescente. Recentemente eles se reuniram para alguns shows e foi tão legal poder ouvir todas as pessoas do lugar cantando cada palavra de suas músicas de novo.”

Mais Charlotte Cooper e Subways:
charlotte-cooper
Twitter dela
Twitter da banda
Site oficial dos Subways
Fanpage oficial da banda no Facebook
Canal oficial da banda no Youtube

Entrevista especial da Charlotte para o Lado Bá.

 

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NTR Convida #18 Nata de Lima Santos (Manger Cadavre?)

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

Hoje quem nos recebe é a Nata de Lima Santos, vocalista da Manger Cadavre? e minha amiga pessoal. Conheci a Nata na faculdade e logo de cara nossos santos bateram. Admiro muito essa moça de São José dos Campos, muito mesmo. Tem ideais fortes, tem coragem em ser verdadeiramente ela, várias tattos bacanas e um lado inconformado com o sistema – como eu, que aflorava nas aulas de Sociologia.

manger-cadavreEla entrou no meio musical independente em 2005, quando começou a organizar shows com um amigo (que é o baterista do Manger Cadavre?). “Sempre tive vontade de ter banda, mas sempre fui um fracasso para instrumentos musicais. Então no final de 2011 meus amigos me convidaram para tentar fazer um vocal para a banda que estavam montando… até então nunca tinha berrado na vida, mas aos poucos fui desenvolvendo um vocal gutural”, diz.

Ano passado, ela e os caras da Manger Cadavre? fizeram uma mini-tour pelo estado de São Paulo com a banda holandesa Stoma e a nacional Le Mars.


As músicas escolhidas pelo Alan estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência. 

A playlist:

1) Napalm Death – When All is Said and Done
“Gosto muito do misto de grindcore e death metal que o Napalm apresenta, mas o que me chama a atenção mesmo é o teor político das músicas. A forma como o Barney canta, para mim é referência tanto em relação a potência, quanto a métrica. Essa música, em específico, tem um clima pesado e o clipe é um dos meus favoritos.”

2) Catharsis – Deserts Without Mirages
“O Catharsis é uma banda de hardcore ativista mesmo! Tanto que os integrantes já foram presos diversas vezes, sendo o vocalista Brian D, preso na maior Occupy nos EUA. O que me chama a atenção na banda e é influência direta tanto nas letras que eu escrevo, como no meu modo de enxergar as coisas, é o niilismo quase que mórbido, mas que ao mesmo tempo te convida para pensar na forma em que você utiliza da própria existência. Deserts Without Mirages é uma fuga do padrão das melodias. É uma espécie de reggaezinho macabro! Indicadíssimo para dias de reflexão!”

3) Atari Teenage Riot – Revolution Action
“O Atari é uma banda alemã de hardcore techno formada em 1992. É muito difícil escolher uma música apenas do Atari. Todas te dão ânimo para sair para as ruas e atirar molotovs! (rs)… mas indico a clássica Revolution Action, que é meio que um hino para revoltas! Aliás, tem um vídeo no youtube muito interessante, em que eles se apresentavam em meio a uma manifestação no dia do trabalhador em Berlin, e literalmente fizeram a massa ferver contra policiais que estavam agredindo a manifestantes!”

4) Confronto – Santuário das Almas
“Adentrando às bandas nacionais (que são muitas as de ótima qualidade), destaco a carioca Confronto, que possui um metalcore engajado, tratando, em suas letras, de temas relacionados ao dia-a-dia dos excluídos pelo capital. A princípio foi a minha maior inspiração para vocal. É uma daquelas bandas que quando você vê um show, parece que voltou para a adolescência e quando se dá conta, está no meio de um mosh pit!”

5) Desalmado – Todos Vão Morrer
“Conheci a banda há cerca de 1 ano e meio, e digo com toda a propriedade que o Desalmado é um dos 5 maiores nomes dentre o grindcore brasileiro. As letras são extremamente inteligentes, em um contexto político sem utopias. É apenas realidade jogada na nossa cara, ai cabe nos cabe escolher se ignoraremos a informação ou refletiremos. Indico a banda sem querer puxar a sardinha para o meu lado (já que acabei caindo de amores pelo vocalista), pois antes mesmo de conversar com qualquer integrante da banda, já falava muito bem dos caras!”

Quer mais Nata o Manger Cadavre? Confira os links abaixo

mangr-cadavre

 

Twitter da Manger Cadavre?
Fanpage da Manger Cadavre?
Trama Virtual da Manger Cadavre?

 

 

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NTR Convida #17 Alan Coelho (The900)

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

the900-Conheci o The900 recentemente através do QCLV. Quando assisti ao – então recém lançado – clipe de “Hoje tudo está bem”, corri pra chamar o Pepê (editor no QCLV), que me apresentou ao guitarrista Alan Coelho, dono da playlist de hoje.

A banda de Americana formada em 2005 é composta por Laio Carvalho (Vocal/Guittarra), Alan Coelho (Guittarra), Kleber Bovo (Baixo/back-vocals) e Nara Maciel (Bateria). Eles fazem um rock cru e dançante, com berros “na medida” de Laio. Não é a toa que abriram recentemente o show do Marky Ramone (ex-baterista do Ramones) junto com Michael Graves, ex-integrante do Misfits em Americana. Você pode conferir as músicas do último trabalho do The900, o EP “Queimando Vivo”, no site oficial da banda.


As músicas escolhidas pelo Alan estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência. 

A playlist:

1) Green day – Basket case
“Uma das primeiras bandas de rock que eu ouvi e a primeira música que aprendi a tocar na guitarra.”

2) The Rolling stones – Tumbling Dice
“O riff da intro é de arrepiar, uma das minhas bandas favoritas!”

3) Blink 182 – Obvious
“Apesar de não ser considerado por muitos, pra mim é o melhor CD do Blink e essa música representa isso muito bem!”

4) Kings of Leon – California Waiting
“Toda vez que saio de viagem ligo esse som, é ótimo som pra pegar a estrada!”

5) Them Crooked Vultures – Elephants
“Josh Homme, John Paul Jones e Dave Grohl. Não precisa falar mais nada, né?? Um dos projetos mais Rock n’ Roll dos últimos tempos.”
 

Mais sobre Alan Coelho e The900:

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Fanpage da The900
Site The900

 

 

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NTR Convida #16 Rafael Rocha (Wannabe Jalva)

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

 
wannabe-jalvaO convidado de hoje é o Rafael Rocha, que se divide – assim como os outros membros da banda – entre o baixo, a guitarra e os vocais da Wannabe Jalva.

Com musicas que “tanto podem lembrar o indie contemporâneo quanto o funk ou o post-hardcore”, eles tocam no Lollapalooza, dia 31/03 (domingo), que tem como headliner o Pearl Jam. A banda já tinha feito a abertura do último show do PJ aqui no Brasil, arrancando elogios de Eddie Vedder.

Deixando os rótulos de lado, ouvi pela primeira vez a Wannabe Jalva através do canal Oi Novo Som. Na época fiquei impressionado por ouvir diversas vezes guitarras limpas e levadas funkeadas, uma raridade nas bandas de rock brazucas. Se você, como muitos, não é muito de carnaval e vai passar longe de marchinha, samba-enredo e axé, baixe o disco Welcome to Jalva, disponível for free no site oficial, e faça a sua festa.


As músicas escolhidas pelo Rafa estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência. 

A playlist:

1) Bill Whiters – Harlem
“Um dos melhores do soul 70’s, tem uma pegada muito característica e um som que se diferenciou bastante de outros da sua época. Gosto muito como ele utiliza o violão nas composições, sem falar na voz de Bill que é algo inacreditável.”

2) Jack White – Freedom at 21
“O que dizer de Jack White? Ele simplesmente é o artista de rock mais interessante que surgiu na década passada. Seu disco solo veio para coroar essa grande quantidades de trabalhos que ele fez, todos com muita qualidade.”

3) Dr. John – Revolution
“Dr. John é um desses “puta velha” do rock/blues americano, tendo uma historia muito bacana desde os anos 60. Porém, em seu útlimo trabalho, que teve a produção de Dan Auerbach (nada mais nada menos que o guitarrista e vocalista do Black Keys) ele veio com peso. Uniu toda essa atual estética blueseira vintage, que bandas como o próprio black keys bebem direto na fonte, e fez um dos melhores discos de 2012. Se nunca escutou vale o play.”

4) Gorillaz – Feel Good Inc.
“Eu considero Damon Albarn um dos maiores gênios que nós conhecemos nessa tal de “música contemporânea”. A habilidade que ele tem de produzir e compor canções incríveis e orginais me fascina. Nesse som do Gorillaz ele une groove com rap, soul e muita originalidade.”

5) The Doors – Love Me Two Times
“Os Doors foram a primeira banda que eu realmente fui fã na vida. Desde então eles nunca sairam de rotação no meu som. Escolhi um clássico, que representa a banda de forma geral, mas para quem não é muito familiarizado, vale muito a pena ir atrás da carreira completa dos caras.”

 

Mais sobre Rafael Rocha e Wannabe Jalva:

Wannabe Jalva

Twitter do Rafa
Twitter da Wannabe Jalva
Facebook do Rafa
Fanpage da Wannabe Jalva
Site oficial da Wannabe Jalva (Faça o download do disco)

 

 

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NTR Convida #15 Jajá Cardoso (Vivendo do Ócio)

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

Hoje nosso convidado é o super simpático soteropolitano Jajá Cardoso, vocalista, guitarrista e compositor da banda Vivendo do Ócio.

jajaO grupo é formado por ele mais os irmãos Luca Bori (vocal e baixo) e Davide Bori (guitarra) e Dieguito Reis (bateria). Eles juntam boas letras em português a um som que lembra a primeira fase dos Strokes e dos Arctic Monkeys. Começaram em 2006 e, desde então, ganharam um concurso do Guaraná Antarctica, o prêmio Video Music Brasil (VMB), da MTV; lançaram dois discos, entraram para a gravadora Deck, tocaram com o Lou Reed na Itália, têm clipes incríveis e muito engraçados e fazem um show de lavar a alma, super intenso. Em março, tocam no festival Lollapalooza Brasil. Uma banda de respeito. E de muito Rock’n’Roll, baby!

Uma curiosidade: pouca gente sabe, mas o Jajá também é um grande desenhista e já ilustrou muitos trabalhos da própria banda. Dá uma olhada no portifólio dele. E, pra fechar com maestria a seção “NTR Convida”, ele teve a pachorra de tirar uma com a nossa cara, nos obrigando a tocar…bem, veja na lista aí em baixo:


As músicas escolhidas pelo Jajá estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência. 

A playlist:

1) Legião Urbana – Há Tempos
“Essa música é muito especial, porque foi a primeira que aprendi a tocar no violão e, consequentemente, a Legião foi a primeira banda de rock nacional que escutei.”

2) The Offspring – The Kids Aren’t Alright
“Essa marcou minha fase punk rock, quando tentava andar de skate e montei minha primeira banda, a “The Collision”. O Americana era um dos discos que eu mais escutava, lembro que a introdução dessa música era um mistério, ninguém conseguia tirar e não tinha internet pra ajudar, nessa época (1998 pra 1999). Computador era muito caro e, além disso, éramos todos iniciantes, então, depois de um tempo pelejando, fui o primeiro a tirar e passei pra galera.”

3) Teddy Morgan and The Sevilles – Dear Ted Letter
“Um dos meus melhores amigos, Sidarta, me apresentou o Blues. Ele estudava num conservatório e eu aproveitava pra fazer as lições com ele e pegar todos os conselhos que o professor dele passava. Teddy Morgan foi uma das recomendações. Quando escuto é como se eu voltasse a ter 13 anos de novo, é impressionante o poder que a música tem de te transportar para outras épocas e lugares. O Blues me mostrou que eu apenas preciso sentir a música e entender que ‘a guitarra precisa cantar.”

4) The Beatles – All You Need Is Love
“Essa é um das minhas preferidas dos Beatles, a letra é linda e é de autoria do melhor Beatle, na minha opinião: George Harrison. Ele não ficava forçando a barra, tentando se aparecer. E não se envolvia naquela guerra de egos entre Paul e John. Me identifico muito com ele.”

5) Raul Seixas – Gita
“Agora vocês vão ter que tocar!!! Raulzito dispensa comentários, sou fã! Ele foi um ícone, pai do rock nacional. E mostrou que é possível falar sobre coisas profundas de forma simples, sem ser clichê ou piegas. Todo compositor de rock que se preze, se não gostar, tem que no mínimo compreender a genialidade dele. Essa música é um marco,  pois o Brasil inteiro escutava, do pedreiro ao professor de faculdade.”

Mais Jajá Cardoso e VDO:

vdo-o-pensamento-e-um-imaTwitter do Jajá
Twitter da Banda
Facebook do Jajá
Facebook da banda
Site oficial da VDO
Entrevista especial para o blog LADO Bá

 

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NTR Convida #14 Supla

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério), o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada. Excepcionalmente,  e por (bons)  motivos de força maior, o “NTR Convida” trará 2 super convidados essa semana. C’mon, KIDS!

 
O Supla ainda é um cara analógico. Pelo menos foi essa a impressão que ele deixou quando, às 5h da tarde de uma sexta-feira, preferiu me ligar a responder um simples e-mail.

É, fui pega totalmente desprevenida ao atender o celular e ouvir: “Alô, é o Supla”. Atônita – sou fã do cara desde os 12, quando me apaixonei por ele acompanhando-o na Casa dos Artistas –, ao atender o telefone foi natural o meu primeiro pensamento ser: É pegadinha? Sério mesmo? Alguém tá me passando trote?

Meio desconfiada, desacreditada e desorientada fui ouvindo a voz característica do Papito e me dando conta de que era ele mesmo: “Vou responder tudo aqui e depois você procura lá no youtube”, disse ele. E foi pá-púm. Daquele jeito hiperativo e irreverente, em cinco minutos pensou ali na hora mesmo em suas cinco canções escolhidas – todas com uma ótima razão para entrar em sua lista. Terminou a ligação me sugerindo pedir para tocar “On my way” no facebook da Rádio Rock Uol 89 FM: “Eu quebrei uma pra você e você quebra essa pra mim, c’mon?”, disse ele.

E como não atender a um pedido do Papito?

As músicas escolhidas pelo Supla estão todas no player acima. É só dar o PLAY. C’MON!

A playlist:

1) Supla – São Paulo
“Porque sexta-feira é aniversário de São Paulo.”

2) Brothers of Brazil – On my way
“Porque o clipe dessa música foi inteiro filmado de um iPhone.”

3) David Bowie – Let’s dance
“Porque ele está loiro nesse vídeo.”

4) Billy Idol – White Wedding
“Porque ele quer me imitar.”

5) John Lennon – Stand by me
“Porque ele é o verdadeiro rei.”

Extra) The XX – Islands
“Porque é uma banda nova, na verdade não tão nova assim, mas é legal.”

Bossa’n’roll

Atualmente, o Supla segue tocando bateria de kilt por aí com seu irmão, João Suplicy, no duo Brothers of Brazil – nome, inclusive, que foi cunhado por Bernard Rhodes, empresário do The Clash, durante a primeira excursão dos irmãos pelo Reino Unido. O duo une músicas e sons tradicionalmente brasileiros, como Bossa Nova e Samba, com Rock, Punk e Funk para criar uma sonoridade única que, como afirmou o fodástico e legendário fotógrafo rock’n’roll, Bob Gruen: “Eles fazem essa mistura de um jeito tão próximo que só irmãos podem fazer, criando um ótimo som novo. Eu amo essa banda!”.

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NTR Convida #13 Roger Paul Mason (Champu)

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério), o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada. Excepcionalmente,  e por (bons)  motivos de força maior, o “NTR Convida” trará 2 super convidados essa semana. Sorte sua!

 
Estamos muito chiques hoje! Isso porque o convidado da vez é um artista internacional! Conversamos com Roger Paul Mason, músico, compositor e produtor de Nova Iorque que tem 34 anos (apesar de aparentar, no máximo, uns 22), é louco por pizza e gatos e tem muita experiência com música no currículo.

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Roger se apaixonou completamente pelo Brasil e pela cena musical de São Paulo, cidade que tem visitado com bastante frequência. Ele vem passando algumas temporadas aqui, sempre trabalhando com música e desenvolvendo projetos. Começou produzindo o primeiro disco da banda Holger (o elogiado álbum “Sunga”). Depois, trabalhou com os Single Parents, também em seu elogiadíssimo álbum de estreia (“Unrest”).

Hoje, Roger montou uma banda com integrantes das bandas paulistas Cabana Café, A Caçamba de Dona Madalena, Shed e Single Parents. O grupo se chama “Champu” (porque a pronúncia dessa palavra é a mesma em inglês e português, explica Roger) e tem a proposta de misturar sons brasileiros com sons do Brooklin – o bairro hipster de Nova Iorque, de onde vêm a maioria das bandas indie do momento. Mason chama essa mistura de “Brookzilian Music” e pira em sons que aliam rock a sonoridades tipicamente brasileiras, como o movimento tropicalista.

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O Champu já tem um EP-demo divulgado na internet e espera lançar material físico em breve, com a ajuda do selo Balaclava Records – que pertence aos Single Parents. Hoje (24/01), o Champu toca no Estúdio Showlivre, as 16h e, amanhã (25/01), se apresentam na Casa do Mancha, às 18h. Aproveite o feriado em São Paulo para vê-los, porque logo, logo o Roger volta pra Nova Iorque.

Mas ele não para nunca. É um verdadeiro workaholic da música. Roger tem uma carreira solo, compõe compulsivamente e continua a produzir avidamente. Ele deixa o apelo: “Sempre estou procurando por bandas novas para produzir. Especialmente no Brasil! Vocês podem me escrever pelo meu site ou pelo Facebook“.

As músicas escolhidas pelo Roger estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência!

A playlist:

1) Eurythmics – This Is The House
Essa foi a primeira fita cassete que eu tive. Fiz minha mãe me levar a uma loja de discos e comprá-la para mim quando eu tinha 5 anos. Tem muito mais para ouvir nesse álbum do que o single “Sweet Dreams”. Na verdade, todas as músicas são ótimas! Acho interessante que tudo nessa canção ainda está presente na minha vida hoje: tocar um baixo maluco, trabalhar com baterias eletrônicas e vocais femininos – o dia inteiro, todos os dias.

2) Broadcast – Corporeal
Vinte anos depois de eu descobrir a Annie Lenox, me apaixonei por esta banda. O modo como eles usam barulho de sintetizador é sempre uma inspiração para mim quando estou produzindo. Tive a sorte de poder assisti-los tocando muitas vezes em Nova Iorque e de vê-los crescer como uma coisa extremamente bonita com o tempo. A vocalista morreu há dois anos, vítima da Gripe H1N1 (a gripe suína)…muito triste! Compre todos os discos deles!

3) Dirty Projectors – Fluorescent Half Dome
Brian Mcomber tocava bateria no Dirty Projectors desde o começo da banda até o ano passado. Foi ele quem sugeriu para a banda Holger que me trouxessem para o Brasil para fazer suas músicas soarem tão boas quanto elas poderiam.Três anos depois, eu continuo a vir para o Brasil e continuo a fazer grandes amigos – e tenho que agradecer ao Brian por isso. A bateria que preenche esta canção é 100% estilo Brian. O jeito como ele toca é genial. Nós gravamos um álbum de noise ao vivo juntos, com meu amigo – e guru de sintetizador – Peter Edwards (do casperelectronics.com). Talvez um dia esse disco seja lançado.

4) Skeleton Key – Wide Open
Essa foi a primeira banda com a qual eu fiz uma turnê. A banda é formada por bateria, baixo, guitarra e percussão feita com objetos encontrados por aí. Eu fui o percussionista de ferro velho e tocava com baldes, para-choque de caminhão, barril de cerveja, botijão de gás, pratos de bateria quebrados e outras tralhas malucas de metal. A banda tinha acabado de ser expulsa da Ipecac Records, a gravadora do Mike Patton (do Faith No More). Então, parecia ser um momento meio estranho para se juntar a eles em uma turnê. Mas eu era jovem e doido. Nós tocamos em clubes lotados, com ingressos esgotados; e ficamos na mansão do Danny Elfman (produtor de trilhas sonoras de cinema que trabalhou em vários filmes de Tim Burton, como “O Estranho Mundo De Jack”, “Edward Mãos De Tesoura” e “A Lenda Do Cavaleiro Sem Cabeça”) em Los Angeles. Acabei sendo demitido da banda por ser muito jovem e doido (e também porque eu não era um baterista de verdade). Mas eu ainda amo a música deles e desejo-lhes toda a sorte do mundo. ESCUTA ESSE BAIXO!

5) Lee Fields – Faithful Man (Yours Truly Session)
Essa é a minha “canção do mês”. Acho que o Lee Fields mora na mesma rua que eu no Brooklin, mas eu nunca tinha ouvido falar dele até a semana passada, quando o Fernando Dotta (do Single Parents) me mostrou esse vídeo. Esse cara é um verdadeiro cantor. Em comparação a ele, eu só digo umas palavras engraçadas em cima de uns acordes de guitarra…mas tudo bem.

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