NTR Convida #33 André Ache (Fire Department Club)

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

 

O convidado de hoje é André Ache, vocalista e baixista da banda gaúcha Fire Department Club. A banda foi formada em 2009 e seu som trás elementos disco, dance e indie rock com composições em inglês. O single Merry-Go-Round, recentemente lançado, mostra o grande potencial e a cara da banda: arranjos com riffs e levada marcantes, além ótimas melodias para bater o pezinho no chão na dancefloor.

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O primeiro trabalho da banda foi o EP “Colourise”, que culminou em uma parceria com o produtor Luc Silveira e a Soma Records. Merry-Go-Round será distribuído pela britânica Ditto Music, o que vai espalhar a música do FDC em 130 países, através de lojas virtuais como iTunes, Spotify, Amazon, Deezer e eMusic.

Junto com André Ache, no baixo e vocais, a banda conta com Gabriel Gottardo, na guitarra/synth, Meinel Waldow, também na guitarra, e Gui Schwertner, na bateria. As referências do Fire Department Club estão aí e todo mundo já pode sacar: The Strokes, Incubus, Two Door Cinema Club e Foals. Mas André foi muito além disso na playlist que mandou aqui pro NTR.

As músicas escolhidas pelo André estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência.

A playlist:

1) The Stills – Lola Stars and Stripes
“Foram esses canadenses que despertaram um outro lado musical meu, quando tinha uns 15 anos. Me apaixonei pelo primeiro disco, que abriu minha mente pra mais um monte de bandas ‘indie’ da época: Metric, Phantom Planet,The Thrills e We Are Scientists, por exemplo.”

2) Raconteurs – Many Shades Of Black
Jack White = Gênio. “Jack White + Brendan Benson? Meu deus! E nessa faixa é o Benson liderando, pena que perdi o show dele em São Paulo esse ano.”

 3) Paul McCartney – Another Day
“Minha época favorita do Sir.”

4) Kaki King – Pull Me Out Alive
“Essa mulher é talento puro, suas canções me levam pra outro planeta. E ainda por cima esse clipe é demais.”

5) Miike Snow – Black & Blue
O Miike Snow é uma banda que mistura com magnitude os elementos de música eletrônica com uma pegada de rock clássico. É uma baita influência pro Fire Dept. Club.

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Mais Fire Department Club:

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Queens of the Stone Age | …Like Clockwork

Queens of the Stone Age | …Like Clockwork

Matador Records / 3 de junho de 2013 / Stoner Rock
Paramore | Paramore

Faixas:
1. Keep Your Eyes Pealed 
2. I Sat By The Ocean
3. The Vampyre Of Time And Memory
4. If I Had A Tail
5. My God Is The Sun
6. Kalopsia
7. Fairweather Friends
8. Smooth Sailing
9. I Appear Missing
10. Like Clockwork

 

Tentando escrever esse texto enquanto meu namorado escuta “…Like Clockwok”, involuntariamente, eu já disse pra ele três vezes “essa é a minha preferida do álbum” enquanto diferentes faixas tocavam. É mais forte que eu, não consigo segurar. Apesar de “…Like Clockwork” ser um disco muito bom, com certeza não é o meu favorito – na certa fica atrás do conceituado “Songs from the Deaf” e do recente “Era Vulgaris”. Nesse álbum os Queens Of The Stone Age vieram com uma veia pop atacada e deixaram os barulhos estranhos e solos viajantes um pouco de lado, mas mesmo assim mostrando que têm a capacidade de unir traços de música pop ao seu estilo pesado. Com certeza esse é o disco mais comercial da banda. De stoner rock à stoner pop. E eu realmente não vejo problema algum nisso.

Os QotSA vão dominar o mundo. Os QotSA querem dominar o mundo. Josh Homme deixou isso bem claro na sua última passagem por aqui no Lollapalooza – inclusive na qual ele apresentou em primeira mão a paulada My God is The Sun – quando disse que estava se apresentando no festival para criar público e futuramente voltar com um show solo da banda para promover o novo disco. Aliás eles acertaram em cheio nas estratégia de marketing do “…Like Clockwork”. Foram cinco vídeos teasers de animações sensacionais, sujas e toscas, podres e sangrentas que conseguiram captar visualmente o tom exato da banda – e que podem inclusive virar filme -, além das ações no site da banda que foi divulgando aos poucos trechos das músicas novas e, recentemente, a sua última tacada foi uma apresentação no programa David Letterman para milhões de americanos verem. Além disso eles também  tocaram ao vivo durante uma hora para a internet no “Live on Letterman”, direto do palco do teatro Ed Sullivan.  “…Like Clockwork”  na íntegra do começo ao fim (e com direito a fodástica Little Sister de bis). E os resultados apontam que a estratégia da banda tá dando certo: o álbum novo do QotSA foi parar no topo lista dos discos mais vendidos da prestigiosa revista  Billboard, desbancando o Daft Punk do topo. É a primeira vez que os caras do deserto chegaram ao topo da parada americana.

“…Like Clockwork” é o primeiro disco da banda desde 2007 e sexto álbum de estúdio. Foi gravado no deserto, como de costume, e conta com uma lista de convidados especiais fodões como Trent Reznor, Alex Turner, Dave Grohl, Mark Lanegan, Nick Oliver, Elton John e Brody Dalle. Participações super especiais que acabam passando desapercebidas perto da grandeza do QotSA. A banda de Josh Homme (membro fundador e único representante da formação inicial) tentou seguir discretamente já que o disco voltou a ser produzido por uma gravadora independente, a do próprio Homme, com distribuição da Matador Records.

Como o Bruno Guerra, d’O Musicólogo, muito bem observou neste disco os QotSA continuam a saga de tentar se encaixar em um formato e solidificar a sua identidade, tarefa na qual eles gloriosamente falham, e é aí que está o mérito da banda. Os caras continuam mandando um mar de inconstâncias, descompromissados com fórmulas. Nenhuma das canções soa ser propositalmente acessível e, ainda assim, apesar do experimentalismo, o disco é o mais facilmente digerível da banda. Transgressor a sua maneira.

Recentemente eles anunciaram que estão trabalhando em um álbum novo, e posso prever: vejo muita pedrada por aí. Nesse caso eles subvertem o ciclo natural, e depois da calmaria, com certeza vem tempestade. Tudo o que ficou contido no “…Like Clockwork” provavelmente será extravasado no próximo disco. Mal posso esperar.

É pra quem gosta de:

Black Drawing Chalks – Soundgarden – Black Rebel Motorcycle Club

Tem que ouvir:

I Sat by the Ocean – If I Had a Tail – Smooth Sailing

Pode pular:

Kalopsia

Bônus:

I Appear Missing ao vivo é mais linda ainda (tem uma jam no finalzinho diferente da versão de estúdio)

Nota: 4,o/5

Cool Covers: Especial Marilyn Manson

Uma coisa que eu mais gosto do som do Marilyn Manson é como ele consegue criar uma atmosfera própria, um clima sombrio, dark e – por que não? – sexy típico dele e o qual você  reconhece já de cara. Ele sabe de seu poder e, por isso mesmo, a sua lista de covers é longa: o cantor já regravou cerca de 40 canções, entre versões acústica, ao vivo e estúdio, de artistas como David Bowie, Prince, Ramones… Ele inclusive conseguiu fazer versões tornarem-se mais famosas que as composições originais. Selecionei as versões mais legais que ele já fez pra vocês curtirem também:

6. You’re So Vain

A identidade do cara vaidoso-egocêntrico que aborreceu Carly Simon e até ganhou a canção/crítica You’re So Vain, de 1972, ainda permanece um mistério. Mas mesmo assim Marilyn Manson achou legal e decidiu chamar Johnny Depp pra assumir a guitarra e regravar a música para o seu disco Born Villain, de 2012.

5. I Put A Spell On You

A canção foi escrita em 1956 pelo músico Jay Hawkins, mas só foi alcançar sucesso na voz da diva Nina Simone em 1965. A música foi regravada por MM em 1995 para o álbum Smells Like Children.

4. Five To One

Five to one é uma canção dos Doors do álbum Waiting for the sun, de 1968. A música foi regravada por MM para o álbum Disposable Teens, de 2000. O cantor chegou inclusive a interpreta-la junto com o integrante oficial do Doors, Ray Manzarek, no Sunset Strip Music Festival de 2012.

3. Personal Jesus

A canção da banda Depeche Mode é o primeiro single do álbum Violator, de 1989, e alcançou o 23º lugar das paradas britânicas. De acordo com o autor da letra, Martin Core, a música foi inspirada no livro Elvis and Me, de Priscilla Presley, e é sobre ser um “Jesus” para alguém, ser alguém que dá esperanças e se preocupa com você. Segundo Core, era sobre como Elvis se mostrava como homem e mentor para Priscilla, um Deus, como frequentemente acontece nos relacionamentos, e como isso não é uma visão muito equilibrada de alguém. A versão cover feita por MM foi gravada especialmente para promover o álbum Lest We Forget: The Best Of, a sua primeira coletânea, em 2004.

2. Sweet Dreams (are made of this)

Sweet Dreams (Are Made of This) é uma música do grupo britânico Eurythmics, lançada como single em 1982. A música foi interpretada por Marilyn Manson em 1995, no álbum Smells Like Children. O álbum foi produzido por Trent Reznor e Marilyn Manson e representa uma era cheia de drogas, abusos, turnês e experimentações sonoras para a banda. Esse cover foi o primeiro hit da banda e os colocou nas paradas de sucesso.

1. Tainted Love

Nesse cover, MM mostra como é capaz de desconstruir uma música pop levinha e consegue deixá-la com uma carga bem mais pesada e sensual. Tainted Love é uma canção composta por Ed Cobb que foi originalmente gravada por Gloria Jones, em 1965, mas só alcançou fama mundial depois de ser registrada pelo Soft Cell em 1981, atingindo o número um no UK Singles Chart. Foi lançada por Marilyn Manson como um single da trilha sonora do filme Not Another Teen Movie, em 2001. Mais tarde, foi incluída como faixa bônus do álbum seguinte da banda, The Golden Age of Grotesque.

Conheça a inglesa Gabrielle Aplin

Gabrielle-AplinUma preciosidade chegou às lojas no meio do mês passado, o disco English Rain (2013), da inglesa de 20 anos Gabrielle Aplin. Ouvi falar dos covers que ela já fazia na internet (tem até um de Teenage Dream ao piano, meus caros!) e li uma crítica super bacana do The Telegraph sobre a cantora e resolvi conferir o trabalho dela. Sorte minha.

Gabrielle tem uma voz singela, bem gostosa de escutar mesmo, doce, sabe? Ao ouvir “English Rain”, às vezes soava como Taylor Swift e, em pontos mais agudos e fortes, Florence Welch. Foi bem positiva minha impressão no geral, fora a voz que já caiu no meu gosto, os arranjos têm pianos constantes e um violão caprichado.

Antes do lançamento de seu primeiro CD, a mocinha já tinha atingido mais de 30 milhões de visualizações no Youtube com suas gravações caseiras, até ser garimpada pela gravadora Parlophone. O sucesso também começou a bater na porta de Gabrielle depois de ser escolhida para gravar o hit da banda antiguinha Frankie goes to Hollywood, “The power of love”, para um comercial de natal (com bonecos de neve fofinhos, por sinal) da rede John Lewis. “Outro dia fui reconhecida no Mc Donald´s”, comenta Gabrielle, que já começa a se acostumar com a fama.

gabrielle-aplin-photo-3Dentre as músicas que valem o play, “Panic cord”, além de “Home” (com vídeo quentinho, lançado agora em junho) e “Please don´t say you love me”. Se quiser um pouquinho de agito (um pouco só, não se empolgue!), ouça Human e Keep on walking.

Se você gostou, pode acompanhar algumas coisinhas dela aqui, ó:

Youtube/Vevo: https://www.youtube.com/user/GabrielleAplinVEVO
Facebook: https://www.facebook.com/gabrielleaplin

Eu já virei fã!

NTR Convida #32 Edição Especial Enamorados: Chuck e Gaía

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

Resolvemos estender as comemorações do Dia dos Namorados e te presentear com uma edição super romântica, caliente e ~sensual~ do NTR Convida com um Especial Enamorados. Para montar essa playlist, chamamos um dos casais mais legais (e que mais entende de música), Gaía Passarelli e Chuck Hipolitho. Eles toparam compartilhar com a gente canções especiais que marcaram seu relacionamento.

Gaía é jornalista, apresentadora da MTV e uma das fundadoras do site de música alternativa rraul, criado em 1997. Chuck também é apresentador da MTV, além de tocar guitarra e cantar na banda Vespas Mandarinas e ter sido guitarrista dos Forgotten Boys. Os dois se conheceram na emissora enquanto gravavam os primeiros pilotos dos programas Goo e Big Audio e estão juntos desde então.

Como já dá pra perceber, a música ocupa um espaço fundamental na vida deles. E essa dedicação total à música, que poderia ser frustrante em alguns relacionamentos, se mostra como combustível para os dois. Aliás, a preocupação inicial do casal na hora de juntar as escovas de dente e ir morar juntos foi arrumar a coleção de discos e instalar o sistema de som na casa nova. A própria Gaía disse, em entrevista para a Revista TPM: “Tanto amor acrescenta algo irritante nessa fixação musical, sim. E é quando ele se apropria dos meus gostos e fica ‘dono’ de uma banda ou artista que mostrei primeiro”.

Chuck e Gaía dividem hoje a mesma casa, uma coleção de camisetas de bandas e nossa playlist especial para o NTR Convida #32:


A playlist da Gaía:

1) The Black Keys – The Only One
“Todo casal tem que ter uma balada pra chamar de sua, acho; e essa música lembra um momento especial que a gente passou junto.”

2) The Nerves – Hanging on the Telephone
“Logo quando a gente se conheceu o Chuck gravou um CD cheio de músicas que ele gosta. Eu só conhecia essa música com o Blondie. Lembra ele desde então.”

3) Lykke Li – I Follow Rivers
“A gente ouviu muito essa música quando começou a namorar, tocava no Big Audio, programa que o Chuck fazia na MTV na época.”

4) Solange – Losing You
“É uma canção sobre break-up mas também é a música que a gente mais pirou ano passado. Um dos gostos em comum que a gente tem.”

5) Edward Sharpe & The Magnetic Zeros – Up From Below
“‘Cause I already suffered and I want you to know that I’m riding on hell’s hot flames, coming up from below.'”

A playlist do Chuck:

1) Fleetwood Mac – Go Your Own Way
“‘Descobri o Fleetwood Mac junto e por causa da Gaía, ouvimos o Rumours muito, tipo, MUITO.”

2) R.E.M – Bittersweet Me
“Nada em especial com a música, mas a minha favorita de um dos discos que mais gostamos em comum.”

3) David Bowie – Modern Love
“Acho que é minha favorita do Bowie, descobri isso por causa da Gaía.”

4) Luiz Melodia – Pérola Negra
“Gaía apareceu com esse LP aqui em casa, ela adora.”

5) The Replacements – Bastards Of Young
“Não faço a mínima ideia da razão, mas estava numa mixtape dessas que a Gaía faz para escutar no carro. Eu estava ouvindo sem querer e tinha a música… pirei porque já conhecia, e me surpreendeu. Estou passando por uma fase Replacements por causa de um disco que ela acabou de me trazer de presente dos EUA.”

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My Valentine, a origem

O que você faz quando está afim de fazer um agrado para a sua namorada, mas anda meio preguiçoso ou sem tempo? Manda um SMS pornográfico? Compra um “sonho de valsa” no self-service onde você almoça com o pessoal da firma? Todos já passamos por isso, estou certo, mas nem todos são assim.

Veja nosso amigo Paul McCartney, por exemplo. O que melhor para um dia preguiçoso do que sentar num piano qualquer e compor uma música? Coisinha simples, qualquer besteirinha, tipo essa:


Com a música pronta, é só mandar um Whatsapp pra Natalie e pro Johnny que temos um clipe bacaninha.
Agora sério. A frase acima (sobre o Paul se sentar num piano qualquer num tarde preguiçosa) é história verídica, contada pelo próprio em algumas ocasiões.

My Valentine é a oitava faixa de “Kisses On The Bottom” (2012), e Paul a compôs cerca de 1 ano antes do lançamento do álbum, no dia dos namorados – comemorado nos EUA em 14 de fevereiro – de 2011. Nessa época, Paul e a então namorada Nancy, estavam passando o feriado no Marrocos, mas chovia bastante e o beatle disse alguma coisa como “uma pena estar chovendo” e ela respondeu “não importa, ainda podemos nos divertir”. É claro que, estando de férias no Marrocos com Paul McCartney, até eu. Mas, enfim… Paul diz que achou aquela atitude ótima, pois é assim que ele pensa.

No hotel onde estavam havia um velho piano e, numa tarde chuvosa, Paul se sentou ali e começou a tocar sem que quase ninguém notasse. Inspirado pelo pianista que ouvia tocar ali todas as noites, ele começou a dedilhar a melodia e a cantarolar os versos “What if it rained? We didn’t care. She said that some day soon the sun was gonna shine…”, os primeiros da música. Paul conta que até recebeu um pequeno voto de confiança do músico com um simples “Ah that’s great!”. Sim, caro amigo sortudo, isso é ótimo!


Coisa linda, ein Paul.

Playlist: dia dos namorados – vol.2

Sim, caros leitores, chega enfim o famigerado “Dia dos Namorados”. Data adorada por uns e odiada por outros, emocionalmente marcante e ao mesmo tempo taxada de “golpe comercial capitalista que só serve para vender coisas”.

Aqui no NTR a democracia impera e vamos tentar ser imparciais quanto ao dia de hoje, mas sempre pendendo para nossa maior paixão de todas, que é a música – que nos desculpem os(as) digníssimos(as) da equipe, mas inserir aqui as frases “music is my hot, hot sex” ou “music is my boyfriend/girlfriend” fazem completo sentido. Até porque estar ou não estar em um relacionamento não faz de você uma pessoa melhor ou pior e passar o Dia dos Namorados sozinho(a) ou acompanhado(a) não deveria ser motivo de grandes preocupações. Afinal de contas, como pregam os sábios da internet, no Dia do Índio você não fica fazendo declaração de amor e tirando foto com um indígena e no Dia de Finados não sai para jantar com um cadáver, certo?

Então desencana e vem com a gente curtir uma playlist especial que serve tanto para solteiros quanto para comprometidos, a trilha sonora perfeita para “aqueles” momentos de intimidade a dois (ou mais, vai saber), quando a temperatura vai subindo, subindo… Da malemolência do olhar e da paquera ao chega mais do beijo e, finalmente, o êxtase, eis a nossa trilha sonora do “amor”.

Assim como no ano passado, a playlist conta com 3 “níveis”. Aproveite e seja feliz, comprometido ou não, com homem, mulher ou os dois, como quiser.

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Cool covers: Sara Bareilles

 
Sara Bareilles é uma cantora americana cuja história e carreira tem alguns pontos muito interessantes. Tem 33 anos e é natural de uma cidade chamada Eureka (!), no condado de Humboldt, na Califórnia, local conhecido por ser a meca da maconha (!!) no estado mais liberal dos Estados Unidos. Ela tem ascendência portuguesa, alemã, italiana e francesa (fala italiano fluentemente, inclusive) (!!!). Seu pai é corretor de seguros e a mãe trabalha em uma funerária – e isso, por si só, não é uma coincidência formidável (!!!!)?

Sara cantou em corais religiosos e depois se firmou como artista de bares, e essa é, provavelmente, a razão pela qual goste e não se importe em fazer tantos cool covers. Como toca piano e ukelele, na maioria deles transforma totalmente as músicas, usando muito bem suas características vocais. Esse post é dedicado às versões que fez, mas vale a pena conferir sua carreira solo de quatro álbuns, incluindo o primeiro e mais interessante, Carefull Confessions (2004), de onde saiu seu maior sucesso: “Love Song“. A música “Gravity” também é muito conhecida.

É uma boa compositora – não posso deixar de citar mais uma música, “Bottled it up -“, tanto quanto é intérprete. Foi citada pelo canal especializado VH1 como a 80ª na lista de maiores mulheres da história da música, e isso não é pouco. Além disso tudo, Sara é uma das envolvidas do assustador Indiana State Fair stage collapse: havia acabado de se apresentar no festival quando uma ventania derrubou o enorme palco sobre o público, matando sete pessoas e ferindo 84. De qualquer maneira, está cada vez mais popular no mundo inteiro. Isso sem deixar de tocar alguns Cool Covers.

“Fuck You” (Cee Lo Green)

“Yellow” (Coldplay)

“Single Ladies” (Beyoncé)

“Take On Me” (A-HA)

“Nice Dream” (Radiohead)

“Little Lion Man” (Mumford and Sons)

“I Still Haven’t Found What I’m Looking For” (U2)

 
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Wilson Sideral: “groove e rock sempre andam juntos”

Continuando o papo iniciado no NTR Convida #31, Wilson Sideral falou um pouco sobre o novo disco. Confesso que, como fã, fiquei ainda mais na expectativa de seu lançamento após a conversa. Sideral sempre teve o feeling para balancear seus discos com hits românticos e pops sem esquecer do lado mais funk e mais rock, dançante e suingado.

Os últimos projetos já mostravam uma evolução nas composições e na variação das fórmulas, tanto de gravação quanto na distribuição e venda. Seu último trabalho, o Projeto #SINGLES, foi uma edição limitada lançada exclusivamente em pendrive. Com 5 músicas inéditas e mais um kit, com os respectivos videoclipes, bastidores das gravações, letras, cifras e fotos. Confira “Quase Um”, que foi o carro-chefe do projeto e, logo após, a entrevista.

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NTR – Bem Sideral, “Foi preciso você”, esse é o primeiro single do seu novo álbum, certo?
Sideral –  Isso, o disco tem 15 faixas, e uma coisa bem legal sobre ele é que ele vai contar com 15 clipes, onde vou explorar várias técnicas de gravação, vai ficar muito bacana, vários amigos, cada um produzindo, dirigindo um dos clipes, tem muita gente boa nesse projeto.

NTR – Sobre o “Canções de Computador”, você já tem uma data de lançamento?
Sideral – Ainda não, a ideia inicial era lançar de forma independente, porém surgiu uma oportunidade e estamos negociando a distribuição. Ainda não posso dar muitos detalhes sobre.

NTR – Esse novo disco vai ter uma pegada mais Rock, ou algo mais dançante. E quanto as baladas?
Sideral – O disco vai ter um pouco de tudo. Pra mim, o Groove e o Rock sempre andam juntos. E vão ter sim algumas baladas. Não tem jeito rapaz, sempre quando você vai ver depois quais as mais pedidas, as mais tocadas e baixadas, são sempre as baladas, aconteceu assim com “Fugindo de mim” e “Maria”, bons exemplos disso.

NTR – Algo novo para o disco? Conta com participações?
Sideral – Nesse disco tem 2 pontos diferentes pra mim. Primeiro, é o “ousar mais”. Fiz como ainda não havia feito. Várias experimentações e faixas “malucas”. Segundo, a utilização de metais. Já havia utilizado metais na banda em outras oportunidades, mas agora eles estarão presentes em 6 faixas. Todas com arranjos maravilhosos dos maestros Otávio de Morais e Ed Costa. O disco também vai contar com participações do Rap n’ Hood, num rap/ska, do Max de Castro e do Galdino, que também é violinista do Teatro Mágico.

NTR – Bem, vamos aguardar o disco ansiosamente, eu principalmente, pelo uso dos metais. Muito Obrigado pelo tempo e atenção e boa sorte para o seu Galo Mineiro!
Sideral – (Risos), valeu! Agora todo o Brasil tem que estar junto com o Galo. O time está jogando muito, se não for campeão esse ano, não sei não! Um abraço forte para você e para a equipe do Não Toco Raul. Muita paz e muita música!

Fotos: Ricardo Muniz

NTR Convida #31 Wilson Sideral

Toda sexta-feira (toda MESMO, dessa vez é sério) o NTR traz a seção “NTR Convida”, onde músicos convidados vão ditar o som para você começar o final de semana na pegada.

Wilson Sideral - Show
O dono do NTR Convida #31 é ninguém menos que Wilson Sideral, cantor, guitarrista e compositor. Dono de alguns sucessos aclamados como Fácil e Na Moral (gravados pelo Jota Quest), Maria e Fugindo de Mim – só para citar alguns -,  Sideral falou conosco cheio de expectativa em relação ao futuro novo disco, o 5º de estúdio,  intitulado “Canções de Computador”.

Com o jeito simples e a simpatia já conhecidos, antes de começar a falar sobre a playlist, Sideral perguntou sobre a origem do nome “Não Toco Raul” e este que vos escreve teve que trocar de papel com o entrevistado e responder sobre a origem do nome do blog. Confesso que fiquei de salto alto depois disso, me achando um true Rockstar, mothafucka!

Você pode conferir o bate-papo com o Sideral nesse outro post, e ficar por dentro do novo disco, que trás várias novas sonoridades em relação aos anteriores. Vamos à playlist:


As músicas escolhidas pelo Sideral estão no player acima. É só clicar para ouvir todas na sequência.

A playlist:

1) Barão Vermelho – Pro Dia Nascer Feliz
“Bem, para começar vou de Barão Vermelho, tenho todo o carinho do mundo pelo rock nacional. Cresci ouvindo Barão Vermelho, Cazuza, Legião Urbana, Paralamas… Já gravei canções de alguns deles e sempre dou uma passada pelo rock dos anos 80 nos meus shows. Vou começar com Pro Dia Nascer Feliz, uma música muito importante, com um astral bom.”

2) Roberto Carlos – Não Vou Ficar
“Tenho feito uma releitura dessa música em meus shows: um medley de É Preciso Saber Viver/Não Vou Ficar. Essa música do Tim Maia, na interpretação do Roberto Carlos, é sensacional. Para mim, os dois são juntos os responsáveis por traduzir o black e o soul para o português. Até então, ninguém havia conseguido trazer esse som que se encaixa tão perfeitamente na língua inglesa para o português.”

 3) The Black Keys – Tighten up
“Agora vamos dar um pulo no tempo. Esse disco, Brothers (2010), é um dos meus atuais discos de cabeceira. Estava em Nova York com a minha mulher, numa loja de vinil e discos e esse disco estava rolando. Perguntei “que som é esse que está tocando”, e o atendente disse “Black Keys” e desde então, tenho ouvido bastante como referência. Eles tem um som bem “cru”, mesmo tendo colocado um teclado aqui e ali no último disco. Tem jeito e som de guitarras e amps velhos, com tudo bem orgânico.”

4) John Mayer – Something like Olivia
“Born and Raised (2012) tem sido o disco de “Canções de ninar” do meu bebê Romeu. Melodias cheias de riqueza, com muitos detalhes, um som calmo e tranquilo. Gosto muito do John Mayer, um cara jovem e que compõe, toca muito e faz tudo com muita qualidade. Estarei no Rock in Rio para vê-lo!”

5) Wilson Sideral – Foi preciso você
“Agora vou fazer um “jabá” (risos). Essa música estará no meu próximo disco “Canções de Computador”. O clipe foi filmado, produzido e editado por alguns amigos meus (créditos na descrição do vídeo). No fim do clipe, tem um vídeo que eu mesmo filmei. O momento do nascimento do Romeu, que está hoje com 5 meses. Filmei usando um app que simula uma câmera 8mm, ficou fantástico!”

 

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Mais Wilson Sideral:

Bate-papo sobre o disco “Canções de computador”
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Fotos: Ricardo Muniz