NTR Convida #51 Carburador Fumegante

1461033_624838994229243_136830505_nO projeto da banda começou entre os anos de 2009 e 2010, inicialmente com os integrantes Victor, Diogo  e Rennan, sem um membro fixo como baixista. Não demorou para que surgisse as primeiras composições, dentre elas as duas canções que compõem o EP Chinfra, Marra & Onda: “Massagem Tailandesa Com Final Feliz”  e “Atira Junior!”. Os primeiros shows aconteceram no segundo semestre de 2012 e no início de 2013, Lucas Couto (Lucão), assumiu definitivamente a vaga de baixista, atribuindo uma nova pegada ao Carburador Fumegante, que começou a encontrar seu caminho a partir desse ponto. Desde então, a banda marca presença em festivais como o “Anima ABC” e em bares como o “Kasa do Karaio”,  São Paulo, conquistando alguns fãs e abrindo espaço no cenário musical através do seu autêntico “rock sarado”.

Atualmente a banda está em  fase de composição e recentemente lançaram seu primeiro EP intitulado “Chinfra, Marra & Onda”. O Carburador Fumegante planeja a gravação de um álbum completo, com as músicas novas que estão saindo do papel e tomando forma.

 

1) Novos Baianos – Tinindo Trincando
Terceiro som do disco Acabou Chorare de 72 que faz uma mistura de Baião com Psicodelia. A escolha dá-se ao suingue brasileiro que ela tem. Por Lucão.

2) MC5 – Looking at you
Porque é rock nervoso ao vivo, coisa que muita banda hoje em dia não manda bem. Até arrepia! Por Badi.

3) James Brown – Mind Power
Pela chinfra, pela marra e pela onda. Somzera nervosa e cheia de ginga, típica do “setentão”. James Brown é pura brasa, morô bicho?! Por Victão

4) Cactus – Parchman Farm
Som chuta bundas, nervoso, roots, sem melação, sem preguiça e com muita marra. Rock and roll como deve ser feito. Por Rennan

 

Mais Carburador Fumegante:

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Fan Page: https://www.facebook.com/carburadorfumegante?ref=hl
Band Camp: http://carburadorfumegante.bandcamp.com/
TNB (Toque no Brasil): http://tnb.art.br/rede/carburadorfumegante
SoundCloud: https://soundcloud.com/carburadorfumegante
YouTube: http://www.youtube.com/carburadorfumegante

Pumped up kicks, a origem

Pumped Up Kicks colocou o Foster the People no mapa mundial da música. Foi a primeira música gravada pela banda de Los Angeles, embora o vocalista Mark Foster já tivesse outras canções previamente arranjadas. No começo de 2010, ela foi colocada na internet para download gratuito e rapidamente viralizou-se: a revista Nylon a usou como trilha para uma propaganda online, e com ela eles se apresentaram no festival South by Southwest, em Austin, em uma performance aclamada. De repente, Foster começou a receber propostas e mais propostas. Pumped Up Kicks iluminou o caminho do trio, mas sua origem é absolutamente obscura.

Em quatro minutos e quinze segundos, Mark Foster apresenta ao público o massacre feito por um estudante em uma escola, exposto na visão perturbada do assassino. O refrão, que faz com que a música seja um daqueles sucessos que grudam na cabeça, é quase um mantra do “Cowboy Kid“, o personagem principal: “All the other kids with the pumped up kicks you better run, better run, outrun my gun/faster than my bullet” (todas as crianças com os sapatos caros, é melhor vocês correrem mais rápido que minha arma/mais rápido que minha bala).

Massacre de Columbine

Massacre de Columbine

Foster compôs a música em um dia de pouco serviço no estúdio em que trabalhava fazendo jingles. Como disse à CNN, tentou entrar na cabeça de um adolescente problemático e entender o que se passa diante da crescente tendência de distúrbios. “Eu queria entender a psicologia por trás disso, porque era estranho para mim”, afirmou. A inspiração é o Massacre de Columbine: em 20 de abril de 1999, Eric Harris e Dylan Klebold invadiram uma escola nos Estados Unidos fortemente armados e mataram 12 alunos e um professor, além de ferir outras 21 pessoas. Ambos cometeram suicídio.

O baixista Cubbie Fink tem uma prima que é sobrevivente do episódio, estava na biblioteca da escola no momento do tiroteio e vivenciou o massacre. A música, segundo a banda, é uma espécie de revanche. O personagem, Robert, é um garoto de “mãos rápidas” que vai “observar tudo, mas não revelará seus planos“. Ele tem uma aura de “cowboy“, com seu “cigarro pendurado na boca“. Robert acha uma arma no armário do pai, que trabalha muito e é ausente. Meio que sem motivo, Foster avisa: “he’s coming for you. Yeah, he’s coming for you” (ele está indo atrás de você. É, ele está indo atrás de você).

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Foster the People

No segundo verso da música, Robert demonstra seus problemas psicológicos. A “mão ágil agora puxa o gatilho” e ele tem uma discussão com seu cigarro, dizendo “seu cabelo está pegando fogo, você deve ter perdido o juízo“. Essa continua sendo a música mais relevante do Foster the People, que em 2012 fez show muito bem avaliado no Lollapalooza, em São Paulo. Pumped Up Kicks é tão importante que o primeiro álbum da banda, Torches (2011), foi feito em virtude de seu sucesso e construído para que ela não reinasse solitária. Não quer qualquer outra música ameace seu destaque, mas o Foster the People continua aí, com muitos fãs que vão além dessa história trágica.

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Veja a letra completa de Pumped Up Kicks

Robert’s got a quick hand
He’ll look around the room he won’t tell you his plan
He’s got a rolled cigarette
Hanging out his mouth, he’s a cowboy kid

Yeah, he found a six shooter gun
In his dad’s closet, in a box of fun things
And I don’t even know what
But he’s coming for you, yeah, he’s coming for you

All the other kids with the pumped up kicks
You better run, better run, outrun my gun
All the other kids with the pumped up kicks
You better run, better run faster than my bullet

Daddy works a long day
He be coming home late, yeah, he’s coming home late
And he’s bring me a surprise
Cause dinner’s in the kitchen and it’s packed in ice

I’ve waited for a long time
Yeah, the slight of my hand is now a quick pull trigger
I reason with my cigarette
Then say your hair’s on fire
You must have lost your wits, yeah

All the other kids with the pumped up kicks
You better run, better run, outrun my gun
All the other kids with the pumped up kicks
You better run, better run faster than my bullet

Cool Covers: Anitta vs Pitty

Há uma semana, a cantora Pitty postou em seu boteco-blog uma mensagem sobre a cantora Anitta e levantou uma polêmica que, até então, só existia entre ela e suas próprias fãs. A funkeira Anitta andou fazendo covers de músicas da Pitty, e a diferença de postura entre as duas irritou as fãs da roqueira. Foi como se fosse errado uma artista que trabalha exibindo o corpo e vendendo sensualidade cantar as canções de alguém que é exatamente contrária a isso. Não é bem assim.

Pitty deixou o caso muito bem explicado na mensagem, que o NTR reproduz abaixo. Os covers de Anitta, por sinal, são bem interessantes, bem fiéis. Ela canta muito bem e, de fato, não sensualiza durante as músicas. Vale a pena conferir esses Cool Covers.

Seu corpo é seu
Por Pitty

Começou assim: alguém me avisou que Anitta tinha postado um trecho de uma música minha numa rede social. Depois me mandaram um link dela cantando Máscara ao vivo num show. Depois outro dela cantando Na Sua Estante. E eu achei divertidíssimo que alguém de um universo tão diferente estivesse ligada no meu som e reinterpretando-o a sua maneira. Isso já faz um tempo, e tudo o que eu sabia até então é que eu a tinha visto num clipe com uma fotografia massa. “Ah, é aquela menina do clipe bonito”, pensei. E o tempo foi passando, e as reações de algumas pessoas em comentários quando me mandavam os links começaram a me deixar intrigada-barra-preocupada. Geralmente meninas, e novas, com um discurso de “credo, essa menina cantando sua música, ela fica aí mostrando o corpo, sendo vulgar” etc, etc. Coisas desse tipo. Percebi que o que incomodava não era necessariamente o estilo, ninguém falava sobre mérito musical, cantou bem ou cantou mal, mas sim MOSTROU O CORPO. E até hoje, volta e meia alguém me escreve com esse papo. Sempre fui uma pessoa discreta, não curto expôr vida pessoal e nem sou afeita a ensaios sensuais; não por pudor, mas por sentir que a máquina patriarcal que opera esses mecanismos acaba sempre nos colocando como bibelôs à disposição- mesmo quando tenta nos convencer de que isso é exercer liberdade. Quando o fiz, procurei que fosse em um veículo no qual eu sentia que realmente esse exercício de liberdade estaria em primeiro plano. Enfim.

O que me deixou aflita e o que eu queria dizer para aquelas meninas que mandaram as mensagens é: NOSSO CORPO É NOSSO. Não deixe ninguém te dizer o contrário. Desfrute dele, assuma-o com a forma e tamanho que ele tiver, vivencie seu corpo- assumindo a responsabilidade que isso traz. Esse empoderamento é importante pra todas nós. Nós podemos usar a roupa que quisermos, podemos dizer o que quisermos, podemos ficar com quem quisermos, a hora que quisermos. Somos donas do nosso destino e estamos aqui para sermos felizes e nos sentirmos bem. O resto, meus amores, é só opressão.

Pra mim isso tudo é clichê de tão óbvio, mas achei que devia dizer.

Um abraço carinhoso pra todas, suas lindas. 
E em tempo: um beijo, Anitta!

PS: o clipe da “fotografia bonita” é o do grande sucesso de Anitta, Show das Poderosas. O diretor de fotografia é Thiago Britto.

NTR Convida #50 The Madrugas

Hoje o NTR recebe a banda indie-rock The Madrugas, conhecida da comunidade universitária de São Carlos, interior de São Paulo. Conheça um pouco da história dos caras e a seleção que eles fizeram para o NTR para agitar a sexta-feira pós-carnaval!

Primeiros passos e integrantes

A banda foi formada em meados de 2011, na cidade de São Carlos, onde os membros do grupo estudavam na época. Augusto, então estudante de Engenharia da Computação na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), procurava integrantes para montar uma banda quando encontrou Fábio (Fabinho) e Caio, baterista, via Orkut (sente a nostalgia!). Para completar a banda, juntou-se aos meninos o baixista Thomás, que dividia apartamento com o Augusto.

Formação original da banda (2011)

Formação original da banda,  ainda com Thomás (2011)

A proposta era simples: tocar Strokes, Arctic Monkeys, Kings of Leon, Franz Ferdinand e afins, um indie-rock de primeira para o público universitário de São Carlos. “Sempre que íamos a eventos universitários de rock, percebíamos que as bandas tocavam heavy metal e hard rock, mas, mesmo gostando desses estilos também, sempre tivemos preferência pelo indie. Por sentirmos falta de bandas que tocavam esse estilo, resolvemos abraçar a causa”, conta Augusto.

No mesmo ano, a banda já ingressou no circuito universitário da região, tocando em festas organizadas pelos centros acadêmicos de todos os cursos dos campi da USP e UFSCar. Em 2012, Caio saiu da banda, deixando o lugar para Victor Ferrari (vulgo Vitão ou Odalisca).

Com ele, a banda retomou os ensaios e a rotina de shows pelos pubs, bares e festas, mas, com a mudança de outro integrante para o exterior (dessa vez, Thomás),  a banda voltou à ativa com um novo baixista, Guerra.

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Formação atual, com Fabinho, Vitão, Augusto e Guerra (2013)

The Madrugas?

O nome da banda foi escolhido no apuro, quando os caras foram chamados para fazer o primeiro show. Sem nome e com a pressão dos organizadores do evento, cogitaram batizar a banda de “Pelicanos” ou “Vizinhos”, mas o nome que vingou foi “The Madrugas”. “Foi um nome que pegou, tipo amor à primeira vista; e caiu na simpatia do público rapidamente! Fora que eu sou mega fã de Chaves (risos)”, conta Augusto. “Nas apresentações, levamos alguns bonecos do Seu Madruga para prendermos nos pedestais dos microfones. São sempre um sucesso!”, completa.

No momento, a banda prepara seu novo repertório para iniciar a temporada de shows de 2014, que começará agora, após o carnaval.

Você confere a playlist ali, no topo do post. Abaixo, as músicas escolhidas pelos nossos convidados:

Victor Ferrari – “Vitão” (bateria e vocal):
1) Arctic Monkeys – Settle for a Draw
Influências: The Beatles, The Libertines, The Velvet Underground, Neil Young e Wilco.

Vitor Guerra – “Guerra” (baixo):
2) Fora Mônica (Vivendo do ócio)

Influência: Blink 182.

Fábio Alexandrino – Fabinho (guitarra e vocal):
3) Spaceman – The Killers
Influências: The Strokes

Augusto Knijnik (guitarra e vocal):
4) Jake Bugg – Kingpin
Influências: Arctic Monkeys, Kings of Leon, Jake Bugg, Beatles, Blink 182, Green Day e Franz Ferdinand

Escolha da Banda:
5) Under the Cover of Darkness (The Strokes)

Gostou da banda? Anote aí os contatos 🙂
www.facebook.com/themadrugas

NTR Invites #49 Gwyn Ashton (english version)

Today’s “NTR Invites” session has a special guest and a bilingual edition. Click here to read the portuguese version / clique aqui para ler a versão em português.

Robert Plant, Led Zeppelin’s vocalist, says he’s the king of feeling and tone. Don Airey, Deep Purple’s keyboardist, says he’s one of the big blues heroes. And Johnny Winter says he is someone who knows how to play real blues. Gwyn Ashton is a legend of blues rock and guitar playing. He has a solid career, has played all over the world and been praised by rock legends. Even though, his talent seemed to be out of the spotlight – he’s unfortunately not as famous as he deserves, at least among brazilians.

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But, lucky us, that’s all about to change: Gwyn will be visiting Brazil with a special tour next may. The dates, cities and venues are yet to be defined, but Gwyn intends to visit as much places as possible, including more than 15 cities, smaller towns and the countryside – São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Florianópolis and Brusque, among other locations.

Gwyn was born in Australia and started playing guitar when he was only 12 years old. In the 60s, he formed his very first band – he was 16. He recorded two albuns and than moved to England with his group. He still lives in England and has been playing all over the world for the past 20 years, headlining festivals and playing with big artists like the british band Wishbone Ash – including a historical show at the Wembley Arena, for a 10 thousand people crowd.

He’s an authority in guitar playing and he has his own guitar model, made by the italian company LiutArt. He’s also sponsored by Fender, Dunlop Strings, Busker Guitars and lots of other companies. And we are pleased to have Gwyn as our special guest today, with a complete interview and 5 tunes he thinks you all should listen to. Check it out!

Playlist (press play on the video on the top of this post to listen all songs in sequence):

1) Ry Cooder – Boomer’s Story
“It’s from his first solo album. It’s a very funky, bluesy thing, great guitar, great song, lyrics and vocals. I love everything about it, it’s a very good feeling song. It makes me feel happy everytime I hear it.”

2) Little Feat – Rock’n’Roll Doctor
“He’s one of my favorite slide guitar players, I love him. They were a very unique band, and that song determines the band. It’s one of their best songs, I love hearing them.”

3) Rory Gallager – Mississipi Sheiks
“He was a big influence on my playing and that particular track was one of my favorite tracks. That was one of the first albums I listened from him. You can hear the Delta Missispi Blues infuence in this song, it was really filthy and bluesy. Ted McKenna played with me and he was the drummer in this album. And it is his favorite song from this album. I agree with him. He’s a a fantastic drummer.”

4) Les Paul – The World Is Waiting For The Sunrise
“It’s a fantastic track. He was a great inventor and he was an innovator. He has changed the course of pop music and guitar. The way the guitar was became different after he came along, and he invented tape delay and multi-track recording. There wouldn’t be Jimi Hendrix or Buddy Holly if it weren’t him.”

5) Minus Swing – Django Reinhardt
“I really like that gipsy jazz thing. I can’t play it, but I love to listen to it. He had an accident and his fingers were melted together. But he continued to play! It’s amazing.”

 

Interview:

1) There are some famous musicians quotations about you, like Robert Plant and Don Airey. What do you think about this?
It’s very nice. I met Robert Plant a few years ago, in a small gig, where his son saw me playing. The venue was really empty, I guess there were only Plant, his son and our drummer’s mom in the crowd. It was a very small pub in England, we were sort of rehearsing.

1932115_10203371509354909_164289066_n2) You have been in Brazil before. How was your first time here?
I played at the first Rio Blues Festival, with Alamo Real and Big Gilson, two local masters of blues. We went swimming at the beach. I love swimming! It was very nice.

3) Why did you move to the UK?
I played all over Australia for a long time, and it’s a big place. I recorded an album in 1993 and my manager said that we were selling more records in Europe than in our home country, so he recommended us – me and my band – to come over to Europe. Back than I was ready to change my life and I really like adventures, so I decided it was a big idea. I was 35 years old. Since than, I have been living in England. I live in the countryside, near Birmingham. London is too expansive. And I like where I live, south Birmingham, cause lots of good bands have originated here – such as Led Zeppelin and Black Sabbath.

4) You play since you were 12. What are your major influences?
My first guitar influences were Chuck Berry, Buddy Holly and George Harrison. I like music from 30s and 40s, the Delta Blues guys, like Robert Johnson, and the Chicago Blues, like Muddy Waters. I also like Lionel Hopkins, Mississipi hill country stuff. I love the Black Crowes and mainly 70s rock’n’roll. I don’t really get into the indie thing. Today I listen to pre-war things and also Jerry Write, Ben Harper and Tony Jo White.

5) You have already travelled the whole world playing. What were the best experiences playing abroad?
There are still lots of places I’d like to go play, like Japan and China. Wembley Arena was great, we played for 10 thousand people, so it was really cool. But that doesn’t matter so much. You can play to thousands of people in an arena, it’s still not going to make you have a great night. Sometimes playing at little venues and pubs makes you feel better than arenas and big crowds. It gets also a better guitar sound. Small rooms sound fantastic, it’s more intimate. Big gigs also comes with big pressures.

6)  You have your own guitar model, right?
Yes! It’s an italian guitar from LiutArt. I have designed it. I have chosen the pickups configuration and the head from my favorite slide guitar. It’s a pretty cool slide guitar. There are certain things about a guitar that I like, the playability, the shape of the neck, so I have made a combination of my favorite guitars and I’m very happy with that.

radio7) You have recorded 6 records. Tell us more about them.
I have six albuns and an EP, and they’re available on iTunes and Amazon. I have recorded with some of my heroes, people I admire which are great musicians, and people that were on records I used to buy as a kid. I think each one of my albuns are special, I like to think my songwriting and playing developded in each album and I like to see this growing. I did the best that I could at the time. It’s not about flash guitar playing, it’s about songs. I like to think my last album, “Radiogram”, is the best performance I’ve done. I recorded that in my mobile studio and I was the engineer. Having your own studio helps you not worrying about time, deadlines etc. You can work just like you want to. Nowadays, anyone can make a record. New technologies allow us to do anything. I have recorded a song in the back of my van, once – and e-mailed it to my master engineer half  hour later. Thecnology allow us to create without strings. But I’m also a very analog sort of guy. I like old fashioned records, tape recorders and that kind of stuff.


1780887_569293913167733_1528424493_nMore Gwyn Ashton:

Official website

Brazilian Tour hotsite

Official Facebook fanpage

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Listen to some of Gwyn’s music

NTR Convida #49 Gwyn Ashton (em português)

O NTR Convida de hoje é especial e bilíngue! Clique aqui para ler a versão em inglês / click here to read the english version.

O vocalista do Led Zeppelin, Robert Plant, disse que ele é o rei do feeling e do timbre. O tecladista do Deep Purple, Don Airey, disse que ele é um dos grandes heróis do blues. E o Johnny Winter disse que ele é alguém que realmente sabe como tocar blues de verdade. Gwyn Ashton é uma lenda viva do blues rock e da guitarra. Ele tem uma sólida carreira, já tocou em todo o mundo e foi elogiado por verdadeiras lendas da música. Ainda assim, seu talento parece estar escondido – infelizmente, ele não é tão famoso quanto merece. Pelo menos não no Brasil.

1903029_10203371504954799_1527309319_nMas, para a nossa sorte, tudo isso está para mudar: Gwyn vem nos visitar com uma turnê especial no próximo mês de maio. As datas, cidades e locais dos shows ainda serão divulgados, mas Gwyn pretende visitar a maior quantidade de lugares possível, incluindo shows em mais de 15 cidades, cidadezinhas pequenas e o interior do Brasil – principalmente nos estados de São Paulo e Minas Gerais. A turnê deve incluir cidades como São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Florianópolis e Brusque, entre outros locais.

Gwyn nasceu na Austrália e começou a tocar guitarra ainda cedo, quando tinha só 12 anos. Nos anos 60, formou sua primeira banda – ele tinha apenas 16 anos. Mais tarde, gravou dois discos e aí se mudou para a Inglaterra com a sua banda. Ele ainda mora lá e tem passado os últimos 20 anos se apresentando por todo o mundo, fazendo shows em festivais e tocando com grandes artistas, como a banda inglesa Wishbone Ash – incluindo um show histórico na Wembley Arena para mais de 10 mil pessoas.

Ele é uma autoridade em guitarra e tem seu próprio modelo do instrumento, fabricado pela companhia italiana LiutArt. Ele também é patrocinado por marcas como Fender, Dunlop Strings e Busker Guitars, entre muitas outras. E nós temos a honra de apresentar o Gwyn como o nosso convidado especial de hoje, com uma entrevista completa e a indicação de 5 músicas que ele acha que vocês deveriam escutar. Confira!

 

Playlist (aperte o play no vídeo do topo do post para ouvir todas as músicas na sequência):

1) Ry Cooder – Boomer’s Story
“Essa música é do primeiro álbum solo dele. É cheia de funk e blues, ótima guitarra, ótima música, letras e vocais. Eu adoro tudo nela, é uma música que traz uma sensação muito boa. Faz com que eu me sinta feliz toda vez que a escuto.”

2) Little Feat – Rock’n’Roll Doctor
“Ele é um dos meus guitarristas de slide favoritos. Eu o amo! Eles foram uma banda muito única, e essa música é a cara do grupo. É uma de suas melhores canções, e adoro ouvi-los.”

3) Rory Gallager – Mississipi Sheiks
“Ele foi uma grande influência no meu jeito de tocar e essa faixa em particular é uma de minhas músicas preferidas. Esse foi um dos primeiros álbuns que eu ouvi. Você pode perceber a influência do Delta Missispi Blues nessa música, é bem suja e blues. O Ted McKenna, que já tocou comigo, era o baterista desse disco. E essa é a música preferida dele no álbum. Concordo com ele. Ele é um baterista fantástico.”

4) Les Paul – The World Is Waiting For The Sunrise
“é uma canção fantástica. Ele era um grande inventor e também um  inovador. Ele transformou o curso da música pop e da guitarra. A guitarra mudou, se tornou algo diferente depois que ele apareceu. Não teríamos Jimi Hendrix ou Buddy Holly se não fosse por ele.”

5) Minus Swing – Django Reinhardt
“Eu realmente adoro essa coisa meio cigana e jazz. Não consigo tocar essa música, mas adoro ouvi-la. Ele sofreu um acidente e teve seus dedos queimados e grudados um no outro. Ainda assim, continuou a tocar! É incrível.”

 

Entrevista:

1) Alguns músicos famosos, como Robert Plant e Don Airey, falaram muito bem de você. O que você pensa sobre isso?
É muito legal, claro. Eu conheci o Robert Plant há alguns anos, em um show bem pequeno onde seu filho foi me ver tocando. O lugar estava bem vazio, acho que só tinha o Plant, o filho dele e a mãe do nosso baterista na plateia (risos). Foi em um pequeno pub na Inglaterra, a gente estava meio que ensaiando.


1932115_10203371509354909_164289066_n2) Você já esteve no Brasil antes. Como foi sua primeira vez aqui?
Eu toquei na primeira edição do Rio Blues Festival, com o Alamo Real e o Big Gilson, que são dois mestres de blues locais. Depois, a gente foi nadar na praia. Eu amo nadar! Foi muito legal.

3) Por que você se mudou da Austrália para o Reino Unido?
Eu toquei em toda parte da Austrália por um bom tempo, e é um lugar grande. Gravei um disco em 1993 e meu empresário disse que o álbum estava vendendo mais na Europa do que em nosso país natal. Então ele nos recomendou – a mim e à minha banda – que fôssemos para a Europa. Naquela época eu estava pronto para mudar de vida e realmente gosto de aventuras, então achei uma grande ideia. Eu tinha 35 anos. Desde então, moro na Inglaterra. Hoje, moro no interior, perto de Birmingham. Londres é muito cara! E gosto de onde moro, ao sul de Birmingham, porque muitas bandas boas nasceram aqui: como o Led Zeppelin e o Black Sabbath.

4) Você toca guitarra desde os 12 anos. Quais são suas maiores influências?
Minhas primeiras influências na guitarra foram Chuck Berry, Buddy Holly e George Harrison. Eu gosto de música dos anos 30 e 40, dos caras do Delta Blues, como o Robert Johnson, e do Chicago Blues, como Muddy Waters. Também gosto do Lionel Hopkins  coisas do Mississipi hill country. Eu amo os Black Crowes e principalmente o rock dos anos 70. Não curto muito essa parada de indie.  Hoje ouço muito coisas da época pré-guerra; e Ben Harper, Jerry Write e Tony Jo White.

5) Você já viajou o mundo todo tocando. Quais foram suas melhores experiências na estrada?
Ainda tem muitos lugares onde eu gostaria de tocar, como Japão e China. O show na Wembley Arena foi incrível, tocamos para mais de dez mil pessoas, então foi muito legal. Mas isso na verdade não importa tanto assim. Você pode tocar para milhares de pessoas em um estádio, não importa, isso não vai fazer com que você tenha uma noite legal. Às vezes tocar em pequenos clubes e bares acaba rendendo shows melhores do que plateias enormes. Além disso, lugares pequenos têm um som melhor pra guitarra. Casas pequenas soam fantásticas, e são mais intimistas; E grandes shows sempre trazem grande pressão, também.

6)  Você tem seu próprio modelo de guitarra, né?
Sim! É uma guitarra italiana da LiutArt. Eu desenhei o modelo e escolhi as configurações dos captadores e a cabeça da minha guitarra de slide favorita. É uma guitarra de slide bem legal! Há algumas coisas que me fazem gostar de uma guitarra, como o toque ao tocar, o formato do pescoço e tal, então eu fiz uma combinação dos meus modelos de guitarra preferidos – e fiquei muito feliz com o resultado.

radio7) Você gravou 6 discos. Conte-nos mais sobre eles.
Eu tenho seis álbuns e um EP. Está tudo disponível no iTunes e na Amazon. Tive a sorte de poder gravar com alguns de meus heróis, pessoas que eu admiro que são grandes músicos, e que tocaram em discos que eu comprava quando era jovem. Acho que cada um dos meus discos é especial. Gosto de pensar que minhas composições e minhas habilidades com a guitarra evoluíram a cada álbum e gosto de ver este crescimento. Eu fiz o melhor que pude na época. E não é firula de guitarra para aparecer e se exibir, é sobre canções. Acho que meu último disco, “Radiogram”, é a melhor performance que eu já fiz. Ele foi gravado no meu estúdio móvel e eu fui meu próprio engenheiro de som. Ter seu próprio estúdio facilita demais, ajuda você a não se preocupar com tempo, prazos etc. Você pode trabalhar como achar melhor. Hoje em dia qualquer pessoa pode fazer um disco. As novas tecnologias nos permitem fazer qualquer coisa. Eu gravei uma música no banco de trás da minha van uma vez, e meia hora depois já estava mandando o arquivo para o meu engenheiro de masterização. A tecnologia nos permite criar sem amarras. Mas eu também sou um tipo de cara bem analógico, curto discos feitos à moda antiga, gravadores de rolo de fita e esse tipo de coisa.

 

1780887_569293913167733_1528424493_nMais Gwyn Ashton:

Site oficial

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Escute algumas músicas do Gwyn

Cool Covers: A Gente Nós

Talvez programas como Ídolos e The Voice tenham criado em todo nós a sensação de que há um padrão pra música cover de qualidade, de que bons intérpretes têm potência vocal e esbanjam técnicas de vibratto, sustain, etc. Boa parte das estrelas do Youtube – artistas com milhões de assinantes em seus canais – segue essa fórmula. O A Gente Nós, dupla formada em Blumenau, foge um pouco desse estilo. São versões simples, diretas, honestas e interessantes.

Tay Galega canta – altos dreads e um baita carisma – e Marlon Heimann toca, além de ajudar nos vocais. Os vídeos são muito bonitos também, bem ao estilo dos covers: bem acabados e sem frescura. Tay tem um “canal solo” no Youtube, com vídeos mais… for fun, mais do it yourself.

A Gente Nós toca de tudo, de Lenine a Chimaroots a Charlie Brown e Daft Punk. Também tem algumas músicas próprias. O quê exatamente são eles? Sei lá, estamos todos começando a descobrir. Na quinta-feira eles se apresentam ao vivo no Estúdio Showlivre. Enquanto isso, dá pra ir curtindo alguns cool covers.

NTR Convida #48 Coletivo Pé No Chão

Os convidados de hoje são os quatro DJs integrantes do Coletivo Pé No Chão, grupo paulistano que promove festas com som 100% vinil – isso mesmo, eles só tocam no analógico, com vitrolas, LPs e compactos, resgatando a cultura do disco – o que é muito mais trabalhoso mas, segundo eles, muito mais legal também.

Vitor Alves, Nilo de Freitas, André Ras e Fabio Passos são amigos e colecionadores de vinil. Todos já amavam as bolachas e já as colecionavam antes de montarem o coletivo. Vitor e Nilo se juntaram para “tirar uma onda” tocando seus discos. Chamaram o Ras para somar e fizeram a primeira festa juntos em dezembro de 2012. Foi tão bacana que, no ano seguinte, chamaram o Fabio, que também colecionava discos e já tocava em alguns eventos como DJ, e montaram o coletivo.

Os quatro se reuniam toda semana na casa do Fabio, na Lapa, para conversar, dar risada, beber, tocar discos, mostrar as novidades adquiridas em sebos e planejar festas. “No começo nossa meta era fazer uma festa por mês. Mas tudo deu muito certo, conseguimos tocar bastante e, neste primeiro ano de coletivo, perdemos as contas de quantas festas rolaram”, comemora Vitor.

Eles tocam Samba, Partido Alto, Samba Rock, Hip Hop, Jazz, Funk, Groove, Soul, Reggae, Dub, Ska e o que mais der na telha, de forma muito livre e descontraída, mas sempre em discos de vinil. O primeiro lugar que deu oportunidade para os meninos foi o bar Mahôe, em Moema. “O dono é nosso amigo e vários outros amigos nossos também frequentam e tocam no bar. Em 2013, fizemos em média duas festas por mês lá, projeto que batizamos de ‘Quartas de Vinil’, conta Vitor.

“Outro lugar que sempre nos recebeu muito bem é o Boteco Prato do Dia, na Barra Funda. Pra gente é como se fosse o quintal de casa, é um bar que costumamos frequentar sempre e acabamos tendo a oportunidade e a honra de tocar também. Fizemos umas festas muito boas lá, bem cheias e animadas; e sempre que tem um tempo na agenda o Julião chama a gente”, diz Vitor.

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A convite de Julião, um dos responsáveis pelo Boteco Prato do Dia, o Coletivo Pé no Chão fez uma festa diferente que marcou a carreira do grupo em 2013: eles tocaram em uma ocupação na região da Luz, no centro de São Paulo. “Era uma ocupação por moradia em um hotel abandonado, onde viviam várias famílias sem teto. A prefeitura queria tirá-los de lá, então fizemos uma festa ao ar livre na frente do prédio para arrecadar alimentos e mostrar a situação daquelas famílias que não tinham para onde ir. Foi muito legal!”, lembra ele.

Para o NTR, os DJs indicaram duas músicas cada um, para embalar o final de semana dos nossos leitores. Para ouvir todas as músicas na sequência, aperte o play no vídeo do topo do post.

 

faFabio:

1) Daft Punk – Lose Yourself To Dance
“Porque é um mix de música eletrônica e do groove dos anos 70. E não deixa de ser atual.”

2) Paul McCartney – Check My Machine
“É um som muito interessante. Quem não conhece nunca vai pensar que é do Paul.”

 

rasAndré Ras:

1) Jorge Ben –  Velhos, Flores, Criancinhas e Cachorros
“Escolhi essa do Jorge Ben Jor porque esse disco, pra mim, tem uma certa importância pois foi um dos primeiros discos que comprei. E escolhi esta música pois acredito que ela representa o que precisamos salvar no mundo: a sabedoria dos mais velhos, a  saúde de nosso mundo, suas árvores e flores; a inocência das crianças, pois elas são o futuro para um mundo melhor; e a amizade verdadeira representada por um cachorro. É apenas uma viagem maluca minha sobre esta música (risos).”

 

2) Johnny Osbourne – Purify Your Heart
“O Johnny Osbourne é jamaicano –  motivo da escolha desta música, além da batida baixo e bateria ROOTS. E a letra que diz para você purificar o seu coração, pois dessa forma você conhecerá você mesmo. Em outro trecho da música ele diz assim: ‘Você vai à igreja no domingo, mas na segunda não há amor em seu coração. O tolo diz em seu coração: não há Deus. Mas, se essa é a sua crença, meu amigo, é muito triste.’ Acho esta letra muito forte e esse é outro motivo da escolha. Música é informação!”

 

niloNilo:

1) The Del Vickings – Whispering Bells
“Essa música pode representar a ideia de que, quando menos esperamos, a vida nos dá um rumo que faz mudar nossa visão sobre o mundo.”

2) Jackson do Pandeiro – Dezessete na Corrente
“Além de ter sido a primeira que me veio em mente, Jackson é um narrador de histórias nato. Traz o drible em suas melodias de desenho animado e faz o povo rir contente. Dotado de um cérebro inteligente, não se assusta quando sai do suingado, deixando o zagueiro desolado, tentou a sorte sempre olhando pra frente. Representa o Nordeste, minha gente: dança aí dezessete na corrente!”

 

vitorVitor:

1) Big L – MVP
“Esse foi um dos primeiros raps que eu ouvi. Lembro que era uma das músicas que vinham na mixtape da Dinamite, em fita K7. Desde criança gosto muito dessa música e sempre quando posso a toco nas festas.”

2) Michael Jackson – Rock With You
“Acabei escolhendo essa, mas poderia ser qualquer uma do ‘Off the Wall’. Meus pais frequentavam bailes de black music antigamente e são muito fãs do Michael Jackson. Eu herdei esse gosto; e este álbum é o meu preferido dele. Escuto faz 20 e poucos anos o disco todo e nunca enjoo!”

 

 

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Mais Coletivo Pé No Chão

Os meninos estão procurando novas oportunidades para fazer festas 100% vinil. Para saber mais sobre eles, chamá-los para tocar e entrar em contato, confira a página oficial do grupo no Facebook ou mande um e-mail para coletivopenochao@hotmail.com.

 

NTR Convida #46 Irmãos Jackson

 

Hoje o NTR Convida é especial! O tempo voa: no dia 25 de junho de 2014, a morte de Michael Jackson completa 5 anos! Mas os fãs continuam adorando o rei do pop e ainda existem inúmeros covers do astro por aí.

Um dos melhores covers que eu já vi são os Irmãos Jackson – um grupo de três garotos muito novos que imitam a dança de Michael com perfeição, além de dublarem suas músicas e imitarem seus trejeitos no palco. Eles são irmãos de verdade e começaram a gostar do Michael Jackson logo após a morte do cantor, quando tentavam consolar a mãe, que já era muito fã do artista.

Os Irmãos Jackson – Matheus (17 anos), Felipe (16) e Davi (9); costumam se apresentar aos sábados e domingos, a partir das 18h, na Avenida Paulista. Eles fazem seu show na calçada em frente ao shopping Center 3, perto da esquina com a Rua Augusta e da estação Consolação do metrô. Assisti à apresentação deles no último final de semana, achei incrível e bati um papo com o Felipe para fazermos um especial Michael Jackson aqui no NTR.

Olha só os meninos em ação:


Repara no figurino deles, nos cabelos, no Davizinho – que fofo – e no Matheus arrasando!

Confira as músicas preferidas do rei do pop pelos meninos:

1) Earth Song
“The best!!!”

2) Billie Jean
“É a música que ‘deu a luz’ ao famoso passo de dança ‘moonwalk’.”

3) You Are Not Alone
“Esta talvez seja a mais clássica e romântica do rei.”

4) Give Into Me
“Essa tem a participação do Slash, guitarrista do Guns’n’Roses, e é a  mais rock’n’roll do rei!”

5) They Don’t Care About Us
“Além de ter uma mensagem maravilhosa na letra, o Michael escolheu o Brasil para fazer o clipe dela, talvez por ser um dos países onde mais existe desigualdade social.”

Para ouvir as músicas escolhidas pelos Irmãos Jackson, aperte o play no vídeo do topo do post.

Entrevista com Felipe – o irmão do meio:

1) Como é fazer show na rua?
É sempre uma terapia , faz bem pro nosso corpo e pra nossa alma; e não só pra gente, mas pras pessoas que assistem também. A dificuldade de tocar na rua é a locomoção, pois vamos para a Paulista de metrô e ônibus carregando todo o equipamento. Logo, não temos como marcar a hora exata em que vamos chegar e com isso pode ocorrer de estar algum outro artista no nosso lugar!

2) Como é se apresentar com seus irmãos?
Às vezes brigamos, pois somos irmãos, mas é otimo por termos o contato constante e compartilhamos o amor ao rei Michael.

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3) Vocês sempre foram fãs do Michael? Como começou a admiração de vocês por ele e o cover?
É uma história meio longa, mas vou tentar resumir. Minha mãe sempre foi fã do rei; e ele se foi um dia antes do aniversário dela. Para tentar consolá-la e alegrá-la, eu comprei um DVD do Michael e dei de presente para ela. A partir desse DVD, nós todos viramos fãs dele! Meu irmão mais velho, o Matheus, começou a dançar pra alegrar nossa mãe. Depois eu e o Davi também entramos literalmente “na dança”.

4) Por que vocês gostam tanto do Michael Jackson? O que ele representa pra vocês?
Simplesmente porque esse é o cara mais foda que existe! Ele é considerado o “Da Vinci da música”, pois, além de a lista de coisas que ele fazia e dominava ser gigante, como canto e dança, ele era o melhor quando o assunto é música! O hobby dele era bater recordes. Beatles e Elvis ficam nos pés dele! E NÃO SOU EU QUEM DIGO ISSO, E SIM O LIVRO DOS RECORDES!

5) O que a mãe de vocês acha de tudo isso?
Minha mãe não tem nada menos que orgulho! Quando o Davizinho se apresenta com a gente, ela vem junto. Se ela não vem, dançamos só eu e o Matheus.

6) Vocês já apareceram na televisão e chegaram a ganhar um prêmio. Como foi a experiência?
Já, sim! Disputamos ao vivo com mais dois artistas e ganhamos o premio de mil reais! Foi incrível! – No dia 16 de janeiro os meninos foram os vencedores do quadro “Em troca de um troco”, do Programa da Tarde, da TV Record. Assista aqui.

O Felipe também estava muito curioso para saber por que o Não Toco Raul tem esse nome. Expliquei para ele que era uma piada com as pessoas que costumam gritar “Toca Raul!” em tudo quanto é show, mas que nós não temos nada contra Raul nenhum – aliás, eu mesma sou muito fã do Raul Seixas. Aí ele comentou: “Ah, isso é muito interessante, o Zeca Baleiro também se irritou com isso, aí ele criou uma música em homenagem ao Raul e mandando o povo parar de gritar essa merda nos shows (risos)! Ele disse que, quando as pessoas gritassem isso, ele não ia tocar Raul, mas sim essa música dele”:

Felipe, um gênio de apenas 16 anos – e excelente cover de Michael Jackson. Olha como ele anima a plateia (a partir do 2:30 fica incrível):

Curta a página oficial dos Irmãos Jackson no Facebook.  Auh!

NTR Convida #45 Bubalina

Os primeiros convidados de 2014 são os seis integrantes da banda paulistana Bubalina: Caio Nazaro (guitarra), Marcos de Luca (guitarra), Stefan Podgorski (baixo), Victor Panucci (bateria), André Lombardi (vocal) e Marina Zilbersztejn (teclado).

A banda foi formada em São Paulo em 2011 e já teve diversas formações desde então. No comecinho da carreira, organizaram um baile que se chamou “Festa da Goiaba”, onde fizeram um show que foi um sucesso. Dessa apresentação saiu o primeiro EP, gravado ao vivo, que se chama “De repente”. Depois, o grupo ainda lançou mais três disquinhos: “Bubalanço”, “Desde aquilo e a partir de então” e, em outubro de 2013, “Moças”, que ganhou um clipe muito divertido para a canção “Veja como passa”:

Todos os EPs do Bubalina podem ser baixados de graça no site oficial da banda e também ouvidos na íntegra no Soundcloud deles. Outro clipe bem bacana da banda é um vídeo em stop motion, da música ‘Casarão”, que conta a história de uma noitada na rua Augusta. Assista aqui.

 

Para o NTR, cada membro do grupo deu uma dica de música. Confira a lista deles (para ouvir, dê play no vídeo no topo do post).

UPDATE: O YouTube está com problemas na exibição das playlists. Se o player acima não estiver funcionando, ouça as músicas indicadas pelo Bubalina aqui.

1) The Guess Who – Undun (Caio)
“O Guess Who é uma daquelas bandas que sofreram com o problema de serem absurdamente famosos por uma música só (pelo menos na nossa geração); e por isso ficaram com aquele estigma de “grupo de um sucesso só”. Mas, com certeza, injustamente. Quando eu era menor e tava naquela transição entre Beatles, Pink Floyd e Led Zeppelin, conhecer o trabalho desses caras foi genial pra acabar com aqueles estereótipos que às vezes nós construímos de que ‘só Joãozinho ou Paulinho sabiam fazer música boa’. Por isso, foram com certeza uma grande fonte de inspiração e motivação para trabalhar em músicas próprias.”

2) Chico Buarque – Sinhá (Marcos)
“Não é à toa que Chico Buarque começou a turnê do disco em que esta música está presente – Chico, de 2011 –  com a música ‘O Velho Francisco’. Trata-se de um disco onde ele reconhece e aceita sua velhice e nos brinda com uma ode à idade. ‘Sinhá’ encerra o disco, em uma parceira com João Bosco, com uma delicadeza ímpar, demonstrando que junto com a idade vem a experiência e a sabedoria. Mas, acima de tudo isso, temos aqui uma música para entrar para a história da música popular brasileira.”

3) Django Django – Hail Bop (Stefan)
“Resolvi escolher uma música de 2013 porque por muito tempo me vi buscando minhas influências nas raízes da música pop, ignorando quase tudo dos anos 80, 90 e 2000. Agora que voltei a acompanhar a produção atual, me empolguei muito com o trabalho do Django Django por apresentarem um som muito novo mas com uma estética oitentista pesada – pela qual eu tinha uma certa aversão – e misturarem com uns ritmos tribais loucos. E encontrar exemplos bons de algo que você acha que não poderia gostar é sempre uma experiência empolgante.”

4) Eric Dolphy – Hat and Beard (Victor)
“Escolhi ‘Hat and Beard’, música que abre o disco ‘Out To Lunch’, de Eric Dolphy por dois motivos principais:
1 – Free Jazz. Com ênfase no ‘Free’. É um tipo de música que me encanta, tanto pelo grau de abstração das composições, quanto pela fluência dos músicos no disco (com destaque pro vibrafone pressão tocado pelo Bobby Hutcherson).
2 – Posso fazer um monte de referências a artistas que eu admiro numa música só! Esse disco foi o primeiro e único disco que o Eric Dolphy (clarinete baixo) fez com a Blue Note. Depois disso ele fez uma turnê com o Charles Mingus e morreu. O baterista nesse álbum também merece ser citado: é ninguém mais, ninguém menos do que Tony Williams com seus 18 anos de idade (e arrebentando, diga-se de passagem). Pra fechar, a música em si é uma homenagem ao Thelonious Monk. Espero que gostem!”

5) Nino Ferrer – Moses (André)
“Ambiência, timbragem e simplicidade, quem aprendeu a fazer isso bem sabe mais da vida do que a gente. E o Nino Ferrer é um desses caras. Essa é a musica mais legal de um dos discos mais incríveis que eu já ouvi, recomendo que ele seja ouvido na íntegra, o ‘Le Sud’, de 1974. É um disco aula, vá passear com o Nino pelo sul!”

6) The Bad Plus – And Here We Test Our Powers Of Observation (Marina)
“The Bad Plus é um trio norte-americano relativamente recente, e eles têm um som bem diferente do que eu tinha ouvido até então. Tive a sorte de vê-los ao vivo em 2011 no SESC. Só com um baixo acústico, piano e bateria, o que eles fazem é de cair o queixo. Os três têm uma sincronia impressionante no improviso,se encontram nuns tempos quebrados que só eles conseguem contar. Aliás, o álbum todo, ‘Give’, vale a pena!”

 

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